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Pavlova de Morango

A décima sobremesa clássica também foi muito pedida lá na caixinha de sugestões: Pavlova ou suspiros com creme batido e frutas. Uma combinação clássica, difícil encontrar alguém que não goste - dos paladares mais exigentes aos mais formiguinhas.

A décima sobremesa clássica também foi muito pedida lá na caixinha de sugestões: Pavlova ou suspiros com creme batido e frutas. Uma combinação clássica, difícil encontrar alguém que não goste - dos paladares mais exigentes aos mais formiguinhas.

O segredo está no equilíbrio da doçura, nos merengues bem feitos, e na escolha de frutas ácidas. É claro que você pode optar por suspiros comprados prontos. Eu mesma, sempre tenho vários saquinhos na despensa. Daí é só montar numa travessa que fica linda.

Mas se você quiser se aventurar a fazer essas nuvens crocantes por fora e macias por dentro, ou mesmo um bolo lindo, vou deixar todas as dicas aqui em baixo.


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Pavlova de Morango com calda cítrica

A vida também é doce.

Vida corrida, falta de tempo e as desculpas usuais para justificar minha ausência por aqui. É um muito disso e mais um pouco. A vida faz quase nenhum sentido nessas horas, ela atravessa a gente, e fica quase nada dela por dentro. Mas a incerteza dos acontecimentos passou a ser o único certo da vida, e a gente se adapta a esse não saber nunca, constantemente, e quando sabe, sabe que não sabe nada, na verdade. 

Mas como nem tudo é lamentação, às vezes a gente tem uma trégua, um intervalo, para lembrar a gente que a vida também é boa. A pior lunação dos últimos dez anos passa, e os astros começam a corroborar boas novas. E como são boas essas horas. 

Na contramão das indefinições, eu que sempre fui indisciplinada com tudo, tenho estabelecido uma rotina de ritmo cadenciado. Academia pela manhã, pausas para uma alimentação mais regrada, meditação à noite, leitura de um bom livro antes de dormir. Sem horários fixos, mas mantendo uma disciplina dentro dos meus tempos internos. Isso tem feito bem para minha alma, cansada das oscilações terrenas; um coração taurino que gosta de um chão firme para pisar. 

Em resumo, tive tempo essa semana para criar, fotografar. Tive tempo para organizar alguns dos meus pensamentos. Como é época de morangos, fiz sorvete, fiz bolo, fiz uma pavlova com eles. Tenho sido menos dura com a vida, e ela tem retribuído, amavelmente. Tenho ficado mais comigo mesma, e isso tem sido restaurador.

Tenho aprendido muito com meu relacionamento, às vezes dá até um medinho de escrever, de tão boa a fase que a gente se encontra atualmente. Digo fase, porque sei que os altos e baixos fazem parte de qualquer relação, querer se estacionar e acomodar pode ser mais confortável, mas infelizmente (ou felizmente) essa não é uma opção viável nem possível que a vida me oferece. E se eu me esqueço disso, ela me chacoalha bem rapidamente, para me lembrar bem lembrado. Estamos há mais de dez anos juntos, e a cada dia que passa, o amo mais.


A reforma no sítio tem se alongado, mas a casinha está ficando cada dia mais do jeito que a gente quer, e a gente vai exercitando o dom da paciência e da confiança na existência de que tudo que é nosso está bem cuidado. Espero em breve ter fotos de lá.


Ter um batedeira planetária robusta e de linha, figurava na minha lista de desejos, mas confesso que era mais uma vontade classificada como luxo que necessidade. Depois de usar essa kMix da Kenwood, meu entusiasmo se tornou um por quê não antes?, e entendi porquê grandes chefs e culinaristas (e decoradores!) a tem como um utensílio básico e imprescindível na cozinha. #ad

Foi com ela que fiz o merengue da pavlova e também o chantilly


Os filmes de recomendação da semana são Sieranevada e A Voz do Coração. O primeiro mostra uma tarde numa família romena que se reúne para prestar as últimas homenagens ao pai falecido. Apesar da religiosidade, manutenção das tradições e rituais, a espiritualidade cultivada dentro da reunião familiar é bem rasa. Humor irônico, ótima filmagem - simples, seca e direta, daquelas com poucos cortes feitos com uma câmera só - cenas e diálogos impagáveis. 

O segundo, um filme francês, que conta a história de um professor/supervisor de uma escola para alunos considerados especiais - por serem indisciplinados - ou órfãos. Um filme bonito, singelo, para se emocionar. A bondade e o amor do professor com estes alunos é um alento para alma. Está no Netflix


A receita da Pavlova está abaixo, e ela foi baseada e inspirada nas receitas da Camila do Feito.comAmor e das meninas do Our Food Stories.


Pavlova da Morangos com farofa de amendoim calda cítrica

para o suspiro

  • 05 claras (temperatura ambiente)

  • 01 e 1/2 xícara de açúcar confeiteiro

  • 01 colher de sopa de vinagre branco

  • 01 colher de sopa de maisena

para o creme batido com farofa de amendoim

  • 01 xícara de creme de leite fresco

  • 02 colheres de sopa de açúcar

  • 1/2 xícara de amendoim

  • pitada de sal

para os morangos

  • 350g de morangos

  • 1/2 limão

  • 01 colher de sopa de açúcar

para a calda cítrica

  • 02 laranjas

  • 01 limão

  • 01 xícara de açúcar

  • 01 xícara de água

  • 03 anises estreladas

 

Modo de Preparo

para o suspiro
Bata as claras até formarem picos firmes. Vá adicionando aos poucos o açúcar peneirado. Quando o merengue estiver firme e brilhante pare a batedeira. Adicione o vinagre e a maisena e misture com uma colher. 

Numa assadeira forrada com papel manteiga, marque um círculo de 20 cm de diâmetro, aproximadamente. Coloque o merengue neste disco preenchendo-o totalmente. Depois faça outra camada, mas com uma cavidade central. Leve ao forno pré-aquecido a 120C graus (eu fiz como a Camila ensinou, coloquei uma colher de pau na porta do forno, à 160C graus) e asse por aproximadamente 1 hora e meia.

Não tenha pressa, não abra o forno antes da hora, e deixe esfriar dentro do próprio forno. Se preferir, faça a noite, e deixe esfriando dentro do forno de um dia para o outro. Se der errado, não chore, xingue ou se sinta só. A minha já afundou ou queimou algumas várias vezes, antes de conseguir fazer uma perfeita. Em tempo, ela está perfeita quando estiver crocante por fora e macia por dentro.

para o creme batido com farofa de amendoim

Torre o amendoim com um pouco de sal, numa frigideira ou no forno. Ela doura rapidamente, fique de olho para não queimar. Deixe esfriar. Depois bata o amendoim no liquidificador, até virar uma farofa. Bater o creme de leite com o açúcar até virar chantilly. Misture com a farofa se desejar. 

para os morangos

Pique os morangos. Junte o açúcar e o suco de limão e misture. Deixe na geladeira por pelo menos 1 hora.

para a calda cítrica

Ferver a água e o açúcar numa panelinha e adicionar as anises. Corte as laranjas e o limão em rodelas finas, e cozinhe na calda por uns 15 minutos. Retire as rodelas e deixe as secando num rack. Continue fervendo a calda até ela se reduzir e ficar espessa. Você ainda pode assar as rodelas no forno para comer depois, junto com a pavlova, se desejar.

para a pavlova

Para montar a Pavlova: Primeira camada é de suspiro. Recheie e cubra com o creme batido e coloque os morangos (escorra eles antes) sobre tudo. Sirva com um pouco de calda e farofa. Monte apenas na hora de servir, para que a massa da Pavlova mantenha-se crocante.


*Essa postagem foi feita em parceria com a Kenwood Brasil (muito obrigada!). Todas as opiniões expressas aqui são exclusivamente minhas. 

 

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Mini pavlovas com frutas vermelhas

Assadas por mim!

Ainda, e mais da Nova Zelândia. Das sobremesas típicas que tive o prazer de degustar durante minha viagem, uma delas foi a pavlova. Uma espécie de bolo feito de suspiro, com creme batido e frutas. Já até publiquei uma versão dela por aqui, mas na ocasião, havia comprado um pacote de suspiros e montado a sobremesa num copo. Relatei minha falta de destreza em assar os suspiros naquele post.

Desta vez, no entanto, depois de voltar de viagem, e ter aprendido por lá os truques e manhas com um querido amigo kiwi, o Alec; afinal, controvérsias à parte, os neozelandeses se consideram inventores da sobremesa, então nada melhor do que aprender com eles!… Consegui finalmente assar meus merengues com louvor (e muita paciência! - porque o forno aqui de casa não é lá essas coisas). Vai muita clara, aviso. Mas como tive algumas produções de sorvete excedentes, uma delas de sambayón (ainda publico um dia a receita aqui!) as gemas tiveram bom uso também, e você pode encontrar seus próprios bons motivos em ótimas receitas* que levam só gemas, te garanto :).

*uma ótima sobremesa para se utilizar justamente a quantidade de gemas descartadas desta receita é a baba de moça, veiculada no programa desta semana pela musa do Panelinha, Rita Lobo.

Quando vi a receita da Nigella, em miniaturas, achei que seria uma ótima maneira de tentar novamente assar os discos, sem me arriscar num tamanho maior. O resultado foi comemorado (com direito a soquinhos no ar de alegria!), pois além de deliciosas, ficaram belas demais. E aí está mais uma coisa que adoro na cozinha. Não acertar de primeira, nem de segunda (e às vezes, no meu caso, nem de terceira), mas mesmo assim, continuar a tentar. Afinal, desafios são para isso, não?

Mini Pavlovas com frutas vermelhas | versão original da Nigella

18 porções

  • 10 claras;
  • 500 g de açúcar;
  • 04 colheres de chá de maizena;
  • 01 colher de sopa de baunilha;
  • 02 colheres de chá de vinagre de vinho branco;
  • pitada de sal;
  • 500g de creme de leite fresco; e
  • framboesas, mirtilos e amoras para enfeitar.

Bata as claras em neve com o sal até que façam picos, mas não fiquem rígidas. Neste ponto, vá acrescentando aos poucos o açúcar, até que os merengues atinjam um um brillho acetinado.

Acrescente a maizena, a baunilha e o vinagre por cima e misture tudo suavemente. Forre as fôrmas com papel manteiga. Faça círculos de uns 10 cm de diâmetro. Para cada círculo eu utilizei mais ou menos umas 3 colheres de sopa do merengue bem cheias. Pode deixá-las desiguais que dá um charme.

Leve para assar num forno pré-aquecido à 180 graus por mais ou menos 1 hora. Dicas: Fique de olho para não queimar. Quando começar a dourar, você apaga o forno e deixa a assadeira lá dentro mesmo até esfriar. Um truque é fazer a noite, depois que apagar o forno, deixá-lo de um dia para o outro. Segundo o Alec, o segredo é cozinhar bem lentamente, com a temperatura mínima. Quanto mais tempo no forno, mais ressecada e com consistência de suspiro crocante. Quanto menos, você terá um “puxa-puxa” tipo marshmallow.

Bata o creme de leite com umas duas colheres de sopa de açúcar, até virar chantily. Sirva por cima e na hora sobre os merengues frios. Coloque as frutas por cima de tudo.

De lamber os beiços e sorrir com os olhos. Achei que a sobremesa tinha a cara da primavera, não sei o porquê… Bem-vinda seja.

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