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Shitake refogado com Salada de abacate e Arroz com furikake

Das coisas simples da vida. Sem muitos adjetivos. Não tem receita para seguir. Nascem do improviso e do imprevisto. São cotidianas. Um café na esquina de casa.

Das coisas simples da vida. Sem muitos adjetivos. Não tem receita para seguir. Nascem do improviso e do imprevisto. São cotidianas. Um café na esquina de casa. Sobras do almoço de domingo. Pão com manteiga. Um vaso de flor feito com o vidro de conserva.

Quero a vida assim, com recortes cada vez mais orgânicos. Sem sofisticação, sem mínimos detalhes. Como um traço de grafite no papel, como um sorvete de baunilha no fim da tarde. Sem tantas expectativas. Sem sobressaltos, ou sustos. Dentro da velocidade mínima permitida. Com a mais sincera realidade. Uma janela limpa. A luz do fim do dia. Ou do alvorecer. A fotografia dos filmes de Nancy Meyers. A beleza de contemplar, sem explicação. 

"Neste momento vem-me uma vaga saudade
E um vago desejo plácido
Que aparece e desaparece.
Também às vezes, à flor dos ribeiros
Formam-se bolhas na água
Que nascem e se desmancham.
E não têm sentido nenhum
Salvo serem bolhas de água
Que nascem e se desmancham."

{ O Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro, Fernando Pessoa }

Esse almoço de segunda-feira é assim. Um prato de arroz e furikake, shitake refogado e salada de abacate. É o que tinha na geladeira e no armário. É o que deu vontade de comer. 

Shitake refogado com salada de abacate e arroz com furikake

para duas porções

  • 01 bandeja de shitake fresco
  • ½ abacate
  • broto de alfafa ou de feijão
  • salsinha ou coentro
  • cebolinha
  • arroz branco cozido (duas xícaras)
  • furikake (tempero seco japonês)
  • 02 colheres de sopa de manteiga

Fatie o shitake. Não lave o shitake, aliás nenhum cogumelo. Eles são esponjosos e absorvem muita água. Esfregue com um pano úmido limpo. Derreta 01 colher de manteiga na frigideira e refogue os cogumelos até ficarem dourados. Junte a outra colher de manteiga e a cebolinha picada. Apague o fogo.

Num prato monte o arroz. Coloque numa xícara pequena e vire no prato para ficar num formato bonito. Jogue o tempero seco japonês por cima. Sirva com uma porção de shitake. 

Fatie o abacate em lâminas. Junte o broto de bambu no prato. Tempere com vinagre, sal e pimenta do reino. Jogue coentro picado ou salsinha por cima. 

Sirva na hora.

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Granola Incrível da Moara

A melhor receita de granola caseira do planeta.

Das coisas que mais gosto da internet é de poder me conectar com pessoas, que de outra forma, dificilmente teria a oportunidade de conhecer. As fronteiras são dilúidas e a gente atravessa as linhas do individual formal e convencional e, num simples “send”, lá está você conversando e trocando figurinhas com uma pessoa que até então era uma completa estranha para você. Foi numa dessas que acabei conhecendo a Moara Gomes, pelo Instagram, pessoa querida e que eu já adoro, nunca vi pessoalmente, mas que mesmo assim, ela me enviou um pacote de granolas caseiras, feita por ela, numa dessas trocas de afeto e carinho.

Sou uma pessoa normal, mas que quando fico fissurada por algo, exagero. Logo quis mais daquela granola, quis comprar, quis aprender a fazer, comecei a perseguir a Moara, sei lá. Qualquer coisa para comer de novo a bendita granola. E foi então que ela gentilmente me enviou a receita: a Terra voltou a girar nos eixos e meu café da manhã voltou a ser feliz com um copo de iogurte com a melhor granola caseira do planeta.

Obrigada Mo!

Granola Caseira da Moara

cerca de 300g

  • 01 e ½ xícara de flocos de arroz
  • 01 e ½ xícara de mix de castanhas: nozes pecã, castanha de caju, amêndoas, castanha do pará, macadâmia
  • ¼ xícara de quinoa
  • 02 colheres de sopa de semante de linhaça
  • 01 xícara de frutas secas: damasco, uvas passas, banana passa
  • ¼ xícara de óleo de côco
  • ¼ xícara de mel
  • pitada de sal
  • pedaços de coco (opcional, mas altamente recomendado)

Pique as castanhas e as frutas secas. Misture todas as castanhas, a quinoa e a linhaça, com o óleo de coco, mel e sal. Espalhe numa assadeira e leve ao forno em temperatura mínima (180 graus). Assar por uns 40 minutos, mexendo a cada 15 minutos, até ficar bem dourada, da cor que você desejar. Adicione as frutas secas e deixar no forno desligado, até esfriar.

Quando elas estiverem frias (e crocantes), acondicione-as num recipiente fechado.

No meu desespero em fazer a receita, li errado e misturei as frutas junto com as castanhas e levei para assar tudo junto. Deu certo também, as frutas ficaram só um pouco mais sequinhas e grudadas.

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