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Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce

De onde vem a inspiração.

Apesar de ter me mudado para o mato, a gente ainda tem muitos compromisso durante o ano longe daqui. Meu marido ministra retiros de meditação e de terapias corporais, estamos sempre viajando e nos deslocando entre pousadas, por São Paulo, muitas vezes na estrada, indo ou vindo. Confesso que, para uma pessoa que adora rotina e ficar em casa, esse sempre foi o meu desafio dentro da relação: viver com essa sensação de mudança constante. No começo, eu realmente sofria em ter que empacotar e desfazer malas a cada 3 semanas. Hoje, já me acostumei. Ainda sofro em ter que conviver com a bagunça que é ter mochilas cheias encostadas por preguiça de desfazê-las. Mas um dia ainda aprendo um método fácil de organização da minha vida, me aguarda Marie Kondo.

Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce

Quando a gente retorna para casa é sempre um alívio. Não brinco quando digo que adoro ter tempo livre para fazer faxina em casa, organizar, varrer, limpar cantos. Eu amo a rotina de ter que cozinhar aqui todos os dias, porque, como já mencionei em postagens anteriores, o restaurante mais próximo está a 20km daqui, delivery nem sonhando. Adoro estar em casa e ter que cuidar dela; dar de comer para as galinhas, cuidar da horta, semear as flores da estação em copinhos.

Então dá um aperto pensar que, já nesse final de semana, a gente volta para a cidade grande, porque as pendências estão por lá. E que a gente vai ficar fora daqui quase um mês, porque tem viagem marcada no meio desse período. Eu não reclamo (tanto), adoro viajar e aproveito quando estou fora também. Mas almejo pelo dia, quem sabe quando, a gente vai poder descansar de verdade aqui, sem compromisso ou prazo para ir embora. Quando esse dia chegar, serei a pessoa mais feliz do mundo.


Dia desses, recebi uma mensagem de uma leitora perguntando se tem jeito da gente ter inspiração, mesmo com contas a pagar e problemas a resolver. Achei curiosa a mensagem, tal qual a projeção que talvez ela tenha sobre minha vida. Eu digo: gente, minha vida não é perfeita e eu nem sempre vivi aqui no meio desse mato lindo. Além de ter pastado bastante nessa vida, eu continuo tendo problemas e boletos vencendo no final, começo e meio do mês. Se parece que eu não trabalho, vamos corrigir essa percepção: eu trabalho muito, com muitas coisas que nem sempre curto, e ainda arranjo tempo para trabalhar com coisas que não me remuneram, como é o caso desse blog.

Então, vixe, é uma idéia equivocada e idealizada de que a vida precisa ser incólume a problemas para poder se inspirar no dia-a-dia. As percepções são pessoais, é claro, mas creio que há uma escolha implícita no olhar. Se existe algo que eu fiz, que definiram os meus passos até onde estou hoje, foi abrir mão de um monte de idéias de o que é felicidade para sociedade, que geralmente estão atreladas a coisas, bens materiais e status. Abri mão, inclusive, da idéia de ser mãe. Uma decisão que me doeu por muito tempo, mas que foi essencial para eu estar, da forma como estou estou hoje. Se você pensa que essa vida aqui é feita só de flores, é porque não costumo fotografar e postar minha cara de c%, quando estou preocupada com os problemas mundanos da vida. Mas além de flores, tem também sacrifício, suor em nome do amor. Tem trabalho, tem estudo e muita dedicação. E graças a deus, tem tempos de bobeira, descanso de pausa e meditação também.


O outono definitivamente chegou aqui na Serra com seu ar mais gelado mesmo sob o sol. As cosmeas começando a florir, cor-de-rosa e magenta pelo mato verde. A velocidade do tempo parece se reduzir, e o silêncio pode ser ouvido como o canto dos pássaros. É como se segundos de felicidade fossem dissolvidos pelos minutos, como gotas de mel num chá de camomila e lavanda: a calmaria do outono vai entrando a cada gole e correndo pelas veias. O coração em batidas cada vez mais lentas; não há nada a fazer a não ser observar o tempo passar, com uma xícara quente nas mãos.


Quando vi essa receita no site da Joyce, sabia que iria fazer seus biscoitos, assim que o frio chegasse por aqui. Adoro suas receitas, e mais ainda suas idéias e pensamentos, que ela gentilmente compartilha em suas redes. Há uma adoração/dedicação tão bonita à confeitaria: sua precisão, técnica e conhecimentos infindáveis. Mas o que me toca é que ela também consegue transformar a confeitaria num lugar de sensibilidade, de leveza e muito humano. Dá até vontade de virar confeiteira, mas no meu caso, só daqui algumas vidas.

A receita é fácil, só adaptei o chocolate (só tinha 80% cacau aqui em casa) e fiz na batedeira, pois não tenho processador. Casou perfeitamente com o doce de leite caseiro que recém tinha preparado essa semana. A receita do doce de leite fica para outro dia.


Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce
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Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce

Receita original da Joyce Galvão. Estava aguardando os ventos gelados do outono chegar para experimentar esses biscoitos. Café, chocolate e doce de leite. Mimosos para acompanhar uma xícara de chá, e passar o dia olhando a janela.

  • Rendimento: 20-25 unidades

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: docinhos, chá da tarde

Ingredientes
  • 110g manteiga amolecida em temperatura ambiente
  • 90g de açúcar mascavo
  • 1 gema
  • 70g chocolate 80% cacau
  • 1 xícara de chá de farinha de trigo
  • ¼ xícara de chá de 40g cacau
  • 1 colher sopa de café moído bem fino
  • doce de leite para comer com os biscoitos o quanto baste

Modo de Preparo
  1. Derreta o chocolate em banho maria e reserve.
  2. Numa batederia, bata a manteiga e o açúcar até misturar.
  3. Adicione a gema e o chocolate derretido.
  4. Junte a farinha, o cacau em pó e o café e misture até formar uma massa homogênea.
  5. Envolva a massa em filme plástico e leve à geladeira por 30 minutos.
  6. Retire a massa da geladeira e faça bolinhas utilizando a medida de uma colher de chá disponde as bolinhas em uma assadeira (não é necessário untar) e pressione com o dedão, fazendo um buraquinho (onde você colocará depois o doce de leite)
  7. Leve ao forno preaquecido a 180° C por 12 minutos, retire e deixe os biscoitos esfriarem em uma grade.
  8. Adicione 1 colherada de doce de leite sobre os biscoitos
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Budín Ingles da D. Stella com passas, nozes pecã e chocolate

Um clássico, revisitado, com dicas para o bolo sair perfeito.

Depois de semanas sem publicar nada, e mais de um mês na estrada viajando, hora de habitar novamente a casa (e o blog). A primeira postagem do ano vai ser com a receita do Budín Ingles da D. Stella, já publicada aqui 3 anos atrás, mas que merece ser relembrada sempre que der.

Dessa vez, numa forma bundt, linda e antiga, trazida na bagagem, que fazia parte de seu acervo de louças de cozinha. Trouxemos no bagageiro, caixas com seu jogo de jantar intacto e impecável, mesmo após 70 anos de uso. Preciosidades da velha.

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Stella era cuidadosa com sua casa e suas coisas. Além do jogo de jantar da vida toda, tinha lençóis com mais de meio século de vida, sem um furo, rasgo ou mancha sobre sua tela.

Parênteses. É incrível como falamos tanto em sustentabilidade hoje em dia, mas praticamos tão pouco no concreto. Naquela época não se consumia tanto como hoje, as coisas duravam porque eram feitas para durar, e porque se cuidava para que não fosse necessário substituir. Nada era descartável.

Ela seguia sua rotina à risca e sempre tinha boas receitas na memória. Levava à sério sua função como dona de casa e colecionava dicas que adorava compartilhar; desde como tirar manchas de roupa das mais diversas, como secar a melancia para fazer marmelada, ou como fazer petisco com os talos de acelga. Foi uma mulher de fibra e caráter forte e hoje quando sentamos à mesa com sua família na Argentina, sempre temos boas histórias para contar e lembrar, de como abuela foi realmente uma mulher ímpar.

Já contei a história dessa receita e do quanto ela mudou algo dentro de mim. Desta vez, vou listar algumas dicas para quem quer fazer esse bolo em casa, porque a verdade é que eu já fiz e refiz ele várias vezes, e com o tempo fui aprendendo o que funciona e é essencial para que ele fique com a textura, umidade e sabor perfeitos. 

  • Utilize a manteiga amolecida, em temperatura ambiente, ou a massa pode talhar.

  • Os ovos também em temperatura ambiente, pela mesma razão, ao entrar em contato com a manteiga.

  • Bater em batedeira, durante os tempos indicados na receita, para obter uma massa fofa.

  • Utilize um extrato de baunilha de qualidade, ou as próprias sementes de um favo.

  • Não bata em excesso a massa, ao adicionar a farinha, apenas até que seja incorporada.

  • Quanto mais frutas secas e castanhas colocar, mais gostoso fica. Pedaços de chocolate também ficam ótimos.

  • Esse é um bolo com à base de muita manteiga. A massa fica pesada e o melhor é comer no dia seguinte, que fica mais sequinha.


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Budín Ingles da D. Stella com passas, nozes pecã e chocolate

Um clássico feito numa forma bundt para momentos memoráveis. Siga as dicas, que escrevi acima, e a receita será um sucesso.

  • Rendimento: 15-20 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: bolo, chá da tarde

Ingredientes
  • 250g de manteiga sem sal amolecida
  • 1 xícara de açúcar cristal
  • 4 ovos
  • 2 xícaras de farinha de trigo
  • 1 e 1/2 colher de chá de fermento químico
  • 1 fava de baunilha (sementes)
  • 1/4 de xícara de nozes pecãs picadas
  • 150g de chocolate 75% picado
  • 100g de uvas passas (como estavam muito secas, deixem de molho em 4 colheres de sopa de vinho do porto, por 6 horas para amolecer)
  • 2 colheres de sopa de manteiga derretida
  • 2 colheres de sopa de licor de laranja (utilizei o Cointreau)
  • 1/4 de xícara de açúcar confeiteiro para polvilhar

Modo de Preparo
  1. Bata bem a manteiga com o açúcar até se formar um creme (por pelo menos uns 5 minutos).
  2. Adicione as sementes de baunilha ou o extrato.
  3. Junte os ovos, um a um, batendo bem após adicioná-los (20 segundos).
  4. Junte a farinha peneirada com o fermento e apenas misture até ficar homogênea. 
  5. Desligue a batedeira e junte as nozes picadas, o chocolate e as uvas passas, e misture.
  6. Untar com manteiga e farinha, uma fôrma redonda com furo no meio. - Se a assadeira for muito trabalhada como a minha, espalhe a manteiga derretida com um pincel e depois passe a farinha.
  7. Coloque a massa na fôrma e leve para assar em forno pré-aquecido a 180C graus e deixe por pelo menos 1 hora e 10 minutos, ou até que fique bem dourado.
  8. Apague o fogo e deixe o bolo dentro do forno até que esfrie para deixar a massa mais sequinha. - Se você fizer de noite, após apagar o forno, deixe dentro de um dia para outro.
  9. Misture a manteiga derretida com o licor de laranja e espalhe sobre o bolo.
  10. Polvilhe açúcar de confeiteiro por cima e decore com umas nozes pecãs.
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Pavê de bolo de chocolate

O que fazer quando o bolo cola na fôrma.

Das receitas que tenho vontade de fazer (e acertar), no topo da minha lista está o bolo red velvet. A massa vermelho rubi, com cobertura branca. Só que minha vontade constitui fazê-la sem corantes sintéticos ou artificiais, com a cor da beterraba mesmo. Busquei receitas pela internet, explicações sobre o ph, alcalinidade, vinagre de arroz, cacau em pó sem lavagem, trigo orgânico - sem tingimento químico que acaba conferindo alcalinidade à farinha. 

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Não sei você, mas tenho uma dificuldade enorme de seguir receitas à risca. Seja pela quantidade que nunca acho suficiente, ou acho sempre que leva açúcar demais. Quero fazer em fôrma quadrada com camadas, quando a receita aconselha em forma redonda desmontável. Trocar o licor por chá, fruta por chocolate, e assim vamos. Às vezes, tenho sucesso e as adaptações acertam o paladar em cheio. 

Outras vezes, as mudanças se mostram equivocadas elevadas à quinta potência, como foi o caso da minha tentativa de fazer um red velvet "autêntico". Quis mudar a receita original, usei óleo ao invés de manteiga, quis fazer 1/2 receita a mais, e no final, por conta da massa mais líquida que eu esperava, decidi optar por uma fôrma maior e não desmontável. Escolhi uma daquelas nórdicas, cheias de curvas, que só com mandinga e reza braba para desenformar um bolo nela, quando feita à base de óleo vegetal.

Ao final, a massa daquela p$%&*#, não ficou vermelha. Terminei com um bolo marrom colado na minha fôrma importada. Quando me dei conta do desastre tive vontade de: (a) arremessar na parede o bolo grudado na fôrma; (b) sentar e chorar, comendo o bolo com a mão no chão da cozinha; (c) jogar tudo fora e começar do zero outra vez. Respirei fundo, dei risada, e não fiz nada disso. Só não queria jogar fora pelo desperdício. Deixei o bolo lá na forma por algumas horas, até que decidi fazer uma sobremesa montada com ele mesmo: uma espécie de torta ou pavê, com o bolo, creme pasteleiro, e cacau em pó. 

Então, da próxima vez que seu bolo colar na fôrma, nem tudo está perdido. Faz um creme, monta numa tigela bacana e serve assim mesmo. Red velvet, não foi dessa vez. Ficamos com um pavê por enquanto.


Pavê de bolo de chocolate

  • 01 bolo de chocolate colado na fôrma
  • 400ml de leite
  • 01 colher de sopa de maisena
  • 02 ovos
  • 1/2 xícara de açúcar
  • 01 colher de sopa de extrato de baunilha

para molhar o bolo

  • 1/4 xícara de leite
  • 02 colheres de sopa de vinho do porto ou licor de laranja

Modo de Preparo

Esquente o leite até começar a subir um vapor. Bata os ovos com o açúcar até ficar um creme esbranquiçado. Junte a maisena e a baunilha. Adicione o leite quente e continue batendo até ficar homogêneo. Leve ao fogo médio, misturando sempre, até engrossar. Coloque um plástico filme por cima, para que ele não forme uma película. Deixe esfriar um pouco. 

Numa fôrma ou travessa, faça uma camada com o bolo e jogue a mistura de leite com vinho sobre ela. Jogue o creme por cima e leve à geladeira. Decore com frutas, caldas, ou cacau em pó. Sirva gelado. 

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Bolo de coco com café e calda de chocolate

Um post sobre a vida como ela é.

Às vezes, ser a gente mesmo cansa à beça, especialmente depois de trinta e seis anos. Ando numa crise de identidade, por já me conhecer tão bem e não me convencer mais, como até pouco tempo atrás. Numa sensação de tédio permanente de meu próprio ego. E eu me pergunto, a vida é isso mesmo, sem tirar nem pôr?

Eu que sou adepta ao ritmo lento, às pausas e vazios; em repetir que as coisas boas da vida estão na simplicidade do pouco, nos detalhes desapercebidos, nos entremeios e nos escondidos; tenho me questionado com sinceridade, qual seria o meu propósito além de buscar essa vida para mim. Porque buscar viver dessa maneira, não quer dizer que eu viva dessa maneira - esse é o truque, e a grande mentira das mídias sociais: te fazer acreditar que a vida é essa que a gente posta, que a gente fotografa, que a gente julga só pela capa do livro. 

A vida cotidiana é feita de impasses, uma colagem de recortes simultâneos, situações, problemas, encontros. Alguns deles geram momentos alegres, alguns deles, frustrações. De vez em quando, o pulso se altera com algo que traz angústia, braveza, euforia ou êxtase. Mais do que uma montanha russa, um carrossel sem música, que a gente não pode pedir para descer, senão saltar fora para sair desse moto perpétuo engenhoso. Eu tento enxergar poesia, mas ultimamente tenho visto a vida como ela é. E, às vezes, ela é feia, sem cor e chata.

Estou escrevendo tudo isso, porque não quero ser mais uma a propagar a idéia de que o sucesso é a felicidade permanente, que é ter trilha sonora e cenário produzido com flores. Só a palavra "sucesso" já me faz querer virar os olhos, ôo idéinha errada das boas. Se tem algo que me cansa é dizer que fulano venceu na vida e conquistou o sucesso. Passe longe de mim, por favor, se você tem essas idéias de classificação dentro de você.

Minha vida é como a sua, ou de qualquer outra pessoa ordinária. É feita de sonhos, de vários desfeitos, períodos de mau humor, períodos de TPM. Às vezes brigo com meu marido por motivo bobo, e às vezes erro feio em coisa importante. Gosto de fazer o que gosto, mas não faço o que gosto 100% do meu tempo. Faço muito menos, aliás, do que gostaria. Sim, tenho alguns planos futuros, que estou revendo, porque, como comecei a escrever, tenho a sensação de estar na contramão da vida, sem criatividade para me reinventar, justamente agora que estou no terceiro ato, indo para o quarto. Estou cansada de mim mesma, mas estou é mais cansada dos outros. A verdade é que, estou com 36 anos, com poucas certezas na vida, sem saber bem o que quero.

E precisa querer? Ando tão nos básicos que a decisão do que comer no café da manhã já é um largo passo. Sim, ando com a reforma no sítio, onde pretendo em breve me mudar para viver, uma vida mais bucólica, conectada apenas pelo wi-fi, bem longe da civilização. Se deu para perceber, sou ranzinza, e essa qualidade só parece piorar com o passar do tempo. Já escrevi post sobre o nada, sobre minha tristeza, e hoje sobre a minha rabujisse. Sim, pode contar que tem foto bonita e receita no final, mas até lá, fica com um pouco do meu azedo entediado.


O lado bom da vida são os amigos. O que seria da vida sem eles? Te fazem sorrir quando você quer chorar e te fazem levantar da cama quando você quer passar o dia afundada nela. Diferente de mim, minha amiga anda numa fase boa da vida, de vento em poupa, colhendo os bons frutos de seu trabalho suado. Acompanho-a, desde alguns poucos anos, e vi sua evolução nítida e concreta galgada no esforço e na coragem. É bom quando a gente tem orgulho de amiga/o e pode dizer que sempre acreditamos nela/e. E nesse caso, ela sabe que é verdade, porque já a mandei à merda algumas vezes por duvidar de si mesma. 

Então, em pleno sábado sagrado de descanso, ela me arrastou para fora de casa, para fotografar, me convenceu a fazer um bolo para comemorar, segundo ela, o mês de maio que foi muito bom (para ela!) e me tirou do fastidio - não consigo encontrar tradução que valha dessa palavra - pelo menos por aquele momento. Falou da vida, de como o Studio Elke Noda anda a pleno vapor, contou de seus planos de viagem para Islândia, para comemorar seus 40 anos. Ela transbordava alegria (e amor) e fui tocada, pelo menos durante àquele momento em que passamos juntas, de uma alegria genuína também. 


O bolo que a gente optou, depois de visitar alguns blogs e livros de receita, é o da Linda Lomelino, com algumas poucas adaptações. Sim, o bolo da receita passada também era dela - eu não te contei que ando bem pouco criativa? Ficou divino, bonito como só ele nessa fôrma nova que quis testar, e perfeito sobre a boleira de madeira, do Studio Elke Noda. Receita bem fácil, garanto, e a fôrma garantiu um bolo "cascudo", como eu bem gosto.


Andei indicando alguns filmes ultimamente, e recebi alguns comentários positivos sobre essas dicas. El Ciudadano Ilustre, está em cartaz em alguns cinemas fora do circuito tradicional e é um típico filme argentino: um tragicômico sarcástico, provocador, que caiu como uma luva sobre o meu momento de cansaço e tédio com a vida.


Li anteontem uma postagem ótima (como sempre) do Math. Uma reflexão sincera sobre essa película cada dia mais superficial que é a internet. Essa postagem é 100% inspirada nele.



Bolo de Coco com Café e calda de chocolate | Receita adaptada de Linda Lomelino

para o bolo

  • 150g de manteiga
  • 1 xícara de coco ralado
  • 1 e 1/4 xícara de farinha de trigo
  • 2 e 1/4 colher de chá de fermento em pó
  • 1/4 colher de chá de sal
  • 03 ovos grandes
  • 01 xícara de açúcar granulado
  • 1/4 colher de chá de açúcar de baunilha
  • 2/3 xícara de café forte

para a calda

  • 1/2 xícara de açúcar granulado
  • 2/3 de copo leite
  • 02 colheres de sopa de manteiga
  • 1/4 colher de chá de sal
  • 02 colheres de chá cacau em pó
  • coco ralado para polvilhar ao final

Modo de Preparo

para a massa

Derreta a manteiga e reserve até esfriar. Numa tigela, misture o coco, farinha, fermento em pó e  o sal. Em outro recipiente, bata os ovos, açúcar e açúcar de baunilha até ficar leve e fofo. Adicione a mistura seca e incorpore até ficar homogêneo. Junte a manteiga derretida e o café, misturando até ficar completamente macio. Despeje a massa numa assadeira untada e enfarinhada, de preferência redonda com furo no meio. Asse em forno pré aquecido a 180C graus, por cerca de 50 minutos ou até que o bolo esteja completamente cozido. Deixe o bolo esfriar na fôrma, por uns 15 minutos e, em seguida, desenforme numa grade, para esfriar completamente. 

para a calda

Misture o açúcar, o leite, a manteiga e o sal numa panela e leve ao fogo médio. Mexa sempre até ferver. Deixe a mistura ser por uns 10 minutos, ou até que ela espesse. Coloque o cacau em pó e mexa até ficar completamente liso (use um fouet). Deixe esfriar um pouco e despeje sobre o bolo e polvilhe com coco.

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Muffins de Chocolate com Calda de Caramelo Salgado

A inspiração acontece em ondas, nem sempre tão favoráveis e frequentes quanto a gente gostaria. Às vezes é preciso um gatilho, um livro, um acontecimento, ou uma paisagem florida para desencadear a imaginação. E nem sempre é certo de que juntar alguns ingredientes vai dar em algo. Muitas vezes só piora, angustia e a gente se sente ainda mais vazio, como um bolo murcho, seco e embatumado.

Outras vezes a gente se cansa da gente mesmo, enjoa, e começa a duvidar de tudo o que foi feito até aqui, e dá um bode danado. Esse desdém também vem como uma onda, uma maré baixa, e tem o seu valor. É nesse inconformismo misto de resignação, que me afasto e dou um passo para trás. Vejo as imperfeições com mais nitidez, a foto desfocada, a paleta inteira de cores. 

Dá o espaço necessário para que o descontento se transforme em criatividade, ou pelo menos, em aprendizado. E nesse estado de ânimo, eu me reconheço. Eu conheço muito bem em mim esse recolhimento, esse se aninhar para dentro. É como carregar a bateria na tomada, ficar um tempo lá, sozinha e quieta.

Acho que foram tantas notícias boas no último mês, tantas mudanças não-programadas que ocuparam meus pensamentos, que acabei por ficar rasa, sem querer mais nada. E quero ficar assim por um tempo, de molho, só com o dia-a-dia, que já é o bastante.

Logo mais, sem que eu menos espere, sei que vem lua cheia. É nesse momento, que é preciso só uma xícara de café, para acordar as sensações e a avalanche vêm maior do que meu baldinho é capaz de se preencher. Por enquanto, me deixa quieta, que é desse silêncio que eu mais gosto.


"O silêncio é a gente mesmo demais."

- Guimarães Rosa


Esses muffins são uma receita do blog Call Me Cupcake da Linda Lomelino, minha musa inspiradora. Minhas habilidades confeiteiras ainda não estão lá essas coisas, mas esses bolinhos ficaram a coisa mais linda e gostosa. As massas de muffins são mais pesadas, mas o creme batido e o caramelo salgado fazem o combo perfeito para uma tarde fria de primavera preguiçosa de chuva fina. 


Esse chocolate da foto é da Raros Fazedores de Chocolate e eu descobri recentemente na Calor, feira de alimentos artesanais de produtores pequenos e locais - eu tive o prazer de participar da feira, ajudando minha querida amiga Elke Noda que simplesmente arrasou com suas tábuas e outras coisinhas em madeira. - Os chocolates são feitos exclusivamente de cacau, sem aromatizantes ou conservantes. Também não levam leite. São uma delícia. E as embalagens são as mais lindas do planeta.


Muffins de Chocolate com Creme Batido e Calda de Caramelo Salgado | Receita adaptada de Linda Lomelino

12 unidades

- para os bolinhos -

  • 02 xícaras de farinha
  • ¾ xícara de cacau em pó
  • 01 colher de sopa de fermento
  • pitada de sal
  • 01 xícara de açúcar granulado
  • 100 g de manteiga derretida
  • 01 xícara de creme de leite
  • 03 ovos
  •  2 bananas bem maduras
  • 150 g de chocolate 70% cacau

- para o creme batido -

  • 250 ml de creme de leite fresco
  • 02 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro

- para o caramelo salgado -

  • 1/3 xícara de açúcar granulado
  • 04 colheres de sopa de leite
  • 02 colheres de sopa de rum
  • 25g de manteiga
  • pitada de sal

Modo de Preparo

- para os bolinhos -

Junte a farinha, cacau em pó, fermento e o sal numa vasilha e misture. Num liquidificador bata a manteiga derretida, ovos, creme de leite, o açúcar e as bananas picadas até que fique homogêneo. Despeje numa vasilha. Vá adicionando aos poucos a mistura dos secos à massa batida. Junte metade do chocolate picado e misture.

Despeje a massa nas forminhas de papel dispostas na assadeira, até o topo. Coloque o restante dos chocolates sobre os muffins. Leve para assar em forno pré-aquecido a 200 C graus e asse por 35 minutos, ou até que os bolinhos estejam cozidos.

- para o creme batido -

Bater o creme de leite com o açúcar até virar chantilly.

- para o caramelo salgado -

Esquente o leite e o rum apenas até aquecer (não ferva). Numa panela derreta o açúcar até ficar dourado. Junte aos poucos a manteiga - cuidado para não se queimar! A calda irá borbulhar pois estará bem quente. Adicione o leite com rum e o sal. Apague o fogo, misture bem. Coloque numa vasilha para esfriar.

Com os bolinhos frios, decore com o creme batido e jogue a calda por cima.

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Bolo de iogurte com amoras e chocolate

Há alguns dias atrás, fui a um almoço de uma amiga querida. Acabei encontrando com a Gória Huk, ou Renata Barrella. Lá, algumas pessoas que não a conheciam pessoalmente, se surpreenderam quando ela se apresentou. Muitas delas tinham a imaginado como uma figura mais velha, para lá dos 50, 60 anos, algo como uma titia-avó bem rechonchuda, de avental na cintura e cabelos grisalhos (que eu acho lindo). A gente deu muita risada na hora, porque a Gória não tem nem 30 anos, é para lá de moderna e descolada, se vê na sua cara, em suas roupas e no seu jeito. Ela é linda de morrer!

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Mas essa semana, entrando em seu blog, eu pude entender a projeção sobre sua imagem. Seu blog parece mais uma casa de avó, daquelas que te acolhem com um pão recém saído do forno, bolo fofo, e café fresquinho, sem se preocupar com o excesso de açúcar ou calorias. Sala de casa de avó, do tipo que você quer ficar mais um pouquinho, provar mais um pedaço e levar uma trouxinha de quitutes para casa. As receitas são práticas, daquelas de dia-a-dia, de mãe-vó que adora receber visita dia sim, dia não.

Eu fiquei confusa entre tantas opções, mas optei pela a receita do bolo de iogurte, um dos mais fofinhos e fáceis que já fiz na minha vida. Na receita original, ela fez com morangos, mas como estamos em época de amoras, e São Paulo está com os pés de amoreiras carregados (exceto, é claro, pelos 3 pés que tenho no meu quintal), eu substituí. Substituí também o iogurte pelo creme de leite, a farinha por aveia e o açúcar por mel. Rsrsrsrs, mentira, Gória!, fiz a receita original, e ela ficou um aconchego só.

Ah!, e olha só, que coisa mais legal, a Gória está concorrendo ao prêmio de Receitas de Família, da Revista Casa e Comida, na categoria "Saladas", com a receita da Salada Verona - como Renata Constantino Barrella. Nas categorias "Bolos" e "Carnes", a Camila Dutra, do Feitocom.Amor, também está concorrendo e meu voto vai para as duas. A votação só vai até amanhã, então, corre lá, que essas meninas arrasam muito e merecem o prêmio!


Bolo de Iogurte com Amoras e Chocolate | Receita adaptada da Gória Huk

  • 03 ovos grandes
  • 01 copinho de iogurte
  • 01 xícara de óleo
  • 01 e 1/2 xícara de açúcar
  • pitada de sal
  • 02 xícaras de farinha
  • 01 colher de sopa de fermento em pó
  • 01 xícara de amoras
  • 1/2 xícara de gotas de chocolate
  • açúcar de confeiteiro para polvilhar

Bata bem no liquidificador os ovos, iogurte, óleo, açúcar e o sal. Junte a farinha e o fermento e bata apenas para misturar os ingredientes.

Disponha numa fôrma retangular untada com farinha. Distribua as amoras e as gotas de chocolate pela massa. Leve ao fôrno pré-aquecido a 200C graus, e asse por uns 45 minutos, ou até que o bolo esteja cozido e a massa dourada.

Espere esfriar e polvilhe açúcar de confeiteiro por cima. Corte em quadradinhos, ou se preferir, com um cortador redondo como a Gória fez. 

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Creme de Chocolate branco com farofa crocante de amêndoas e morangos

Para quem não é fã de comemoração do dia dos namorados, até que estou sendo bem comemorativa. Este é o segundo ano, em que posto receita romântica para a data.

Para quem não é fã da comemoração do dia dos namorados, até que eu estou sendo bem comemorativa. Esse é o segundo ano, em que posto receita romântica para a data. Na verdade é uma receita bem simples, nem precisa ser feita para comemorar algo, pode ser apenas para fazer bonito, sozinho ou acompanhado. E isso, eu adoro.

Desde que estou com o blog, as pessoas acham que eu levo jeito para a cozinha, que eu nasci para isso, que tenho alguma história de criança com avó culinarista na família. Alguns me pedem dicas, como se eu fosse algum tipo de especialista gourmet. Afe. Nada disso. Quem me acompanha, sabe que aprendi a cozinhar faz poucos anos com minha (falecida) sogra argentina. Tinha trauma, do tipo, vou viver de comida congelada e restaurante, e ser feliz para sempre. Criei o blog não apenas para compartilhar minhas tentativas de sucesso na cozinha, mas também pensamentos e algumas histórias, e coisas que gosto e acho bonitas. O blog foi evoluindo com o tempo; mais receita, mais fotografia, mais blá. E, sempre com o intuito único de preencher minha vida, todo o resto é efeito colateral, não pretensão.

Desde 2013, cá estou, comprovando que cozinhar, assim, como qualquer outra atividade na vida, só precisa de tentativas, boa vontade e bons ingredientes. Essa é uma receita, daquelas que praticamente não precisam de receita ou muita explicação. É só para provar meu ponto, de que o que põe mesa, afinal, é só a beleza.

Creme de chocolate branco com farofa crocante e amêndoas e morangos

04 copos

  • 300 ml de creme de leite fresco

  • 200g de chocolate branco

  • 200g de morangos

  • 100g de amêndoas

  • 100g de nozes

  • 50g de manteiga com sal

  • ½ copo de açúcar

  • açúcar de confeiteiro para enfeitar

Leve ao fogo 100 ml de creme de leite, apenas até começar a ferver. Junte o chocolate branco picado e misture bem até derreter e ficar homogêneo. Bata o restante do creme de leite até virar chantilly. Junte o creme com o chocolate. Divida a mistura nos copos em que irá servir. Leve à geladeira para esfriar. Eu deixei no freezer por 20 minutos.

Num processador ou liquidificador, bata as nozes até virar um farofa. Numa assadeira pequena com papel manteiga distribua as amêndoas, o açúcar e a manteiga em pedaços por cima. Leve num forno a 200C graus para tostar, por uns 15 minutos. Olhe de vez em quando e misture as amêndoas para não queimar, e para o açúcar caramelizar. Retire do forno e deixe esfriar.

Com as nozes ainda enroladas no papel manteiga, quebre-as com ajuda de um martelo, até ficarem picadas. Misture com a farofa de nozes. Jogue sobre o creme de chocolate branco. Pique os morangos e sirva por cima. Se quiser, jogue açúcar confeiteiro para enfeitar.

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Donuts de alecrim recheados de chocolate trufado de avelãs

Domingo de sol, domingo de inverno. Para mim, dia perfeito para ficar em casa de bobeira. Tomando sol no jardim, podando as plantas secas, ouvindo música ou lendo um livro.

Domingo de sol, domingo de inverno. Para mim, dia perfeito para ficar em casa de bobeira. Tomando sol no jardim, podando as plantas secas, ouvindo música ou lendo um livro. Se me chamar para sair, não estou. Vou inventar uma desculpa, e até te convencer a vir para casa. Mas não coloco meus pés do portão para fora. Sou daquelas que sofrem de uma espécie de fobia social. Ou preguiça crônica; caseira ao extremo. Faço mil planos para esse dia bonito, para ao final me convencer que bom mesmo é ficar em casa. Pôr um avental, separar ingredientes e folhear livros de receita. Abrir um vinho, acender a lareira e assistir um filme antigo pela terceira vez. Tenho alma de velha, eu sei!

Esses donuts foram a desculpa perfeita para ficar aqui. Preparei a massa que precisa de descanso. Usei uma barra de lindt deliciosa, trufada de avelãs. Muito alecrim. Segundo meu companheiro (e minha mãe) a receita teria ficado melhor se eu tivesse recheado com calabresa ao invés de chocolate, rsrsrs, por conta do alecrim. Mas deixando a oposição de lado, eu adorei, e você também pode se surpreender com o sabor. Receita do maravilhoso Local Milk. Ah, e essa tábua redonda maravilhosa é do Estúdio Elke Noda.

Donuts de alecrim recheados com lindor de avelãs | Receita adaptada do Local Milk

cerca de 30 unidades

  • colher de chá de fermento seco biológico
  • ¼ de xícara + 2 colheres de sopa (40 ° C) de água morna
  • 2 colheres de sopa de açúcar cristal
  • ½ colher de chá de sal marinho
  • 3 colheres de sopa alecrim bem picado
  • 1 ovo
  • 60 ml (¼ de xícara) de leite integral
  • 215g de farinha de trigo
  • 50g de manteiga amolecida
  • 30 Lindt Lindor ou trufas de chocolate
  • óleo de canola para fritar
  • açúcar confeiteiro para polvilhar

Em uma tigela misture a água, o fermento e o açúcar. Deixe descansar por 10 minutos até que fique espumoso. Adicione o sal, alecrim, ovos e leite, e misture com uma colher de pau. Junte 90g (cerca de ¾ de xícara) farinha e misture.  Adicione a manteiga e misture até incorporar. Vá adicionando aos poucos o restante da farinha, miturando e amassando bem a massa até que fique lisa.

Faça uma bola com uma massa e coloque em uma tigela limpa, levemente untada com óleo e coberta com pano de prato. Deixe repousar em uma área mais quente até dobrar de volume, cerca de 2 a 3 horas.

Retire a massa da tigela sobre uma superfície lisa e bem enfarinhada. Corte círculos com a ajuda de um cortador redondo ou um copo. Coloque a trufa e feche em forma de bolinha (sele bem para não escorre o chocolate enquanto você frita).

Numa panelinha de fritura, esquente o óleo e frite os bolinhos. Gire para dourar por igual por uns 3 a 4 minutos. Não deixe o óleo demasiadamente quente se não os bolinhos irão queimar por fora e a massa não cozinhar por dentro.

Coloque num rack com papel toalha para aborver o excesso de gordura. Jogue açúcar confeiteiro por cima. Sirva quente ou frio, como preferir. Só tome cuidado que enquanto quente, o chocolate derrete por todos os lados.

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Bolo de Chocolate com Chantilly de Licor de Laranja e muito romance

Para comemorar o dia dos namorados.

Eu vou ser sincera, jamais nos meus 34 anos, comprei um presente para o dia dos namorados. Acho a data cafona e comercial em demasia: enfrentar filas nos cinemas, restaurantes e motéis para comemorar a intimidade a dois, na minha opinião, é bem pouco romântico. Mas se a idéia é celebrar o amor com a pessoa que te faz bem, que seja em casa, à luz de velas, incensos e com um banquete numa mesa caprichada. Há tantas formas de celebrar e tantos dias no ano para isso acontecer!

Se você está decida a comemorar nesta sexta-feira, minha sugestão de sobremesa é esse bolo de chocolate sem farinha com chantilly, ma-ra, do Projeto Banquete da Mari e do Leo. Eu estou completamente viciada nos vídeos deles e olha que eu não sou uma pessoa vídeo on. Estética visual perfeita, bom humor na medida e receitas top. Recomendo!

E se não for afrodisíaca, pelo menos vai arrancar gemidos e suspiros, seus e de quem estiver contigo, garanto. Fiz meia receita e ao invés de chantilly do porto fiz com licor de laranja, que ficou ó! Além disso, é fácil demais, do tipo, se eu fiz, você também faz.

Capricha na seleção musical. Se não quiser cozinhar, pede um delivery, mas prepara a mesa com velas e flores. Batom vermelho. Declaração em cartas de amor. O melhor bolo de chocolate do mundo com creme batido. Como diz meu marido: isso é amor no concreto.

Bolo de Chocolate sem farinha com Creme batido de Licor de Laranja | receita adaptada do Projeto Banquete

para o bolo

  • 225g de chocolate meio amargo
  • 50g de manteiga
  • 04 ovos
  • ¼ de xícara + 01 colheres de sopa de açúcar cristal
  • açúcar de confeiteiro para decorar

para o creme

  • 250g de creme de leite fresco
  • ¼ de copo de Cointreau
  • ¼ de açúcar cristal

Derreta o chocolate com a manteiga em banho maria. Bata as gemas com ¼ de xícara de açúcar, até virar um creme esbranquiçado. Junte a mistura do chocolate derretido. Bata as claras em neve e adicione a colher de açúcar restante. Junte com cuidado ao restante da massa e misture delicadamente, para não quebrar as neves. A mistura fica bem aerada. Coloque numa forma untada (coloquei numa redonda de 21cm de diâmetro) e leve para assar num forno pré-aquecido a 180 graus. Asse por uns 45 minutos. Deixe esfriar.

O bolo vai crescer e inchar no forno e, depois ao esfriar, vai murchar. Não se preocupa, é assim mesmo, vai fcar uma casquinha crocante craquelada por fora, e uma textura extra-cremosa por dentro.

Bata o creme de leite com o açúcar e o Cointreau até virar chantilly. Sirva com o bolo.

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Mousse de Chocolate com uísque e café

Receita tradicional com uísque e café.

O mousse de chocolate é um coringa, um pretinho básico para tantas e diferente ocasiões; na dúvida, ele agrada sempre. Tantas e diferentes formas de fazê-lo, com ovos, ou creme de leite - já vi até com gelatina - ou com os dois. Mas a verdade é que, como tudo, o mais próximo ao tradicional, neste caso do original de Henri de Toulouse-Lautrec, mais gostoso. Se o pretinho básico for Chanel, não tem erro.

A receita do mousse de chocolate da Katie do What Katie Ate é assim. Além de ser complementado com uísque e café que deixam o aroma e sabor indescritíveis. Para receber duas amigas queridas em casa, a Dani da Danny Bunny e a Elke da Cozinha Single, nada mais justo uma receita assim tão perfeita, num domingo de preguiça.

Mousse de chocolate com uísque e café | receita adaptada do What Katie Ate

de 06 a 08 porções pequenas (ou 03 gigantes :P)

  • 04 ovos;

  • 150g de chocolate meio amargo;

  • 150g de manteiga sem sal;

  • ½ xícara de chá de açúcar;

  • 02 colheres de sopa de uísque (irlandês ou escocês);

  • 04 colheres de café solúvel;

  • pitada de sal; e

  • creme de leite batido para servir.

Derreta o chocolate e a manteiga em banho maria. Retire o recipiente do chocolate da água (cuidado para não deixar espirrar água!) e deixe a água fervendo e reserve.

Em outro recipiente junte as gemas, metade do açúcar, o uísque e o café. Bata a mistura e leve também em banho maria, batendo bem por uns 03 minutos, até que fique bem espumoso e esbranquiçado. Numa vasilha com gelo e água, coloque a mistura das gemas e continue batendo até engrossar, por mais 03 minutos. Junte o chocolate derretido.

Bata as claras em neve com o sal e o açúcar, até formar picos firmes e brilhantes. Adicione e misture delicadamente com a mistura do chocolate com gemas. Sirva em copos ou taças e complemente com chantilly no topo. Deixe na geladeira por pelo menos 4 horas antes de servir.

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Torta extra dark de chocolate

Dias frios, cobertor e chocolate são quase um clichê. Em épocas de tpm, então, nem falar…  Movida pela variação hormonal, fui em busca da receita perfeita, peso-pesado na categoria cacau; algo como esta aqui top de torta de chocolate do blog da alemã Sabrina Sue.

Eu já expressei aqui o quanto aprecio receitas simples e fáceis, mas que agradam e surpreendem tanto pelo paladar, quanto pelo visual. Adoro navegar pela web e encontrar tais preciosidades. Essa sobremesa é assim.

A massa é feita de bolachas do tipo Negresco (ou Oreo), que a torna super escura. O recheio é feito de ganache do tipo mais fácil impossível, que o torna um coringa para tantas outras sobremesas. Já vi muita gente torcer o nariz para as massas feitas de biscoito… Para mim, particularmente, são uma mão na roda, aliados da praticidade e da preguiça, e não deixam a desejar no quesito sabor e textura.

A verdade é que eu não resisti e resolvi experimentá-la no mesmo dia… O resultado foi tão bom, daqueles que as pessoas ficam perguntando se foi você mesmo quem fez, começam a virar os olhinhos e a suspirar gemidos, e você fica parecendo que até sabe cozinhar… :D

Torta de chocolate extra dark | versão adaptada por Sabrina Sue

para a massa

  • 16 biscoitos tipo negresco ou oreo
  • 50g de manteiga derretida

para o recheio

  • 200ml de creme de leite
  • 200g de chocolate meio amargo

Processe os biscoitos (com recheio) no processador ou num liquidificador potente, até que virem farofa. Adicione a manteiga derretida e amasse até formar uma massa. Abra numa fôrma pequena redonda (até 20 cm de diâmetro). Você pode forrá-la com um papel filme se desejar desenformá-la. Leve a massa ao refrigerador por pelo menos 15 minutos.

Numa panela esquente o creme de leite até quase começar a ferver. Apague o fogo e junte o chocolate picado. Misture bem até derreter completamente e formar um creme homogêneo. Seu ganache está pronto (e delicioso). Preencha a massa com o creme e leve à geladeira por pelo menos umas 3 horas (às vezes precisa mais um pouco para ficar bem firme e consistente na hora de cortar!).

O ideal é deixar de um dia para outro para ficar bem firme.

 

Sirva com um copo de leite gelado, ou um chá quente, debaixo das cobertas. :)

Produção: Dona da Casa! Fotos: Luiza Melo

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