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A tristeza também está lá

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Ninguém gosta de falar de depressão. De compartilhar desânimo ou parecer que a vida não vai bem… É só a gente atualizar nosso feed de notícias de alguma de nossas redes sociais, que a gente percebe que a vida das pessoas é feita de festa, coisas gostosas, viagens e declarações de amor e de humor… Falo isso, sem hipocrisia, a minha mesmo está recheada dos clichês.

Mas no fundo, a gente sabe que não é bem assim. Bom, falo por mim. Tem dias que não há inspiração que te levante o ânimo, que contratempos e frustrações nos jogam para baixo, quando não nos deixam desnorteados. E às vezes isso não acontece só por algumas horas no dia, ou no período de tpm, às vezes acontece repetidamente por semanas.

Mesmo que a gente faça coisas legais, e que olhando de fora não haja absolutamente nada de errado com nossas vidas, o sentimento de tristeza está lá. Uma pontinha de dúvida e desconfiança que dá uma sensação de ingratidão com a vida.

Bom, este post não tem a intenção de deprimir ninguém, por mais que pareça o contrário. É mais uma vontade de dividir essa realidade que às vezes se passa comigo. E que tem sido assim durante algumas semanas. Tenho trabalhado normal. Dormido, comido, feito minhas atividades de lazer, minha yoga, viajado, namorado, enfim. Mas existe uma tristeza que está lá. Sem nome e sem rótulo. Só tristeza. Se fosse dar um nome, talvez fosse uma nostalgia saudosa de coisas e pessoas que se foram. Da inexorável condição humana. Do fim, do desapego inerente ao que somos e ao que nos cerca.

O que eu quero dizer, em outras palavras, é que esse estado de ânimo (ou de desânimo) me dá alguma profundidade. É o que me deixa compassionada pelas coisas ao meu redor, o que de alguma forma, me conecta com o outro. Se a alegria expande, a tristeza intima. Uma não é melhor que a outra, mas uma sem a outra é vazia. Aqueles que só sabem transparecer alegria sem se permitir a tristeza, vivem na superficialidade. Aqueles só deprimidos, que não se permitem um dia de sol, são impossíveis de se relacionar em sua miséria.

O tão almejado equilíbrio, ah!, o equilíbrio… Ele existe ou é mais um pêndulo que oscila entre dois pólos? Acho que a resposta vem por outro canal, a aceitação. Aceitar a tristeza que também nos caracteriza, assim, como a alegria que nos embeleza. Aceitar que há dias em que você tem direito de estar desgostoso, uma nuvem que passa cobrindo o sol, mas passa…

Então, eu tô nesse processo. Na verdade, acho que sempre estive. Dessa vez, só, não vou fugir ou desmoronar. Vou aceitar e torná-lo parte de mim também. E quem sabe, crescer. Afinal, mar calmo nunca fez marinheiro habilidoso. E de tantos altos e baixos, talvez a bússola encontre seu equilíbrio… ah!, o equilíbrio.

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Aos 33, sonhando de olhos abertos

Neste final de semana, comemorei 33 anos. Junto com mais 3 mulheres que admiro muito, creio que astrologicamente, o céu conspira ao nosso favor. Completando a idade de cristo, percebo rastros da iluminação no meu caminho; a redenção deve vir no pacote.

Me lembro, quando criança, olhava adultos com mais de trinta e os definia como sabedores do que queriam na vida, a maturidade era proporcional ao número de contas e prestações a pagar no mês… Hoje, já passada dos trinta, há dias em que me agonio com as menores decisões a tomar sob minha responsabilidade, me atrapalho com as datas de vencimento de boletos e me sinto, por vezes, meio boba tentando conversar com minha gerente do banco a respeito da minha previdência social.

Os tempos mudaram, é claro. Meus pais aos trinta tinham uma visão de mundo mais estreita, com um script a se seguir mais simplificado e determinado (e certamente menos virtual) que a minha. Os papéis eram bem definidos e dificilmente se alterava esse roteiro. As gerações anteriores, então, nem contar. Imagino, se aos trinta, eles tiveram a mesma capacidade de sonhar que eu tenho. Penso naquele filme Foi apenas um Sonho, como a revelação de um sabor amargo dos ideais e valores pelos quais desejamos e ansiamos a seguir durante a vida, mas somos engolidos pela rotina massacrante do dia-a-dia.

A verdade é que a vida oscila, altos e baixos fazem parte das esferas profissionais, amorosas e familiares, nem por isso, se deve deixar de confiar na existência. Não existe melhor ou pior; existe o que É, sem julgamento. Sonhar, aos trinta e poucos, é uma forma de observar ideais e valores importantes para manter a sanidade mental, oxigenar a capacidade de criar oportunidades e estar um pouquinho perto do paraíso. Conta-se que Walt Disney ia para o telhado sonhar, sem limites e restrições, antes de passar pelo processo de concretizar seu fantástico mundo que hoje permeia grande parte dos sonhos infantis.

Então, aos trinta e três, sonhar de olhos abertos, é uma capacidade resiliente altamente positiva de meu caráter. A resiliência me permite, muitas vezes, buscar soluções baseadas em desejos tidos por alguns como insanos ou impossíveis, mas que me parecem cada vez mais reais e verdadeiros! Largar carreiras, viver no mato e gostar de banho gelado, são alguns exemplos que a capacidade de sonhar, fora da caixinha e sem limites, me permitiu realizar, para minha alegria!… Te convido a sonhar comigo, e a cantar: Parabéns, prá mim!

Foto: Dona da Casa!

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Você vive o seu sonho?

Já escrevi por aqui, algumas vezes, que não faz muito que aprendi a cozinhar, costurar, cuidar da casa, entre outros ofícios do lar. Não faz muito também que larguei meu emprego no mercado financeiro, e decidi começar a estudar em outra área. Uma conjunção de fatores e acontecimentos foram responsáveis pela minha decisão, mas a verdade, nua e crua, é a de que eu me sentia, realmente, infeliz no meu trabalho.

Veja bem, não me arrependo nem um pouco pela década investida na carreira de economista. Muito pelo contrário, a formação me proporcionou um conhecimento pragmático do funcionamento do mundo, uma visão crítica e abrangente que moldaram muito minha maneira de agir e pensar. O trabalho na área me possibilitou conhecer diversos de meus grandes amigos, ter a sorte de trabalhar com os melhores profissionais da área, muitos deles, professores.

Portanto, a mudança de carreira, creio eu, aconteceu na hora certa, depois de ter explorado todas as possibilidades profissionais como economista. Ter cursado uma segunda formação, dessa vez técnica, não teria sido tão bem aproveitada se tivesse sido feita 10 anos antes. Provavelmente, me desiludiria com mercado de trabalho e sua rotina, minhas inseguranças inversamente relacionadas à maturidade não me deixariam fluir tanto em minha criatividade, e, provavelmente, eu não daria o real valor ao que é ser uma designer.

Durante esse processo, me explorei em diversas outras áreas. Ser dona de casa, dj, escritora desse blog, aprendiz de tarot e astrologia, buscadora, entre outras tantas possibilidades, me fizeram entedender o quanto uma pessoa não é apenas aquilo que ela faz ou trabalha. Não é e não deve!

Buscar viver o sonho de me realizar num ofício foi o que me motivou a mudar minha vida, em primeira instância. Hoje, aos poucos, vou desenhando passo-a-passo meu trajeto, descobrindo que não apenas uma, mas diversas possibilidades estão ao meu dispor. E por fim, percebo, que não é apenas a realização pelo fazer, mas viver através de um valor tão importante para mim que é o da coragem é o que me possibilita viver esse sonho e me realizar de verdade.

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Faça melhor

Essa história toda do carnaval aqui em casa, me preencheu a semana. Afinal foram dias de produção, discutindo idéias, atrás de inspiração e referências para poder fazer tudo de um jeito bem nosso, como a gente gosta. Isso me fez repensar na própria data, os quatro dias que para mim, sempre foram sinônimo de feriado prolongado, longe da muvuca.

Ok, sim, eu já pulei carnaval, já fui à bloquinhos, bailinhos, e até em escola de samba já saí. Mas nos últimos anos, ir ao cinema ou tomar sol no quintal me pareciam programas muito mais atraentes do que a folia, pessoalmente. De qualquer forma, como falei, essa festinha em casa - sugestão minha, não sei nem direito dizer o porquê - com a animação e dedicação da Dani (que ao contrário de mim, a-do-ra o Carnaval) me fizeram pensar nessa comemoração tão brasileira, por conta do samba.

Festejo popular, referenciado a partir de uma data cristã (a páscoa), sua característica são as alegorias, máscaras e fantasias. Numa espécie de vale-tudo dos deleites mundanos, as pessoas se abrem e se permitem fazer o que não fariam o resto do ano… Como se, ao vestir uma máscara, elas pudessem ser… elas mesmas! O dia seguinte?… Estranhamente, e geralmente, é um E agora, José de arrependimentos…

Então, aqui fica o meu convite: E se, neste carnaval, só neste, você experimentasse ser você, sem precisar exagerar a ponto de ter que se esquecer do dia de ontem? E se você amasse ao próximo e à sua vida estando inteiro nesse amor, e praticasse isso durante mais alguns dias, semanas, meses, ou quem sabe para o resto da vida? E se, ao tirar sua máscara, você continuasse a ser você mesmo, sem que a festa precisasse acabar? ;)

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Limites e desejos

No sexto dia do ano, primeira segunda-feira de 2014, na minha querida Argentina, após ter assistido pela terceira vez o filme Before the Sunset, um sentimento nostálgico e esperançoso se ativou dentro de mim. É sempre bom renovar nossa listinha de sonhos, desejos, metas e afazeres para o ano que começa. Se o balanço já foi feito, é hora de planejar.

Como os personagens do filme, aos trinta e poucos anos, me comparo a 10 anos atrás, com os sonhos que carregava na bagagem e o mundo ainda novo que eu ansiava experimentar. Hoje, certamente mais madura, um pouco mais amargurada, não menos sonhadora, mas menos impulsiva, é possível fazer uma lista mais simples e mais objetiva, mas não menos perfumada.

Dessa forma, me propus tarefas mais simples, mais dia-a-dia, e mais fáceis de serem cumpridas, como praticar yoga 2x por semana, cozinhar para mim às quintas-feiras e fazer as unhas todas terças. São tarefas que exigem dedicar-se um tempo, especialmente só para eu mesma.
Outros planos incluem cuidados para o blog, entre novidades e busca por melhorias no conteúdo. E ao final, desejos mais abrangentes como mais prosperidade e tranquilidade na minha vida.

Desejos são motores da vida, se você não acha que depende da realização deles para ser feliz. Ou seja, é sempre bom sonhar, estabelecer metas, algumas alcançar e outras nem tanto… Correr atrás, e saber que disso se trata a vida, de desfrutar o caminho e nele aprender a viver.

Quando nos propomos algo, estabelecemos alguns limites. Limites são feitos para nos definir e para serem ultrapassados. E é isso que tanto nos sustenta quanto nos engrandece.

Se você ainda não montou sua listinha, minha sugestão é que faça a sua com carinho, permita-se sonhar e pensar como viabilizar alguns deles (se não todos).

Faz bem para alma, calienta o coração e anima até os mais pessimistas!
Sonhe!

Ah, e nunca é tarde para te desejar um feliz 2014!

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Live with less

Faltando 20 dias para acabar o ano, a duas semanas do natal, começou a me bater aquele sentimento nostálgico de fim de ano. Acho que todo o coletivo sente isso, apesar de nosso calendário gregoriano não passar de uma convenção estabelecida…

É hora do balanço, perceber como o tempo tem passado mais rápido e também de quanta coisa aconteceu em 360 dias. E se nenhum homem é capaz de atravessar o mesmo rio duas vezes - já dizia Heráclito - no fluxo da vida, nem a mesma água, nem a mesma pessoa: ao longo do tempo nada é constante, as mudanças e evoluções são o caminho natural da vida.

Este ano, foi um ano não tão fácil em muitos aspectos. Sinto que ele enxugou excessos que a gente já tinha dado como ordinários. Viver com menos, considerados por alguns uma ciência econômica, também pode ser enxergada como uma arte por outros, e que não necessariamente signifique menos deleite.

Tais restrições impostas pela vida geram uma contenção que faz com que algo interno amadureça. Passamos a eleger aquilo que realmente tem valor e é prioritário. E percebemos o quão raro é o tempo e as coisas que fazem sentido para a gente.

Acho que neste contexto, em meados de 2013, a Dona da Casa! blog surgiu, e foi, por incrível que pareça, de um dia para o outro. Talvez a gestação estivesse maturando dentro da minha cabeça e coração há alguns anos, mas um dia na cama, olhando para o teto, bazinga! eureka! me veio a idéia desse blog.

Nele, criei um espaço, para a minha sorte, na qual posso sintetizar tudo aquilo que eu prezo como parâmetros do viver bem: conforto, beleza, cuidado e simplicidade. E externar todos os valores que tenho cada vez mais como missão para mim.

Viver com menos? Yes! Menos peso, menos desperdício.
Abra espaço na sua vida que o novo quer entrar.

Imagem: Chiara Cavagion para Posterheroes

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