Tortinha Clássica de Morango
Fim de um ciclo e dias especiais.
Depois de uma semana corrida, estou de volta ao sítio. Quem me acompanha no Instagram viu que aconteceu, no último sábado, o Workshop Bolo, Câmera, Ação, organizado pela Camila Dutra do Feitocom.Amor. Quando ela anunciou o encontro mês passado, as vagas se esgotaram em 2 dias e, desde então, começou meu desvario em preparar o material. Ela me convidou a falar sobre fotografia e processo criativo, foram quase 20 pessoas me escutando por 2 horas. Esse passo foi tão importante para mim - e o retorno tem sido tão bacana de quem participou - que voltei cheia de idéias e projetos na cabeça. Tenho sentado todos os dias na frente do computador e criado novamente. Fazia tanto tempo que não me sentia tão inspirada. Aguardem mais cursos pela frente - Assina a newsletter na HOME se quiser estar entre os primeiros a saber das próximas novidades.
E durante essa ida por SP, encerramos também a casa que tínhamos lá. Terminamos de trazer as últimas caixas, entregamos as chaves e a casa vazia. Deu aquele aperto no coração: ver um ciclo se fechar. Fui muito feliz naquela casa, tanta coisa aconteceu em 13 anos, muita festa, muitos encontros. Tanta gente passou e morou por lá - a casa funcionava como uma espécie de comunidade, com quase 10 pessoas morando juntas. Mas gosto de pensar que isso também faz parte do estilo de vida que adotamos: reduzir e simplificar.
Ao voltar para minha cozinha, também quis fazer algo especial para o blog, afinal tudo começou 6 anos atrás aqui. Quis fazer uma receita que sempre tive vontade: Tortinha Clássica de Morango. Reluzentes nas vitrines de padarias, sempre tão convidativas, apesar de nem sempre tão gostosas. Essa aqui ficou perfeita. Massa crocante, creme de baunilha, morangos orgânicos pequenos, e calda brilhosa perfumada. Fazer esse tipo de receita sempre tem um significado dentro de mim. Botar o avental, separar os ingredientes, amassar a farinha e a manteiga com os dedos, chegar na textura perfeita e aveludada do creme pâtissière, detalhe, com extrato de baunilha feito por mim.
Se eu volto alguns anos atrás, tudo isso parecia tão distante da minha vida. E hoje, tão simples e rotineiro. Esse é o tipo de conquista que gosto de comemorar: a de comer uma tortinha de morango feita com amor e por mim.
Tortinha Clássica de Morango
Massa crocante, creme de baunilha, morangos orgânicos e calda brilhosa e perfumada. Item sempre reluzente em padarias, mas nem sempre tão gostosas. Essa você pode fazer sem medo na sua casa que vai ficar uma delícia. Receita adaptada da Rainha da Cocada, Raiza Costa.
Rendimento: 6-8 porções
Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: chá da tarde, sobremesa
Ingredientes
para a massa
- 200g de farinha de trigo
- 30g de açúcar refinado
- 100g de manteiga gelada sem sal
- 1 ovo
- pitada de sal
para o creme
- 120ml de leite
- 120ml de creme de leite fresco
- 20g de maisena
- 2 gemas
- 45g de açúcar
- 2 colheres de sopa de extrato de baunilha
para a cobertura
- 120g de morangos (orgânicos de preferência)
- 70ml de água + 2 colheres de sopa
- 100g de açúcar
- raspa de 1 limão
- raspa de 1 laranja
- 12g de gelatina incolor em pó (!/2 pacote)
Modo de Preparo
para a massa
- Num recipiente, junte os ingredientes secos e misture: farinha, açúcar e o sal.
- Com um ralador grosso, rale a manteiga - ela deve estar firme, recém tirada da geladeira - sobre a mistura de farinha, aos poucos. Ou seja, parando para amassar.
- Amasse com os dedos como se estivesse esfarelando, a idéia é que não fiquem grumos de manteiga inteiros.
- Quando estiver bem esfarelado, junte o ovo batido e aperte a massa, só até juntar tudo numa bola uniforme.
- Enrole em papel filme e leve à geladeira por 1 hora.
- Abra a massa numa fôrma redonda de torta, apertando com os dedos mesmo. Itilizei uma de 18cm de diâmetro e outra pequena de 10cm. A idéia é que ela não fique muito grossa, para assar por igual e ficar crocante.
- Perfure todo o fundo da massa com um garfo e leve ao congelador por uns 10 minutos.
- Asse em forno pré-aquecido a 200C graus, por uns 40 minutos ou até que as bordas estejam douradas.
- Retire do forno e deixe esfriar.
para o creme
- Leve o leite e o creme de leite numa panelinha em fogo médio até levantar fervura e desligue o fogo.
- Numa tigela, junte os ovos e o açúcar e bata até virar um creme esbranquiçado. Adicione a maisena e bata bem.
- Verta uma concha do leite quente sobre a mistura de gemas e misture vigorosamente.
- Junte a mistura no restante do leite e leve ao fogo médio, misturando bem sempre, até engrossar (uns 3-5 minutos).
- Adicione o extrato de baunilha e misture. Reserve até esfriar. - Dica: misture de vez em quando, enquanto esfria, o creme com um fouet para não formar aquela película por cima.
- Despeje o creme frio sobre a massa também fria.
para a cobertura
- Hidrate a gelatina em 2 colheres de sopa de água fria.
- Numa panela, junte o restante da água, o açúcar, as raspas de limão e laranja. Leve ao fogo médio até ferver.
- Desligue o fogo e deixe esfriar um pouco. Junte a gelatina hidratada, misture bem e reserve até estar fria.
- Corte os morangos e disponha sobre a torta.
- Pincele a calda brilhosa sobre os morangos e leve a torta à geladeira, por 1 hora antes de servir.

Bolo de castanha de caju, creme batido e calda de frutas vermelhas com lavanda
Minha vida anda agitada. Minha apologia a um modo desacelerado de viver, se choca constantemente com essa inquietude interna e meu cotidiano diário.
Minha vida anda agitada. Minha apologia a um modo desacelerado de viver, se choca constantemente com essa inquietude interna e meu cotidiano diário. Costumo preservar meus momentos e espaços pessoais para recuperar meu passo e meu ritmo. Mas é tanta coisa na superfície e, ultimamente, dentro de mim também, que resolvi escutar esse ruído todo.
Acontece que nem tudo é barulho por si. Dentro do agito, apareceu algo substancial, quase como um chamado surdo. E como a vida costuma me empurrar para a beira do precipício e dizer: “pula. agora.” e eu costumo olhar para o outro lado e responder: “putz. pode ser mais tarde?”; tive que parar para ouvir e perceber o que estava para acontecer comigo.
Quando fui estudar design gráfico, após abandonar a economia, me especializei em motion graphics. Que é a parte visual de filmes, vinhetas e clips. Lembro até hoje, no segundo ano, quando o professor de motion veio apresentar o que seria fazer o terceiro ano com essa especialização. O coração bateu mais forte e eu pensei, é isso! Olhei para a Dani Coelho, que sempre foi parceira em tudo, e ela tinha o mesmo brilho nas pupilas. A gente não teve dúvidas.
Penamos, comemos poeira, um caminhão passou por cima da gente e deu ré. Mas sobrevivemos. E fizemos bonito. Saímos com o diploma na mão, mas afinal, nunca mais a gente abriu o After Effects (programa de edição de vídeo) depois da última aula. A vida foi tomando seu rumo e eu achei que aquela seria apenas mais uma experiência para contar depois.
Há dois meses, o Gabriel comprou uma câmera de filmagem, daquelas bem bacanas. E, foi então, que tudo voltou. Desde então, tenho testado pequenas gravações e vinhetas rápidas para o blog. Tenho gravado e editado vídeos também para o outro trabalho que faço com meu marido, lá na Cia do Ser, e tem sido bem legal. Esse agito interno então, faz sentido. É pulso nas veias, fazendo o sangue correr mais depressa.
Para completar essa história, mês passado, tive a notícia que a Dani ganhou o concurso da Silhouette de melhor vídeo, passando a ser do time de designers da marca. (!! - sim, fiz essa cara também!) Quando fui conferir seus vídeos, quase caí para trás. Detalhes, criatividade e amor. Fiquei feliz. Afinal, aquele arrepio na espinha, naquela aula no segundo ano, era um grito surdo em nossos corações.
Ainda falta muito para aquele ruído se tornar melodia, pelo menos no meu caso. Mas acho que já consigo ouvir um assobio. Estou curtindo cada passo. Logo mais chego à borda do precipício. Confere o meu último vídeo, logo mais.
Esse bolo é daqueles sequinhos, que você pode comer sem nada mesmo, com uma xícara de chá. Mas acompanhado de creme batido e calda de frutas vermelhas com lavanda, fica melhor ainda. Uma boa sugestão para o dia dos namorados, se você vai comemorar.
Bolo de Castanha de caju com Creme batido e Calda de frutas vermelhas com lavanda
para o bolo
- 01 copo de castanhas de caju
- 01 e ½ copo de farinha de trigo
- ½ colher de chá de fermento em pó
- pitada de sal
- 175g de manteiga sem sal (amolecida)
- 03 ovos (temperatura ambiente)
- ½ colher de chá de extrato de baunilha
- ½ copo de leite (temperatura ambiente)
para os morangos
- 300g de morangos
- 100g de framboesas (não é necessário)
- 03 colheres de sopa de açúcar demerara (ou cristal se preferir)
- ½ colher de chá de lavanda seca
para o creme batido
- 1 copo de creme de leite fresco
- 02 colheres de sopa de açúcar
{ modo de preparo }
Processe o caju somente até virar farofa - quanto menos vc bater, mais você vai sentir na textura do bolo - no liquidificador ou processador. Junte os demais ingredientes secos e misture bem. Na batedeira, bata a manteiga com o açúcar até ficar um creme, por uns 5 minutos. Junte os ovos, um a um, batendo bem após cada um. Acrescente o extrato de baunilh. Junte o leite e os ingredientes secos aos poucos, alternando um pouco de cada, até ficar homogêneo.
Coloque numa fôrma untada (utilizei aquelas de pão retangular) com farinha e manteiga, e leve para assar em forno pré-aquecido à 180 graus, por uns 50 minutos, ou até que esteja bem assado e dourado (quando furar com um palito e ele sair limpo). Deixe esfriar um pouco, mas desenforme ainda quente.
Bata o creme com o açúcar até virar chantilly. Cuidado para não bater demais e virar manteiga.
Num mortar, macere o açúcar com as sementinhas de lavanda. Junte aos morangos e framboesas picados. Deixe por uns 15 minutos.
Sirva o bolo com um pouco de creme e frutas vermelhas.
Sorvete de Morango
De volta da Nova Zelândia, trouxemos na mala algo que nos rendeu boas risadas dos nossos amigos de lá: uma sorveteira elétrica.
De volta da Nova Zelândia, trouxemos na mala algo que nos rendeu boas risadas dos nossos amigos de lá: uma sorveteira elétrica… Digamos que não é bem algo que se traz de viagem, mas neste caso, fazendo as contas do quanto gastamos anualmente em sorvete no Brasil, a gente achou que valia a pena o investimento… E se existe um grande defeito nosso, é ser um casal meio sacoleiro (haja bugiganga!), especialmente, nas viagens…
Meu sorvete predileto é o de morango, mais especificamente o da Häagen-Dazs. O sorvete deles não tem aquele corante rosa horrível que a gente vê por aí, ou espessantes de origem duvidosa… Tem pedaços da fruta mesmo e o sorvete tem gosto de… adivinha… morangos! Mas o preço é bem pouco acessível.
Bom, o primeiro teste foi o clássico sorvete de baunilha, que mais parecia um crème brûlée de tão delicioso. Para o sorvete de morango, então, usamos ele como base e só acrescentamos a fruta no final. O resultado ficou totalmente empatado com a marca americana.
Confesso que desde que adquirimos a máquina de sorvete, temos nos tornado máquinas de comer sorvetes, mesmo assim, desconfio que devemos fazer uma boa economia no balanço final das contas.
Ah, e sobre tomar sorvete no inverno? Adoro.
Sorvete de Morango
1 litro e meio de sorvete
500 ml de leite integral
500 ml de creme de leite fresco
400g de morangos (duas caixinhas - orgânico, por favor!)
01 limão
02 colheres de sopa de vinagre balsâmico
01 copo de açúcar demerara
01 vagem de baunilha (ou 01 colher de chá do extrato se não tiver)
04 ovos
Coloque para ferver o leite e o creme de leite com a baunilha (cortada ao meio e junto com as sementes raspadas). Quando levantar fervura, apague o fogo e deixe por uns 20 minutos tampado.
Bata os ovos com o açúcar até ficar um creme claro. Jogue o leite quente nessa mistura e continue batendo. Volte tudo ao fogo, misturando sempre, em fogo brando até engrossar. Deixe esfriar e leve à geladeira.
Numa vasilha, pique os morangos, acrescente 02 colheres de açúcar, o suco do limão e o vinagre. Deixe marinando enquanto o creme esfria. Amasse os morangos ou bata-os no liquidificador.
Quando o creme estiver frio, misture com o purê de morangos. Aí, é só levar a mistura para a máquina de sorvete por aproximadamente 15 minutos. Guarde no congelador e espere pelo menos 1 hora antes de servir. - Como minha sorveteira suporta apenas 1 litro por vez, repeti o processo na máquina 2 vezes (sim, somos exagerados…).
Não tem máquina de sorvete? Aprenda com a Nigella!
Ou seja, se não tiver a máquina, coloque num pote e leve ao congelador. A cada hora, bata a mistura num processador para mantê-la cremosa. Você vai ter que repetir este processo por pelo menos umas 3 vezes.
Para descrever como ficou, faço das palavras da musa Nigella, as minhas:
“Tem sabor de céu azul, do sol batendo nos ombros;
uma memória ideal do verão num formato gastronômico perfeito.”
Smoothie de morango para refrescar a tarde
Para começar bem a tarde, um preparado rápido para refrescar e adocicar a vida… Não curto muito frutas congeladas, mas outro dia, na falta dos morangos frescos, resolvi comprar um pacote deles congelados…
Tenho sempre iogurte fresco caseiro em casa, então, essa, sem dúvida, foi a melhor idéia do dia…
Smoothie de morangos
- 200g de morangos congelados
- 2 copos de iogurte gelado
- ½ copo de açúcar demerara (que é menos doce)
Bater tudo no liquidificador e servir na hora. Rende 5 copos.
Ótima tarde!