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Definição do blog e arranjos florais

Um blog sobre a arte do nada

A pouco tempo atrás, conversando com algumas pessoas, contei que tinha um blog. Foi então que me perguntaram do que se tratava exatamente, se era de receitas, "gastronomia" ou "blog de comida". Sem titubear, respondi: é também. Sem desmerecer nenhum blog de cozinha, dos vários hoje que existem por aí, e muitos dos quais acompanho constantemente e adoro. Quando comecei, quase 4 anos atrás, a idéia era ser um diário de experimentos bem sucedidos na cozinha. Fazia pouco que minhas habilidades culinárias tinham se revelado e quis registrar tudo por aqui. Aos poucos foi evoluindo, mas sem uma definição exata de rótulo a colocar.

Gosto de pensar que esse blog é sobre a arte do nada, de reunir coisas numa mesma foto, de moldar uma estética atemporal para te fazer sentir saudades de casa. Gosto de reproduzir um estilo de vida, que hoje é na roça mineira, no meio de um parque na Serra da Mantiqueira, mas que já foi numa casa comunitária em São Paulo, com horta no quintal e passarinhos no jardim. Não importa muito o lugar, desde que tenha um cantinho com grama em que se possa andar descalço, com os pés na terra. Desde que tenha um lugar silencioso, que você consiga escutar seus próprios barulhos internos. 

Minha definição de estilo é de se retirar no silêncio, de conviver para aprender e de cozinhar para amar. É de ter tempo para olhar para o céu uma vez por dia, de sentar para comer o que se cozinhou, de fazer nada entre uma tarefa e outra. De não achar que sonhar está fora de moda e que um pouco de poesia é necessária, todos os dias dessa vida. Gosto de compartilhar algumas histórias da minha vida, que não têm muito enredo ou narrativa que valha, mas que te fazem recordar lembranças esquecidas. 

Quero que você navegue pelas receitas, por meio de várias delas, e no final decida não fazer nenhuma, porque bateu uma preguiça gostosa e você não quer desperdiçá-la. Ou que decida fazer um bolo, e substitua a maioria dos ingredientes, porque você não tinha vários na sua despensa; mas que se dedique horas arrumando a mesa, enquanto o bolo assa no forno e depois esfria na janela. 

Eu tenho duas referências boas para a definição deste blog. Por vários anos, meu seriado de comédia predileto era o Seinfeld, que por quase uma década fez piadas com maestria sobre o nada. Meu intento é conseguir transformar esse blog num capítulo dessa sitcom maluca, sem pé nem cabeça, mas que no fundo você sabe que faz mais sentido que qualquer outra estória coerente. Minha segunda referência é meu filme de romance preferido, desde a adolescência, Before Sunrise e sua trilogia completa, com seu romantismo incurável e diálogos intermináveis. Então minha meta também é de escrever linhas e linhas cheias de palavras, que você se esquecerá no seguinte parágrafo, mas que te roube um sorriso ou suspiro ao final de cada postagem, e você fique como Jesse ouvindo Celine cantando Waltz for a Night ao final de Before Sunset.

Esse blog é sobre o pôr-do-sol, sobre os períodos de transição, sobre os entremeios, as pausas e os vazios. É uma valsa sobre um romance só por uma noite.


"Se há algum tipo de magia neste mundo, deve estar no intento de entender alguém que compartilha algo. Eu sei, é quase impossível conseguir... mas quem se importa realmente?
A resposta deve estar nessa intenção."

- Celine, Before Sunrise, 1995. - 


Os arranjos florais são da entrega desta semana da Florinda.


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Se desdobrando em partes e trabalho sem fim

Ser dona de casa, empreendedora, administradora, namorada, amiga, etc. Multifacetas, como se fosse apertar um botão mágico e gritar “ativar!”, e de repente, passo de uma planilha de contas no excel para adubar as plantas do jardim, ou ainda de papel, pincel e guache para uma reunião com o fechamento do mês. De um whatsapp combinando um café com a amiga para uma lista de produtos de limpeza para compras do supermercado da semana.

É bom e é divertido, mas de vez em quando dá uma pane no sistema e tem que resetar o programa. Enquanto ele fica naquela tela de % carregamento, fico pensando nas 489.568 tarefas que ainda faltam ser concluídas no dia. Isso sem contar com os imprevistos e urgências no caminho, na qual o dia passa a ser apagar incêndios. Não sou católica, mas adoro um santo e, olha, o meu é forte! São Jorge, meu santo protetor, tem liquidado diversos dragões por dia e minha Nossa Senhora Aparecida, ficado quase careca com as minhas preocupações rotineiras.

Tenho trabalhado intensamente nos últimos cinco meses, acho que como jamais havia antes na minha vida. Engraçado, porque se eu me recordar de todos os lugares em que já trabalhei, não me lembro nunca de ter gostado de trabalhar. Não me entenda mal, não que eu não tenha curtido os lugares, meus chefes, companheiros de trabalho, ou até mesmo o próprio trabalho em si. Eu nunca gostei é de trabalhar, mesmo 😂.

Preciso confessar que sempre fui da turma da preguiça, daquela que se cansa no meio do projeto. Então esse processo de, pela primeira vez, aprender a realmente GOSTAR de trabalhar, é totalmente embrionário em mim. Eu, que trabalho desde os 16 anos, só agora aos 34 é que finalmente consigo entender o que é isso. E o mais legal é que essa façanha é independente de eu gostar do que faço. Pois é. Estranhamente, o gostar de trabalhar é pelo simples fato de trabalhar mesmo. Esse post poderia ser apenas uma brincadeira, mas não é.

Quando li meu mapa astrológico para 2015*, no início do ano, ele dizia algo interessante. Que as minhas melhores realizações aconteceriam no equilíbrio entre realizar tarefas do dia a dia e fazer as coisas que eu adoro. E para mim, isso tinha soado como algo meio duro, pois na minha cabeça o legal seria fazer apenas aquilo que a gente gosta. Mas incrivelmente meus melhores momentos tem acontecido dentro deste balanço. E acho que foi esse equilíbrio meio torto que provocou esse amor pelo trabalho em si.

Moral da história? Tem sido um ano bastante demandante, mas ao mesmo tempo realizador com relação a concretização de projetos e de trabalho. Poder nas horas vagas, brincar de cinderela ou, no meu caso, dona de casa blogueira 😂, tem sido aliviante e preenchedor. Dentro dessa brincadeira, às vezes me pergunto se a vida que levo é real mesmo. Porque eu simplesmente amo organizar essa bagunça e achar leveza e graça no meio do caos.

* Quiroga, tu é o cara, hein?! 

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o que fazer quando não se sabe o que fazer?

Já deixei claro, nos últimos posts, que venho vivendo uma fase de muitas mudanças. Nem todas para meu agrado, mas confiando sempre que, tudo o que vem, vem para o melhor. Como boa taurina, preguiçosa e entusiasta da estabilidade e do conforto, mudanças e imprevistos me fazem pirar. Me deixam extremamente insegura e angustiada. E, por mais que eu saiba que sejam fases passageiras e de adaptação, até que a resistência às novidades e ao estranhamento passem, eu fico atrapalhada com minhas emoções, rotina e trabalho.

O que fazer?

Incrivelmente, duas coisas tem acontecido, durante esse período.

  • Um é o florescimento de uma fé, desconhecida para mim, até então. Tenho orado e meditado diariamente e isso tem me dado um conforto importante para seguir dia após dia. Quando se está em silêncio e focada em si mesma, é possível escutar uma voz interna e afinar sua intuição. Perceber e guardar esses momentos de paz dentro de você, te ajudam a atravessar momentos de turbulência com menos apego ao sofrimento.
  • A segunda coisa é o aumento do fluxo criativo dentro de mim. Acho que em parte, ligado ao que escrevi no item acima. Mudanças significam deixar para trás coisas que um dia foram muito importantes para você, mas hoje não te servem mais. Isso te causa tristeza e dor em algum grau, trazendo resistência pelas mudanças. Mas uma vez que você abre mão de certas coisas, elas também abrem espaço para que novas coisas entrem em sua vida. Ou talvez, esse espaço, agora vazio, estimule sua criatividade para você iniciar novos projetos, ou descobrir coisas novas sobre você mesmo.

Por final, eu tenho me tornado mais amiga de mim mesma. Tenho sido mais compassionada e me cobrado menos por coisas que não estou sendo capaz de cumprir, como algumas demandas sociais que pouco tem a ver com meu estado de humor e emocional no momento. Isso contribui para que as coisas fiquem mais leves e a não levar tudo tão a sério.

O coração continua apertado a maior parte do tempo e a vontade é de ficar debaixo das cobertas (inclusive com a cabeça), respirando baixinho. Mas a vida continua, mesmo que nem tudo seja como a gente esperava. E você, como lida com grandes mudanças em sua vida?

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Faça menos. Mais foco.

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Mais um ano se passou e está na hora de renovar a listinha de desejos e passar a limpo a deste ano que está a 5 dias do fim. E se tem um desejo que eu quero para este ano é esse: fazer menos com mais foco. Já faz alguns anos que eu ando nesse processo de diminuir o ritmo, de reduzir a pressão. Mas só agora vejo a necessidade (e a falta) de foco.

E focar não significa planejar ou visualizar o futuro, com suas magníficas glórias e seus planos mirabolantes de dominar o mundo. Focar significa olhar agora como é possível viabilizar, ou não, o presente. Se o agora pede pequeno, é com o mínimo que eu fico. Se minhas pernas sustentam menos, é nesse pouco que eu vou focar.

Organização, foco e disciplina. E isso é tudo que eu preciso.

Esse ano não tem listinha de desejos. Esse ano, é um desejo só: FOCO.

Ah, e espero que você tenha passado um lindo natal. E que seu ano de 2015, seja um dia de cada vez.

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A tristeza também está lá

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Ninguém gosta de falar de depressão. De compartilhar desânimo ou parecer que a vida não vai bem… É só a gente atualizar nosso feed de notícias de alguma de nossas redes sociais, que a gente percebe que a vida das pessoas é feita de festa, coisas gostosas, viagens e declarações de amor e de humor… Falo isso, sem hipocrisia, a minha mesmo está recheada dos clichês.

Mas no fundo, a gente sabe que não é bem assim. Bom, falo por mim. Tem dias que não há inspiração que te levante o ânimo, que contratempos e frustrações nos jogam para baixo, quando não nos deixam desnorteados. E às vezes isso não acontece só por algumas horas no dia, ou no período de tpm, às vezes acontece repetidamente por semanas.

Mesmo que a gente faça coisas legais, e que olhando de fora não haja absolutamente nada de errado com nossas vidas, o sentimento de tristeza está lá. Uma pontinha de dúvida e desconfiança que dá uma sensação de ingratidão com a vida.

Bom, este post não tem a intenção de deprimir ninguém, por mais que pareça o contrário. É mais uma vontade de dividir essa realidade que às vezes se passa comigo. E que tem sido assim durante algumas semanas. Tenho trabalhado normal. Dormido, comido, feito minhas atividades de lazer, minha yoga, viajado, namorado, enfim. Mas existe uma tristeza que está lá. Sem nome e sem rótulo. Só tristeza. Se fosse dar um nome, talvez fosse uma nostalgia saudosa de coisas e pessoas que se foram. Da inexorável condição humana. Do fim, do desapego inerente ao que somos e ao que nos cerca.

O que eu quero dizer, em outras palavras, é que esse estado de ânimo (ou de desânimo) me dá alguma profundidade. É o que me deixa compassionada pelas coisas ao meu redor, o que de alguma forma, me conecta com o outro. Se a alegria expande, a tristeza intima. Uma não é melhor que a outra, mas uma sem a outra é vazia. Aqueles que só sabem transparecer alegria sem se permitir a tristeza, vivem na superficialidade. Aqueles só deprimidos, que não se permitem um dia de sol, são impossíveis de se relacionar em sua miséria.

O tão almejado equilíbrio, ah!, o equilíbrio… Ele existe ou é mais um pêndulo que oscila entre dois pólos? Acho que a resposta vem por outro canal, a aceitação. Aceitar a tristeza que também nos caracteriza, assim, como a alegria que nos embeleza. Aceitar que há dias em que você tem direito de estar desgostoso, uma nuvem que passa cobrindo o sol, mas passa…

Então, eu tô nesse processo. Na verdade, acho que sempre estive. Dessa vez, só, não vou fugir ou desmoronar. Vou aceitar e torná-lo parte de mim também. E quem sabe, crescer. Afinal, mar calmo nunca fez marinheiro habilidoso. E de tantos altos e baixos, talvez a bússola encontre seu equilíbrio… ah!, o equilíbrio.

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Viajar é viver!

33 dias percorrendo a Nova Zelândia

Um mês de total abandono, 33 dias para ser exata. Sem explicações, viagem marcada e malas prontas, cruzamos o Pacífico, rumo à Nova Zelândia. De motorhome, percorremos Ilha Norte e Ilha Sul (foram 4.200km, aproximadamente), entre cidades, montanhas, vulcões, o frio e a neve, apesar do céu azul que afortunadamente nos acompanhou. Os rios e lagos de tom turquesa, definitivamente causam algo no seu cérebro quando você se dá de cara com tamanha beleza.

Os amáveis e hospitaleiros kiwis (como se auto intitulam os neozelandeses) combinam um mix cultural composto pela educação inglesa, tradições maõris e repleta de imigrantes do oriente. Estruturada para o turismo, é palpável perceber a hospitalidade nos locais sempre bem sinalizados, centros de informações por todos os cantos, com pessoas sempre prontas a ajudar, caso você precise.

Relativamente novo, de tradição mais jovem que o Brasil, é considerado um dos países menos corruptos do planeta. Essa qualidade é refletida na sociedade como um todo, na sua autogestão, no cuidado com aquilo que é público (tanto pelo estado quanto pela população) e na eficiência dos serviços prestados. Diariamente, fomos testemunhas dessa proficiência com o bem comum, com as relações humanas; me parece que a educação lá não é apenas mais conhecimento, é também formadora de caráter e valores.

Não estou dizendo que injustiças não aconteceram durante a história da Nova Zelândia, nem que tudo são flores, mas não há dúvida de que se há solução para o Brasil, ela vem do investimento em educação.

Deixando a discussão sócio-política-cultural de lado, o mais gostoso foi que a gente deixou para programar tudo lá. Na verdade a gente tinha mais ou menos o mapa que queríamos percorrer, mas deixamos livre para aproveitar e parar quando gostássemos de algo e quiséssemos passar um tempo por aí. Como a gente estava com a “casa rodante”, a liberdade de parar em algum lugar bacana para parar e fazer o almoço, deixou o que já era perfeito, ainda melhor.

Foram muitos dias, e muito mais fotos. Fiz uma seleção que publico durante os próximos dias… Também trouxe receitas na mala, alguns ingredientes e, é claro, muitas idéias! Tô de volta!

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Aos 33, sonhando de olhos abertos

Neste final de semana, comemorei 33 anos. Junto com mais 3 mulheres que admiro muito, creio que astrologicamente, o céu conspira ao nosso favor. Completando a idade de cristo, percebo rastros da iluminação no meu caminho; a redenção deve vir no pacote.

Me lembro, quando criança, olhava adultos com mais de trinta e os definia como sabedores do que queriam na vida, a maturidade era proporcional ao número de contas e prestações a pagar no mês… Hoje, já passada dos trinta, há dias em que me agonio com as menores decisões a tomar sob minha responsabilidade, me atrapalho com as datas de vencimento de boletos e me sinto, por vezes, meio boba tentando conversar com minha gerente do banco a respeito da minha previdência social.

Os tempos mudaram, é claro. Meus pais aos trinta tinham uma visão de mundo mais estreita, com um script a se seguir mais simplificado e determinado (e certamente menos virtual) que a minha. Os papéis eram bem definidos e dificilmente se alterava esse roteiro. As gerações anteriores, então, nem contar. Imagino, se aos trinta, eles tiveram a mesma capacidade de sonhar que eu tenho. Penso naquele filme Foi apenas um Sonho, como a revelação de um sabor amargo dos ideais e valores pelos quais desejamos e ansiamos a seguir durante a vida, mas somos engolidos pela rotina massacrante do dia-a-dia.

A verdade é que a vida oscila, altos e baixos fazem parte das esferas profissionais, amorosas e familiares, nem por isso, se deve deixar de confiar na existência. Não existe melhor ou pior; existe o que É, sem julgamento. Sonhar, aos trinta e poucos, é uma forma de observar ideais e valores importantes para manter a sanidade mental, oxigenar a capacidade de criar oportunidades e estar um pouquinho perto do paraíso. Conta-se que Walt Disney ia para o telhado sonhar, sem limites e restrições, antes de passar pelo processo de concretizar seu fantástico mundo que hoje permeia grande parte dos sonhos infantis.

Então, aos trinta e três, sonhar de olhos abertos, é uma capacidade resiliente altamente positiva de meu caráter. A resiliência me permite, muitas vezes, buscar soluções baseadas em desejos tidos por alguns como insanos ou impossíveis, mas que me parecem cada vez mais reais e verdadeiros! Largar carreiras, viver no mato e gostar de banho gelado, são alguns exemplos que a capacidade de sonhar, fora da caixinha e sem limites, me permitiu realizar, para minha alegria!… Te convido a sonhar comigo, e a cantar: Parabéns, prá mim!

Foto: Dona da Casa!

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Você vive o seu sonho?

Já escrevi por aqui, algumas vezes, que não faz muito que aprendi a cozinhar, costurar, cuidar da casa, entre outros ofícios do lar. Não faz muito também que larguei meu emprego no mercado financeiro, e decidi começar a estudar em outra área. Uma conjunção de fatores e acontecimentos foram responsáveis pela minha decisão, mas a verdade, nua e crua, é a de que eu me sentia, realmente, infeliz no meu trabalho.

Veja bem, não me arrependo nem um pouco pela década investida na carreira de economista. Muito pelo contrário, a formação me proporcionou um conhecimento pragmático do funcionamento do mundo, uma visão crítica e abrangente que moldaram muito minha maneira de agir e pensar. O trabalho na área me possibilitou conhecer diversos de meus grandes amigos, ter a sorte de trabalhar com os melhores profissionais da área, muitos deles, professores.

Portanto, a mudança de carreira, creio eu, aconteceu na hora certa, depois de ter explorado todas as possibilidades profissionais como economista. Ter cursado uma segunda formação, dessa vez técnica, não teria sido tão bem aproveitada se tivesse sido feita 10 anos antes. Provavelmente, me desiludiria com mercado de trabalho e sua rotina, minhas inseguranças inversamente relacionadas à maturidade não me deixariam fluir tanto em minha criatividade, e, provavelmente, eu não daria o real valor ao que é ser uma designer.

Durante esse processo, me explorei em diversas outras áreas. Ser dona de casa, dj, escritora desse blog, aprendiz de tarot e astrologia, buscadora, entre outras tantas possibilidades, me fizeram entedender o quanto uma pessoa não é apenas aquilo que ela faz ou trabalha. Não é e não deve!

Buscar viver o sonho de me realizar num ofício foi o que me motivou a mudar minha vida, em primeira instância. Hoje, aos poucos, vou desenhando passo-a-passo meu trajeto, descobrindo que não apenas uma, mas diversas possibilidades estão ao meu dispor. E por fim, percebo, que não é apenas a realização pelo fazer, mas viver através de um valor tão importante para mim que é o da coragem é o que me possibilita viver esse sonho e me realizar de verdade.

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Faça melhor

Essa história toda do carnaval aqui em casa, me preencheu a semana. Afinal foram dias de produção, discutindo idéias, atrás de inspiração e referências para poder fazer tudo de um jeito bem nosso, como a gente gosta. Isso me fez repensar na própria data, os quatro dias que para mim, sempre foram sinônimo de feriado prolongado, longe da muvuca.

Ok, sim, eu já pulei carnaval, já fui à bloquinhos, bailinhos, e até em escola de samba já saí. Mas nos últimos anos, ir ao cinema ou tomar sol no quintal me pareciam programas muito mais atraentes do que a folia, pessoalmente. De qualquer forma, como falei, essa festinha em casa - sugestão minha, não sei nem direito dizer o porquê - com a animação e dedicação da Dani (que ao contrário de mim, a-do-ra o Carnaval) me fizeram pensar nessa comemoração tão brasileira, por conta do samba.

Festejo popular, referenciado a partir de uma data cristã (a páscoa), sua característica são as alegorias, máscaras e fantasias. Numa espécie de vale-tudo dos deleites mundanos, as pessoas se abrem e se permitem fazer o que não fariam o resto do ano… Como se, ao vestir uma máscara, elas pudessem ser… elas mesmas! O dia seguinte?… Estranhamente, e geralmente, é um E agora, José de arrependimentos…

Então, aqui fica o meu convite: E se, neste carnaval, só neste, você experimentasse ser você, sem precisar exagerar a ponto de ter que se esquecer do dia de ontem? E se você amasse ao próximo e à sua vida estando inteiro nesse amor, e praticasse isso durante mais alguns dias, semanas, meses, ou quem sabe para o resto da vida? E se, ao tirar sua máscara, você continuasse a ser você mesmo, sem que a festa precisasse acabar? ;)

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Porta-chaves de casinha

A Dani escreveu outro dia sobre sua confusão com chaves, em seu blog Danny Bunny, não sabendo qual é qual… E mostrou uma forma fofa e divertida de resolver esse problema, colorindo uma de cada cor…

Para quem, como eu, precisa de um cantinho para deixá-las na mão e não se atrasar na hora de sair, revirando a casa feito louca, vai aprender a fazer um porta-chaves muito fofo para colocar na parede.

O formato que utilizei é uma casinha, um presente lindinho da Carol, pela Sarau Visual. Você pode usar qualquer outro bloquinho de madeira que você encontra em qualquer marcenaria, ou encomendar essa casinha através da própria Sarau (fala com a Carol mesmo!).

Você vai precisar dos seguintes materiais:

  • bloquinho de madeira
  • ganchos parafuso e parafusos
  • 01 prego
  • washitape
  • esmalte colorido
  • estilete
  • lápis
  • martelo
  • régua

Decore a casinha como quiser. A Carol já me deu pintada de branco nas laterais, eu aproveitei para incrementar com um decotape estampado.

Pinte os ganchos ou parafusos com esmalte colorido, retocando algumas vezes. Deixe secar.

Com um lápis e ajuda de uma régua, marque os lugares em que quer colocar os pregadores.

Depois, faça um furo raso com um prego para ficar mais fácil na hora de colocar os parafusos.

Pressionando, vá colocando os ganchos ou parafusos, como se estivesse enroscando, até ficarem bem presos.

A casinha que a Carol me deu, já vinha com um furo atrás, então ficou fácil de prender na parede.

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Limites e desejos

No sexto dia do ano, primeira segunda-feira de 2014, na minha querida Argentina, após ter assistido pela terceira vez o filme Before the Sunset, um sentimento nostálgico e esperançoso se ativou dentro de mim. É sempre bom renovar nossa listinha de sonhos, desejos, metas e afazeres para o ano que começa. Se o balanço já foi feito, é hora de planejar.

Como os personagens do filme, aos trinta e poucos anos, me comparo a 10 anos atrás, com os sonhos que carregava na bagagem e o mundo ainda novo que eu ansiava experimentar. Hoje, certamente mais madura, um pouco mais amargurada, não menos sonhadora, mas menos impulsiva, é possível fazer uma lista mais simples e mais objetiva, mas não menos perfumada.

Dessa forma, me propus tarefas mais simples, mais dia-a-dia, e mais fáceis de serem cumpridas, como praticar yoga 2x por semana, cozinhar para mim às quintas-feiras e fazer as unhas todas terças. São tarefas que exigem dedicar-se um tempo, especialmente só para eu mesma.
Outros planos incluem cuidados para o blog, entre novidades e busca por melhorias no conteúdo. E ao final, desejos mais abrangentes como mais prosperidade e tranquilidade na minha vida.

Desejos são motores da vida, se você não acha que depende da realização deles para ser feliz. Ou seja, é sempre bom sonhar, estabelecer metas, algumas alcançar e outras nem tanto… Correr atrás, e saber que disso se trata a vida, de desfrutar o caminho e nele aprender a viver.

Quando nos propomos algo, estabelecemos alguns limites. Limites são feitos para nos definir e para serem ultrapassados. E é isso que tanto nos sustenta quanto nos engrandece.

Se você ainda não montou sua listinha, minha sugestão é que faça a sua com carinho, permita-se sonhar e pensar como viabilizar alguns deles (se não todos).

Faz bem para alma, calienta o coração e anima até os mais pessimistas!
Sonhe!

Ah, e nunca é tarde para te desejar um feliz 2014!

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Live with less

Faltando 20 dias para acabar o ano, a duas semanas do natal, começou a me bater aquele sentimento nostálgico de fim de ano. Acho que todo o coletivo sente isso, apesar de nosso calendário gregoriano não passar de uma convenção estabelecida…

É hora do balanço, perceber como o tempo tem passado mais rápido e também de quanta coisa aconteceu em 360 dias. E se nenhum homem é capaz de atravessar o mesmo rio duas vezes - já dizia Heráclito - no fluxo da vida, nem a mesma água, nem a mesma pessoa: ao longo do tempo nada é constante, as mudanças e evoluções são o caminho natural da vida.

Este ano, foi um ano não tão fácil em muitos aspectos. Sinto que ele enxugou excessos que a gente já tinha dado como ordinários. Viver com menos, considerados por alguns uma ciência econômica, também pode ser enxergada como uma arte por outros, e que não necessariamente signifique menos deleite.

Tais restrições impostas pela vida geram uma contenção que faz com que algo interno amadureça. Passamos a eleger aquilo que realmente tem valor e é prioritário. E percebemos o quão raro é o tempo e as coisas que fazem sentido para a gente.

Acho que neste contexto, em meados de 2013, a Dona da Casa! blog surgiu, e foi, por incrível que pareça, de um dia para o outro. Talvez a gestação estivesse maturando dentro da minha cabeça e coração há alguns anos, mas um dia na cama, olhando para o teto, bazinga! eureka! me veio a idéia desse blog.

Nele, criei um espaço, para a minha sorte, na qual posso sintetizar tudo aquilo que eu prezo como parâmetros do viver bem: conforto, beleza, cuidado e simplicidade. E externar todos os valores que tenho cada vez mais como missão para mim.

Viver com menos? Yes! Menos peso, menos desperdício.
Abra espaço na sua vida que o novo quer entrar.

Imagem: Chiara Cavagion para Posterheroes

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Encontros e reencontros

Hoje tive a oportunidade de reencontrar uma grande amiga: a Dani Coelho, que está fazendo um trabalho incrivelmente fofo com a Danny Bunny

Conheci a Dani no nosso primeiro ano na Escola Panamericana de Arte & Design, na realidade, no primeiro dia de aula. Cheguei atrasada, como de costume, e o único lugar vazio na sala era ao lado dela. Naquele momento, havia reconhecido um sorriso e um olhar, que certamente me confortou muito diante da situação. Não sei se você também tem isso, mas eu sempre fico bastante ansiosa com o primeiro dia de aula ou de trabalho. Chegar atrasada, numa sala cheia, cria uma sensação de desconforto ainda maior. Somava-se a tudo isso, a expectativa de estar mudando completamente o rumo profissional da minha vida, pois tinha acabado de largar meu job como economista num banco de investimentos.

Mas enfim, desde o primeiro dia em que nos conhecemos, nós nos reconhecemos. Tínhamos muito em comum, e eu conseguia, mais do que enxergar, sentir a possibilidade de uma grande parceira. Seguimos os três anos de curso juntas, nas aulas, nos intervalos, nas entregas de portifólio, fora da sala de aula. As risadas, a cumplicidade e o companheirismo só recheavam uma amizade crescente. Minha admiração e carinho por uma pessoa extremamente criativa e caprichosa só ascendiam.

As situações da vida acabaram nos afastando durante os últimos 2 anos; rumos distantes mas sempre paralelos: os gostos, as afinidades e o carinho permaneciam espelhados. Então, nas últimas semanas, entre conversas em chats e sms decidimos pôr fim a essa separação e marcamos um reencontro aqui em casa.

Entre chás, bolo, lágrimas, prosa e risos, passamos um dia delicioso no sofá de casa, deixando o frio e a chuva do lado de fora da casa… Foi um reencontro super especial, gratificante e, tenho certeza que, muito importante para as duas.

Fui ainda presenteada com um mimo dentre as várias fofuras que a Dani faz: a Florinda. Ao final, com um longo abraço, deixei o encontro com uma sensação leve, o coração cheio de alegria, nutrida de amor e, principalmente, com uma amizade resgatada.

E você?… Tem reecontros especiais em sua vida? ♥

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Vamos ficar em casa?

Você também faz isso? Planeja comer uma pizza com os amigos, assistir uma peça que a amiga estrela, conhecer um restaurante japonês novo… e no final sugere:
- Vamos ficar em casa?

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Cartas mágicas e o espelho da alma

Adoro tudo que tenha um fundo mágico para explicar quem somos, de onde viemos e para onde vamos. A intersecção entre o mundo científico e a espiritualidade humana é o lugar que encontrei para deixar de vagar no meio do caos…

Há 8 anos, conhecia uma pessoa que se tornaria uma das minhas melhores amigas, a Bianca. Já faz algum tempo, ela se mudou de profissão, país e estilo de vida (essa história fica para outro post), quase como eu. E o que nos aproximou, naquela época foram umas cartas mágicas, o tarot.

Ela tinha um baralho conhecido como Tarot de Crowley que, depois de pesquisar e estudar sobre o assunto, na minha opinião é um dos mais completos, o mais repleto de arquétipos e significados e também o mais lindo. Os desenhos das cartas foram pintados por Frieda Harris, sua amiga, devota e musa. As cores vibrantes e marcantes são características deste tarot.

Longe de ser adivinhatório, as cartas vão apenas lhe mostrar de forma mais clara e elucidativa, aquilo que está emaranhado e cheio de dúvidas dentro de você. Precisa de algo mais? Além disso, o tarot é uma ferramenta reflexiva, que te convida a enxergar além daquilo que estamos viciados a olhar.

Costumo jogar quando tenho angústias, escolhas a serem feitas ou períodos de grandes mudanças. E não adianta, as cartas não mentem mesmo. Anteontem, resolvi tirar um jogo para observar qual o momento estou vivendo, e fui brindada com cartas mais que lindas: de Princesa de Copas, Abundância e o Universo.

Minha gratidão por esse momento da minha vida… e pela minha querida amiga Bianca, por ter cruzado meu caminho, com suas cartinhas mágicas e com seu jeito que me inspirou para tantas mudanças em minha vida!…

E você?… Tem encontros mágicos em sua vida também?…

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