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Tarde de pintura aquarela e guache com Dani Coelho

O que importa são os espaços vazios, os entremeios, a preparação de cores, a pausa para o chá. 

Conheço a Dani Coelho há mais de 5 anos, desde o curso de Artes, - já comentei nesse post aqui - e acho que a gente nunca superou muito aquela época.

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Digo isso, porque a gente era feliz pintando, passando tardes no meio de tintas, rabiscando. Às vezes horas ouvindo música, às vezes horas mergulhadas no silêncio. Um tipo de intimidade e cumplicidade, que houve tempo em que pensava “queria ter isso com mais gente”, e hoje, agradeço, feliz que tenho poucos, mas bons, com quem compartilhar essa vida.

A verdade é que, hoje, mesmo contentes com nosso trabalho e nossas incertas carreiras, a gente ainda ama aquelas tardes, em que a gente podia usar a criatividade sem destino ou fim certo. Não importa a técnica, não importa o resultado, não importa, ponto. O que importa são os espaços vazios, os entremeios, a preparação de cores, a pausa para o chá. A gente conversa, depois a gente ri, e também se esquece do que conversou. 

E foi assim nossa tarde. Esboços de desejos incertos num papel em branco, rabiscos de talentos coloridos, no meio de curvas, traços e caligrafias.

Fotos: Dona da Casa!

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