simple meal Lilian Fujiy simple meal Lilian Fujiy

Panqueca de Ricota com Molho Branco

Massa adaptada da receita da Flamboesa. O recheio e o molho são apenas sugestões, você pode fazer a combinação que preferir.

Panqueca é uma receita bem fácil, e eu adoro fazer porque acho divertido também. Virar os discos no ar com a frigideira, rechear e enrolar, sempre me fazem sorrir. Essas aqui foram recheadas com ricota temperada e cobri com molho branco. Mas na outra semana, eu tinha feito recheadas com espinafre com molho branco e ricota, e cobri com molho de tomate, tinha ficado melhor.

A verdade é que você pode fazer a combinação que preferir, não tem muita regra. A receita da massa eu me baseei na da Flamboesa, que ensina para a receita doce, mas eu adaptei para a salgada. Ficou ótima.


Queria dar uma dica, que já está sendo bem dada por aí, de um seriado para assistir na Netflix: Nada Ortodoxa. É uma minissérie, com 4 capítulos. Shira Haas, a atriz principal, me fez chorar e emocionar em inúmeras cenas.

A opressão sobre as mulheres, que dita a maior parte das religiões (se não em todas), é muito visível e evidente nos códigos sociais dessa comunidade judaica, ilustrada no seriado. É fácil se repugnar ou se indignar com tais formas tão escancaradas. Mas também me fez questionar todas as formas sutis que ainda permeiam a minha vida e a de tantas mulheres. O quanto ainda convivemos com diferentes níveis estruturais dessa opressão em nossa sociedade.

Eu não tenho mais nenhuma dúvida de que é necessário combater o patriarcado e estar atenta a todas as nuances que ainda inundam minha visão de mundo, de filtro e julgamento sobre outras mulheres. É um exercício diário, às vezes doloroso, perceber o quanto ainda contribuo ao permitir que estruturas opressoras continuem a se manter (não apenas as de gênero, mas as de classe e de raça também), o quanto não tenho nenhuma resposta concreta para uma sociedade mais justa. Eu tento pautar a minha vida pela coerência dos meus atos com meus valores, mas a verdade é que estou bem longe de realmente afirmar que vivo por entre essas linhas.


Receita de Panqueca de Ricota com Molho Branco
Receita de Panqueca de Ricota com Molho Branco
Panqueca de Ricota com Molho Branco
Receita de Panqueca de Ricota com Molho Branco
Receita de Panqueca de Ricota com Molho Branco
Receita de Panqueca de Ricota com Molho Branco
Receita de Panqueca de Ricota com Molho Branco
Receita de Panqueca de Ricota com Molho Branco
Receita de Panqueca de Ricota com Molho Branco
Receita de Panqueca de Ricota com Molho Branco
Receita de Panqueca de Ricota com Molho Branco

Panqueca de Ricota com Molho Branco

Massa adaptada da receita da Flamboesa. O recheio e o molho são apenas sugestões, você pode fazer a combinação que preferir.

  • Rendimento: 8 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: prato principal

Ingredientes

para a massa

  • 2 ovos
  • 1 colheres de sopa de açúcar
  • 2 colheres de sopa de manteiga derretida.
  • 1 xícara de chá de leite
  • 1 e 1/2 xícara de chá de farinha de trigo

para o recheio

  • 400g de ricota
  • 1/2 xícara de chá de molho de tomate
  • 1 colher de sopa de orégano
  • algumas folhas de manjericão fresco picado
  • sal, pimenta do reino e azeite a gosto

para o molho branco

  • 2 xícaras de leite
  • 2 colheres de sopa de maisena
  • 1/2 cebola picada
  • 1 colher de sopa de açúcar
  • 1 colher de sopa de manteiga
  • sal, pimenta e noz moscada ralada a gosto

Modo de Preparo

para a massa

  1. Num recipiente, junte os ovos e o açúcar e bata bem até ficar um creme esbranquiçado.
  2. Junte o restante dos ingredientes e misture até ficar homogêneo.
  3. Aqueça uma frigideira antiaderente em fogo médio-baixo com uns 28cm de diâmetro.
  4. Coloque uma concha do líquido e espalhe bem, girando a frigideira.
  5. Espere assar de um lado - ela começa a descolar do fundo - e vire para cozinhar do outro.
  6. Deixe esfriar num prato.
  7. Recheie cada panquca com cerca de 2 colheres de sopa do recheio abaixo e enrole.
  8. Disponha numa vasilha ou assadeira, coloque um pouco do molho e leve para esquentar no forno por uns 5-10 minutos.

para o recheio

  1. Numa tigela junte a ricota, o molho e os temperos.
  2. Despedaçe a ricota com um garfo e misture bem.
  3. Veja se o tempero está ao seu gosto.

para o molho

  1. Numa panelinha, refogue a cebola na manteiga.
  2. Quando estiver dourada, junte o açúcar.
  3. Numa xícara dissolva a maisena em um pouco do leite e depois junte ao restante do leite.
  4. Verta o leite na panelinha e misture bem em fogo médio
  5. Tempere com sal, pimenta do reino e bastante noz moscada ralada.
  6. Misture bem até começar a engrossar.
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Receita de Panqueca de Ricota com Molho Branco
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Brigadeiro de colher com Geléia de Amora

E meu amor pelo Bhagwan.

Não costumo comemorar a Páscoa. Quando criança, ganhava ovos de chocolate, é claro, e minha mãe fazia bacalhoada no domingo. Mas nunca houve um sentido religioso ou espiritual dentro de mim relacionada a esta data. Não sou católica, nem cristã, não sigo nenhuma religião. Tenho uma busca espiritual constante em minha vida, desde que me conheço por gente. Rezo, medito todos os dias, pratico yoga sempre que consigo. E tenho um mestre indiano, o Bhagwan Shree Rajneesh, ou Osho, que já partiu. Meu amor por ele, vem pelo amor que meu companheiro, discípulo há mais de 30 anos, tem por ele. Eu nunca li muito dos seus livros, transcrições de seus satsangs. Mas eu adorava seu sorriso e seu silêncio em seus discursos. Ele dizia que seus sannyasins eram os mais alegres, festeiros e criativos desse mundo. E ele estava certo. A gente está sempre em celebração.

Estou escrevendo isso, 3 semanas após ter assistido ao documentário-série do Netflix, Wild Wild Country, de uma tacada só, 6 episódios seguidos. Eu não conhecia a história da comunidade em Oregon. Sabia que fora polêmica e que a coisa tinha ficado feia no final. O seriado mostra pouco do Osho em si; o foco ficou na história do rancho e a briga com os caipiras. Me emocionei demais com a construção daquele lugar fabuloso. Da beleza das pessoas e do amor delas pelo mestre. Mas fiquei triste e mexida de uma maneira ruim, com as cagadas (não consigo pensar em outra palavra) da Sheela e sua panelinha, do ódio e preconceito do entorno, e de como tiveram a capacidade de rotular o amor livre em terrorismo.

O que eu posso dizer de tudo isso? Hoje, a gente tem mais tecnologia, informações e conhecimento disponíveis para quem quiser procurar, livros do Osho em prateleiras de todas livrarias. Mas o mundo continua conservador, chato e intolerante como nunca, por conta do medo e da ignorância. É difícil acreditar que isso um dia irá mudar. Enfim, meu coração ficou na mão, mas eu continuo buscando meu caminho. Meu amor pelo Osho e minha gratidão pela sua vida, coragem e entrega são ainda maiores depois de tudo isso, depois de ter assistido ao documentário completo. E acho que os "vermelhinhos" irão concordar comigo. 


Antes que algum hater de plantão comece a destilar seu veneno por aqui, quero deixar claro que não concordo com tudo que Osho dizia. Diferente de qualquer outro mestre, ele não pregava ou doutrinava em seus discursos. Muito pelo contrário, ele te convidava a duvidar de tudo que dizia, e descobrir a verdade através de sua própria experiência. Às vezes contradizia seus próprios discursos, propositalmente. Era um mestre muito singular.


"Eu gostaria que meus sannyasins vivessem a vida em sua totalidade, mas com uma condição absoluta, uma condição categórica: e essa condição é consciência e meditação.
Primeiro, vá fundo na meditação, de modo que você possa limpar a sua inconsciência de todas as sementes venenosas, de modo que nada exista para ser corrompido e nada exista dentro de você cujo poder possa trazê-lo para fora.
Então, a partir de então, faça tudo o que tiver vontade de fazer."

- Osho -


Fiz esses brigadeiros de colher, para comer de sobremesa nessa Páscoa. A receita é da rainha das doçuras, Franciele do blog Flamboesa. Suas produções parecem ter saído de Alice no País das Maravilhas, suas fotografias são cheias de carinho, coloridas em tons pastéis. Adoro.

Montei no copinho, com uma colher de geléia de amora, outra do brigadeiro, e polvilhei coco ralado com cacau em pó por cima de tudo. Ficou uma delícia. Feliz Páscoa!


brigadeiro
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Brigadeiro de colher com Geléia de Amora

Um mimo, receita original da Franciele do Flamboesa

  • Rendimento: cerca de 8 copinhos

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: docinho

Ingredientes
  • 395g de leite condensado (1 lata)
  • 1 colher de sopa de manteiga
  • 2 colheres de sopa de cacau em pó
  • 1 pitada de sal
  • 8 colheres de sopa de geléia de amora
  • coco ralado e cacau em pó para decorar

Modo de Preparo
  1. Coloque o leite condensado, o cacau em pó peneirado, a manteiga e o sal em uma panelinha, misture e leve para cozinhar em fogo baixo.
  2. Mexa sempre, até cozinhar e desprender do fundo da panela, e chegar ao ponto de brigadeiro de enrolar.
  3. Adicione o creme de leite, misture bem e desligue o fogo.
  4. Coloque em uma tigela e cubra com filme plástico, em contato com o doce, para não criar crosta e espere esfriar totalmente antes de usar.
  5. Em copinhos de shot, coloque uma colher de geléia, preencha o restante com o brigadeiro.
  6. Polvilhe coco ralado e cacau em pó para decorar.
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