Aos 33, sonhando de olhos abertos
Neste final de semana, comemorei 33 anos. Junto com mais 3 mulheres que admiro muito, creio que astrologicamente, o céu conspira ao nosso favor. Completando a idade de cristo, percebo rastros da iluminação no meu caminho; a redenção deve vir no pacote.
Me lembro, quando criança, olhava adultos com mais de trinta e os definia como sabedores do que queriam na vida, a maturidade era proporcional ao número de contas e prestações a pagar no mês… Hoje, já passada dos trinta, há dias em que me agonio com as menores decisões a tomar sob minha responsabilidade, me atrapalho com as datas de vencimento de boletos e me sinto, por vezes, meio boba tentando conversar com minha gerente do banco a respeito da minha previdência social.
Os tempos mudaram, é claro. Meus pais aos trinta tinham uma visão de mundo mais estreita, com um script a se seguir mais simplificado e determinado (e certamente menos virtual) que a minha. Os papéis eram bem definidos e dificilmente se alterava esse roteiro. As gerações anteriores, então, nem contar. Imagino, se aos trinta, eles tiveram a mesma capacidade de sonhar que eu tenho. Penso naquele filme Foi apenas um Sonho, como a revelação de um sabor amargo dos ideais e valores pelos quais desejamos e ansiamos a seguir durante a vida, mas somos engolidos pela rotina massacrante do dia-a-dia.
A verdade é que a vida oscila, altos e baixos fazem parte das esferas profissionais, amorosas e familiares, nem por isso, se deve deixar de confiar na existência. Não existe melhor ou pior; existe o que É, sem julgamento. Sonhar, aos trinta e poucos, é uma forma de observar ideais e valores importantes para manter a sanidade mental, oxigenar a capacidade de criar oportunidades e estar um pouquinho perto do paraíso. Conta-se que Walt Disney ia para o telhado sonhar, sem limites e restrições, antes de passar pelo processo de concretizar seu fantástico mundo que hoje permeia grande parte dos sonhos infantis.
Então, aos trinta e três, sonhar de olhos abertos, é uma capacidade resiliente altamente positiva de meu caráter. A resiliência me permite, muitas vezes, buscar soluções baseadas em desejos tidos por alguns como insanos ou impossíveis, mas que me parecem cada vez mais reais e verdadeiros! Largar carreiras, viver no mato e gostar de banho gelado, são alguns exemplos que a capacidade de sonhar, fora da caixinha e sem limites, me permitiu realizar, para minha alegria!… Te convido a sonhar comigo, e a cantar: Parabéns, prá mim!
Foto: Dona da Casa!