Mini pavlovas com frutas vermelhas

Ainda, e mais da Nova Zelândia. Das sobremesas típicas que tive o prazer de degustar durante minha viagem, uma delas foi a pavlova. Uma espécie de bolo feito de suspiro, com creme batido e frutas. Já até publiquei uma versão dela por aqui, mas na ocasião, havia comprado um pacote de suspiros e montado a sobremesa num copo. Relatei minha falta de destreza em assar os suspiros naquele post.

Desta vez, no entanto, depois de voltar de viagem, e ter aprendido por lá os truques e manhas com um querido amigo kiwi, o Alec; afinal, controvérsias à parte, os neozelandeses se consideram inventores da sobremesa, então nada melhor do que aprender com eles!… Consegui finalmente assar meus merengues com louvor (e muita paciência! - porque o forno aqui de casa não é lá essas coisas). Vai muita clara, aviso. Mas como tive algumas produções de sorvete excedentes, uma delas de sambayón (ainda publico um dia a receita aqui!) as gemas tiveram bom uso também, e você pode encontrar seus próprios bons motivos em ótimas receitas* que levam só gemas, te garanto :).

*uma ótima sobremesa para se utilizar justamente a quantidade de gemas descartadas desta receita é a baba de moça, veiculada no programa desta semana pela musa do Panelinha, Rita Lobo.

Quando vi a receita da Nigella, em miniaturas, achei que seria uma ótima maneira de tentar novamente assar os discos, sem me arriscar num tamanho maior. O resultado foi comemorado (com direito a soquinhos no ar de alegria!), pois além de deliciosas, ficaram belas demais. E aí está mais uma coisa que adoro na cozinha. Não acertar de primeira, nem de segunda (e às vezes, no meu caso, nem de terceira), mas mesmo assim, continuar a tentar. Afinal, desafios são para isso, não?

Mini Pavlovas com frutas vermelhas | versão original da Nigella

18 porções

  • 10 claras;
  • 500 g de açúcar;
  • 04 colheres de chá de maizena;
  • 01 colher de sopa de baunilha;
  • 02 colheres de chá de vinagre de vinho branco;
  • pitada de sal;
  • 500g de creme de leite fresco; e
  • framboesas, mirtilos e amoras para enfeitar.

Bata as claras em neve com o sal até que façam picos, mas não fiquem rígidas. Neste ponto, vá acrescentando aos poucos o açúcar, até que os merengues atinjam um um brillho acetinado.

Acrescente a maizena, a baunilha e o vinagre por cima e misture tudo suavemente. Forre as fôrmas com papel manteiga. Faça círculos de uns 10 cm de diâmetro. Para cada círculo eu utilizei mais ou menos umas 3 colheres de sopa do merengue bem cheias. Pode deixá-las desiguais que dá um charme.

Leve para assar num forno pré-aquecido à 180 graus por mais ou menos 1 hora. Dicas: Fique de olho para não queimar. Quando começar a dourar, você apaga o forno e deixa a assadeira lá dentro mesmo até esfriar. Um truque é fazer a noite, depois que apagar o forno, deixá-lo de um dia para o outro. Segundo o Alec, o segredo é cozinhar bem lentamente, com a temperatura mínima. Quanto mais tempo no forno, mais ressecada e com consistência de suspiro crocante. Quanto menos, você terá um “puxa-puxa” tipo marshmallow.

Bata o creme de leite com umas duas colheres de sopa de açúcar, até virar chantily. Sirva por cima e na hora sobre os merengues frios. Coloque as frutas por cima de tudo.

De lamber os beiços e sorrir com os olhos. Achei que a sobremesa tinha a cara da primavera, não sei o porquê… Bem-vinda seja.

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