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A tristeza também está lá

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Ninguém gosta de falar de depressão. De compartilhar desânimo ou parecer que a vida não vai bem… É só a gente atualizar nosso feed de notícias de alguma de nossas redes sociais, que a gente percebe que a vida das pessoas é feita de festa, coisas gostosas, viagens e declarações de amor e de humor… Falo isso, sem hipocrisia, a minha mesmo está recheada dos clichês.

Mas no fundo, a gente sabe que não é bem assim. Bom, falo por mim. Tem dias que não há inspiração que te levante o ânimo, que contratempos e frustrações nos jogam para baixo, quando não nos deixam desnorteados. E às vezes isso não acontece só por algumas horas no dia, ou no período de tpm, às vezes acontece repetidamente por semanas.

Mesmo que a gente faça coisas legais, e que olhando de fora não haja absolutamente nada de errado com nossas vidas, o sentimento de tristeza está lá. Uma pontinha de dúvida e desconfiança que dá uma sensação de ingratidão com a vida.

Bom, este post não tem a intenção de deprimir ninguém, por mais que pareça o contrário. É mais uma vontade de dividir essa realidade que às vezes se passa comigo. E que tem sido assim durante algumas semanas. Tenho trabalhado normal. Dormido, comido, feito minhas atividades de lazer, minha yoga, viajado, namorado, enfim. Mas existe uma tristeza que está lá. Sem nome e sem rótulo. Só tristeza. Se fosse dar um nome, talvez fosse uma nostalgia saudosa de coisas e pessoas que se foram. Da inexorável condição humana. Do fim, do desapego inerente ao que somos e ao que nos cerca.

O que eu quero dizer, em outras palavras, é que esse estado de ânimo (ou de desânimo) me dá alguma profundidade. É o que me deixa compassionada pelas coisas ao meu redor, o que de alguma forma, me conecta com o outro. Se a alegria expande, a tristeza intima. Uma não é melhor que a outra, mas uma sem a outra é vazia. Aqueles que só sabem transparecer alegria sem se permitir a tristeza, vivem na superficialidade. Aqueles só deprimidos, que não se permitem um dia de sol, são impossíveis de se relacionar em sua miséria.

O tão almejado equilíbrio, ah!, o equilíbrio… Ele existe ou é mais um pêndulo que oscila entre dois pólos? Acho que a resposta vem por outro canal, a aceitação. Aceitar a tristeza que também nos caracteriza, assim, como a alegria que nos embeleza. Aceitar que há dias em que você tem direito de estar desgostoso, uma nuvem que passa cobrindo o sol, mas passa…

Então, eu tô nesse processo. Na verdade, acho que sempre estive. Dessa vez, só, não vou fugir ou desmoronar. Vou aceitar e torná-lo parte de mim também. E quem sabe, crescer. Afinal, mar calmo nunca fez marinheiro habilidoso. E de tantos altos e baixos, talvez a bússola encontre seu equilíbrio… ah!, o equilíbrio.

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Picinguaba, Vila de pescadores em Ubatuba

Se tem algo que eu detesto é de muvuca. Praias lotadas, som alto (e geralmente de péssimo gosto), gente barulhenta e muita, muita sujeira no chão. Tudo isso, infelizmente, são características do nosso verão litorâneo, nas praias populares de São Paulo, também conhecida como “farofa”. Justamente, por isso, gosto do mar em épocas fora da temporada, em lugares fora do circuito.

Nesse final de semana, fomos convidados por um casal querido de amigos para passar o final de semana em sua casinha no Sertãozinho de Ubatuba, litoral norte de São Paulo. No alto do mato, onde a temperatura cai e fica até mais fresca quando subimos a ladeira para chegar em sua casa. Perto de cachoeiras lindíssimas, a praia é apenas mais uma opção na lista de possibilidades deliciosas. Sabendo da nossa despreferência pelo agito, após passar o sábado em Itamambuca (praia de surfistas) eles nos levaram para passar o domingo numa praia mais modesta, que a gente ainda não conhecia, Picinguaba.

Por ser uma vila de pescadores, com simplicidade na arquitetura das casinhas, com mar tranquilo e praia vazia, a não ser pelos barcos de pesca, não há muito o que fazer, a não ser contemplar. Passamos a tarde almoçando na beira da praia, com uma vista privilegiada, sob o céu aberto. Peixe fresco, muqueca deliciosa, muita risada por conta da agradável companhia… Para mim, não existe coisa melhor.

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Fotos: Dona da Casa!

“if only they could see |
if only they had been here |
they would understand |
how someone could have chosen |
to go the length I’ve gone |
to spend just one day riding”

{ composição e interpretação: Kings of Convenience, música: Cayman Islands }

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Sorvete de Camomila com Mel

É oficial: virei a maníaca dos sorvetes. Desde a aquisição da máquina, litros e potes, entram e saem do congelador todos os dias. Uma vontade de experimentar fazer todos os sabores do mundo, dos tradicionais aos mais heterodoxos. Acho que a graça da cozinha é justamente essa: quando ela te permite traduzir sua criatividade em pratos e receitas. É como se seu dia ficasse mais alegre por alguma inspiração gastronômica que você tem só de pensar em cozinhar.

Se eu soubesse que isso ia acontecer por conta da sorveteira, eu teria comprado antes… Nossa casa virou um júri de cada litro que sai da máquina, um pretexto para a gente se reunir na mesa (ou de pé ao lado da geladeira), discutindo a cremosidade e a textura, intercalando colheradas e risadas. E aí está outra “fabulosidade” (baixou o Guimarães Rosa, gente!) da cozinha, a capacidade de criar encontros e juntar pessoas em torno da comida.

Neologismos à parte, com a primavera chegando, e os dias de sol na janela, escolhi um sabor floral e doce para testar: camomila com mel… A inspiração veio da magnífica revista Kinfolk, com algumas adaptações no preparo. Dessa vez, eu aumentei a proporção de ovos na receita, já que usei leite semi-desnatado - quis me jogar quando vi que comprei uma caixa inteira do leite errado! - e olha só, o sorvete ficou mais cremoso que nunca!

Se você gosta de chá de camomila, vai amar. Se não, vai adorar também: a mistura do mel com a erva deixa o sorvete extremamente aromático, leve e inusitado. Vale experimentar!

Sorvete de Camomila & Mel | versão adaptada da Kinfolk

  • 01 litro de leite integral;

  • 04 ovos;

  • 01 xícara de mel;

  • 02 colheres de açúcar mascavo;

  • 02 colheres de sopa de camomila desidratada; e

  • 250g de creme de leite

Coloque a camomila e o mel em uma panela e leve ao fogo alto. Quando começar a ferver, abaixe o fogo, e deixe por 03 minutos. Junte o leite e o creme de leite e esquente até quase ferver.

Bata bem os ovos com o açúcar mascavo. Junte a mistura do leite quente. Coloque tudo de volta na panela e leve para cozinhar em fogo baixo até engrossar. É importante não deixar a mistura ferver para não talhar.

Coe o creme e leve à geladeira ou congelador para esfriar. Coloque a mistura na máquina de sorvete, e siga as instruções do fabricante.

Não tem máquina de sorvete? Aprenda com a Nigella: Ou seja, se não tiver a máquina, coloque num pote e leve ao congelador. A cada hora, bata a mistura num processador para mantê-la cremosa. Você vai ter que repetir este processo por pelo menos umas 3 vezes. Dá mais trabalho, e não vai ficar a mesma coisa, mas minha sogra fazia assim há 50 anos atrás - inclusive, ela fazia no garfo!.

Absolutamente fabuloso!

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Macarrão com ervilhas, hortelã e wasabi

Receita do What Katie Ate.

Tem uma francesa que mora comigo, a Marianne, que janta diariamente macarrão. Ela chega em casa, enche a panela de água, coloca no fogo e vai tomar banho. Todo santo dia!

Segundo ela, macarrão é sua comida conforto, além de, é claro, ser muito prático de se fazer. No final ela só joga um pedaço de manteiga, rala um queijo francês por cima e pronto. De vez em quando ela varia e faz um molho mais especial, dependendo do seu grau de ânimo.

Bom, não tenho a menor intenção de fazer como a Marie, acho na verdade uma loucura toda essa história, não me canso de falar para ela. Mas sim, de vez em quando você não quer nada além de uma boa pasta no seu prato, e feito de um jeito bem simples.

Esse final de semana foi assim. Um pacote de ervilhas lá da quitanda do Edson, manteiga, hortelã e… wasabi! A receita vem da Katie de seu livro Quando Katie Cozinha e, garanto que, esse prato vai confortar o seu dia.

Fotos: Luiza Melo

Macarrão com Ervilhas, hortelã e wasabi | receita original do livro Quando Katie Cozinha

  • 300g de macarrão talharim;
  • 02 xícaras de ervilha fresca;
  • 100g de manteiga;
  • um punhado de hortelã;
  • ½ colher de chá de wasabi (raiz forte); e
  • sal, pimenta do reino e azeite.

Coloque a água para ferver numa panela (quantidade que cubra a pasta) e jogue um pouco de sal. Quando começar a ferver, coloque o macarrão, abaixe o fogo e deixe fervendo pelo tempo indicado no pacote (geralmente no caso do talharim, 9 minutos).

Numa panela pequena, também coloque água para esquentar. Quando começar a ferver, abaixe o fogo, coloque as ervilhas, e deixe-as fervendo por 1 minuto e meio (se as ervilhas estiverem congeladas, deixe por 3 minutos).

Num recipiente, junte a manteiga, o wasabi, sal, pimenta, e o hortelã picado. Depois de escorrer as ervilhas, jogue-as no recipiente, misture bem e por final, jogue tudo sobre o macarrão escorrido com um pouco de azeite. Complemente com queijo parmesão ralado se preferir. Voilà!

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Bolinhos de cenoura da Katie

Durante minha estadia na Nova Zelândia, descobri a alegria de se viver em pequenos cafés, inclusive de pequenas cidades à beira da estrada. E, numa dessas visitas, realizei minha melhor descoberta: o bolo de cenoura de lá.

Durante minha estadia na Nova Zelândia, descobri a alegria de se viver em pequenos cafés, inclusive de pequenas cidades à beira da estrada. E, numa dessas visitas, realizei minha melhor descoberta: o bolo de cenoura de lá. Na verdade, o bolo de cenoura fora do Brasil é totalmente diferente, principalmente pelo fato de não levar cobertura de chocolate como o nosso. Não que eu não adore o bolo de cenoura com jeitinho brasileiro, mas esse aqui…

Fato é que fiquei totalmente apaixonada por essa versão. Uma vez, a Beth do Local Milk disse que ela era do tipo que mantinha relações monogâmicas com determinados tipos bolos… Arrisco a dizer que esse bolo de cenoura, roubou totalmente a cena “bolística” do meu coração (rsrsr…)

Voltando para o Brasil, determinada a conseguir reproduzir essa façanha, encontrei uma receita no livro da What Katie Ate, para a minha alegria… Katie conta que desde a primeira vez que mordeu esse bolo, ela ficou totalmente obsessionada em conseguir fazer algo semelhante. Para a minha sorte, ela conseguiu transcrever a receita perfeita, e a minha lembrança culinária pôde ser fielmente preservada e apreciada!

Bolinhos de cenoura da Katie | receita original do livro What Katie Ate

  • ½ xícara de passas brancas;
  • 01 laranja;
  • 01 colher de sopa de Cointreau;
  • 1/3 xícara de açúcar mascavo;
  • ½ xícara de óleo de canola;
  • ½ xícara de mel;
  • 03 ovos caipiras;
  • 01 fava de baunilhas;
  • ½ colher de chá de gengibre em pó;
  • 1 e ½ xícara de farinha de trigo com fermento;
  • 01 colher de chá de bicarbonato de sódio;
  • 03 cenouras raladas;
  • punhado de nozes; e
  • pitada de sal

para o creme

  • 01 xícara de açúcar confeiteiro;
  • 85g de manteiga amolecida;
  • 80g de cream cheese;
  • 01 colher de sopa de creme de leite fresco; e
  • 01 colher de chá de extrato de baunilha

Deixe as passas de molho no suco de laranja e Cointreau de um dia para outro, na geladeira.

Bata o açúcar mascavo, óleo, mel, ovos e as sementes de baunilha, e vá juntando os demais ingredientes secos peneirados - a farinha, gengibre em pó e o bicarbonato. Misture as cenouras no final.

Numa fôrminha untada para 12 unidades de muffins, preencha os com a mistura até ¾ de cada orifício. Leve ao forno pré-aquecido à 180 graus para assar por cerca de 45 minutos, ou até que você fure os bolinhos com um palito e ele saia limpo.

Para a cobertura, bater todos os ingredientes por cerca de 10 minutos. Cubra os bolinhos frios, polvilhe as nozes grosseiramente picadas e regue com um pouco de mel.

Dê sua primeira mordida e seja totalmente conquistado!

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Melhor Arroz Doce do mundo

Há quatro anos atrás, eu adorava ir de quintas-feiras no Viena da frente de casa, só para comer a sobremesa do dia: o arroz doce. Eu nunca morri de amores pela sobremesa, apesar de ser algo que comi muito na minha infância, principalmente no inverno e nas épocas de festa junina, só que com bastante canela…

Mas no restaurante em questão, o sabor experimentado era totalmente diferente… Elevava o simples arroz doce à categoria gourmet de luxo, arrancando suspiros, gemidos e elogios. Tinha toques de laranja e a doçura e cremosidade perfeitas…

Só que há alguns anos eles decidiram tirar este manjar do cardápio, sabe se lá o por quê… (na verdade desconfio - desconfiar é um eufemismo da minha parte - que tenha sido depois da aquisição da rede por um grupo de investidores americanos). Mas deixando a teoria da conspiração capitalista de lado, enfim, achei que nunca mais ia poder saborear aquele doce dos deuses novamente…

Foi então que descobri a publicação da receita no Dicas do Chef no site da rede, para meu entusiamo!… Mas, então vendo os ingredientes necessários e a forma de preparo, acabei me desanimando de me locomover atrás deles… Como a vontade pela sobremesa continuou, minha alternativa foi seguir a receita do rice pudding, porDorian cuisine.

E, para ser bem sincera, o resultado não deixou nada a desejar, além da versão ser beeeem mais simples. O aroma da laranja combinado com a baunilha fizeram de cada colherada uma passagem para o céu. É, claro que não vou deixar de testar a receita do restaurante algum dia, mas esta daqui, satisfez minha tara pela sobremesa, além de ter ficado uma graça de apresentação por causa do gratinado!

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Arroz doce com aroma de laranja

  • 01 xícara de arroz branco
  • 750 ml de leite
  • 75 g de açúcar
  • 01 xícara de creme de leite fresco
  • 01 colher de sopa de manteiga
  • raspas de uma laranja
  • tiras da casca de 01 limão
  • 01 fava de baunilha

Corte a baunilha ao meio, raspe as sementes e misture-as com a fava aberta no leite, as raspas de laranja, casca de limão e o açúcar. Leve ao fogo baixo até ferver.

Cozinhe o arroz em água e quando começar a ferver, abaixe o fogo e deixe por 5 minutos.

Num recipiente que vá ao forno, junte o arroz, o restante do leite, o creme de leite e as tiras das casquinhas da lima. Tampe com um papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido à 150 graus, por 1 hora e 15 minutos aproximadamente. Retire o alumínio e deixe dourar por mais uns 15 minutos.

Deixe esfriar e na hora de servir, se preferir, coloque creme batido gelado.  Taste like heaven!

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Galinha caipira com quiabo e jiló

Das coisas boas de se viver em cidade pequena (e rural), é poder fazer as compras na quitanda do centrinho, onde o vendedor já te conhece, te chama pelo nome, te sugere a fruta que chegou hoje, a verdura fresquinha, a truta ou galinha caipira. Os comerciantes locais parecem estar sempre de bom humor, e adoram compartilhar um pouco de suas vidas, seja contando de um neto que acabou de nascer, seja do casamento da filha.

Eu que sempre detestei fazer compras em São Paulo, por causa das filas nos supermercados, e por ter pavor a hipermercados, descobri o prazer de se fazer compras domésticas aqui em Itamonte.

Confesso que eu nunca tinha cozinhado antes uma galinha caipira, e fiquei bastante entusiasmada a preparar um bom ensopado. Sua carne é mais dura e escura, mas definitivamente bem mais saborosa (e saudável!).

Para aproveitar meu espírito “amineirado”, minha idéia foi preparar o clássico frango com quiabo, acompanhado de um jiló da horta refogado… Há os que torçam o nariz para a combinação, eu sou daquelas que salivam no prato, só de pensar. Se você é do meu time, confere como é fácil.

Frango caipira ensopado com quiabo e jiló

  • 01 frango caipira
  • 01 tomate
  • 02 cebolas
  • 02 cenouras
  • 400g de quiabo
  • 05 jilós
  • 02 limões
  • sal, pimenta do reino, orégano e folhas de louro
  • azeite
  • salsinha

Corte o frango em pedaços (se você tiver um bom marido como o meu, peça para ele fazer isso para você :D… senão, pode pedir ao açougueiro abrir e limpá-lo para você…). Deixe com a pele, mas retire os miúdos, as patas e o pescoço. Você pode utilizá-los para um caldo ou uma canja.

Tempere com sal, pimenta do reino, e limão. Deixe marinando por pelo menos 30 minutos.

Numa panela de pressão coloque uma cebola, o tomate e as cenouras cortadas grosseiramente, junte as partes do frango, o orégano, louro e umas duas colheres de sopa de azeite. Coloque em fogo alto, quando começar a ferver e apitar, abaixe o fogo e deixe cozinhando por uns 20 minutos.

Tire toda a pressão da panela, abra e coloque o quiabo cortado em pedaços. Volte ao fogo, e deixe apitando por mais uns 5 minutos e está pronto.

Numa frigideira, refogue a cebola picada no azeite, deixe dourar bem, junte o jiló picado em cubos. Tempere com sal e pimenta. Quando começar a queimar, coloque um copo de água fervente, tampe e deixe secar a água. Se estiver macia, está pronta.

Sirva tudo com um arroz e jogue a salsinha picada por cima de tudo!

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Sorvete de Morango

De volta da Nova Zelândia, trouxemos na mala algo que nos rendeu boas risadas dos nossos amigos de lá: uma sorveteira elétrica.

De volta da Nova Zelândia, trouxemos na mala algo que nos rendeu boas risadas dos nossos amigos de lá: uma sorveteira elétrica… Digamos que não é bem algo que se traz de viagem, mas neste caso, fazendo as contas do quanto gastamos anualmente em sorvete no Brasil, a gente achou que valia a pena o investimento… E se existe um grande defeito nosso, é ser um casal meio sacoleiro (haja bugiganga!), especialmente, nas viagens…

Meu sorvete predileto é o de morango, mais especificamente o da Häagen-Dazs. O sorvete deles não tem aquele corante rosa horrível que a gente vê por aí, ou espessantes de origem duvidosa… Tem pedaços da fruta mesmo e o sorvete tem gosto de… adivinha… morangos! Mas o preço é bem pouco acessível.

Bom, o primeiro teste foi o clássico sorvete de baunilha, que mais parecia um crème brûlée de tão delicioso. Para o sorvete de morango, então, usamos ele como base e só acrescentamos a fruta no final. O resultado ficou totalmente empatado com a marca americana.

Confesso que desde que adquirimos a máquina de sorvete, temos nos tornado máquinas de comer sorvetes, mesmo assim, desconfio que devemos fazer uma boa economia no balanço final das contas.

Ah, e sobre tomar sorvete no inverno? Adoro.

Sorvete de Morango

1 litro e meio de sorvete

  • 500 ml de leite integral

  • 500 ml de creme de leite fresco

  • 400g de morangos (duas caixinhas - orgânico, por favor!)

  • 01 limão

  • 02 colheres de sopa de vinagre balsâmico

  • 01 copo de açúcar demerara

  • 01 vagem de baunilha (ou 01 colher de chá do extrato se não tiver)

  • 04 ovos

Coloque para ferver o leite e o creme de leite com a baunilha (cortada ao meio e junto com as sementes raspadas). Quando levantar fervura, apague o fogo e deixe por uns 20 minutos tampado.

Bata os ovos com o açúcar até ficar um creme claro. Jogue o leite quente nessa mistura e continue batendo. Volte tudo ao fogo, misturando sempre, em fogo brando até engrossar. Deixe esfriar e leve à geladeira.

Numa vasilha, pique os morangos, acrescente 02 colheres de açúcar, o suco do limão e o vinagre. Deixe marinando enquanto o creme esfria. Amasse os morangos ou bata-os no liquidificador.

Quando o creme estiver frio, misture com o purê de morangos. Aí, é só levar a mistura para a máquina de sorvete por aproximadamente 15 minutos. Guarde no congelador e espere pelo menos 1 hora antes de servir. - Como minha sorveteira suporta apenas 1 litro por vez, repeti o processo na máquina 2 vezes (sim, somos exagerados…).

Não tem máquina de sorvete? Aprenda com a Nigella!

Ou seja, se não tiver a máquina, coloque num pote e leve ao congelador. A cada hora, bata a mistura num processador para mantê-la cremosa. Você vai ter que repetir este processo por pelo menos umas 3 vezes.

Para descrever como ficou, faço das palavras da musa Nigella, as minhas:

“Tem sabor de céu azul, do sol batendo nos ombros;
uma memória ideal do verão num formato gastronômico perfeito.”

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Torta de maçã verde do Gabriel

Obviamente que esta receita não foi inventada por ele. Mas foi meu companheiro quem me ensinou, por isso, batizei ela como sendo dele… Enfim, é a torta mais fácil do mundo, isso eu te garanto.

Além disso, para curtir esse inverno gelado, nada mais gostoso do que a casa cheirando a torta assada, perfumando os cômodos com o doce aroma da canela… você vai se permitir a um prazer fácil sem culpa!

Torta de maçã verde com canela do Gabriel

  • 02 maçãs verdes (ou 1 e ½ se forem grandes)
  • 2/3 xícara de açúcar demerara
  • 01 xícara de farinha de trigo (com fermento)
  • 150g de manteiga
  • canela em pó

Corte as maçãs em fatias finas e distribua sobre a fôrma untada com manteiga. A fôrma que eu usei é de 20 cm de diâmetro, você pode utilizar aquelas tipo de vidro que podem ir ao forno.

Misture a farinha com o açúcar e a canela e jogue sobre as maçãs cobrindo tudo (dê uma batidinha na fôrma para ela cair por dentro). Corte a manteiga em pedaços e coloque sobre a superfície da torta. Asse num forno pré-aquecido à 180 graus, por aproximadamente 45 minutos.

A mesma versão pode ser feita com bananas bem maduras, daquelas quase passando. Servida quente ou fria, com uma bola de sorvete, creme batido ou sem nada mesmo.

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Viajar é viver!

33 dias percorrendo a Nova Zelândia

Um mês de total abandono, 33 dias para ser exata. Sem explicações, viagem marcada e malas prontas, cruzamos o Pacífico, rumo à Nova Zelândia. De motorhome, percorremos Ilha Norte e Ilha Sul (foram 4.200km, aproximadamente), entre cidades, montanhas, vulcões, o frio e a neve, apesar do céu azul que afortunadamente nos acompanhou. Os rios e lagos de tom turquesa, definitivamente causam algo no seu cérebro quando você se dá de cara com tamanha beleza.

Os amáveis e hospitaleiros kiwis (como se auto intitulam os neozelandeses) combinam um mix cultural composto pela educação inglesa, tradições maõris e repleta de imigrantes do oriente. Estruturada para o turismo, é palpável perceber a hospitalidade nos locais sempre bem sinalizados, centros de informações por todos os cantos, com pessoas sempre prontas a ajudar, caso você precise.

Relativamente novo, de tradição mais jovem que o Brasil, é considerado um dos países menos corruptos do planeta. Essa qualidade é refletida na sociedade como um todo, na sua autogestão, no cuidado com aquilo que é público (tanto pelo estado quanto pela população) e na eficiência dos serviços prestados. Diariamente, fomos testemunhas dessa proficiência com o bem comum, com as relações humanas; me parece que a educação lá não é apenas mais conhecimento, é também formadora de caráter e valores.

Não estou dizendo que injustiças não aconteceram durante a história da Nova Zelândia, nem que tudo são flores, mas não há dúvida de que se há solução para o Brasil, ela vem do investimento em educação.

Deixando a discussão sócio-política-cultural de lado, o mais gostoso foi que a gente deixou para programar tudo lá. Na verdade a gente tinha mais ou menos o mapa que queríamos percorrer, mas deixamos livre para aproveitar e parar quando gostássemos de algo e quiséssemos passar um tempo por aí. Como a gente estava com a “casa rodante”, a liberdade de parar em algum lugar bacana para parar e fazer o almoço, deixou o que já era perfeito, ainda melhor.

Foram muitos dias, e muito mais fotos. Fiz uma seleção que publico durante os próximos dias… Também trouxe receitas na mala, alguns ingredientes e, é claro, muitas idéias! Tô de volta!

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Croque-madame com tomates

Um misto que se transforma num brunch.

Certas combinações de tão simples e deliciosas, proporcionam uma sensação de conforto e alegria quando às experimentamos. Um bom sanduíche de croque-madame é assim. Uma espécie de misto quente que, quando incrementado com molho béchamel e um belo ovo frito por cima, transformam seu lanche num café em Paris…

Se preferir a versão sem o ovo frito, ele vira um croque-monsieur e não deixa nada a desejar. Eu que sou maníaca por ovos (caipira, sempre!), prefiro a versão feminina :D, e gosto de adicionar tomates também (croque-madame-provençal?)…

Croque-Madame Provençal

  • 02 fatias de pão de forma
  • 02 fatias de presunto
  • 02 fatias de queijo (tipo gruyère)
  • 08 tomates cereja
  • 01 ovo caipira
  • orégano, pimenta do reino e sal.

para o molho béchamel (versão com mostarda)

  • ½ xícara de leite
  • 25g de manteiga
  • 01 colher de sopa de mostarda dijon
  • ½ colher de sopa de farinha de trigo
  • noz moscada

Para preparar o molho béchamel, derreta a manteiga numa panela pequena e adicione aos poucos a farinha e cozinhe-a em fogo baixo, misturando sempre. Junte o leite e misture vigorosamente, por uns 2 ou 3 minutos até que o molho fique cremoso e engrosse. Apague o fogo e junte a mostarda (pode ser a dijon ou em sementes) e uma pitada de noz moscada.

A noz moscada, para mim, entra naquela categoria dos temperos super especiais que inserem magia no prato… São assim, a noz moscada, a pimenta rosa e a sálvia.

Numa frigideira, torre as duas fatias de pão. Quando estiver torrado de um lado, vire, e coloque uma fatia de presunto e queijo (se não quiser usar o gruyère, pode usar um gouda) em cada uma das torradas. Coloque o molho béchamel por cima e os tomates cortados. Tempere com orégano e um pouco de noz moscada. Tampe a frigideira até que derreta o queijo. Monte o sanduíche.

Frite um ovo na manteiga, e tempere com sal, pimenta do reino e orégano. Pronto!…

Coloque seu ovo por cima de tudo e… bon appétit!

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Lata decorada com washitape

Com Danny Bunny e A. Craft

Há algum tempo atrás, publiquei um post sobre como enfeitar um cabo elétrico com washitapes. Foi bacana, não apenas porque ele ficou lindo. Mas porque, através dele, conhecia a Liana do A.Craft, cuja loja foi onde adquiri os washis para o trabalho.

Quando a Liana viu o post, ela acabou conhecendo meu blog, e foi então que nossa história começou. Ela, gentilmente, me convidou para começar a colaborar e reproduzir alguns artigos no A.Craft e, desde então, tem sido assim. Mas levou um tempo até que a gente se conhecesse pessoalmente. Foi no aniversário da Danny Bunny, aqui em casa, que nos vimos pela primeira vez. Resolvemos marcar mais um encontrinho aqui, só que desta vez para um post sobre… adivinha? Idéias para decorar com washitapes!

A Liana fez um porta post-it (que ficou uma graça!) e a Dani, da Danny Bunny, um lápis todo decorado com os adesivos de arroz. Eu peguei umas latas de tomate que acabo sempre guardando em casa, e a enfeitei para usá-la como porta-coisas ou vasinhos. Uma idéia que eu vi no blog Me gusta o no me gusta, da Nadia Auton. E ficou uma belezinha! Confere a seguir!

Você vai precisar do seguinte material:

  • latas de alumínio vazias (as de tomate em lata são as melhores)
  • washitapes coloridos

Fácil demais, e a natureza agradece!

Para conferir como foi nossa tarde ensolarada e colorida entre amigas, veja o post das outras produções aqui!

Valeu meninas, adorei!

Fotos:diyd Luiza Melo

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Bolinhos de Chuva com bananas

Adoro ganhar presente atrasado. Você não espera nada e é surpreendida. Essa semana foi assim. A Dani Coelho, da Danny Bunny, me deu um livro da Rita Lobo, o Pitadas da Rita, de aniversário… Mas espere, não ligue agora, rsrs, um livro com dedicatória e autografado!… Explico: a Dani foi convidada pela Rita para o coquetel de lançamento do livro (chique!), e foi então que além de ter tido o prazer de conhecê-la, ela se lembrou de adquirir meu presente na ocasião! Que fofa!

O livro realmente está uma graça; as fotos estão lindas, uma separação por cromia muito simpática, temperada com ótimas dicas e receitas muito bem selecionadas. Nada mais justo, então, estrear o livro para comemorar um presente tão singelo, de uma amiga tão especial!

Bolinhos de chuva foram minha escolha, para uma tarde com clima de saudade. Quem não comeu bolinhos de chuva quando criança, não sabe o que é ser criança feliz em dia frio. Na versão do livro, a Rita usa doce de leite para o recheio. Como a minha mãe usava bananas, eu optei pela opção memória completa de infância, e fui feliz de novo!

Enquanto eu preparava os bolinhos, a Dani aproveitou para fazer um belo suco de maracujá, da trepadeira de casa.

Bolinhos de Chuva com bananas | versão adaptada do Pitadas da Rita

  • 01 ovo
  • ½ xícara de açúcar
  • 01 colher de sopa de manteiga em temperatura ambiente
  • 01 de colher de chá de sal
  • ½ colher de sopa de fermento em pó
  • ½ xícara de leite
  • 01 xícara de farinha de trigo (bem cheia)
  • Óleo de canola para fritar
  • Açúcar confeiteiro e canela em pó para polvilhar
  • de 04 a 05 bananas nanicas

Misture bem o ovo, açúcar, manteiga e o sal. Junte aos poucos a farinha e o leite, alternando e misturando sempre. O ponto da massa não pode ficar nem muito escorrido e nem muito embatumado (corrija com a farinha ou leite, se necessário). Coloque o fermento apenas na hora de fritar.

Esquente bem o óleo numa panela de fritura, em fogo alto. Quando estiver bem quente, abaixe o fogo. Corte a banana em pedaços pequenos com a mão mesmo, e passe pela massa, com uma colher.

Coloque com cuidado cada bolinha de banana com a massa para fritar, e com vá virando o bolinho para ele dourar por igual. Retire e seque num papel toalha. Sirva quente, polvilhado com açúcar e canela.

A banana fica meio derretida por dentro e fica simplesmente uma delícia.

O suco da Dani ficou divino, e se você quiser saber como ela fez (não, não é batido no liquidificador), confere aqui!

Dani, só você mesmo, para acertar tão em cheio meu coração!

Fotos: Dona da Casa! & Danny Bunny

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Sopa de Abóbora com sálvia e jamón

Quando conheci o livro da Katie, o Quando Katie Cozinha, automaticamente me apaixonei pela sua história. Ela se tornou minha ídola (sim, meus ídolos são estranhos!) e seu livro tornou-se minha bíblia. Recheado de fotos maravilhosas, inigualáveis a qualquer outro food stylist, seu livro é um ótimo presente para quem curte cozinhar ou está aprendendo (e um abre apetite para quem só gosta de comer).

Bom, isso tudo é só para falar que esta semana está pedindo sopa. O frio convida a gente à preparar um caldinho quente antes de dormir. Uma das minhas preferidas é de abóbora. Katie tem uma versão muito legal, e com algumas poucas modificações (a batata pelo inhame, por exemplo), a sopa continuou um arraso. A sálvia, tomilho e cominho no tempero, combinam maravilhosamente bem com a abóbora.

Novamente, fácil de fazer, para não perder o costume do qualquer um pode fazer essa receita. Vamos lá?

Sopa de abóbora com sávia e jamón | versão adaptada da Katie Quinn

para 2 pessoas

  • 01 cebola pequena
  • 250g de abóbora descascada e picada
  • 01 inhame descascado e cortado em pedaços grandes
  • 300ml de água fervente
  • ½ colher de chá de cominho em pó
  • algumas folhas de sávia, tomilho fresco e gengibre picado
  • 04 fatias de presunto de parma cru
  • sal, pimenta do reino e azeite

Refogue a cebola até ficar bem dourada. Junte a abóbora e o inhame. Se precisar, coloque um pouco de água para cozinhar os legumes, abaixe o fogo e cozinhe até que fiquem macios. Tempere com sal e pimenta do reino.

Quando der para espetá-los com um garfo, apague o fogo e passe os num liquidificador (que aguente altas temperaturas), ou passe o mixer (que também possa ser colocado em líquido quente!) até que vire um creme. Bata junto com a sálvia, tomilho e cominho.

Junte o restante da água e volte para a panela e deixe cozinhando por mais uns 15 minutos. Sirva com algumas fatias de presunto cru (não é necessário se quiser mantê-la veggie), pãozinho e, se quiser turbinar a sopa, um pouco de requeijão ou creme de leite. Deliciosamente quente!

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Torta extra dark de chocolate

Dias frios, cobertor e chocolate são quase um clichê. Em épocas de tpm, então, nem falar…  Movida pela variação hormonal, fui em busca da receita perfeita, peso-pesado na categoria cacau; algo como esta aqui top de torta de chocolate do blog da alemã Sabrina Sue.

Eu já expressei aqui o quanto aprecio receitas simples e fáceis, mas que agradam e surpreendem tanto pelo paladar, quanto pelo visual. Adoro navegar pela web e encontrar tais preciosidades. Essa sobremesa é assim.

A massa é feita de bolachas do tipo Negresco (ou Oreo), que a torna super escura. O recheio é feito de ganache do tipo mais fácil impossível, que o torna um coringa para tantas outras sobremesas. Já vi muita gente torcer o nariz para as massas feitas de biscoito… Para mim, particularmente, são uma mão na roda, aliados da praticidade e da preguiça, e não deixam a desejar no quesito sabor e textura.

A verdade é que eu não resisti e resolvi experimentá-la no mesmo dia… O resultado foi tão bom, daqueles que as pessoas ficam perguntando se foi você mesmo quem fez, começam a virar os olhinhos e a suspirar gemidos, e você fica parecendo que até sabe cozinhar… :D

Torta de chocolate extra dark | versão adaptada por Sabrina Sue

para a massa

  • 16 biscoitos tipo negresco ou oreo
  • 50g de manteiga derretida

para o recheio

  • 200ml de creme de leite
  • 200g de chocolate meio amargo

Processe os biscoitos (com recheio) no processador ou num liquidificador potente, até que virem farofa. Adicione a manteiga derretida e amasse até formar uma massa. Abra numa fôrma pequena redonda (até 20 cm de diâmetro). Você pode forrá-la com um papel filme se desejar desenformá-la. Leve a massa ao refrigerador por pelo menos 15 minutos.

Numa panela esquente o creme de leite até quase começar a ferver. Apague o fogo e junte o chocolate picado. Misture bem até derreter completamente e formar um creme homogêneo. Seu ganache está pronto (e delicioso). Preencha a massa com o creme e leve à geladeira por pelo menos umas 3 horas (às vezes precisa mais um pouco para ficar bem firme e consistente na hora de cortar!).

O ideal é deixar de um dia para outro para ficar bem firme.

 

Sirva com um copo de leite gelado, ou um chá quente, debaixo das cobertas. :)

Produção: Dona da Casa! Fotos: Luiza Melo

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Ragu de calabresa com ovos escalfados e vinho tinto

Receitas tradicionais, beirando a baixa gastronomia, também conhecidas como comida de boteco, são sempre extremamente saborosas. Generosas em suas porções e de alto teor calórico são ideais para os dias frios… Este ragu de calabresa com ovos escalfados, ou shakshuka com calabresa, se encaixa perfeitamente nesta categoria.

Quando vi esta receita publicada pela Panelinha, da Rita Lobo (em tempo, para mim, hoje, ela é nossa versão femina do Jamie Oliver, no melhor sentido; trazendo dicas para uma cozinha mais prática, e provando que não há desculpa para se comer mal por não saber cozinhar), me deu uma alegriazinha no coração, por me recordar desse prato que há anos não comia, e ser justamente o que eu queria comer!…

Em resumo, a shakshuka é um molho de tomates bem apimentado que você quebra um ovo por cima e deixa cozinhando. Nessa versão, o picante vem pela calabresa, mas se você preferir a versão veggie original, pode utilizar uma pimenta jalapeña no lugar dela (ui!) e alguma verdura como espinafre.

A facilidade e simplicidade desse prato deixa ele ainda mais perfeito. Servido com pãozinho, minha sugestão é que você acompanhe o prato de um belo vinho tinto.

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Shakshuka | Ragu de calabresa com ovos escalfados (versão adaptada do Panelinha)

  • 01 cebola média
  • 01 linguiça calabresa (cerca de 200g)
  • 01 lata de tomate pelado
  • 01 copo de vinho tinto
  • sal, azeite e pimenta do reino
  • 01 colher de sopa de açúcar
  • tempero (sugestão): orégano, erva doce, pimenta rosa, louro e alecrim
  • 02 ovos

Doure no fogo médio/alto a cebola no azeite (até que fique meio caramelizada) e junte a linguiça bem picadinha. Quando estiver bem dourada, junte o copo de vinho tinto. Dica: eu adoro abrir uma bebida enquanto cozinho. E se a receita pedir, eu aproveito para utilizá-la durante o cozimento. Neste caso, um vinho espanhol encorpado e picante (tempranillo) casou perfeitamente bem.

Acrescente os tomates e abaixe o fogo. Tempere com sal e pimenta a gosto. O açúcar é totalmente opcional, mas para mim, extremamente necessário. Ele quebra a acidez do tomate; eu gosto, inclusive, que o molho fique meio adocicado.

Para aromatizar, eu utilizei um pouco de orégano e de erva doce (que fica super bem com a linguiça), algumas folhas de louro, um raminho de alecrim e pimenta rosa… Uma amiga me dizia que existem alguns aromas e perfumes que parecem ter estrelas em sua composição, de tão especiais parecem até mágicos… a pimenta rosa é assim, extremamente aromática (não arde) e abre o paladar para os sabores! Que saudades, Bia!

Cozinhe de 15 a 20 minutos. Coloque os ovos (de preferência caipiras) bem devagarzinho sobre o molho e deixe cozinhando por mais uns 10 minutos, ou até que fiquem escalfados (com a gema mole de preferência!). Salpique sal, pimenta do reino e orégano sobre os ovos. Sirva acompanhado de uma baguete quentinha.

Sem palavras! Bon Appètit!

Produção e Edição: Dona da Casa! Fotos: Luiza Melo

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Aos 33, sonhando de olhos abertos

Neste final de semana, comemorei 33 anos. Junto com mais 3 mulheres que admiro muito, creio que astrologicamente, o céu conspira ao nosso favor. Completando a idade de cristo, percebo rastros da iluminação no meu caminho; a redenção deve vir no pacote.

Me lembro, quando criança, olhava adultos com mais de trinta e os definia como sabedores do que queriam na vida, a maturidade era proporcional ao número de contas e prestações a pagar no mês… Hoje, já passada dos trinta, há dias em que me agonio com as menores decisões a tomar sob minha responsabilidade, me atrapalho com as datas de vencimento de boletos e me sinto, por vezes, meio boba tentando conversar com minha gerente do banco a respeito da minha previdência social.

Os tempos mudaram, é claro. Meus pais aos trinta tinham uma visão de mundo mais estreita, com um script a se seguir mais simplificado e determinado (e certamente menos virtual) que a minha. Os papéis eram bem definidos e dificilmente se alterava esse roteiro. As gerações anteriores, então, nem contar. Imagino, se aos trinta, eles tiveram a mesma capacidade de sonhar que eu tenho. Penso naquele filme Foi apenas um Sonho, como a revelação de um sabor amargo dos ideais e valores pelos quais desejamos e ansiamos a seguir durante a vida, mas somos engolidos pela rotina massacrante do dia-a-dia.

A verdade é que a vida oscila, altos e baixos fazem parte das esferas profissionais, amorosas e familiares, nem por isso, se deve deixar de confiar na existência. Não existe melhor ou pior; existe o que É, sem julgamento. Sonhar, aos trinta e poucos, é uma forma de observar ideais e valores importantes para manter a sanidade mental, oxigenar a capacidade de criar oportunidades e estar um pouquinho perto do paraíso. Conta-se que Walt Disney ia para o telhado sonhar, sem limites e restrições, antes de passar pelo processo de concretizar seu fantástico mundo que hoje permeia grande parte dos sonhos infantis.

Então, aos trinta e três, sonhar de olhos abertos, é uma capacidade resiliente altamente positiva de meu caráter. A resiliência me permite, muitas vezes, buscar soluções baseadas em desejos tidos por alguns como insanos ou impossíveis, mas que me parecem cada vez mais reais e verdadeiros! Largar carreiras, viver no mato e gostar de banho gelado, são alguns exemplos que a capacidade de sonhar, fora da caixinha e sem limites, me permitiu realizar, para minha alegria!… Te convido a sonhar comigo, e a cantar: Parabéns, prá mim!

Foto: Dona da Casa!

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Você vive o seu sonho?

Já escrevi por aqui, algumas vezes, que não faz muito que aprendi a cozinhar, costurar, cuidar da casa, entre outros ofícios do lar. Não faz muito também que larguei meu emprego no mercado financeiro, e decidi começar a estudar em outra área. Uma conjunção de fatores e acontecimentos foram responsáveis pela minha decisão, mas a verdade, nua e crua, é a de que eu me sentia, realmente, infeliz no meu trabalho.

Veja bem, não me arrependo nem um pouco pela década investida na carreira de economista. Muito pelo contrário, a formação me proporcionou um conhecimento pragmático do funcionamento do mundo, uma visão crítica e abrangente que moldaram muito minha maneira de agir e pensar. O trabalho na área me possibilitou conhecer diversos de meus grandes amigos, ter a sorte de trabalhar com os melhores profissionais da área, muitos deles, professores.

Portanto, a mudança de carreira, creio eu, aconteceu na hora certa, depois de ter explorado todas as possibilidades profissionais como economista. Ter cursado uma segunda formação, dessa vez técnica, não teria sido tão bem aproveitada se tivesse sido feita 10 anos antes. Provavelmente, me desiludiria com mercado de trabalho e sua rotina, minhas inseguranças inversamente relacionadas à maturidade não me deixariam fluir tanto em minha criatividade, e, provavelmente, eu não daria o real valor ao que é ser uma designer.

Durante esse processo, me explorei em diversas outras áreas. Ser dona de casa, dj, escritora desse blog, aprendiz de tarot e astrologia, buscadora, entre outras tantas possibilidades, me fizeram entedender o quanto uma pessoa não é apenas aquilo que ela faz ou trabalha. Não é e não deve!

Buscar viver o sonho de me realizar num ofício foi o que me motivou a mudar minha vida, em primeira instância. Hoje, aos poucos, vou desenhando passo-a-passo meu trajeto, descobrindo que não apenas uma, mas diversas possibilidades estão ao meu dispor. E por fim, percebo, que não é apenas a realização pelo fazer, mas viver através de um valor tão importante para mim que é o da coragem é o que me possibilita viver esse sonho e me realizar de verdade.

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Copos de Pavlova com amoras

Nem toda sobremesa bonita e gostosa precisa de horas no fogão ou de destrezas de patisserie… Com alguns ingredientes chave na despensa ou guardados no congelador, requere-se apenas que você capriche na apresentação ou use de sua criatividade na hora montá-la.

Essa sobremesa é assim. Na verdade, se você quiser se dedicar a fundo, pode sim fazer melhor e assar seu próprio disco de merengue, até ele virar um suspiro perfeito. Eu confesso que já me aventurei algumas vezes e o resultado foi sempre uma decepção, depois de horas gastadas no forno. Isso não quer dizer que não vou continuar tentando, mas também é possível optar pela alternativa mais simples: a de comprar o suspiro pronto.

Na argentina, a pavlova, é bem comum. As confeitarias costumam vender discos grandes e médios de suspiro para você montar em casa a sua sobremesa. Minha sogra mesmo, me ensinou a receita com morangos ou pêssegos em lata. Aqui, é mais fácil você encontrar os suspiros em pacote, então, o jeito é fazer dessa forma aqui.

Pavlova de amoras cups

para 2 taças grandes

  • ½ pacote de suspiros

  • 2 colheres de sopa de geléia de frutas vermelhas

  • 1 xícara de amoras (pode ser das congeladas)

  • 1 copo de creme de leite batido (com pouco açúcar!)

Quebre os suspiros para a base, na taça a ser servida. coloque um pouco de amoras, depois geléia e por fim o creme batido. Vá fazendo camadas alternadas dos ingredientes, até finalizar com as amoras. Na verdade, você pode montar na ordem que quiser, se for servir dessa forma em copos.

O importante é você preparar na hora de servir, para que o suspiro não umedeça e perca a crocância. Voilà!

Produção e Edição: Dona da Casa!  Fotos: Luiza Melo

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Torta de espinafre com queijo feta

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Tenho fases de seriados, em que acompanho assistindo capítulos seguidos, de forma a acabar a temporada em poucos dias. É um jeito de me desligar do mundo completamente e conseguir me desconectar dos problemas rotineiros cansativos.

Ultimamente no entanto, meu ópio nas horas vagas tem sido uma fissura por programas culinários da GNTJamie OliverTempero de Família e Nigellasão meus preferidos, nesta ordem. Adoro vários outros, mas estes daí, eu boto para gravar no receptor de sinal, e assisto direto 4, 5 ou 6 programas seguidos. Muitos episódios são antigos, mas igualmente confortantes.

O que mais me fascina, além da própria cozinha, é o carisma dos apresentadores e cozinheiros. A simpatia, e a forma de confidenciar temperos com bobagens (no bom sentido) diante das câmeras entre uma cebola picada e um alho refogado, são para mim, o ingrediente infalível para o sucesso desses programas.

No Jamie’s 30 Minute Meals, aprendi uma receita fácil e bem gostosa. Mesmo com a substituição de alguns ingredientes, a torta de espinafre com queijo feta ficou deliciosa. Não precisa ser popeye para repetir o prato, e o queijo feta dá a sofisticação necessária para essa refeição com cara de preguiça. Quer aprender?

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Torta de espinafre com queijo feta | versão adaptada da receita de Jamie Oliver

  • 5 ovos
  • 300g de queijo feta
  • 150g de queijo parmesão ralado
  • 2 pacotes de espinafre
  • 30g de amêndoas picadas
  • 1 pacote de massa folhada
  • 2 colheres de sopa de manteiga
  • pedaço de papel manteiga (para cubrir uma fôrma)
  • temperos: sal, azeite, orégano, pimenta do reino, noz moscada, raspas de limão e alecrim

Junte num recipiente, os ovos, o queijo feta despedaçado, o parmesão ralado, as amêndoas, sal, pimenta e o orégano. Não precisa misturar muito, para não desmanchar demais os ovos.

Numa frigideira, refogue o espinafre em azeite e fogo alto, uns 2 minutos até que esteje murcho. Tempere com noz moscada, sal, pimenta, raspas de limão e coloque a manteiga.

Amasse o papel manteiga e molhe-o, abra sobre uma superfície. Coloque azeite e sal e espalhe sobre o papel. Abra a massa sobre o papel untado e cubra sobre uma fôrma.

Junte o espinafre à mistura de queijos e ovos e jogue sobre a massa. Polvilhe queijo ralado (eu coloquei uns pedaços de queijo mussarela fatiados que tinha na geladeira), feche a torta com a massa, e coloque alecrim sobre a torta.

Pode esquentar no fogo alto por uns 2 minutos antes de levar ao forno pré-aquecido, 200 graus. Asse por uns 20 minutos ou até que a massa esteja dourada!

Ridiculously good!

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