Arroz Doce Cremoso
Qual sua sobremesa clássica de inverno predileta? A minha é arroz doce, mas nessa versão com arroz momiji, baunilha, casca de laranja e raspas de limão. A casa fica perfumada, enquanto o arroz cozinha devagar na cozinha.
Qual sua sobremesa clássica de inverno predileta? A minha é arroz doce, mas nessa versão com arroz momiji, baunilha, casca de laranja e raspas de limão. A casa fica perfumada, enquanto o arroz cozinha devagar na cozinha.
Gosto de comer ele quentinho, mas você pode fazer como o Gabriel também, que prefere a sobremesa gelada.
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Mousse de Chocolate sem Ovos
Sobremesa clássica, sem ovo.
Notebook recuperado, gente! Trago, com atraso, a segunda receita/sobremesa clássica que eu escolhi para essa série de vídeos: mousse de chocolate. Tá bem que esse aqui não é o jeito clássico de se prepará-la (a receita tradicional leva ovos, já postei aqui também para quem quiser conferir). Mas eu adoro essa versão só de creme de leite fresco, que acaba sendo bem mais simples, mas igualmente deliciosa.
Sem mais delongas, vamos à receita.
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Torta de Limão
Se tem coisa melhor que aroma de raspa de limão eu desconheço.
Se existe uma sobremesa na Terra que eu amo, é torta de limão. Sempre que estou numa padaria ou num café desses com vitrine de doces, escolho entre ela ou a de morango (também já publiquei receita aqui). E essa receita é o suprassumo das tortas de limão: ela leva duas camadas de recheio, uma com limão-taiti e outra com o siciliano. Tem coisa mais cheirosa que raspa de limão?
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Torta Crumble de Maçã
Não tem receita mais fácil e que deixe sua casa tão perfumada como dessa torta.
Quando a gente se mudou para cá, uma das primeiras coisas que me fizeram feliz era ter pereiras, pessegueiros e essa macieira no quintal. Os pessegueiros dão flor todos os anos, as pereiras foi ano sim e ano não. Já a macieira, até deu flor ano passado (foram 5 botões que eu contei).
Deve ter sido pelo frio que a gente nunca tinha passado como desse ano que fez com que as árvores todas florissem, inclusive a macieira (até a cerejeira que a gente plantou, quando se mudou para cá, deu 1 botão haha! 😅). Pode ter sido a adubação que a gente tem feito cada ano mais reforçada. Eu prefiro acreditar que é por conta da Yasmin que nosso jardim decidiu estar mais florido esse ano.
Os frutos ainda não deram por aqui, mas já quis fazer esse crumble só para entrar no clima.
Essa torta já foi publicada há anos atrás, receita do Gabriel. Foi uma das primeiras que eu aprendi fazer e não tem nenhum segredo, é fácil. Sua casa vai ficar tão perfumada que você vai querer fazer sempre que tiver maçãs sobrando por aí. Pode servir com um creme batido ou iogurte que fica uma delícia.
Torta Crumble de Maçã
Fácil, perfumada e deliciosa.
Rendimento: 8-10 porções
-
Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: sobremesa, chá da tarde
- 3 maçãs médias (usei verdes)
- 1 xícara de farinha de trigo
- 2 xícaras de açúcar cristal
- 100g de manteiga com sal
- 1 colher de sopa de açúcar de baunilha (opcional, vc pode usar o extrato também) ou canela em pó se preferir.
- Descasque as maçãs e fatie-as em lâminas finas, retirando também as sementes.
- Distribua as maçãs numa fôrma redonda (usei de 20cm de diâmetro).
- Misture a farinha com o açúcar e espalhe sobre as maçãs, cobrindo-as.
- Corte a manteiga em fatias finas e coloque sobre toda torta.
- Espalhe o açúcar de baunilha sobre a torta e leve ao forno pré-aquecido a 210C graus.
- Asse por cerca de meia hora ou até que a crostra fique dourada.
- Sirva na hora ou espere esfriar. Pode acompanhar com um pouco de creme batido ou iogurte.

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Panetone Caseiro
O panetone que não fiz no Natal
Panetone é algo tão delicioso e reconfortante que eu comeria o ano todo, mais ainda no frio acolhedor do inverno. Adoro no café da manhã feito rabanada, um pedaço roubado no meio da tarde ou no lanchinho da noite é para mim é alegria com prazer. Só achava que era algo impossível de fazer em casa, principalmente depois de alguns testes malsucedidos. Lembrei que tinha salvo na minha pasta a receita da querida Goria Huk (Renata Barella) - suas receitas de pão não falham nunca e, principalmente, são fáceis de fazer.
Segui a risca suas indicações e fiz minha própria essência de panetone. As únicas poucas modificações foram na cobertura e ter optado assar o panetone grande ao invés de vários pequenos. A casa ficou perfumada da nostalgia de fim de ano. Então, esse é o panetone que não fiz no natal, até porque no natal a gente pode comprar, coisa que não dá para fazer no resto do ano.
Panetone Caseiro
A receita que não fiz no natal. Receita original da Goria Huk.
Rendimento: 10 a 12 porções
Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: lanche
Ingredientes
para a massa
- 70ml de azeite
- 4 gemas
- 3 colheres de sopa de água
- 85g de iogurte natural
- 1/2 colher de chá de sal
- 2 e 1/4 de xícara de farina de trigo
- 2 colheres de chá de fermento biológico seco
- Raspas de 1 laranja
- 1/4 colher de chá de essência de panetone
- 3 colheres de sopa de água
- 1/3 xícara de uvas passas
- 1 colher de sopa de licor de laranja
para a cobertura
- 3 claras
- 125g de amêndoas trituradas
- 100g de açúcar de confeiteiro
para a essência de panetone
- 1/2 xícara da água
- 2 colheres de sopa de açúcar
- noz moscada ralada a gosto
- 2 ramas de canela
- raspas de 1 laranja
- raspas de 1/2 limão
- 1/2 xícara de rum
- 3 cravos
Modo de Preparo
para a massa
- Deixe as uvas passas de molho numa tigela com o licor de laranja por 20 minutos e escorra.
- Numa tigela junte a farinha, fermento e o açúcar.
- Na batedeira, com o batedor de raquete, junte a água, gemas, azeite, sal, essência de panetone e o iogurte e bata em velocidade baixa.
- Vá juntando a mistura de farinha aos poucos.
- Quando ganhar forma, troque o batedor por um de gancho e sove a massa por uns 10 minutos.
- Faltando 2 minutos, aumente a velocidade e adicione as passas e as raspas de laranja.
- Coloque a massa numa superfície enfarinhada, formando uma bola, deixe descansar numa tigela coberta com um pano até dobrar de volume.
- Trabalhe a massa numa superfície e transfira para uma forma redonda com fundo falso untada com manteiga e farinha. Cubra com um pano e deixe descansar até dobrar de volume.
- Prepare a cobertura e coloque sobre a massa. Leve ao forno pré-aquecido a 190C graus e asse por 50 minutos - 1 hora.
para a cobertura
- Bater as claras rapidamente até começar a espumar.
- Adicione o restante dos ingredientes até incorporá-los.
para a essência de panetone
- Numa panelinha, leve ao fogo alto todos os ingredientes.
- Quando começar a ferver, reduza o fogo e deixe reduzir a calda para cerca de 2 colheres de sopa.

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Bolo de Chai
Um bolo aromático, perfeito para um chá da tarde de Natal.
Era quarta-feira pela manhã, o vento batia na cortina, abrindo uma fresta, deixando a luz e o próprio vento alcançarem meu rosto. Enquanto esfregava os olhos, incomodada pela luz, pensava se iria levantar ou simplesmente virar para o outro lado e continuar a dormir. Peguei o celular, eram 7h53. Me recostei na cabeceira e comecei a acariciar a barriga, enquanto ela, como se me respondesse, se remexia por dentro. A Penny, nos meus pés, abanava o rabo, esperando seu carinho matinal, enquanto eu me preparava para levantar.
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Biscoitos de Amêndoas
Depois de 10 dias em São Paulo, voltamos quarta-feira. Chegamos a noite e fomos re-habitando aos poucos a casa que estava com cara de abandono. Desfiz as malas só ontem e aproveitei para cozinhar, enquanto meu marido punha as roupas para lavar. Fiz uma torta de alho-poró para ele e um caldo de frango para mim.
Hoje, amanheceu nublado, como já pressagiava a noite de ontem; espiei da janela o céu escuro e não vi nenhuma estrela. Tinha um pote com as sobras de amêndoas trituradas do leite de sementes, e resolvi assar uns biscoitos com a "farofa".
Enquanto a casa cheirava o doce assado, fui buscar um buquê da couve manteiga florida, que balançava lentamente no alto da horta. Senti a saudade me invadir aos poucos, da simplicidade da minha vida, da rotina descomplicada, sem muitos acontecimentos, mas cheia de quietude no fazer.
Biscoitos de Amêndoas
Usei o resto das amêndoas trituradas que sobraram do leite de sementes.
Rendimento: 10-12 biscoitos
Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: chá da tarde, sobremesa
Ingredientes
- 1 e 1/4 do “bagaço” das amêndoas trituradas para leite secas
- 1/2 xícara de açúcar
- 1 ovo
- 50g de manteiga derretida
- 1 colher de sopa de licor de Amarula (pode usar um licor de amêndoas, eu não tinha e acabei substituindo por este.
- 1 colher de chá de fermento em pó químico
- pitada de sal
- Num recipiente, junte a farinha de amêndoas com o açúcar.
- Junte o ovo, a manteiga, o sal, o fermento e o licor.
- Amasse até formar uma bola homogênea.
- Leve à geladeira por 1 hora.
- Faça bolinhas e achate com a mão mesmo.
- Disponha os biscoitos numa assadeira, forrada com papel manteiga - não é necessário deixar muita distância entre os biscoitos.
- Asse em forno pré-aquecido a 180C graus, por uns 20-30 minutos, até ficarem bem dourados.
- Espere esfriar e consuma na hora. Se deixar para o dia seguinte e eles murcharem, dê uma secada no forno novamente.
Modo de Preparo

Rosca de Chocolate com Amêndoas
Receita doce para dias frios.
Ficamos sem luz ontem a noite e quando acordamos, ainda não tinha voltado. E eu levantei querendo fazer uma rosca de chocolate que estava na minha cabeça desde sei lá quando dessa quarentena. Fiz a receita de cabeça, com o que eu suspeitava que deveria ir num pão recheado com chocolate. Sovei na mão, coisa que a batedeira fazia por mim nos últimos anos; foi bom sujar as mãos de massa e sentir aquela esponja macia amortecendo meu embalo sobre a bancada fria.
Derreti o chocolate no creme e decidi que o recheio ia ser uma ganache grossa mesmo - confesso que com um pouco de receio de ela desandar a massa e virar tudo uma bola melequenta, mas a internet não estava ali para me salvar e a mim só restava torcer que mercúrio retrógrado não se lembrasse do meu pão. Enquanto a massa descansava sob a coberta, a tigela posta na cadeira, num cantinho com sol, fui preparar a produção para as fotos, e aproveitar para filmar os últimos pedaços do Curso de Food Styling que estavam faltando.
Abri a massa e espalhei o recheio. Decidi colocar umas amêndoas salgadas trituradas também. Joguei um pouco no processador, quando me atentei que não tinha eletricidade. "Somos bichos de costume", e me lembrei de ter falado essa frase na conversa matinal na cama com meu companheiro, num contexto totalmente diferente. Dispus as amêndoas numa toalhinha, cobri e bati com o martelo. Ficaram lindas, com pedacinhos todos desiguais, e fiquei satisfeita, me gabando pois tinham ficado melhores que moídas no processador. Espalhei sobre a massa e enrolei-a bem devagar. Fiz cortes como vi a Nadiya dia desses na tevê e montei uma trança.
Enquanto a rosca assava, subia o cheiro doce do chocolate queimado chiando na assadeira. O pão cresceu e ficou com uma cor linda, perfumado e macio. Quando tirei minha última foto, ouvi um apito da geladeira. Era a luz que tinha acabado de voltar.
Pão Estrela com Doce de Leite e Nozes
Pão recheado em formato de estrela para dias melhores.
Rendimento: 10 a 12 porções
-
Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: pão, chá da tarde
para a massa
- 1/4 xícara de leite morno
- 2 colheres de chá de fermento biológico seco
- 2 e 1/2 xícaras de farinha de trigo
- de 1/2 a 3/4 xícara água morna
- 60g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
- 2 colheres de chá de açúcar
- 1 colher de chá de extrato de baunilha
- 1 de colher chá de sal
- 1 ovo batido com 1 de colher chá de leite para pincelar
para o recheio
- 150g de doce de leite
- 1/2 xícara de nozes (usei pecã) picadas
para a massa
- Misture o fermento no leite numa vasilha e espere por uns 5 minutos.
- Num recipiente junte a farinha, açúcar, sal, extrato de baunilha, a manteiga cortada em pedaços, e a mistura do fermento.
- Bata na batedeira com o gancho e adicione a água aos poucos até dar liga. Você pode misturar na mão também se preferir.
- Sove a massa por uns 8 minutos (tempo de batedeira, até ficar lisinha), faça uma bola e coloque num recipiente untado com óleo e cubra com um pano limpo.
- Deixe a massa descansando por 1 hora ou até que dobre de tamanho.
- Divida a massa em 4 partes iguais. Com ajuda de um rolo, abra em formato quadrado, uma a uma numa bancada enfarinhada e deixe descansar por mais 30 minutos.
- Coloque uma das massas abertas sobre um papel manteiga e espalhe 1/3 do doce de leite, deixando 1cm de borda sem o doce, e polvilhe 1/3 das nozes.
- Cubra com outra parte da massa e repita o processo. Depois mais uma vez, finalizando com a massa sem cobertura.
- Marque, com ajuda de um copinho, o centro da estrela.
- Faça cortes, a partir do centro, mas deixando o centro sem cortar, e divida a massa em 16 partes (assista o vídeo para entender melhor).
- A cada dois pedaços, enrole os para fora e una a ponta (assista o vídeo para entender melhor). Ficarão 8 pontas.
- Pincele a massa com o ovo batido. Coloque num assadeira redonda, e deixe descansar e crescer por mais 30 minutos.
- Leve para assar em forno pré-aquecido a 205C graus, por uns 25-30 minutos, ou até que esteja assada e dourada.
montagem

Mini Pavlova com Curd de Amora
Mês passado, a Revista Claudia me convidou para o editorial de Cozinha do mês de junho. O resultado foi que eu tive 10 dias para escolher 5 receitas, produzir, fotografar, editar e entregar todo material. Foi uma loucura e eu adorei. A idéia era preparar um cardápio especial para o dia dos namorados: quem me acompanha por aqui, sabe que eu detesto e não comemoro essa data, hahaha. Motivos?, além de comercial, acho cafona demais.
Mas entrei no espírito e pensei em quais receitas especiais iria curtir fazer nesse friozinho, que têm um peso afetivo tanto para mim e para o Gabriel. Levei em conta também os ingredientes que a gente tem à disposição aqui no sítio. Ovos caipira, batata-doce e espinafre da horta, amoras da vizinha.
Chips de Batata-Doce com Molho de Ervas
Frango Tandoori com Palak Paneer
Ovos no Purgatório
Mini Pavlova com Curd de Amora
Sorvete de Coco com Crocante de Gengibre
A matéria ficou linda, a Marina que escreveu sobre mim foi muito querida, e eu não poderia ficar mais feliz em ter meu trabalho materializado nas páginas de uma revista que eu acompanho desde que eu era criança - ficavam na cabeceira do quarto da minha mãe, eu deitava na cama e ficava folheando por horas.
Nessa postagem, você confere a receita da Mini Pavlova, que para mim sempre foi uma sobremesa desafiadora - já fiz algumas vezes versões dela por aqui:
A dificuldade está no processo e nas etapas, do tempo e temperatura de forno. Não vou mentir, dá trabalho, mas afinal, ela fica linda, deliciosa, e tão perfeita nas texturas e sabores - especialmente com esse curd de amora.
Eu sei que tem sido difícil para todo mundo assimilar o momento em que estamos inseridos: político e social. Estar diante de um governo negligente, irresponsável e criminoso, com tantas pessoas em situação de precariedade, que não podem optar pelo isolamento em meio à pandemia.
Se você tem a opção de escolha, por favor, fique em casa. Se você pode ajudar a quem não tem como optar, por favor, ajude. Nossa única forma, nesse momento é nos organizarmos em células sociais solidárias, cuidando uns dos outros, protegendo quem a gente puder.
Mini Pavlova com Curd de Amora
Sobremesa cheia de charme.
Rendimento: 5 porções
Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: sobremesa
Ingredientes
para o merengue
- 4 claras em temperatura ambiente
- 1 e 1/4 xícara de chá de açúcar de confeiteiro
- 3/4 colher de sopa de de vinagre de maçã
- 3/4 colher de sopa de maisena
para o creme batido
- 250g de creme de leite fresco
- 1 colher de sopa de açúcar
para o curd de amora
- 4 gemas
- 1 de xícara de amoras (usei congeladas)
- 1/2 de xícara de açúcar
- 2 colheres de sopa de manteiga sem sal
- suco de 1 limão
para as amêndoas - opcional
- 1/4 xícara de amêndoas
- 1 colher de sopa de açúcar
Modo de Preparo
para o merengue
- Na batedeira, bata as claras em neve em velocidade média-baixa.
- Quando começar a espumar, acrescente aos poucos 1/3 do açúcar peneirado.
- Deixe bater por mais uns 2 minutos e adicione mais 1/3. Vá fazendo isso até que o açúcar se dissolva bem nas claras. Adicione o restante e continue batendo até formar picos firmes.
- Desligue a batedeira, adicione o vinagre bata por mais 5 segundos. Faça o mesmo com a maisena.
- Forre uma assadeira com papel manteiga, e faça 5 discos de uns 12cm de diâmetro e distribua o merengue.
- Com ajuda de uma colher, espalhe e faça pequenas cavidades em cada centro como se fossem pequenos cestos - se preferir, pode fazer os ninhos com um saco de confeitar.
- Leve ao forno pré-aquecido a 130C graus. Dica: eu coloquei meu forno no mínimo e deixe uma colher de pau na porta, para ela ficar entreaberta - sempre de olho para os suspiros não queimarem.
- Asse por aproximadamente 50 minutos ou até que estejam bem sequinhas e firmes por fora. Deixe esfriar dentro do próprio forno semi-aberto.
para o creme batido
- Bata o creme de leite numa batedeira em velocidade média, adicionando o açúcar no início.
- Bata até começar a ficar firme, mas tome cuidado para não bater demais e virar manteiga.
- Reserve na geladeira.
para o curd de amora
- Numa panelinha, leve ao fogo as amoras, o açúcar e 2 colheres de sopa de manteiga até levantar fervura.
- Com ajuda de um amassador de batatas, amasse as frutas até virar uma geléia.
- Numa tigela, bata levemente as gemas. Verta parte da calda sobre elas e misturo bem.
- Volte tudo para a panela para cozinhar em fogo baixo até engrossar.
- Desligue o fogo e coe a calda.
- Junte o suco de limão e misture.
- Cubra com filme plástico e leve à geladeira por umas 4 horas.
para as amêndoas
- Coloque as amêndoas numa assadeira e leve para tostar no forno a 180C graus por uns 8 minutos - fique de olho para não queimar e se necessário sacuda a assadeira no meio do tempo.
- Deixe esfriar e pique com uma faca grosseiramente.
Montagem: Coloque o creme batido sobre os ninhos de suspiro, sirva com o curd e as amêndoas picadas.

Crumble de Amoras com Sorvete de Leite
Sirva com uma bola de sorvete! ;)
Faz 20 anos, começava o ano 2000. Vinte anos é quase metade da minha vida. Dez anos atrás, eu tinha acabado de largar a carreira de economista. Eu me assombro com as quantias, com os anos, com a relatividade da percepção do tempo - não há matemática que me faça reconhecer todos esses números sem alarde.
Me sinto um livro de memórias que se acumulam, vivendo em busca constante por significados: dos momentos e dos acontecimentos. Escrevi recentemente o quanto eu já quis ser tantas coisas; perdi a conta das vezes que precisei mudar de plano, e de quantas vezes tive que dar passos para trás. Nada disso, porém, invalida minhas experiências, nada disso me faz menos do que sou. Eu acredito que vivi e criei tantas coisas nesses 10 anos perambulando pela vida, na ânsia por ressignificar e entender minhas escolhas.
Para esse ano, não quero tantas coisas de fora, mas quero ir ainda mais fundo pelo caminho inverso. Quero poder me reconectar ainda mais com o que sou: buscar minhas raízes, resgatar minha história, entender minha família, integrar minha cultura, acolher meu feminino. Quero voltar a pintar, quero ler mais, quero plantar mais, quero meditar, quero viver e celebrar minha casa, quero me nutrir dos meus afetos.
Quero poder viver uma vida tranquila, de bem comigo mesma, e absorver a abundância que me cerca. Quero orar todos os dias, agradecendo pela vida que construí até aqui, honrando as oportunidades (e sim, os privilégios) que recebi.
Cada dia mais entusiasmada com a idéia de ter um canal no Youtube, filmei mais um episódio de receita cotidiana. Dessa vez um crumble de amoras acompanhado por um sorvete de leite. A sobremesa ficou deliciosa e eu adorei as cenas desse vídeo.
Poder compartilhar mais essa faceta do meu trabalho é muito gratificante para mim. Não é fácil, dá uma trabalheira em triplo, ainda estou pegando o jeito, mas estou feliz com os resultados. Se você ainda não me segue por lá, aproveita para me seguir, curtir e me apoiar ok?
Receita de crumble é facil demais, você pode trocar por tantas outras frutas congeladas, ou até mesmo por maçãs verdes. É uma ótima idéia para improvisar quando você precisa de uma sobremesa rápida. Fica uma delícia - o melhor é comer tudo na hora, por causa do crocante. Com um sorvete fica perfeito. Fiz um de flor de leite, que ficou espetacular, e a receita do sorvete fica para outro dia.
Ninguém perguntou, nem pediu, mas vou voltar a dar indicações de filmes e seriados por aqui.
Filme: Bacurau, não dá para deixar de ver.
E Anne with an E, um seriado Netflix que tem me feito chorar todas as noites.
Me sentindo a própria doida desvairada da Janaína Paschoal dando essas duas dicas, mas vai lá.
Crumble de Amoras
Sirva com uma bola de sorvete para atingir a perfeição.
Rendimento: 10-12 porções
Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: sobremesa
Ingredientes
- 1 xícara de aveia em flocos
- 1 xícara de farinha de trigo
- 1 xícara de açúcar cristal
- 125g de manteiga com sal cortada em cubinhos
- 500g de amoras - usei congeladas
- suco de 1 limão
- 1 colher de sopa de licor de laranja - opcional
Modo de Preparo
- Num recipiente coloque a aveia, a farinha, o açúcar e a manteiga cortada em cubinhos.
- Amasse com as mãos até virar uma farofa.
- Numa assadeira, espalhe metade da mistura, numa primeira camada.
- Misture o suco do limão e o licor nas amoras.
- Disponha as amoras sobre a camada de farofa.
- Cubra com o restante da mistura.
- Asse por uns 35 minutos - ou até que o crumble esteja dourado.
- Retire do forno e espere esfriar um pouco, mas pode servir quente ou morno, acompanhado de uma bola de sorvete.

Cheesecake "Queimado" com calda de amora e chantilly
Uma tentativa de um Burnt Basque Cheesecake natalino.
Quando criança, eu amava o final do ano, e a época do Natal. Era por causa das férias escolares, dos presentes aninhados sob a árvore enfeitada. Era também por montar a árvore de Natal - minha mãe tinha uma feita de suporte de arame com papel verde escuro, bolas de vidro vermelhas, e luzes pisca-pisca. Era pela relação afetiva com a comida farta na mesa, num momento íntimo de celebração com minha família. As músicas, o jingle bell, o papai noel, e todo clichê distribuído pela overdose de luzes, me traziam uma sensação de felicidade instantânea, numa euforia de ver o ano terminar para começar um novo.
Hoje, se eu pensar bem, eu continuo a adorar essa data justamente pela reconexão dessas memórias sensoriais que me trazem o conforto familiar da lembrança. Até hoje eu tenho uma mania estranha de colocar músicas natalinas para me animar em qualquer época do ano (pessoa estranha sim, prazer!).
Mesmo quando passo essa data longe da família, sem presentes ou grandes celebrações, essa período me convida a entrar numa espiral de acolhimento dessas recordações; a desacelerar para realmente me recolher do mundo. Busco estórias que me reconectem com camadas mais profundas.
Fim de ano também não deixa de ser uma transição e um fim de ciclo: parar para medir os feitos e não-feitos do ano que já se vai, e se preencher de satisfação por ter tentado seu melhor.
Esse ano trago essa receita, além de verdades: foi uma tentativa de uma “Burnt Basque Cheesecake” que, apesar de não ter ficado tão queimado como deveria (por conta do forno que não está regulando bem a temperatura), ficou uma delícia. Incrementei com chantilly e calda de amoras. Montei uma mesa com uma decoração improvisada para uma celebração singela do Natal.
Uma receita que tem leveza e densidade traduzidas numa cremosidade única. Ainda assim, uma receita simples para brindar uma noite de Natal de conforto e nostalgia.
Acabo de estrear um canal no Youtube, e devo compartilhar por lá vídeos de receitas e de cenas cotidianas por aqui. O cheesecake foi a estrela do vídeo. Espero que você me acompanhe por lá também.
Cheesecake "Queimado" com calda de amora e chantilly
Tentativa de um Burnt Basque Cheesecake que ficou delicioso.
Rendimento: 8-10 porções
Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: sobremesa
Ingredientes
para o cheesecake
- 450g de cream cheese
- 2/3 de xícara de açúcar cristal
- 1 colher de sopa de extrato de baunilha
- 4 ovos
- 3/4 de xícara de creme de leite fresco
- 1/4 de xícara de farinha de trigo
para a calda
- 200g de amoras
- 1/3 de xícara de açúcar cristal
- suco de 1 limão
para o chantilly
- 200ml de creme de leite fresco
- 4 colheres de sopa de açúcar refinado
Modo de Preparo
para o cheesecake
- Na batedeira, junte o cream cheese, açúcar e baunilha e bata bem por uns 3 minutos até virar um creme homogêneo e fofo.
- Adicione os ovos e bata apenas até incorporar.
- Junte o creme de leite e misture rapidamente.
- Por último, junte a farinha e bata apenas até incorporar.
- Numa fôrma redonda de aro removível (a minha tem 18 cm) passe manteiga e forre com papel manteiga (círculo no fundo e uma tira nas laterais).
- Despeje a massa líquida na fôrma e leve para assar em forno pré-aquecido a 250C graus.
- Asse por uns 20 minutos vá observando que a massa esteja escurecida, e diminua a temperatura para 180C graus e asse por mais uns 20 minutos.
- Quando perceber que a massa está firme por dentro (não fure!) pode retirar do forno.
- Deixe esfriar e leve à geladeira por umas 5 horas. Sirva com a calda e o chantilly.
para a calda
- Coloque os ingredientes numa panelinha e leve ao fogo médio.
- Deixe ferver, misturando de vez enquando, até espessar.
- Retire do fogo e deixe esfriar.
para o chantilly
- Bata o creme com o açúcar até virar chantilly. Cuidado para não bater demais e ele virar manteiga!

Oreos Caseiros
Para quem era fã desse biscoito como eu.
Faz um bom tempo que eu não publico por aqui - a Torta de Alho Poró do post anterior, foi só uma reprodução do que eu tinha colocado lá no Instagram, do vídeo que teve um retorno tão positivo da minha comunidade. A verdade é que rolou, e tem rolado, muito trabalho, mão na massa, planejamento e trabalho paralelo - que efetivamente paga minhas contas, afinal, nem só de beleza se vive.
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Mousse de Batata Doce Roxa com Crocante de Amêndoas
Uma receita vegana, entre aspas.
Hoje tem receita de sobremesa vegana, entre aspas, pois já entendi que o veganismo está além de não utilizar determinados ingredientes - como um dia conversando, a Suzan Zacchi me explicou.
Além disso, usei, por exemplo, leite de côco em lata, ainda que orgânico, o ato de produzir lixo de embalagens que depois dificilmente serão recicladas não me parece melhor do que criar galinhas e ovos caipiras para consumo próprio. Sem julgamentos, cada um faz sua parte, dentro do que pode e se todo mundo encarasse comer como um ato político, talvez nossas escolhas fossem outras.
Desde que a gente veio morar no mato, a mudança de certos hábitos na minha vida me pareceram urgentes. Como diminuir a quantidade de processados ao cozinhar nossa própria comida todos os dias. Não esquecer da sacola de feira para poder recusar sacolinhas de plástico nos supermercados.
Pensar ao máximo antes de consumir qualquer coisa; perceber que a gente compra muita coisa sem sentido, que necessitaram uma quantidade que a gente não imagina de recursos, até chegar na vitrine. Fora a quantidade de lixo resultante do nosso consumo (orgânicos ou recicláveis, não importa) é algo que eu chego a chorar de ver o que apenas duas pessoas aqui são capazes de produzir por dia. Tudo isso tem sido bem conflitante dentro de mim, um dia ainda escrevo mais no blog sobre.
Mas e a receita? Ficou uma delícia e é bem fácil de fazer - além da cor que é uma jóia, praticamente. Fiz porções em potinhos e a gente acabou comendo todos de uma só vez.
Mousse de Batata Doce Roxa com Crocante de Amêndoas
Fácil, vegana e deliciosa.
Rendimento: 5 porções de 150ml
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Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: sobremesa
para a mousse
- 350g de batata doce roxa (rendeu 140g de purê de batata assada)
- 400g de leite de coco
- 2 colheres de sopa de açúcar mascavo
- 1 colher de sopa de extrato de baunilha
- raspa de 1 limão
- 1 colher de sopa de agar-agar em pó
- 1/3 xícara de água
para o crocante
- 30g de amêndoas torradas salgadas
- 1/4 xícara de açúcar demerara
para a mousse
- Coloque numa assadeira as batatas com casca, faça alguns furos com um garfo e leve para assar em forno à 200C graus, por uns 30 minutos. Deixe esfriar e descasque. Retire toda a poupa.
- No liquidificador, junte as batatas, o leite, as raspas de limão e o extrato de baunilha e bata até ficar um creme liso.
- Dissolva o agar agar em água quente (deve estar em 85C graus), e deixe esfriar, mas não a ponto de solidificar (solidifica a uns 40C graus).
- Junte o líquido ao creme e termine de bater por mais alguns segundos no liquidificador.
- Coloque em pequenos potes para servir porções ou coloque num recipiente maior para servir inteiro.
- Leve à geladeira por umas 3 horas ou até que esteja bem firme.
para o crocante
- Quebre as amêndoas e coloque sobre papel manteiga.
- Derreta o açúcar até virar caramelo.
- Verta sobre as amêndoas com cuidade e deixe esfriar bem.
- Quebre com uma colher de pau e sirva sobre a sobremesa.

Chocotorta ou Torta Chocolina
Receita tradicional argentina.
Fazia um tempão que eu não sonhava, ou não me lembrava de ter sonhado ao acordar. Mas nas últimas semanas parece que algo aconteceu e eu sonhei um tanto de coisas sem parar, todos os dias, às vezes mais de um sonho num sono só. Deixei até um caderninho do lado da cama, para anotar quando acordava. Só que todos os dias, quando abro um olho, vejo o Gabriel mexendo no celular recostado na cabeceira. Ele sorri para mim, a gente fica de gracinha, um tirando sarro do outro quando acorda - não sei bem porque a gente faz isso - só sei que a gente sempre termina dando um tanto de risadas, se abraça e se beija, e eu logo me esqueço do que sonhei.
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As fotos abaixo fiz há mais de um ano, mas acabei não publicando a receita na época.
Tortinha Clássica de Morango
Fim de um ciclo e dias especiais.
Depois de uma semana corrida, estou de volta ao sítio. Quem me acompanha no Instagram viu que aconteceu, no último sábado, o Workshop Bolo, Câmera, Ação, organizado pela Camila Dutra do Feitocom.Amor. Quando ela anunciou o encontro mês passado, as vagas se esgotaram em 2 dias e, desde então, começou meu desvario em preparar o material. Ela me convidou a falar sobre fotografia e processo criativo, foram quase 20 pessoas me escutando por 2 horas. Esse passo foi tão importante para mim - e o retorno tem sido tão bacana de quem participou - que voltei cheia de idéias e projetos na cabeça. Tenho sentado todos os dias na frente do computador e criado novamente. Fazia tanto tempo que não me sentia tão inspirada. Aguardem mais cursos pela frente - Assina a newsletter na HOME se quiser estar entre os primeiros a saber das próximas novidades.
E durante essa ida por SP, encerramos também a casa que tínhamos lá. Terminamos de trazer as últimas caixas, entregamos as chaves e a casa vazia. Deu aquele aperto no coração: ver um ciclo se fechar. Fui muito feliz naquela casa, tanta coisa aconteceu em 13 anos, muita festa, muitos encontros. Tanta gente passou e morou por lá - a casa funcionava como uma espécie de comunidade, com quase 10 pessoas morando juntas. Mas gosto de pensar que isso também faz parte do estilo de vida que adotamos: reduzir e simplificar.
Ao voltar para minha cozinha, também quis fazer algo especial para o blog, afinal tudo começou 6 anos atrás aqui. Quis fazer uma receita que sempre tive vontade: Tortinha Clássica de Morango. Reluzentes nas vitrines de padarias, sempre tão convidativas, apesar de nem sempre tão gostosas. Essa aqui ficou perfeita. Massa crocante, creme de baunilha, morangos orgânicos pequenos, e calda brilhosa perfumada. Fazer esse tipo de receita sempre tem um significado dentro de mim. Botar o avental, separar os ingredientes, amassar a farinha e a manteiga com os dedos, chegar na textura perfeita e aveludada do creme pâtissière, detalhe, com extrato de baunilha feito por mim.
Se eu volto alguns anos atrás, tudo isso parecia tão distante da minha vida. E hoje, tão simples e rotineiro. Esse é o tipo de conquista que gosto de comemorar: a de comer uma tortinha de morango feita com amor e por mim.
Tortinha Clássica de Morango
Massa crocante, creme de baunilha, morangos orgânicos e calda brilhosa e perfumada. Item sempre reluzente em padarias, mas nem sempre tão gostosas. Essa você pode fazer sem medo na sua casa que vai ficar uma delícia. Receita adaptada da Rainha da Cocada, Raiza Costa.
Rendimento: 6-8 porções
Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: chá da tarde, sobremesa
Ingredientes
para a massa
- 200g de farinha de trigo
- 30g de açúcar refinado
- 100g de manteiga gelada sem sal
- 1 ovo
- pitada de sal
para o creme
- 120ml de leite
- 120ml de creme de leite fresco
- 20g de maisena
- 2 gemas
- 45g de açúcar
- 2 colheres de sopa de extrato de baunilha
para a cobertura
- 120g de morangos (orgânicos de preferência)
- 70ml de água + 2 colheres de sopa
- 100g de açúcar
- raspa de 1 limão
- raspa de 1 laranja
- 12g de gelatina incolor em pó (!/2 pacote)
Modo de Preparo
para a massa
- Num recipiente, junte os ingredientes secos e misture: farinha, açúcar e o sal.
- Com um ralador grosso, rale a manteiga - ela deve estar firme, recém tirada da geladeira - sobre a mistura de farinha, aos poucos. Ou seja, parando para amassar.
- Amasse com os dedos como se estivesse esfarelando, a idéia é que não fiquem grumos de manteiga inteiros.
- Quando estiver bem esfarelado, junte o ovo batido e aperte a massa, só até juntar tudo numa bola uniforme.
- Enrole em papel filme e leve à geladeira por 1 hora.
- Abra a massa numa fôrma redonda de torta, apertando com os dedos mesmo. Itilizei uma de 18cm de diâmetro e outra pequena de 10cm. A idéia é que ela não fique muito grossa, para assar por igual e ficar crocante.
- Perfure todo o fundo da massa com um garfo e leve ao congelador por uns 10 minutos.
- Asse em forno pré-aquecido a 200C graus, por uns 40 minutos ou até que as bordas estejam douradas.
- Retire do forno e deixe esfriar.
para o creme
- Leve o leite e o creme de leite numa panelinha em fogo médio até levantar fervura e desligue o fogo.
- Numa tigela, junte os ovos e o açúcar e bata até virar um creme esbranquiçado. Adicione a maisena e bata bem.
- Verta uma concha do leite quente sobre a mistura de gemas e misture vigorosamente.
- Junte a mistura no restante do leite e leve ao fogo médio, misturando bem sempre, até engrossar (uns 3-5 minutos).
- Adicione o extrato de baunilha e misture. Reserve até esfriar. - Dica: misture de vez em quando, enquanto esfria, o creme com um fouet para não formar aquela película por cima.
- Despeje o creme frio sobre a massa também fria.
para a cobertura
- Hidrate a gelatina em 2 colheres de sopa de água fria.
- Numa panela, junte o restante da água, o açúcar, as raspas de limão e laranja. Leve ao fogo médio até ferver.
- Desligue o fogo e deixe esfriar um pouco. Junte a gelatina hidratada, misture bem e reserve até estar fria.
- Corte os morangos e disponha sobre a torta.
- Pincele a calda brilhosa sobre os morangos e leve a torta à geladeira, por 1 hora antes de servir.

Torta de Noz Pecã e Maçã Verde
Não há nada que descreva tão bem o inverno como o perfume de canela saindo do forno.
Lembrei de um dia, quando uma amiga (a Elke) veio me visitar aqui no sítio. Na ocasião, quem cozinhara a maior parte dos pratos tinha sido o Gabriel, inclusive, a sobremesa, uma torta de maçã. Ela tirou sarro da minha cara: "quem tem blog de receitas é você, mas quem cozinha é o seu marido?!” A gente riu pacas e o Gabriel aproveitou para me desdenhar, e eu tive que explicar que a receita da torta de maçã (um crumble na verdade), era receita vinda da Argentina, coisa de família.
Eu até cheguei a publicar essa receita por aqui, mas parece que ela se perdeu, acabei de olhar na listagem e o link está quebrado e não encontro mais o conteúdo. :(
A verdade é que eu nem sempre cozinho por aqui, a gente divide bem as tarefas. Quando estamos sem tempo, geralmente ele faz um grelhado, legumes e carne no fogo. Tem dias que estou com muita preguiça, ou muito cansada, e ele carinhosamente cozinha para a gente. Tudo isso para dizer que a gente prepara nossa comida por aqui todos os dias sim, mas nem sempre sou eu que faço tudo, amém. Agora lavar a louça, eu lavo todos os dias, mas isso é porque sou chata e sou neurótica com minhas louças - e para falar a verdade eu gosto de lavar.
Essa receita é incrivelmente deliciosa e invernal. Para mim, não há nada que descreva tão bem o inverno, como o perfume de canela saindo do forno. A receita foi inspirada na Torta de Pêras e Pecãs de Eva Kosmas Flores. - que faz as melhores fotos dessa internet, deus. Substituí a pêra pela maçã verde e fiz alguns ajustes por conta da acidez da fruta. Ela deveria se chamar então “Torta de Maçã Verde com Nozes Pecãs”, mas quando a gente comeu, apesar do gosto acentuado da fruta, as nozes se destacam por conta da quantidade colocada. Por isso re-batizamos a torta!
Por aqui, a temperatura tem chegado a zero. Geada e folhas que começam a secar e cair. Dias de fogão aceso, de lenha queimando o dia todo. Panelas grandes, caldos, carne de panela. Gosto de ter sempre uma xícara nas mãos, ver o vapor subir, e esquentar as mãos em volta dela. Fazer muitas receitas no forno, para manter a cozinha quente, e sentir o cheiro de torta assando pela casa.
Gosto de me cobrir com uma manta, e sair a andar assim, com ela nas costas. Sempre com meias de lã nos pés. Gosto de sentar no chão de pedras, enquanto o sol bate forte, mas com seus raios ralos, desses que demoram a esquentar. O inverno é assim, cheio de coisas para a gente fazer, para se manter aquecido. Coisas demoradas, coisas que dão mais trabalho. O quentinho é algo que a gente sente no coração, do frio que faz fora.
Torta de Noz Pecã e Maçã Verde
Receita perfeita para o inverno. Perfumada e deliciosa. Inspirada na Receita de Eva Kosmas Flores.
Rendimento: 02 tortas médias (fiz uma de 18cm de diâmetro e outra de 25cm)
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Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: torta, chá da tarde
para a base
- 1 e 3/4 xícaras de farinha de trigo
- 1/4 xícara de açúcar cristal
- 1 colher de chá de canela em pó
- 1/2 colher de chá de sal
- 170g de manteiga sem sal
- 4-6 colheres de sopa de água gelada
- 1/2 ovo batido para pincelar
para o recheio
- 330g de maçãs verdes descascadas e picadas
- 1/2 colher de sopa de manteiga sem sal
- 1 maçã inteira para decorar
- 1 e 1/2 ovo batido
- 1/2 xícara de açúcar cristal
- 1/4 xícara de iogurte
- 1/4 xícara de mel
- 1 colher de sopa de extrato de baunilha
- 3/4 colher de chá de sal
- 3/4 xícara de nozes pecãs
para a base
- Num recipiente, junte os ingredientes secos e misture: farinha, açúcar, canela em pó e o sal.
- Com um ralador grosso, rale a manteiga - ela deve estar firme, recém tirada da geladeira - sobre a mistura de farinha, aos poucos. Ou seja, parando para amassar.
- Amasse com os dedos como se estivesse esfarelando, a idéia é que não fiquem grumos de manteiga inteiros.
- Quando estiver bem esfarelado, junte 4 colheres de sopa de água gelada e aperte bem a massa. Se necessário, adicione as 2 colheres restantes.
- A idéia é que a massa fique bem concisa e talvez um pouco pegajosa.
- Amasse bem por uns 30 segundos e forme uma bola.
- Enrole em papel filme e leve à geladeira por uns 30 minutos.
para o recheio
- Numa frigideira, derreta a manteiga em fogo alto e adicione as maçãs picadas.
- Refogue as maçãs, até que elas estejam douradas e macias, por uns 7 minutos. Deixe esfriar e reserve.
- Num recipiente, misture os ovos, açúcar, iogurte, mel, baunilha e o sal.
- Junte as nozes pecás - pode quebrar algumas com as mãos antes de adicionar - e as maçãs frias. Misture bem.
- Para decoração, descasque a maçá e corte no sentido longitudinal em 4 partes. Retire as sementes. Vá cortando fatias finas, mantendo a parte superior sem cortar. Depois abra como um leque, com cuidado.
- Disponha numa assadeira untada com manteiga e leve para assar num forno pré-aquecido a 180C graus, por uns 15 minutos, até que se sequem um pouco. Deixe esfriar e reserve.
para a montagem
- Abra a massa com um rolo, numa superfície levemente enfarinhada, até ficar com uns 3mm de espessura.
- Disponha sobre as fôrmas.
- Recheie com a mistura de nozes e maçà.
- Coloque os "leques" de maçã por cima de tudo.
- Enrole as bordas da torta e pincele-as com o ovo batido.
- Leve para assar em fôrno pré-aquecido a 180C graus, por uns 45 minutos, até que esteja dourada.
- Deixe esfriar antes de servir.

Pão Australiano do Outback
Fofinho e docinho.
Fazer pão foi uma das coisas que aprendi aqui no sítio. Tanto pela falta de qualquer vizinhança num raio de quilômetros, quanto pelo amor por pães do Gabriel. Nada de fermentação natural, nem horas de sova. O mais simples: sovando um pouco na mão e o restante na batedeira mesmo, deixando a massa descansar do lado da lareira acesa.
Parênteses. O primeiro pão que aprendi aqui foi o Challah, receita da querida Gória. Depois disso, fui testando outras receitas, tive até uma pequena janela de experiência com o levain, - que durou pouco, não vou mentir - infelizmente. Essa bola eu deixo para minha amiga Elke modelar. E, temos uma máquina de pão também que é uma belezinha para o dia-a-dia. Dá inclusive para programar para que horas quer que o pão esteja pronto. Mas quem usa mais é o Gabriel.
Ainda não é inverno, mas aqui parece que já é faz algumas semanas. Pelo vento que corta frio nosso rosto à noite, quando a gente vai espiar o céu. A cúpula estrelada que cai sobre a gente é quase como um beijo gelado de boa noite. Enquanto o pão assava no forno, e o aroma quente se espalhava pela casa misturado com o cheiro da lenha queimando, fui dar a última volta lá fora. Agasalhada e encolhida, fechei os olhos e fiz um pedido.
As coisas simples também são as mais valiosas. Como pão caseiro que tem seu valor justamente por ser feito em casa, e tudo que isso representa. É o cenário desenhado todos os dias, pelo olhar de quem quer viver pelos detalhes. São pequenos feitos que somados fazem a gente se sentir rico, de uma riqueza que dinheiro nenhum compra.
Há mil anos atrás, eu adorava o Outback, na verdade, aquela cebola empanada que levava você a tomar alguns litros de chope para acompanhá-la. Nunca mais voltei, por anos, e a cebola ficou na minha lembrança. Recentemente, passando em frente, com fome, decidi resgatar o prato das recordações. Infelizmente, a memória boa continuou no passado: a cebola não era mais a mesma, não veio tão grande como eu me recordava, na verdade, veio pequena mesmo. Também não estava tão crocante, nem tão gostosa, o que foi bem decepcionante.
Mas para que não digam que sou só crítica, antes de servirem a cebola, trouxeram o couvert. Nele, serve-se um pão australiano, escuro com gosto acentuado de mel, acompanhado de uma manteiga cremosa. O pão salvou a noite, antes que ela ficasse ruim, e eu fiquei obcecada em encontrar a receita dessa delícia de pão.
A que elegi foi da Eline Prado do blog Mel e Pimenta. Que aliás, descobri que tem dicas e pratos ótimos - que comunidade maravilhosa é essa de blogueirxs de gastronomia na internet. A receita dela é uma adaptação publicada pela Bia Freitag do Desafios Gastronômicos. Obrigada, meninas! Adoramos o resultado.
Aqui, fiz algumas alterações, por conta do que eu tinha na minha despensa, ficou ótimo, e devo continuar minhas experiências sobre o pão, pois quero que ele fique bem escuro, bem fofinho e com bastante gosto de mel.
Quem tiver dúvidas em moldar o pão, assiste a este vídeo do Luiz Américo.
Faz tempo que não deixo sugestões de filmes ou seriados, até porque a Netflix tem me cansado demais, tenho achado as produções originais bem pouco originais; bem ruins, para ser sincera: vê-se que se gastou muito dinheiro com produção, mas pouco em roteiro ou em criar qualquer coisa que valha. Umas histórias fracas, sem pé nem sentido. A sensação que eu tenho é que eles tentam tornar tudo um capítulo de Black Mirror. Saturada, decidi voltar aos básicos, neste caso, à HBO.
Assisti Chernobyl, que me chocou à beça. É um chute no estômago, como a falta de um tiro de misericórdia pela humanidade. É também uma obra-prima de fotografia, com atuações excelentes. Impossível não pensar nas realidades controladas de Orwell em tantas cenas ali. Assisti em dois dias, e fiquei mal. Piorei quando descobri no mapa que Angra II está a 30 km de distância de casa.
O retrato da burocracia arrogante do governo soviético me deixou a pensar sobre o quanto realmente estamos seguros sob a proteção do Estado que deveria zelar pela vida. Os desastres de Mariana e Brumadinho estão aí para escancarar a falta de capacidade das instituições (públicas ou privadas), com lama derramada sobre sangue. Pensar que ainda tem gente que defende o uso de energia nuclear, sendo que nem barragens hidroelétricas foram capazes de manter sob segurança. E isso, nada tem a ver com comunismo ou capitalismo, pelamor, tem a ver com a incapacidade e estupidez humana mesmo.
No momento, estou assistindo a Big Little Lies, que tem atrizes ótimas, história bem narrada, e dá para levar bem, com humor. Estava com saudades das produções do David E. Kelly, e por enquanto (estou a 2 capítulos para terminar a primeira temporada) não tenho nada a reclamar da série, ao contrário, estou adorando. E Meryl Streep está na segunda temporada, então as expectativas são boas.
Pão Australiano do Outback
Receita original do blog Mel e Pimenta e Desafios Gastronômicos, com adaptações.
Rendimento: 02 pães médios
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Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: pão, entrada, chá da tarde
- 360g de farinha de trigo
- 70g de farelo de trigo
- 3 colheres de sopa de cacau em pó
- 1/4 de xícara de mel
- 4 colheres de sopa de açúcar mascavo
- 1 colher de sopa de fermento biológico seco
- 30g de manteiga derretida
- 300ml de água morna
- 1 pitada de sal
- fubá para polvilhar
- Dissolva o açúcar mascavo e o fermento em metade da água morna, num recipiente pequeno e reserve.
- Junte todos os ingredientes secos numa tigela, e deixe um buraco no meio.
- Adicione à mistura do fermento, o mel e a manteiga.
- Vá incorporando os ingredientes com a ponta dos dedos, juntando o restante da água se necessário.
- Sove bem a massa por uns 5 minutos. Eu coloquei na batedeira com o batedor gancho e sovei por lá.
- Deixe a massa descansando num bowl por 1 hora, tampado com filme plástico ou um pano. Se possível deixe num local aquecido, protegido da luz e de qualquer corrente de ar.
- Quando a massa estiver crescida, molde os pães como preferir. Eu dividi a massa em duas partes e fiz dois pães.
- Para moldar, abro a massa, e vou dobrando várias vezes. Coloquei um link para um vídeo ensinando a moldar na postagem acima.
- Faça cortes diagonais com uma faca bem afiaca, no topo do pão. Polvilhe a assadeira e os pães com fubá.
- Cubra e deixe descansar por mais 1 hora, para crescer.
- Leve para assar em forno pré-aquecido a 180C graus, e asse por uns 35-40 minutos.
- Deixe esfriar numa grade.

Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce
De onde vem a inspiração.
Apesar de ter me mudado para o mato, a gente ainda tem muitos compromisso durante o ano longe daqui. Meu marido ministra retiros de meditação e de terapias corporais, estamos sempre viajando e nos deslocando entre pousadas, por São Paulo, muitas vezes na estrada, indo ou vindo. Confesso que, para uma pessoa que adora rotina e ficar em casa, esse sempre foi o meu desafio dentro da relação: viver com essa sensação de mudança constante. No começo, eu realmente sofria em ter que empacotar e desfazer malas a cada 3 semanas. Hoje, já me acostumei. Ainda sofro em ter que conviver com a bagunça que é ter mochilas cheias encostadas por preguiça de desfazê-las. Mas um dia ainda aprendo um método fácil de organização da minha vida, me aguarda Marie Kondo.
Quando a gente retorna para casa é sempre um alívio. Não brinco quando digo que adoro ter tempo livre para fazer faxina em casa, organizar, varrer, limpar cantos. Eu amo a rotina de ter que cozinhar aqui todos os dias, porque, como já mencionei em postagens anteriores, o restaurante mais próximo está a 20km daqui, delivery nem sonhando. Adoro estar em casa e ter que cuidar dela; dar de comer para as galinhas, cuidar da horta, semear as flores da estação em copinhos.
Então dá um aperto pensar que, já nesse final de semana, a gente volta para a cidade grande, porque as pendências estão por lá. E que a gente vai ficar fora daqui quase um mês, porque tem viagem marcada no meio desse período. Eu não reclamo (tanto), adoro viajar e aproveito quando estou fora também. Mas almejo pelo dia, quem sabe quando, a gente vai poder descansar de verdade aqui, sem compromisso ou prazo para ir embora. Quando esse dia chegar, serei a pessoa mais feliz do mundo.
Dia desses, recebi uma mensagem de uma leitora perguntando se tem jeito da gente ter inspiração, mesmo com contas a pagar e problemas a resolver. Achei curiosa a mensagem, tal qual a projeção que talvez ela tenha sobre minha vida. Eu digo: gente, minha vida não é perfeita e eu nem sempre vivi aqui no meio desse mato lindo. Além de ter pastado bastante nessa vida, eu continuo tendo problemas e boletos vencendo no final, começo e meio do mês. Se parece que eu não trabalho, vamos corrigir essa percepção: eu trabalho muito, com muitas coisas que nem sempre curto, e ainda arranjo tempo para trabalhar com coisas que não me remuneram, como é o caso desse blog.
Então, vixe, é uma idéia equivocada e idealizada de que a vida precisa ser incólume a problemas para poder se inspirar no dia-a-dia. As percepções são pessoais, é claro, mas creio que há uma escolha implícita no olhar. Se existe algo que eu fiz, que definiram os meus passos até onde estou hoje, foi abrir mão de um monte de idéias de o que é felicidade para sociedade, que geralmente estão atreladas a coisas, bens materiais e status. Abri mão, inclusive, da idéia de ser mãe. Uma decisão que me doeu por muito tempo, mas que foi essencial para eu estar, da forma como estou estou hoje. Se você pensa que essa vida aqui é feita só de flores, é porque não costumo fotografar e postar minha cara de c%, quando estou preocupada com os problemas mundanos da vida. Mas além de flores, tem também sacrifício, suor em nome do amor. Tem trabalho, tem estudo e muita dedicação. E graças a deus, tem tempos de bobeira, descanso de pausa e meditação também.
O outono definitivamente chegou aqui na Serra com seu ar mais gelado mesmo sob o sol. As cosmeas começando a florir, cor-de-rosa e magenta pelo mato verde. A velocidade do tempo parece se reduzir, e o silêncio pode ser ouvido como o canto dos pássaros. É como se segundos de felicidade fossem dissolvidos pelos minutos, como gotas de mel num chá de camomila e lavanda: a calmaria do outono vai entrando a cada gole e correndo pelas veias. O coração em batidas cada vez mais lentas; não há nada a fazer a não ser observar o tempo passar, com uma xícara quente nas mãos.
Quando vi essa receita no site da Joyce, sabia que iria fazer seus biscoitos, assim que o frio chegasse por aqui. Adoro suas receitas, e mais ainda suas idéias e pensamentos, que ela gentilmente compartilha em suas redes. Há uma adoração/dedicação tão bonita à confeitaria: sua precisão, técnica e conhecimentos infindáveis. Mas o que me toca é que ela também consegue transformar a confeitaria num lugar de sensibilidade, de leveza e muito humano. Dá até vontade de virar confeiteira, mas no meu caso, só daqui algumas vidas.
A receita é fácil, só adaptei o chocolate (só tinha 80% cacau aqui em casa) e fiz na batedeira, pois não tenho processador. Casou perfeitamente com o doce de leite caseiro que recém tinha preparado essa semana. A receita do doce de leite fica para outro dia.
Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce
Receita original da Joyce Galvão. Estava aguardando os ventos gelados do outono chegar para experimentar esses biscoitos. Café, chocolate e doce de leite. Mimosos para acompanhar uma xícara de chá, e passar o dia olhando a janela.
Rendimento: 20-25 unidades
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Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: docinhos, chá da tarde
- 110g manteiga amolecida em temperatura ambiente
- 90g de açúcar mascavo
- 1 gema
- 70g chocolate 80% cacau
- 1 xícara de chá de farinha de trigo
- ¼ xícara de chá de 40g cacau
- 1 colher sopa de café moído bem fino
- doce de leite para comer com os biscoitos o quanto baste
- Derreta o chocolate em banho maria e reserve.
- Numa batederia, bata a manteiga e o açúcar até misturar.
- Adicione a gema e o chocolate derretido.
- Junte a farinha, o cacau em pó e o café e misture até formar uma massa homogênea.
- Envolva a massa em filme plástico e leve à geladeira por 30 minutos.
- Retire a massa da geladeira e faça bolinhas utilizando a medida de uma colher de chá disponde as bolinhas em uma assadeira (não é necessário untar) e pressione com o dedão, fazendo um buraquinho (onde você colocará depois o doce de leite)
- Leve ao forno preaquecido a 180° C por 12 minutos, retire e deixe os biscoitos esfriarem em uma grade.
- Adicione 1 colherada de doce de leite sobre os biscoitos

Bolo de Chocolate com farinha integral
Textura, umidade e sabor incríveis. A.k.a.: fofinho, molhadinho e chocolatudo.
Como boa taurina, gosto de coisas que perdurem. De cenários estáveis, de conforto e sossego. Da vida material, de beleza concreta. De chão e de cotidiano. Já o ascendente em aquário dá aquela esquizofrenia boa à minha vida, a cara de desapego, livre de compromissos, bem "vida leva eu". Dizem que o nosso sol astrológico é aquilo que a gente é em essência, e o ascendente traz aquilo que a gente tem como guia para evoluir, num resumo bem simplista.
Sinto que minha vida é bem regida pelos astros, que meu gostar já foi de muitos apegos, mas tem se conformado cada dia mais com a efemeridade das relações, e tudo bem também. Há muita beleza no abstrato e no etéreo. Por outro lado, o ser que vos escreve não é só evolução, magia e encanto. Há muita cabeça dura nessa mente taurina, daquelas que quando enfia algo na cabeça, só se convence quando vê ao vivo e a cores. Também há muita preguiça contida nesse ser, que só se mexe quando a água já passou das canelas. Não vamos nem começar a destrinchar a lua em escorpião e minhas neuras.
Engraçado que sempre acreditei em Astrologia, desde criança. As características, as previsões, os horóscopos, mesmo os de jornal, sempre fizeram sentido para mim. Comprei livros, estudei meu mapa astral e sempre adorei tudo relacionado ao assunto. Adoro o Quiroga, pensar que as estrelas nos regem e que somos parte do cosmos, me parece fascinante.
Bolo com farinha integral, para mim, sempre foi sinônimo de bolo sem gosto, seco e pesado. Daí que esse final de semana, a tpm chegou junto com a vontade de comer um bolo de chocolate. Abri a despensa e para minha tristeza, só tinha farinha integral. 😢
Pensei naquele bolo maravilhoso de chocolate sem farinha, mas eu só tinha uma caixa de cacau em pó no armário. A santa Internet às vezes ouve nossas preces, e na minha busca apareceu um milhão de receitas de bolo de cacau em pó com farinha integral. A que eu escolhi, jurava que passava no teste cego dos bolos de chocolate. Como boa taurina cabeça dura, não iria acreditar até provar pela minha própria boca.
E olha, tenho que dar meu braço a torcer: um dos melhores bolos de chocolate que já comi na vida. Textura, umidade e sabor impecáveis. A.k.a: fofinho, molhadinho e chocolatudo, como deve ser um bom bolo de chocolate. Obrigada, Wesley! A calda - que não é a mesma da receita original - fez toda diferença também; daquelas caldas que você pode até mergulhar uma couve-flor cru e comer que fica bom.
Bolo de Chcolate com farinha integral
Textura, umidade e sabor incríveis. Fofinho, molhadinho e chocolatudo. Com uma calda perfeita. Um dos melhores bolos de chocolate, e nem parece de farinha integral. A receita original é de Wesley Sarto do Blog "Receitas que Amo". A calda foi adaptação do que eu tinha na despensa.
Rendimento: 10 a 15 porções
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Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: bolo, chá da tarde
para o bolo
- 3 ovos
- 1/2 xícara óleo de milho
- 1 xícara de açúcar demerara
- 1/2 xícaras de açúcar mascavo
- 1 xícara de leite integral morno
- 2 xícaras de farinha integral
- 1/2 xícara de cacau em pó (usei 100% cacau)
- 1 colher de sopa de fermento em pó químico
para a calda
- 395g de leite condensado
- 70g de manteiga sem sal
- 1/3 xícara de cacau em pó
- 125ml de creme de leite (usei em lata sem o soro)
para o bolo
- Na batedeira, junte os ovos, o óleo e os açúcares e bata bem até que a mistura fique cremosa e clara, por uns 3 minutos em velocidade média.
- Adicione o leite e bata por mais 2 minutos.
- Peneire a farinha de trigo integral, o cacau em pó e o fermento.
- Diminua a velocidade da batedeira, adicione o secos e misture apenas até incorporar.
- Unte uma fôrma redonda com manteiga e cacau.
- Despeje a mistura na fôrma e leve para assar em fôrno pré-aquecido a 180C graus.
- Asse por uns 45 minutos, ou até que a massa esteja bem dourada.
- Desenforme morno e deixe esfriar numa grade.
para a calda
- Coloque o leite condensado, a manteiga e o cacau em pó numa panelinha.
- Leve ao fogo alto, misturando sempre com um fouet até começar a desgrudar do fundo.
- Desligue o fogo e adicione o creme de leite.
- Misture bem e deixe esfriar.
- Despeje sobre o bolo frio.

Broa de Fubá Cremosa
Uma receita original da Camila do Feito com Amor
Gosto de tomar um chá, acompanhado de um bolo, biscoito ou torrada com geléia, antes de dormir. Já virou vício. Dia desses, enquanto pensávamos no nosso lanche noturno, terminando um filme na cama, Gabriel comentou "estou há dias com vontade de comer bolo de fubá. Mas aquele cremoso, sabe?" . Não tive dúvidas, lembrei da receita que a Camila disponibilizou em seu blog, e eu ainda não tinha testado. Era essa receita que iria saciar nossas laricas. Usei o queijo meia-cura aqui da região. O bolo ficou na consistência perfeita, e foi nosso lanchinho da noite, num domingo desses chuvoso na Serra.
Se você ainda não conhece o blog da Camila, suas receitas e seus curso, te convido a conhecer. Além dela ser uma simpatia em pessoa, é uma professora querida, um talento de confeiteira e você vai amar o trabalho dela.
Link para acessar a receita completa da Broa de Fubá Cremosa.