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Frango Tandoori & Palak Panneer

Você gosta de comida indiana? Se me perguntasse a 8 anos atrás, eu não saberia te responder.

Você gosta de comida indiana? Se você me perguntasse há 8 anos atrás, eu não saberia te responder. O Gabriel costuma perguntar em seus grupos “você gosta de barata frita? E de grilo?”. A gente geralmente torce o nariz para aquilo que não conhece, tem dificuldade para aceitar aquilo que nunca viu, e resistência a gostar daquilo que não faz parte da nossa cultura.

Fica tranquilo, esse prato não tem barata, nem grilos e nem qualquer outro bicho estranho. É um frango bem apimentado, extremamente saboroso, mas um saboroso diferente do que estamos acostumados. Tem açafrão, semente de coentro, cardamomo, e muitas outras especiarias. Você só vai saber se gosta depois de experimentar, arrisco a dizer, não na primeira, nem na segunda, mas depois da terceira vez. Depois disso, não tem volta, aí você está fisgado. 

São mais de 7 temperos diferentes e minha dica é que você não deixe nenhum de fora. O máximo é usar menos pimenta vermelha, caso não esteja acostumado a pratos muito picantes.

Tandoori, é uma espécie de forno de barro, tradicional na Índia. Por motivos óbvios, assei meu frango no forno de casa mesmo, então a receita é um frango tandoori, sem tandoori. :D

A receita é do fantástico blog A brown table, e fica ótimo acompanhado de um palak paneer, naam e uma salada de pepino que já publiquei aqui.

O palak paneer é um creme super saboroso de espinafre, com queijo, às vezes faço só ele quando quero um prato vegetariano. O naam você encontra em alguns lugares para comprar.

Se você quiser, pode aprender a fazer um naam, com a fofa da Carol. Olha a receita aqui :D. (11.11.2015)

Frango Tandoori & Palak Panneer
Frango Tandoori & Palak Panneer
Frango Tandoori & Palak Panneer
Frango Tandoori & Palak Panneer
Frango Tandoori & Palak Panneer
Frango Tandoori & Palak Panneer
Frango Tandoori & Palak Panneer
Frango Tandoori & Palak Panneer

Frango Tandoori

Prato indiano cheio de sabor e muito tempero - uma receita adaptada de A Brown Table.

  • Rendimento: 2-4 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: prato principal

Ingredientes

  • 2 coxas e sobrecoxas
  • 1 xícara de iogurte natural
  • Suco de 1 limão
  • 1 cebolas roxas pequenas picada grosseiramente
  • 1/2 beterraba média, descascadas e picadas
  • 2 dentes de alho, descascados
  • 1 dedo de raiz de gengibre, descascadas e cortadas
  • 1/2 colher de chá de sementes de cardamomo
  • 1 colher de chá de sementes de cominho
  • 1 colher de sopa de açafrão-da-terra em pó
  • 1 colheres de sopa de sementes de coentro
  • 5 grãos de pimenta preta
  • 1 colher de sopa páprica
  • 3 cravos
  • 2 colheres de chá de sal
  • coentro para salpicar ao final

Modo de Preparo

  1. Bata todos os ingredientes, exceto o frango e o coentro, num liquidificador.
  2. Num recipiente, coloque o frango e jogue todo molho por cima. Deixe marinando por pelo menos 8 horas.
  3. Num forno, pré-aquecido a 205 graus, disponha o frango sobre uma assadeira e leve para assar por uns 30-40 minutos. Reserve o molho que sobrar.
  4. Nos primeiros 20 minutos, eu virei as coxas, para dourarem por igual e joguei mais um pouco do molho que sobrou por cima.
  5. Nos últimos 3 minutos, aumentar a chama para uns 250 graus e deixar dar uma tostada.
  6. Jogue limão na hora de servir e bastante coentro picado.
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Palak Panner

Prato indicano vegetariano, ótimo para acompanhar o frango tandoori ou ser apreciado sozinho.

  • Rendimento: 2-4 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: acompanhamento ou prato principal

Ingredientes

  • 2 maços de espinafre - folhas e talos macios
  • 300g Ricota firme (ou qualquer outro queijo branco fresco mais firme)
  • ¼ xícara de tomate picado
  • ½ xícara de cebola roxa picada
  • 1 dente de alho picado
  • 1 colher de chá de açafrão em pó (cúrcuma em pó)
  • 1 colher de chá de sementes de cominho
  • 1 colher de chá de garam masala (tempero indiano)
  • 1 colher de chá de pimenta caiena
  • 5 colheres de sopa de azeite
  • sal a gosto

Modo de Preparo

  1. Ferva água numa panela suficiente para ferver o espinafre. Deixe preparado um recipiente com água gelada.
  2. Quando ferver, coloque o espinafre apenas até que murchem - alguns segundos. Não deixe por muito tempo.
  3. Escorra e coloque na água gelada para interromper o cozimento. Esse processo irá preservar a cor vibrante do espinafre.
  4. No liquidificador, triture as folhas de espinafre até obter um purê fino.
  5. Numa frigideira para refogar, aqueça o azeite e adicione sementes de cominho.
  6. Adicione a cebola, alho e o sal refogue até dourar.
  7. Em seguida, adicione açafrão em pó, tomate, garam masala e frite em fogo alto por 2-3 minutos.
  8. Adicione o espinafre e ferva em fogo alto por 3-4 minutos.
  9. Adicione a ricota cortada em cubos ao molho e mexa bem.
  10. Sirva na hora.
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Fotos abaixo da postagem original, publicada em outubro de 2015.

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Rosca de Chocolate com Amêndoas

Receita doce para dias frios.

Ficamos sem luz ontem a noite e quando acordamos, ainda não tinha voltado. E eu levantei querendo fazer uma rosca de chocolate que estava na minha cabeça desde sei lá quando dessa quarentena. Fiz a receita de cabeça, com o que eu suspeitava que deveria ir num pão recheado com chocolate. Sovei na mão, coisa que a batedeira fazia por mim nos últimos anos; foi bom sujar as mãos de massa e sentir aquela esponja macia amortecendo meu embalo sobre a bancada fria.

Rosca de Chocolate

Derreti o chocolate no creme e decidi que o recheio ia ser uma ganache grossa mesmo - confesso que com um pouco de receio de ela desandar a massa e virar tudo uma bola melequenta, mas a internet não estava ali para me salvar e a mim só restava torcer que mercúrio retrógrado não se lembrasse do meu pão. Enquanto a massa descansava sob a coberta, a tigela posta na cadeira, num cantinho com sol, fui preparar a produção para as fotos, e aproveitar para filmar os últimos pedaços do Curso de Food Styling que estavam faltando.

Abri a massa e espalhei o recheio. Decidi colocar umas amêndoas salgadas trituradas também. Joguei um pouco no processador, quando me atentei que não tinha eletricidade. "Somos bichos de costume", e me lembrei de ter falado essa frase na conversa matinal na cama com meu companheiro, num contexto totalmente diferente. Dispus as amêndoas numa toalhinha, cobri e bati com o martelo. Ficaram lindas, com pedacinhos todos desiguais, e fiquei satisfeita, me gabando pois tinham ficado melhores que moídas no processador. Espalhei sobre a massa e enrolei-a bem devagar. Fiz cortes como vi a Nadiya dia desses na tevê e montei uma trança.

Enquanto a rosca assava, subia o cheiro doce do chocolate queimado chiando na assadeira. O pão cresceu e ficou com uma cor linda, perfumado e macio. Quando tirei minha última foto, ouvi um apito da geladeira. Era a luz que tinha acabado de voltar.

Rosca de Chocolate
Rosca de Chocolate
Rosca de Chocolate
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Pão Estrela com Doce de Leite e Nozes

Pão recheado em formato de estrela para dias melhores.

  • Rendimento: 10 a 12 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: pão, chá da tarde

Ingredientes

para a massa

  • 1/4 xícara de leite morno
  • 2 colheres de chá de fermento biológico seco
  • 2 e 1/2 xícaras de farinha de trigo
  • de 1/2 a 3/4 xícara água morna
  • 60g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
  • 2 colheres de chá de açúcar
  • 1 colher de chá de extrato de baunilha
  • 1 de colher chá de sal
  • 1 ovo batido com 1 de colher chá de leite para pincelar

para o recheio

  • 150g de doce de leite
  • 1/2 xícara de nozes (usei pecã) picadas

Modo de Preparo

para a massa

  1. Misture o fermento no leite numa vasilha e espere por uns 5 minutos.
  2. Num recipiente junte a farinha, açúcar, sal, extrato de baunilha, a manteiga cortada em pedaços, e a mistura do fermento.
  3. Bata na batedeira com o gancho e adicione a água aos poucos até dar liga. Você pode misturar na mão também se preferir.
  4. Sove a massa por uns 8 minutos (tempo de batedeira, até ficar lisinha), faça uma bola e coloque num recipiente untado com óleo e cubra com um pano limpo.
  5. Deixe a massa descansando por 1 hora ou até que dobre de tamanho.
  6. montagem

    1. Divida a massa em 4 partes iguais. Com ajuda de um rolo, abra em formato quadrado, uma a uma numa bancada enfarinhada e deixe descansar por mais 30 minutos.
    2. Coloque uma das massas abertas sobre um papel manteiga e espalhe 1/3 do doce de leite, deixando 1cm de borda sem o doce, e polvilhe 1/3 das nozes.
    3. Cubra com outra parte da massa e repita o processo. Depois mais uma vez, finalizando com a massa sem cobertura.
    4. Marque, com ajuda de um copinho, o centro da estrela.
    5. Faça cortes, a partir do centro, mas deixando o centro sem cortar, e divida a massa em 16 partes (assista o vídeo para entender melhor).
    6. A cada dois pedaços, enrole os para fora e una a ponta (assista o vídeo para entender melhor). Ficarão 8 pontas.
    7. Pincele a massa com o ovo batido. Coloque num assadeira redonda, e deixe descansar e crescer por mais 30 minutos.
    8. Leve para assar em forno pré-aquecido a 205C graus, por uns 25-30 minutos, ou até que esteja assada e dourada.
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Crumble de Amoras com Sorvete de Leite
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Crumble de Amoras com Sorvete de Leite

Sirva com uma bola de sorvete! ;)

Faz 20 anos, começava o ano 2000. Vinte anos é quase metade da minha vida. Dez anos atrás, eu tinha acabado de largar a carreira de economista. Eu me assombro com as quantias, com os anos, com a relatividade da percepção do tempo - não há matemática que me faça reconhecer todos esses números sem alarde.

Me sinto um livro de memórias que se acumulam, vivendo em busca constante por significados: dos momentos e dos acontecimentos. Escrevi recentemente o quanto eu já quis ser tantas coisas; perdi a conta das vezes que precisei mudar de plano, e de quantas vezes tive que dar passos para trás. Nada disso, porém, invalida minhas experiências, nada disso me faz menos do que sou. Eu acredito que vivi e criei tantas coisas nesses 10 anos perambulando pela vida, na ânsia por ressignificar e entender minhas escolhas.

Para esse ano, não quero tantas coisas de fora, mas quero ir ainda mais fundo pelo caminho inverso. Quero poder me reconectar ainda mais com o que sou: buscar minhas raízes, resgatar minha história, entender minha família, integrar minha cultura, acolher meu feminino. Quero voltar a pintar, quero ler mais, quero plantar mais, quero meditar, quero viver e celebrar minha casa, quero me nutrir dos meus afetos.

Quero poder viver uma vida tranquila, de bem comigo mesma, e absorver a abundância que me cerca. Quero orar todos os dias, agradecendo pela vida que construí até aqui, honrando as oportunidades (e sim, os privilégios) que recebi.


Cada dia mais entusiasmada com a idéia de ter um canal no Youtube, filmei mais um episódio de receita cotidiana. Dessa vez um crumble de amoras acompanhado por um sorvete de leite. A sobremesa ficou deliciosa e eu adorei as cenas desse vídeo.

Poder compartilhar mais essa faceta do meu trabalho é muito gratificante para mim. Não é fácil, dá uma trabalheira em triplo, ainda estou pegando o jeito, mas estou feliz com os resultados. Se você ainda não me segue por lá, aproveita para me seguir, curtir e me apoiar ok?


Receita de crumble é facil demais, você pode trocar por tantas outras frutas congeladas, ou até mesmo por maçãs verdes. É uma ótima idéia para improvisar quando você precisa de uma sobremesa rápida. Fica uma delícia - o melhor é comer tudo na hora, por causa do crocante. Com um sorvete fica perfeito. Fiz um de flor de leite, que ficou espetacular, e a receita do sorvete fica para outro dia.


Ninguém perguntou, nem pediu, mas vou voltar a dar indicações de filmes e seriados por aqui.

Filme: Bacurau, não dá para deixar de ver.

E Anne with an E, um seriado Netflix que tem me feito chorar todas as noites.

Me sentindo a própria doida desvairada da Janaína Paschoal dando essas duas dicas, mas vai lá.

Receita de Crumble de Amora com sorvete
Receita de Crumble de Amora com sorvete
Receita de Crumble de Amora com sorvete
Receita de Crumble de Amora com sorvete
Receita de Crumble de Amora com sorvete
Receita de Crumble de Amora com sorvete
Receita de Crumble de Amora com sorvete
Receita de Crumble de Amora com sorvete
Receita Crumble Amoras com sorvete
Receita Crumble Amoras com sorvete
Receita Crumble Amoras com sorvete
Receita de Crumble de Amoras com sorvete

Crumble de Amoras

Sirva com uma bola de sorvete para atingir a perfeição.

  • Rendimento: 10-12 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: sobremesa

Ingredientes

  • 1 xícara de aveia em flocos
  • 1 xícara de farinha de trigo
  • 1 xícara de açúcar cristal
  • 125g de manteiga com sal cortada em cubinhos
  • 500g de amoras - usei congeladas
  • suco de 1 limão
  • 1 colher de sopa de licor de laranja - opcional

Modo de Preparo

  1. Num recipiente coloque a aveia, a farinha, o açúcar e a manteiga cortada em cubinhos.
  2. Amasse com as mãos até virar uma farofa.
  3. Numa assadeira, espalhe metade da mistura, numa primeira camada.
  4. Misture o suco do limão e o licor nas amoras.
  5. Disponha as amoras sobre a camada de farofa.
  6. Cubra com o restante da mistura.
  7. Asse por uns 35 minutos - ou até que o crumble esteja dourado.
  8. Retire do forno e espere esfriar um pouco, mas pode servir quente ou morno, acompanhado de uma bola de sorvete.
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Quiche de Abobrinha com Bacon da Elke, numa tarde com café
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Quiche de Abobrinha com Bacon da Elke, numa tarde com café

Numa tarde ensolarada de outono.

É sempre muita história para contar: ela da sua viagem mais recente - dessa vez para Suécia e Dinamarca -, eu sobre meus perrengues na roça. A gente sempre dá muita risada, fazemos planos para dominar o mundo, tem sempre comida no meio, bebemos demais e terminamos com preguiça no final. E se lembra, que o melhor da vida são esses momentos.

Fika com Elke Noda

Nossa amizade começou por aqui, virtualmente. Na época, 4 anos atrás, ela tinha um blog de cozinha e viagens. Gostei de cara do que ela escrevia, e comentei: “dá vontade de ser sua amiga". E foi assim que a gente se identificou, logo de cara. Ela veio para casa, contou da sua vida, e eu da minha. Passamos um café e criamos um ritual.

Nem sempre é bonito como nessas fotos. Às vezes tem pizza fria de boteco, pipoca com cerveja, geladeira vazia, bolo de supermercado. Ontem, foi banquete feito na hora; enquanto ela contava as novidades suecas, abria com desenvoltura a massa da quiche, fritava o bacon na frigideira, e batia os ovos com creme. Eu ouvia sentada na bancada da cozinha, preparando a câmera para fazer fotos, ajustando o tripé de pata quebrada. Brindamos com espumante gelado, afinal, também esbanjamos riqueza quando podemos.

A gente ri das nossas diferenças - que não são poucas - eu chamo ela de louca, ela me chama de preguiçosa. Enchemos mais uma taça, porque não temos tempo a perder.


Pedi a receita da quiche, ela me olhou torto, afinal, nunca mede as quantidades e faz tudo no olho. Mas foi só eu postar foto ontem, que já teve gente pedindo receita. Então ela fez o favor de compartilhar. Toma lá a receita da Quiche de Abobrinha com Bacon da Elke Noda.

Quiche de Abobrinha da Elke
Quiche de Abobrinha da Elke
Queijo com Mel
Quiche de Abobrinha da Elke
Cheers
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Fika com Elke Noda
Queijo com Mel
Fika com Elke Noda
Bolo de Queijo com Goiabada
Bolo de Queijo com Goiabada
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Quiche de Abobrinha com Bacon da Elke Noda

Você pode utilizar a mesma massa para outros recheios como cebola, presunto e queijo, cenoura ralada, etc.

  • Rendimento: 06 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: torta, quiche

Ingredientes

para a massa

  • 180g de farinha de trigo
  • 80g de manteiga com sal
  • aproximadamente 1 ovo - não coloca o ovo todo, apenas o suficiente para dar liga - ou água gelada

para o recheio

  • 3 ovos
  • A mesma medida dos ovos de creme de leite
  • 1 abobrinha
  • bacon (opcional)
  • 50g queijo meia cura
  • Sal, pimenta do reino e noz moscada

Modo de Preparo

para a massa

  1. Juntar a farinha com a manteiga e faz tipo uma farofa.
  2. Adiciona o ovo ou a água para “grudar” tudo.
  3. Faz uma bola com a massa, enrola com papel filme e deixa na geladeira uns 15 minutos 
  4. Abre a massa com um rolo, coloque numa forma (essa medida é para forma de 25cm), fure a massa com um garfo e leve ao forno por 15 minutos a 180°C.

para o recheio

  1. Numa frigideira doure rapidamente o bacon. Reserve.
  2. Bater com um fouet os ovos, acrescenta o creme de leite, bater até ficar homogêneo.
  3. Tempere a gosto com sal, pimenta e noz moscada.
  4. Adicione o queijo meia cura ralado e o bacon.
  5. Fatie as abodrinhas com uma mandolina ou corte o mais fino que você conseguir.
  6. Despeje os ovos batidos na massa e coloque as rodelas de abobrinha.
  7. Leve para o forno a 220°C, já pré aquecido, por uns 20 minutos ou até dourar.
  8. Sirva morna ou fria.
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Viver de fazer sorvetes: sorvete de morango
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Viver de fazer sorvetes: sorvete de morango

A história dos sorvetes e todo o processo que acompanha sua produção têm sido mais longos e demorados que eu imaginava. Um dos meus primeiros sorvetes caseiro foi o de morangos.

A história dos sorvetes e todo o processo que acompanha sua produção têm sido mais longos e demorados que eu imaginava. Um dos meus primeiros sorvetes caseiro foi o de morango, há quase 2 anos atrás. Continua sendo um dos meus prediletos até hoje. A idéia de poder fazer o sorvete sabendo dos ingredientes que irão compor a fórmula, sem espessantes de origem duvidosa ou corantes artificiais, e o mais importante, mantendo o sabor real do sorvete, foi o canto da sereia para mim. Naquela época, não passava pela minha cabeça traçar um projeto pessoal com relação a isso tudo. Mas aos poucos, a idéia foi crescendo e maturando por dentro, idéias florescendo, feito maria-sem-vergonha no brejo.

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Nos últimos meses, tentei acelerar o processo, fiz um curso de sorvetes, estou com pilhas de livros sobre o assunto. Até que percebi que, a verdade é que eu não quero apressar nada. Atropelar a beleza desse processo criativo que precisa de amor e carinho para crescer, não faz sentido algum. Quero fotografar cada etapa, quero registrar todo o processo, quero sentir cada colherada derretendo devagarinho na boca. 

Se afinal, tudo isso vai sair do papel ou não, para mim não importa mais. Foi tanta riqueza agregada e tanto aprendizado indireto, tantas amizades feitas no caminho, tantos desafios propostos e atingidos, que o lucro já é todo meu. Sinto alegria quando penso nisso tudo, aquela que preenche o coração. Vou passo-a-passo, me divertindo, fotografando e comendo muito sorvete. Nada mais importa.

 

"Let me take you down
Cause I’m going to

Strawberry fields

Nothing is real
And nothing to get hung about
Strawberry fields forever"

{ Strawberry Fields Forever, The Beatles }

Fotos: Dona da Casa!

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Torta Alfajor
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Torta Alfajor

Essa torta é um descaramento. É um desbunde. Uma falta de vergonha na cara de tão boa. Uma receita fácil e deliciosa em demasia. Um clássico argentino.

Essa torta é um descaramento. É um desbunde. Uma falta de vergonha na cara de tão boa. Uma receita fácil e deliciosa em demasia. Um clássico argentino. A receita foi apresentada com maestria, bom humor e charme pela Mari, no especial Tastemade Uruguai, e é realmente Maravilloso!

Brinquei que fiz essa receita para a Julia, só porque ela veio desde Portugal a São Paulo e não conseguiu me ver. Mas é claro que o fato de ser um clássico santafesino argentino, como meu marido, teve coro aqui em casa, e me aventurei a fazer essa torta como nenhuma antes que já fiz. 

Fiz algumas pequenas adaptações, diminuindo o doce da bolacha e do merengue suíço (nem sei se isso vale), porque para mim, essa coisa de doce muito doce me incomoda. Mas se você quiser fazer como o original da Mari, vê lá a receita no vídeo, te garanto que vai dar muitas risadas também (e querer ver várias vezes). Aliás, assiste de qualquer maneira o vídeo, que fica mais fácil de entender o quão fácil é a receita. Ah, e não se esquece de utilizar um bom doce de leite argentino, que faz toda diferença.

Aproveitei para estrear o maçarico, que também nunca tinha usado antes na cozinha. Não queimei as pestanas, nem a sobrancelha, nem a casa, foi sucesso total. E a torta, além de deliciosa, ficou linda com merengue tostado.

Torta Alfajor | receita adaptada do Projeto Banquete

  • 02 xícaras de farinha
  • ¼ de xícara de açúcar para a massa e mais 02 colheres de sopa para o merengue
  • 04 ovos
  • 02 colheres de sopa de água
  • 800g de doce de leite argentino

para a massa

Misture numa tigela 1 ovo com 3 gemas. Reserve as claras para o merengue. Bata levemente e junte a farinha e ¼ de xícara de açúcar. Misture bem e agregue aos poucos a água até achar o ponto da massa. Quando ficar lisinha e desgrutar da mão, está boa.

Reparta a massa em duas partes abra-a numa bancada enfarinhada, até ficar bem fininha. Utilize o molde de uma fôrma de uns 20 cm, ou um prato, para cortar os discos. Vá abrindo a massa até cortar todos os discos. Essa quantidade de massa, dá certinho 5 bolachas. Coloque sobre uma fôrma com papel manteiga e leve ao forno pré-aquecido à 200 graus C. Asse por uns 10 a 15 minutos, até que as bolachas comecem a dourar. Retire e deixe esfriar num rack.

para o merengue suíço

Coloque as claras com o restante do açúcar numa tigela em banho maria. Misture delicadamente com uma espátula deixe esquentar até que os grãos de açúcar estejam dissolvidos nas claras. Este é o ponto para você bater as claras em merengue suíço. Bata numa batedeira (ou se for como a Mari, na mão mesmo) até que forme picos firmes. 

para a montagem da torta

Começe com um dos discos. Coloque bastante doce de leite. Coloque outra bolacha por cima e vá alternando as camadas. Termine com o doce de leite. Por cima de tudo, decore com o merengue suíço, se tiver um saco de confeitar, faça biquinhos sobre toda a torta (essa será minha próxima aquisição, quem sabe). Se tiver um maçarico, passe por cima dos merengues com cuidado para que eles fiquem tostadinhos. Se não tiver, tudo bem também. Como a Mari diz, você já chegou até aqui, e já é um vencedor.

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Pudim de Leite clássico
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Pudim de Leite clássico

Um clássico argentino.

“Este pudim é o mais delicioso que já comi em toda minha carreira ‘pudineira’ e pelo que mais recebi elogios. Além disso, foi um pudim que custou dez anos de luta entre uma sogra e uma nora. Uma década mais tarde, a sogra liberou sua receita como uma prisioneira de guerra e hoje anda livre e solta, adoçando vidas e chega para você neste livro"

Com essa descrição, Felicitas Pizarro abre sua receita de pudim de leite em seu livro You Cook: Cocinar, divertirse y comer. Essa pitada de humor irônico argentino me lembrou demais minha sogra, citada diversas vezes aqui, inclusive no meu último post.

Receitas clássicas me agradam por diversos motivos e esta aqui em especial: primeiro, porque não é tão doce e não vai leite condensado. Aliás, a receita leva apenas leite, ovo e açúcar. Sua textura fica extremamente cremosa e lisa, sem aquelas bolinhas ou aquela pele grossa ressecada, eca!

Parênteses, se você é fã de Seinfeld, lembrou do episódio pavoroso em que George faz dezenas de peles de pudim para comer de lanche durante o sexo?… 😝 foi mal!

E, por último, justamente por não ser tão doce, podemos comer da forma argentina flanera: acompanhado de doce de leite e creme batido. Numa cidadezinha, no interior da Argentina, Sunchales, havia um restaurante na beira da estrada que servia essa sobremesa e a combinação fazia meus olhinhos virarem. A gente ia lá, só por causa dela, o restaurante do Gallego.

Então, sem mais história, aqui vai a receita.

Pudim de leite clássico | receita adaptada do livro You Cook: Cocinar, divertirse y comer

4 unidades (de 300ml)

  • 01 litro de leite
  • 02 ovos caipiras
  • ½ xícara de açúcar demerara
  • 01 colher de sopa de extrato de baunilha
  • 08 colheres de sopa de açúcar refinado para o caramelo

Ferva o leite com o açúcar dissolvido, até que o leite evapore e se reduza pela metade. Quando estiver morno, misture os ovos batidos e o extrato de baunilha. Faça o caramelo nas forminhas (eu coloquei em pequenas formas individuais de pudim, de cerca de 300ml) e despeje a mistura nelas.

Leve ao forno para cozinhar em banho maria, por cerca de 1 hora, ou até que fiquem firmes. E, aqui, o segredo da receita: cozinhe em fogo bem baixo, para que a água não ferva e, consequentemente, não forme bolinhas no pudim.

Quando esfriarem, leve à geladeira. Na hora de servir, esquente um pouco o fundo da forma na boca do fogão, para que o caramelo derreta e fique mais fácil de desenformar. Sirva com uma colher generosa de doce de leite (argentino, por favor!) e com um pouco de creme batido bem pouco adoçado.

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Cheesecake de Chá Verde & Salud D. Stella
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Cheesecake de Chá Verde & Salud D. Stella

Salud, D. Stella!

“En la ensalada de tomate no se agrega aceto, ya és ácida!”; “El zappallito larga mucha água, hay que dejarlo en la sal antes”. Essas e outras constatações foram proferidas na cozinha de Dona Stella, por mais de 80 anos. Me lembro uma vez em que me pediu para fazer um purê de maçãs verdes e eu coloquei um pouco de água para cozinhar as maçãs. Fui quase massacrada com seu olhar de sobrancelhas marcantes, pela minha ignorância, afinal “las manzanas ya largan mucha água, no hay que agregarles más!”

Minha sogra fazia tudo com tanta certeza que não havia como contestá-la, agregava água com gás na massa da torta e fazia a marmelada com a receita 2 e 2 (significava 02 unidades de cada fruta + 2 kilos de açúcar). Mitos ou verdades, suas receitas funcionaram sempre perfeitamente e, seu modo de cozinhar, era quase como assisti-la comandar uma orquestra diariamente.

E durante a nossa viagem para Argentina, nessas últimas semanas, Stella deu seu último suspiro, aos 94 anos. Ela viveu uma vida daquelas que eram de outras épocas, nas quais as coisas eram mais raras e mais simples ao mesmo tempo. Criou 3 filhos, dos quais sou grande admiradora, muito embora um deles eu não tenha conhecido. Cuidou de todos ao seu redor, dia após dia. A rotina era sua especialidade e nada faltava ou saia errado quando se estava sob seus cuidados. Uma fortaleza de 1,55m, que me ensinou a assar meu primeiro bolo (e o melhor) e que tinha as melhores receitas de sorvete caseiro do planeta.

Se eu aprendi a cozinhar, e se a cozinha tem algum significado especial em minha vida, devo à ela. Como se isso fosse pouco, ela também trouxe ao mundo o maior companheiro de vida, que jamais poderia ter sonhado.

Um brinde, Dona Stella! Salud, plata y amor! Que você tenha seu merecido descanso, agora em paz.


Já aqui em São Paulo, receita testada do livro Sachie’s Kitchen, de Sachie Nomura. Provavelmente, Dona Stella torceria o nariz para a receita, pois a velha detestava comida japonesa. Mas fica aqui minha homenagem irônica e provocativa, essa provavelmente seria a receita que eu levaria para ela provar nesse natal.

Cheesecake de Chá Verde | receita adaptada do livro Sachie’s Kitchen

  • 200g de biscoito maltado (tipo piraquê)
  • 50g de manteiga derretida
  • sementes de gergelim
  • 300g de cream cheese
  • suco de ½ limão
  • 100g de iogurte
  • 1 xícara de creme de leite
  • ½ xícara de açúcar
  • 01 e ½ folha de gelatina sem sabor
  • 2 colheres de sopa de matcha

Processe os biscoitos até virarem uma farofa. Misture com a manteiga derretida e abra a massa numa forma desmontável de uns 28 cm de diâmetro. Aperte a massa até ficar uniforme, jogue algumas sementes de gergelim por cima e leve ao refrigerador para firmar.

Numa vasilha, junte o cream cheese, suco de limão e o iogurte. Misture bem até ficar um creme liso. Bata o creme de leite com o açúcar até virar chantilly. Junte os dois cremes, misturando suavemente. Derreta a folha de gelatina em 1/3 copo de água morna. Agregue ao creme e continue misturando. Junte 1 colher de sopa do matcha e misture até ficar homogêneo.

Reserve cerca de 1 colher de sopa do creme e junte o restante do matcha. Coloque o creme sobre a base da torta. Decore com o creme mais escuro reservado. Leve à geladeira por pelo menos 4 horas antes de servir ou até que esteja bem firme. Pode deixar de um dia para o outro para garantir.

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Donuts de alecrim recheados de chocolate trufado de avelãs
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Donuts de alecrim recheados de chocolate trufado de avelãs

Domingo de sol, domingo de inverno. Para mim, dia perfeito para ficar em casa de bobeira. Tomando sol no jardim, podando as plantas secas, ouvindo música ou lendo um livro.

Domingo de sol, domingo de inverno. Para mim, dia perfeito para ficar em casa de bobeira. Tomando sol no jardim, podando as plantas secas, ouvindo música ou lendo um livro. Se me chamar para sair, não estou. Vou inventar uma desculpa, e até te convencer a vir para casa. Mas não coloco meus pés do portão para fora. Sou daquelas que sofrem de uma espécie de fobia social. Ou preguiça crônica; caseira ao extremo. Faço mil planos para esse dia bonito, para ao final me convencer que bom mesmo é ficar em casa. Pôr um avental, separar ingredientes e folhear livros de receita. Abrir um vinho, acender a lareira e assistir um filme antigo pela terceira vez. Tenho alma de velha, eu sei!

Esses donuts foram a desculpa perfeita para ficar aqui. Preparei a massa que precisa de descanso. Usei uma barra de lindt deliciosa, trufada de avelãs. Muito alecrim. Segundo meu companheiro (e minha mãe) a receita teria ficado melhor se eu tivesse recheado com calabresa ao invés de chocolate, rsrsrs, por conta do alecrim. Mas deixando a oposição de lado, eu adorei, e você também pode se surpreender com o sabor. Receita do maravilhoso Local Milk. Ah, e essa tábua redonda maravilhosa é do Estúdio Elke Noda.

Donuts de alecrim recheados com lindor de avelãs | Receita adaptada do Local Milk

cerca de 30 unidades

  • colher de chá de fermento seco biológico
  • ¼ de xícara + 2 colheres de sopa (40 ° C) de água morna
  • 2 colheres de sopa de açúcar cristal
  • ½ colher de chá de sal marinho
  • 3 colheres de sopa alecrim bem picado
  • 1 ovo
  • 60 ml (¼ de xícara) de leite integral
  • 215g de farinha de trigo
  • 50g de manteiga amolecida
  • 30 Lindt Lindor ou trufas de chocolate
  • óleo de canola para fritar
  • açúcar confeiteiro para polvilhar

Em uma tigela misture a água, o fermento e o açúcar. Deixe descansar por 10 minutos até que fique espumoso. Adicione o sal, alecrim, ovos e leite, e misture com uma colher de pau. Junte 90g (cerca de ¾ de xícara) farinha e misture.  Adicione a manteiga e misture até incorporar. Vá adicionando aos poucos o restante da farinha, miturando e amassando bem a massa até que fique lisa.

Faça uma bola com uma massa e coloque em uma tigela limpa, levemente untada com óleo e coberta com pano de prato. Deixe repousar em uma área mais quente até dobrar de volume, cerca de 2 a 3 horas.

Retire a massa da tigela sobre uma superfície lisa e bem enfarinhada. Corte círculos com a ajuda de um cortador redondo ou um copo. Coloque a trufa e feche em forma de bolinha (sele bem para não escorre o chocolate enquanto você frita).

Numa panelinha de fritura, esquente o óleo e frite os bolinhos. Gire para dourar por igual por uns 3 a 4 minutos. Não deixe o óleo demasiadamente quente se não os bolinhos irão queimar por fora e a massa não cozinhar por dentro.

Coloque num rack com papel toalha para aborver o excesso de gordura. Jogue açúcar confeiteiro por cima. Sirva quente ou frio, como preferir. Só tome cuidado que enquanto quente, o chocolate derrete por todos os lados.

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Bolinhos de Pomelo com Alecrim
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Bolinhos de Pomelo com Alecrim

Para quem adora bolo de laranja, daqueles bem molhadinhos, cheios de calda, essa receita é um presente. O pomelo intensifica o sabor do azedinho-doce, enquanto o alecrim deixa um aroma adocicado e floral. 

Para quem adora bolo de laranja, daqueles bem molhadinhos, cheios de calda, essa receita é um presente. O pomelo intensifica o sabor do azedinho-doce, enquanto o alecrim deixa um aroma adocicado e floral. A cor da calda fica um rosado tão lindo que dá vontade de beber ele todo com os olhos.

Eu descobri o pomelo quando tinha 16 anos de idade. Eu achava o máximo ver o grapefruit em fotos e filmes de cozinha americanos e, quando vi no supermercado, decidi comprar. Só que eu não tinha a menor idéia que eles eram tão azedos e amargos, quanto eram lindos. Foi colocar na boca, e cuspir tudo fora; bem sem noção mesmo. A experiência só foi ressignificada 10 anos depois, quando fui visitar pela primeira vez minha sogra, na Argentina. Lá eles comem a fruta no café da manhã, mas com um pequeno detalhe: cada mordida é acompanhada de uma colherada de açúcar. Os lábios ficam inchados e ardidos pela acidez da fruta, mas tudo bem. A fruta é tão popular por lá, que eles até tem refrigerante e várias bebidas sabor pomelo, como o nosso guaraná.

Essa receita é uma adaptação de uma das receitas do livro What Katie Ate. Ela utiliza as blood oranges, ou laranjas sanguíneas para o bolo. As laranjas sanguíneas não são tão ácidas, nem tão amargas quanto o pomelo, mas a receita funcionou perfeitamente bem com a substituição.

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Bolinhos de Pomelo com Alecrim | receita adaptada do livro What Katie Ate

09 unidades

para os bolinhos

  • 02 ovos caipira
  • 110g de manteiga amolecida
  • ½ xícara de açúcar
  • ½ pomelo (descascado sem a parte branca)
  • ½ laranja (descascada sem a parte branca)
  • 01 colher de sopa de cointreau
  • 01 ramo de alecrim
  • 01 xícara de farinha de trigo
  • 01 colher de sopa de fermento

para a calda

  • suco de 01 pomelo
  • suco de 01 laranja
  • 02 colheres de sopa de açúcar

para outra calda

  • suco de 01 pomelo
  • 01 xícara de açúcar confeiteiro para a calda

Bata os ovos com o açúcar e a manteiga por uns 10 minutos na batedeira, até virar um creme leve. Adicione o cointreau. Num processador ou liquidificador bata bem a poupa do pomelo e da laranja com as folhas de alecrim. Junte o purê da fruta na mistura de manteiga e ovos. Continue batendo e junte aos poucos a farinha e o fermento peneirados. Misture em velocidade baixa até ficar tudo bem homogêneo. 

Distribua nas forminhas untadas com manteiga e farinha, preenchendo até ¾ de seus orifícios. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus e asse por uns 45 minutos, ou até que a massa esteja cozida. Espere esfriar um pouco antes de desenformar.

Para a calda, misture o suco do pomelo com a laranja e as duas colheres de açúcar e leve ao fogo para ferver e reduzir, por cerca de 15 minutos. Deixe amornar e faça pequenos furos sobre os bolinhos e jogue a calda por cima.

Para servir, com os bolinhos já frios, misture bem o restante do suco do pomelo com o açúcar confeiteiro, até que esteja bem dissolvido. Regue os bolinhos com esta segunda calda e deixe um pouco à parte para servir na hora de comer. Deixe na geladeira por pelo menos uma hora antes de servir.

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Risoto de beterraba com queijo de cabra
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Risoto de beterraba com queijo de cabra

Passada a turbulência das últimas semanas, finalmente pude desfrutar do ínicio do outono, com seu fim de tarde fresco e seu ar gelado mais árido. 

Passada a turbulência das últimas semanas, finalmente pude desfrutar do ínicio do outono, com seu fim de tarde fresco e seu ar gelado mais árido. Manta no sofá, vinho na taça, e os últimos capítulos de Better Call Saul na tevê. Não consigo explicar direito meu amor pelo outono, mas se pudesse tentar, minha resposta seria a sensação de término e rompimento que essa estação traz na minha vida. Um fim de ciclo que é apenas uma faceta de um novo alvorecer. Dessa vez não foi diferente, inquietações internas, mas muita conexão com uma vontade maior, de algo acima.

A movimentação gerada sacudiu a poeira do que estava escondido lá no cantinho escuro. A faxina foi pesada, mas trouxe luz e frescor ao que estava há muito tempo parado. E agora é hora de começar a vislumbrar quanta coisa boa pode brotar daqui para frente. Esta semana foi assim. Uma celebração interna do dia-a-dia. Testei pratos diferentes, numa inspiração cheia de confiança. Na falta de um ingrediente, as substituições foram certeiras. E, pensando bem, o improviso foi a pitada essencial que deixou tudo mais gostoso.

Essa receita vem do livro da Rita Lobo, o Pitadas da Rita, e foi uma das primeiras que bati o olho e disse: esse eu quero provar. Demorou, mas aqui está. Acompanhado de bom um malbec Catena, trazido da Argentina, um brinde à vida.

Risoto de Beterraba com Queijo de Cabra | receita adaptada do livro Pitadas da Rita

02 porções

para o caldo

  • 04 beterrabas
  • 01 cebola roxa
  • 01 cenoura
  • 01 talo de salsão
  • 01 tomate
  • 01 pimentão vermelho
  • folhas de louro, cravos-da-índia, orégano
  • 1 llitro de água

para o risoto

  • 01 xícara de chá de arroz arbóreo
  • 02 colheres de sopa de manteiga
  • 01 cebola roxa
  • ½ xícara de chá de vinho tinto
  • 100g de queijo parmesão ralado
  • 100g de queijo de cabra em cubos
  • folhas de erva doce
  • sal e pimenta-do-reino

Coloque os legumes descascados (cenoura, cebola e beterrabas) e cortados grosseiramente em grandes pedaços numa panela grande. Cubra com água e adicione os temperos. Leve para ferver por uns 30 minutos em fogo médio. Reserve.

Numa frigideira alta, frite a cebola picadinha na manteiga, até que fique bem murcha. Junte o arroz, mexa bem, por pelo menos 1 minuto. Adicione o vinho tinto e continue misturando até evaporar. Tempere com sal e pimenta do reino.

Utilize sempre um vinho de qualidade que você possa tomar, nunca um vinho passado. Eu costumo abrir um vinho, tomar enquanto cozinho, e depois acompanhar o prato.

Vá adicionando uma concha ou duas do caldo de beterraba ao arroz, e continue misturando bem. Sempre que começar a secar, adicione o caldo, até que o arroz cozinhe e fique al dente. Na última concha, não deixe secar por completo, ele tem que ficar úmido. Apague o fogo e coloque o queijo parmesão ralado e continue mexendo. Sirva com uns pedaços da beterraba do caldo picadas, o queijo de cabra picadinho e as folhas de erva doce. A receita original leva endro e queijo branco. Como não encontrei, utilizei a erva doce mesmo, que ficou perfeita.

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Hamburger caseiro
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Hamburger caseiro

Os vegetarianos que me perdoem, se tem algo que eu não resisto é um bom “burgão”. Em São Paulo, temos a sorte de ter hamburguerias de primeira qualidade, dos mais variados preços e dos mais variados cardápios. Todos se destacam pela excelente qualidade da carne, sem miséria, e com muito sabor.

Mas tem dias em que preparar um bom sanduíche em casa é tudo o que você quer; sem ter que enfrentar filas, ou ter que se render ao fast food da esquina. Fazer seu próprio hamburger caseiro, depende muito de você. Quem gosta e faz, tem suas particularidades; tem quem não misture nada, tem quem coloque cebola, alho, farinha de rosca, azeite, água e até ovo. Tem quem use carne de primeira, tem quem use mescla de carnes. Tem quem use carne moída, tem quem pique a carne na ponta da faca. Vai de gosto, vai de crença, vai de quem faz.

Eu, assim, como os outros, encontrei minha receita perfeita. Ela ficou suculenta no ponto, bem temperada e na altura que eu gosto para cada mordida. Nem acredito que eu passei tanto tempo comprando ela pronta em supermercado. A qualidade de um bom hamburger feito por você, não se compara a estas que você compra em caixinha. Uma boa mostarda e um catchup de qualidade, complementaram o que já era bom. Picles, cebola e queijo a gosto. A diversão está só começando.

Hamburger Caseiro

cerca de 06 porções

  • 1 kg de carne moída | patinho ou fraldinha
  • 03 dentes de alho
  • 01 maço de salsinha
  • 01 colheres de sopa de cominho
  • pimenta do reino
  • sal marinho

Pique bem o alho e a salsinha. Junte à carne moída e amasse bem, com as mãos limpas. Tempere com cominho e a pimenta e continue amassando bem, até a carne ficar bem temperada. Não coloque o sal para que a carne não solte água.

Faça bolas do tamanho desejado e amasse-as achatando até ficar da grossura que você deseja os hamburgueres. Guarde numa vasilha, separando-os com papel manteiga. Deixe na geladeira até o momento de utilizá-los.

Frite os hamburgueres numa chapa ou frigideira bem quente, com um pouco de óleo. Tempere com sal marinho na hora de fritar. Sele bem a carne de um lado e só vire uma vez, para que ela não perca o suco.

Sirva num pão quentinho redondo, com ou sem gergelim, picles, pimentão assado em conserva, cebola, alface, tomate, catchup e mostarda. Acompanhe com batatas assadas (de preferência com bastante alecrim) e seja feliz.

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Clafoutis de Cerejas
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Clafoutis de Cerejas

Quando criança eu amava, simplesmente amava, folhear livros de receitas da minha mãe. Passava horas, não me cansava de admirar as fotos de tortas, bolos e biscoitos, imagens que ficaram gravadas na minha memória até hoje. Eu ficava imaginando qual delas seria a mais gostosa, tinha as minhas prediletas em cada livro; mesmo que a grande maioria delas tivesse ficado apenas no papel.

Apesar dessa brincadeira infantil, meu aprendizado na cozinha foi tardio. Acho que essa fixação pelos livros de receita já prenunciavam o casamento que se desenvolveria aos quase 30. Hoje, continuo com a mesma alegria de criança com um livro de culinária, posso passar horas imersa, lendo, mesmo que isso não me leve a cozinhar. Recentemente, adquir o A Kitchen in France | A year of cooking in my farmhouse, da Mimi Thorisson. E posso dizer que estou num caso sério de amor.

O livro é dividido em estações. Em histórias que se transformam quase num conto de fadas. A forma poética em que Mimi descreve sua vida elevam o livro da categoria culinária para a de literatura contemporânea. Ela compartilha receitas e estórias na sua casa na região rural em Medóc; o que se cozinha e se come é o que a terra dá, a depender da estação em que se esteja. São pratos típicos da cozinha francesa, apesar de seus olhos puxados, graças ao pai chinês. As receitas são uma compilação de seu blog, cujas fotos são de seu marido fotógrafo, Oddur Thorisson, quase uma obra-prima virtual.

Uma das receitas tradicionais que encontrei é o clafoutis de cerejas. Essa era uma das sobremesas que figurava num dos antigos livros da minha mãe. Naquela época eu não sabia bem do que se tratava, pois não havia foto para ilustrá-la. O nome ficou gravado na minha memória. Foi apenas hoje que fui experimentar pela primeira vez um cherry clafoutis.

No dia 17 de março, esta receita foi selecionada pelo The Feed Feed para ser publicada na seleção Vive la France!

Clafoutis de Cerejas | receita original Manger

  • 500g de cerejas
  • 4 ovos
  • 50g de manteiga com sal, derretida
  • 200 ml de leite integral
  • 100g de farinha de trigo
  • 1/3 de xícara de chá de açúcar simples
  • 1 ½ colher de chá de extrato de baunilha
  • 1 colher de sopa de água de flor de laranjeira
  • açúcar de confeiteiro, para polvilhar
  • pitada de sal

Lave as cerejas e seque bem. Você pode ou não remover a sementes, eu preferi deixar como no livro, com sementes. Espalhe-as numa fôrma com cerca de 23cm de diâmetro, untada com bastante manteiga.

Em uma tigela, misture a farinha, açúcar, sal e a baunilha. Adicione o leite e os ovos (um a um), mexendo delicadamente. Agregue a água de flor de laranja e a manteiga, misturando até obter uma massa lisa.

Despeje a massa sobre as cerejas. Leve ao forno pré-aquecido a 200°C e asse por 15 minutos nessa temperatura. Abaixe em seguida para 180°C e cozinhe por mais 30 minutos. Deixe esfriar um pouco e polvilhe o açúcar de confeiteiro. Não se esqueça de avisar seus convidados das sementes!

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Muffins de Amêndoas com Geléia de Framboesa
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Muffins de Amêndoas com Geléia de Framboesa

Muffins de Amêndoas com geléia de framboesa

Sabe quando algo sai perfeito? É o caso desses muffins. Queria algo que conseguisse captar e sintonizar esse sentimento de conforto de retornar para a casa.

Sabe quando algo sai perfeito? É o caso desses muffins. Queria algo que conseguisse captar e sintonizar esse sentimento de conforto de retornar para a casa. Algo que pudesse acompanhar com maestria um chá aveludado com perfume de flores e pimenta. Algo que pudesse agradar aos que passam pela minha casa, e eu pudesse oferecê-lo como uma declaração quase de amor: sinta-se a vontade por aqui.

Estou neste processo de volta à minha adorável casa. Já expressei nos posts passados o quanto aprecio o bem viver caseiro, como gosto do meu canto em particular. Como gosto de passar horas na cozinha, sem pressa nem ansiedade. Apenas separando ingredientes, folheando livros de receitas, esperando o bolo assar, enquanto seu aroma invade todos os cômodos da casa, convidando aos que estão por aqui a darem uma passada pela cozinha. Um motivo para se reunir, conversar, dar risadas entre um gole de chá e uma espiada no forno. Essa receita é assim. Nostalgia do que é, afeto e conforto, num final de tarde que passa lento, mas ainda assim, cheio de bossa.

Muffins de Amêndoas com Geléia de Framboesa | receita adaptada do livro What Katie Ate

rende 12 bolinhos

  • 120g de manteiga derretida mas fria
  • 02 ovos
  • ½ xícara de água morna
  • 1 e ¼ xícara de farinha de trigo
  • 3 colheres de chá de fermento em pó
  • ½ xícara de farinha de amêndoas
  • 01 xícara de açúcar
  • 01 colher de chá de canela em pó
  • 01 maçã descascada e picada
  • 02 colheres de chá de extrato de baunilha
  • raspas de 01 limão siciliano
  • geléia de framboesa ou qualquer outra que te agrade (cerca de duas colheres de café por bolinho)
  • amêndoas em lâminas para enfeitar (cerca de meia xícara)
  • acúcar mascavo para polvilhar

Coloque numa tigela os ingredientes secos: farinhas, fermento, açúcar, canela e as raspas de limão. Misture-os bem.

Numa outra misture os ovos batidos, a manteiga, a água morna e o extrato de baunilha. Quando estiver homogêneo, agregue os ingredientes secos. Junte a maçã picada. Distribua numa fôrma com 12 orifícios forrados com papel manteiga ou forminha de papel própria para os bolinhos.

Cubra até ¾ de cada fôrma. Coloque cerca de duas colheres de chá de geléia para cada bolinho e as amêndoas em lâminas por cima de tudo. Polvilhe com açúcar mascavo e leve para assar em forno pré-aquecido a 180 graus, por 30 minutos aproximadamente, ou até que os bolinhos estejam assados e dourados. Coloque mais geléia se desejar. 

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Budín Ingles da D. Stella
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Budín Ingles da D. Stella

Essa é uma dessas idéias que estão se espalhando pela web. Ao invés de presentear com um panetone, uma fôrma de bolo inglês caprichada e feita com todo carinho por você mesma. 

Essa é uma dessas idéias que estão se espalhando pela web. Ao invés de presentear com um panetone, uma fôrma de bolo inglês caprichada e feita com todo carinho por você mesma. Nenhuma novidade, até aqui. Minha contribuição fica por conta da receita, que vem da minha sogra, uma argentina de 93 anos, que há 6 anos atrás, me ensinou a assar meu primeiro bolo. Só não daria para imaginar que essa receita seria imbatível pelos 6 anos seguintes e, ao que tudo indica, muitos outros pela frente.

Sem exagerar, já experimentei e publiquei outras tantas boas receitas por aqui de bolo. Mas esta não tem competição. A primeira vez que experimentei, fiquei totalmente obcecada; não conseguia parar de comer, daquele jeito que você perde a vergonha, mas não a gula. Minha sogra arregalava os olhos, levantava uma das sobrancelhas e dizia “mirá como come esta chica!”, enquanto eu cortava o terceiro pedaço, já pensando no quarto.

Lembro até hoje, ela abrindo aquele livro de capa dura, antigo de páginas soltas, rasgadas e amareladas. Buscava a receita do “budín ingles” e separava os ingredientes rigorosamente bem mensurados. E dizia “podés incrementar con lo que quieres: pasas de uvas, nueces, o chocolate! queda muy rico”. E eu não imaginava o quanto essa receita poderia modificar minha vida, más allá del paladar.

Para quem não sabia cozinhar absolutamente nada, como já contei algumas vezes por aqui, esse rito de iniciação na cozinha, despertou algum desejo inconsciente dentro de mim. Talvez pelo choque de gerações e culturas, talvez algo ancestral do arquétipo feminino do encontro de duas mulheres na cozinha, talvez por encontrar algo que eu nem sabia que procurava tanto.

Essa receita portanto é um tanto sagrada para mim. É de ocasiões especiais, é de se comer até a última migalha na assadeira. É o meu presente compartilhado com muito carinho neste natal para quem, assim como eu, vê muito valor nessas raras preciosidades da vida.

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Budín Ingles da D. Stella

  • 250 gramas de manteiga sem sal amolecida
  • 01 xícara de açúcar cristal
  • 04 ovos
  • 02 xícaras de farinha com fermento
  • 01 colher de chá de extrato de baunilha
  • nozes, amêndoas, castanhas, uvas passas, damascos, frutas cristalizadas e chocolate.

Bata bem a manteiga com o açúcar até se formar um creme (por pelo menos uns 5 minutos). Junte os ovos, um a um, batendo bem após adicioná-los. Junte a farinha e apenas misture até ficar homogêneo. 

Desligue a batedeira e junte o extrato de baunilha e as frutas e castanhas picadas. Misture bem. Numa fôrma untada retangular ou com furo no meio coloque a mistura. Leve para assar num forno pré-aquecido à 180 graus e deixe por pelo menos 1 hora e 10 minutos, ou até que fique dourado. Apague o fogo e deixe o bolo dentro do forno até que esfrie para deixar a massa mais sequinha. Se você fizer de noite, após apagar o forno, deixe dentro de um dia para outro.

Feliz Natal!

Para presentear, prefira a fôrma retangular. Utilize papel manteiga ou de seda, barbantes coloridos e adesivos para enfeitar e personalizar seu presente.

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Macarrão com ervilhas, hortelã e wasabi

Receita do What Katie Ate.

Tem uma francesa que mora comigo, a Marianne, que janta diariamente macarrão. Ela chega em casa, enche a panela de água, coloca no fogo e vai tomar banho. Todo santo dia!

Segundo ela, macarrão é sua comida conforto, além de, é claro, ser muito prático de se fazer. No final ela só joga um pedaço de manteiga, rala um queijo francês por cima e pronto. De vez em quando ela varia e faz um molho mais especial, dependendo do seu grau de ânimo.

Bom, não tenho a menor intenção de fazer como a Marie, acho na verdade uma loucura toda essa história, não me canso de falar para ela. Mas sim, de vez em quando você não quer nada além de uma boa pasta no seu prato, e feito de um jeito bem simples.

Esse final de semana foi assim. Um pacote de ervilhas lá da quitanda do Edson, manteiga, hortelã e… wasabi! A receita vem da Katie de seu livro Quando Katie Cozinha e, garanto que, esse prato vai confortar o seu dia.

Fotos: Luiza Melo

Macarrão com Ervilhas, hortelã e wasabi | receita original do livro Quando Katie Cozinha

  • 300g de macarrão talharim;
  • 02 xícaras de ervilha fresca;
  • 100g de manteiga;
  • um punhado de hortelã;
  • ½ colher de chá de wasabi (raiz forte); e
  • sal, pimenta do reino e azeite.

Coloque a água para ferver numa panela (quantidade que cubra a pasta) e jogue um pouco de sal. Quando começar a ferver, coloque o macarrão, abaixe o fogo e deixe fervendo pelo tempo indicado no pacote (geralmente no caso do talharim, 9 minutos).

Numa panela pequena, também coloque água para esquentar. Quando começar a ferver, abaixe o fogo, coloque as ervilhas, e deixe-as fervendo por 1 minuto e meio (se as ervilhas estiverem congeladas, deixe por 3 minutos).

Num recipiente, junte a manteiga, o wasabi, sal, pimenta, e o hortelã picado. Depois de escorrer as ervilhas, jogue-as no recipiente, misture bem e por final, jogue tudo sobre o macarrão escorrido com um pouco de azeite. Complemente com queijo parmesão ralado se preferir. Voilà!

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Melhor Arroz Doce do mundo
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Melhor Arroz Doce do mundo

Há quatro anos atrás, eu adorava ir de quintas-feiras no Viena da frente de casa, só para comer a sobremesa do dia: o arroz doce. Eu nunca morri de amores pela sobremesa, apesar de ser algo que comi muito na minha infância, principalmente no inverno e nas épocas de festa junina, só que com bastante canela…

Mas no restaurante em questão, o sabor experimentado era totalmente diferente… Elevava o simples arroz doce à categoria gourmet de luxo, arrancando suspiros, gemidos e elogios. Tinha toques de laranja e a doçura e cremosidade perfeitas…

Só que há alguns anos eles decidiram tirar este manjar do cardápio, sabe se lá o por quê… (na verdade desconfio - desconfiar é um eufemismo da minha parte - que tenha sido depois da aquisição da rede por um grupo de investidores americanos). Mas deixando a teoria da conspiração capitalista de lado, enfim, achei que nunca mais ia poder saborear aquele doce dos deuses novamente…

Foi então que descobri a publicação da receita no Dicas do Chef no site da rede, para meu entusiamo!… Mas, então vendo os ingredientes necessários e a forma de preparo, acabei me desanimando de me locomover atrás deles… Como a vontade pela sobremesa continuou, minha alternativa foi seguir a receita do rice pudding, porDorian cuisine.

E, para ser bem sincera, o resultado não deixou nada a desejar, além da versão ser beeeem mais simples. O aroma da laranja combinado com a baunilha fizeram de cada colherada uma passagem para o céu. É, claro que não vou deixar de testar a receita do restaurante algum dia, mas esta daqui, satisfez minha tara pela sobremesa, além de ter ficado uma graça de apresentação por causa do gratinado!

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Arroz doce com aroma de laranja

  • 01 xícara de arroz branco
  • 750 ml de leite
  • 75 g de açúcar
  • 01 xícara de creme de leite fresco
  • 01 colher de sopa de manteiga
  • raspas de uma laranja
  • tiras da casca de 01 limão
  • 01 fava de baunilha

Corte a baunilha ao meio, raspe as sementes e misture-as com a fava aberta no leite, as raspas de laranja, casca de limão e o açúcar. Leve ao fogo baixo até ferver.

Cozinhe o arroz em água e quando começar a ferver, abaixe o fogo e deixe por 5 minutos.

Num recipiente que vá ao forno, junte o arroz, o restante do leite, o creme de leite e as tiras das casquinhas da lima. Tampe com um papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido à 150 graus, por 1 hora e 15 minutos aproximadamente. Retire o alumínio e deixe dourar por mais uns 15 minutos.

Deixe esfriar e na hora de servir, se preferir, coloque creme batido gelado.  Taste like heaven!

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Torta extra dark de chocolate
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Torta extra dark de chocolate

Dias frios, cobertor e chocolate são quase um clichê. Em épocas de tpm, então, nem falar…  Movida pela variação hormonal, fui em busca da receita perfeita, peso-pesado na categoria cacau; algo como esta aqui top de torta de chocolate do blog da alemã Sabrina Sue.

Eu já expressei aqui o quanto aprecio receitas simples e fáceis, mas que agradam e surpreendem tanto pelo paladar, quanto pelo visual. Adoro navegar pela web e encontrar tais preciosidades. Essa sobremesa é assim.

A massa é feita de bolachas do tipo Negresco (ou Oreo), que a torna super escura. O recheio é feito de ganache do tipo mais fácil impossível, que o torna um coringa para tantas outras sobremesas. Já vi muita gente torcer o nariz para as massas feitas de biscoito… Para mim, particularmente, são uma mão na roda, aliados da praticidade e da preguiça, e não deixam a desejar no quesito sabor e textura.

A verdade é que eu não resisti e resolvi experimentá-la no mesmo dia… O resultado foi tão bom, daqueles que as pessoas ficam perguntando se foi você mesmo quem fez, começam a virar os olhinhos e a suspirar gemidos, e você fica parecendo que até sabe cozinhar… :D

Torta de chocolate extra dark | versão adaptada por Sabrina Sue

para a massa

  • 16 biscoitos tipo negresco ou oreo
  • 50g de manteiga derretida

para o recheio

  • 200ml de creme de leite
  • 200g de chocolate meio amargo

Processe os biscoitos (com recheio) no processador ou num liquidificador potente, até que virem farofa. Adicione a manteiga derretida e amasse até formar uma massa. Abra numa fôrma pequena redonda (até 20 cm de diâmetro). Você pode forrá-la com um papel filme se desejar desenformá-la. Leve a massa ao refrigerador por pelo menos 15 minutos.

Numa panela esquente o creme de leite até quase começar a ferver. Apague o fogo e junte o chocolate picado. Misture bem até derreter completamente e formar um creme homogêneo. Seu ganache está pronto (e delicioso). Preencha a massa com o creme e leve à geladeira por pelo menos umas 3 horas (às vezes precisa mais um pouco para ficar bem firme e consistente na hora de cortar!).

O ideal é deixar de um dia para outro para ficar bem firme.

 

Sirva com um copo de leite gelado, ou um chá quente, debaixo das cobertas. :)

Produção: Dona da Casa! Fotos: Luiza Melo

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Copos de Pavlova com amoras
sugar in my bowl Lilian Fujiy sugar in my bowl Lilian Fujiy

Copos de Pavlova com amoras

Nem toda sobremesa bonita e gostosa precisa de horas no fogão ou de destrezas de patisserie… Com alguns ingredientes chave na despensa ou guardados no congelador, requere-se apenas que você capriche na apresentação ou use de sua criatividade na hora montá-la.

Essa sobremesa é assim. Na verdade, se você quiser se dedicar a fundo, pode sim fazer melhor e assar seu próprio disco de merengue, até ele virar um suspiro perfeito. Eu confesso que já me aventurei algumas vezes e o resultado foi sempre uma decepção, depois de horas gastadas no forno. Isso não quer dizer que não vou continuar tentando, mas também é possível optar pela alternativa mais simples: a de comprar o suspiro pronto.

Na argentina, a pavlova, é bem comum. As confeitarias costumam vender discos grandes e médios de suspiro para você montar em casa a sua sobremesa. Minha sogra mesmo, me ensinou a receita com morangos ou pêssegos em lata. Aqui, é mais fácil você encontrar os suspiros em pacote, então, o jeito é fazer dessa forma aqui.

Pavlova de amoras cups

para 2 taças grandes

  • ½ pacote de suspiros

  • 2 colheres de sopa de geléia de frutas vermelhas

  • 1 xícara de amoras (pode ser das congeladas)

  • 1 copo de creme de leite batido (com pouco açúcar!)

Quebre os suspiros para a base, na taça a ser servida. coloque um pouco de amoras, depois geléia e por fim o creme batido. Vá fazendo camadas alternadas dos ingredientes, até finalizar com as amoras. Na verdade, você pode montar na ordem que quiser, se for servir dessa forma em copos.

O importante é você preparar na hora de servir, para que o suspiro não umedeça e perca a crocância. Voilà!

Produção e Edição: Dona da Casa!  Fotos: Luiza Melo

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Torta de espinafre com queijo feta
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Torta de espinafre com queijo feta

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Tenho fases de seriados, em que acompanho assistindo capítulos seguidos, de forma a acabar a temporada em poucos dias. É um jeito de me desligar do mundo completamente e conseguir me desconectar dos problemas rotineiros cansativos.

Ultimamente no entanto, meu ópio nas horas vagas tem sido uma fissura por programas culinários da GNTJamie OliverTempero de Família e Nigellasão meus preferidos, nesta ordem. Adoro vários outros, mas estes daí, eu boto para gravar no receptor de sinal, e assisto direto 4, 5 ou 6 programas seguidos. Muitos episódios são antigos, mas igualmente confortantes.

O que mais me fascina, além da própria cozinha, é o carisma dos apresentadores e cozinheiros. A simpatia, e a forma de confidenciar temperos com bobagens (no bom sentido) diante das câmeras entre uma cebola picada e um alho refogado, são para mim, o ingrediente infalível para o sucesso desses programas.

No Jamie’s 30 Minute Meals, aprendi uma receita fácil e bem gostosa. Mesmo com a substituição de alguns ingredientes, a torta de espinafre com queijo feta ficou deliciosa. Não precisa ser popeye para repetir o prato, e o queijo feta dá a sofisticação necessária para essa refeição com cara de preguiça. Quer aprender?

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Torta de espinafre com queijo feta | versão adaptada da receita de Jamie Oliver

  • 5 ovos
  • 300g de queijo feta
  • 150g de queijo parmesão ralado
  • 2 pacotes de espinafre
  • 30g de amêndoas picadas
  • 1 pacote de massa folhada
  • 2 colheres de sopa de manteiga
  • pedaço de papel manteiga (para cubrir uma fôrma)
  • temperos: sal, azeite, orégano, pimenta do reino, noz moscada, raspas de limão e alecrim

Junte num recipiente, os ovos, o queijo feta despedaçado, o parmesão ralado, as amêndoas, sal, pimenta e o orégano. Não precisa misturar muito, para não desmanchar demais os ovos.

Numa frigideira, refogue o espinafre em azeite e fogo alto, uns 2 minutos até que esteje murcho. Tempere com noz moscada, sal, pimenta, raspas de limão e coloque a manteiga.

Amasse o papel manteiga e molhe-o, abra sobre uma superfície. Coloque azeite e sal e espalhe sobre o papel. Abra a massa sobre o papel untado e cubra sobre uma fôrma.

Junte o espinafre à mistura de queijos e ovos e jogue sobre a massa. Polvilhe queijo ralado (eu coloquei uns pedaços de queijo mussarela fatiados que tinha na geladeira), feche a torta com a massa, e coloque alecrim sobre a torta.

Pode esquentar no fogo alto por uns 2 minutos antes de levar ao forno pré-aquecido, 200 graus. Asse por uns 20 minutos ou até que a massa esteja dourada!

Ridiculously good!

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