Bolo de laranja com doce de leite e morangos
Para comemorar meus 36 anos.
Quando completei 36 anos na quarta-feira, não tive muita vontade de celebrar. Ando cansada, um pouco desanimada, e com pouca inspiração. Reconheço que meu processo criativo funciona em fases, nem sempre previsíveis, mas já me acostumei a respeitar as faltas em mim. Mesmo com o aniversário intercalando esse período, nem isso foi o suficiente para levantar meu ânimo.
Há uma camada em mim, ainda em formação, essa que envolve trabalhar com afinco, realizar tarefas cotidianas, lidar com frustrações, em ritmo cadenciado e estável. Respeitar o próprio ritmo, sem se sobrepassar intermitentemente. Eu preciso de pausas, eu preciso estar sozinha, eu preciso fotografar, estar entre flores e livros de receita. Sem isso, não há meditação, não há inspiração, não há vontade de celebrar a vida. E eu ainda estou aprendendo a sustentar essa camada, tão frágil e tão preciosa.
Além da sutileza das camadas internas, a delirante onda das delações premiadas - que vêm desnudando a podridão do corpo político do nosso país, premiando empresários inescrupulosos e ganâncias sem limites, cujo intento de tanto dinheiro é nada menos que comprar poder sobre poder - tem consumido a fé de qualquer alma que vague sobre a terra. Há desânimo, há uma carga de culpa, há um a sensação de impotência, num país que cria burocracia, para vender privilégios. Num país que defende o livre mercado seletivo ou assistencialismo de araque. Feito de coxinhas e mortadelas. É preciso dizer #foratemer mais do que nunca.
O final de semana chegou, entrei na minha toca e renovei minhas forças, a.k.a., dormi feito bela adormecida. Abri o livro de bolos da Linda Lomelino, e me pareceu justo comemorar o aniversário adequadamente. Encontrei a receita perfeita, um bolo de laranja, recheado com doce de leite. Complementei com morangos e um pouco de licor para dar frescor. Algumas rosas para encantar a produção. Bolo fofinho, perfumado e delicioso. Parabéns para mim!
Já dizia meu orientador, durante minha graduação em Economia, que não haverá diminuição da desigualdade e fim dos privilégios nesse país, até que filhos de ricos e pobres estudem na mesma escola e tenham as mesmas oportunidades. E acho que isso pode se estender da educação para saúde, segurança e até ao sistema penitenciário.
Assisti ao filme/documentário de Michael Moore, O Invasor Americano - tem no Netflix - e fica claro que é a partir da educação e pelo respeito à dignidade de qualquer ser humano (livre de preconceitos e crenças morais), que encontraremos a única resposta para qualquer problema social-econômico-político. A revolução social é individual. E não inclui apontar o dedo na cara do outro.
Vale ainda duas indicações de cinema, rondando o tema, Lion e Uma Boa Mentira. Dois filmes sensíveis e justos, com ótimas atuações.
Bolo de laranja com doce de leite e morangos | Receita adaptada do livro Lomelino's Cakes
para a massa
- 03 gemas
- 04 claras
- 3/4 xícaras de farinha de trigo
- 1 e 1/2 colher de chá de maisena
- 1/2 xícara + 1/4 xícara de açúcar
- 1 e 1/2 colher de sopa de fermento em pó
- pitada de sal
- 04 colheres de sopa de óleo de girassol
- raspas de uma laranja
- 04 colheres de sopa de suco de laranja
- 01 colher de sopa de licor rede laranja
- 01 colher de chá de açúcar de baunilha (ou extrato de baunilha)
para recheio e cobertura
- 01 xícara de creme de leite fresco
- 250g de doce de leite (argentino de preferência)
- 150g de morangos
- 02 colheres de sopa de açúcar
- 02 colheres de sopa de licor de laranja
- rosas secas para decorar
Modo de Preparo
para a massa
Misture os ingredientes secos numa vasilha: a farinha, maisena, 1/2 xícara de açúcar, fermento e sal. Em outra, junte as gemas, óleo, raspas, suco e licor de laranja e misture. Adicione os ingredientes secos, misturando pouco, apenas para uniformizar a massa. Junte a baunilha. Bata as claras em neve e quando formarem picos, adicione aos poucos o restante do açúcar, até virar um merengue com picos duros. Junte o merengue aos poucos à massa, misturando com delicadeza, até virar uma massa leve.
Despeje sobre duas fôrmas redondas, com fundo removível (15cm de diâmetro) - detalhe: não untadas. Leve ao forno pré-aquecido a 165 graus e deixe assar por aproximadamente 1 hora, ou até que a massa esteja dourada e cozida. Vire os bolos ainda quentes num aparador de arame, para que esfriem, mas não desenforme ainda. A massa vai se soltando aos poucos da assadeira. Quando já estiver frio, desenforme (pode raspar os cantos com uma ajuda de uma faca, se precisar.
para o recheio
Bata o creme de leite, até virar chantily (cuidado para não bater demais e virar manteiga). Junte o doce de leite e misture bem. Reserve na geladeira.
Pique os morangos. Adicione as colheres de açúcar e o licor. Misture e reserve também. Quando estiverem macios, escorra-os.
para o bolo
Quando a massa estiver fria, corte-as na metade, para montar um bolo de 4 camadas. Monte o bolo da seguinte forma: massa, creme, morangos; massa, creme, morangos; massa, creme morangos; e massa. Cubra o bolo com o restante do creme. Decore com rosas e morangos inteiros. Deixe na geladeira por algumas horas antes de servir.
Sambayón
ovos, açúcar e vinho do porto.
Ovos, açúcar refinado, vinho do porto. Uma pitada de sal para ajustar o paladar. Braço forte e um pouco de destreza para bater as gemas, em banho maria, até espessar. Eu procurei receitas argentinas, italianas, e até assisti videos. São muitas versões e receitas para a mesma sobremesa. Não foi fácil eleger uma. Tentei a versão da D. Petroña, guru da minha sogra, uma espécie de Julia Child argentina. Confesso que ela me convenceu quando vi que as medidas dos ingredientes eram contadas em "cascas de ovos". Meu lado bobo comemorou essa hora, e eu tive que experimentar como era isso.
O resultado, entretanto, não foi bem o que se esperava de um sambayón. Virou uma espécie de calda, que se desfez toda. Ficou gostoso, quase como uma bebida, uma gemada com vinho. Eu adorei o resultado errado (o pessoal aqui de casa também). Mas enfim, como lembrou meu marido, ao final, "isso não é um sambayón". - deixo claro que, muito provavelmente, fui eu quem errou durante o processo, não sei bem se as "cascas" me confundiram, ou errei algo no processo em si. Não culpe a D. Petroña por isso!
E eu tive que recomeçar, dessa vez, com outra receita, mensurando prolixamente os ingredientes e refazendo passo-a-passo o processo de forma tradicional. A receita em si é fácil. Você só tem que encontrar o ponto certo das gemas batidas e semi cozidas. Quase um merengue de gemas. Acredito que a consistência é um tema em discussão; há quem goste mais mole, e há quem goste com uma consistência de mousse. Há quem goste com mais vinho (eu!). Requer mais paciência e um pouco de fé, mais do que prática. Um bom vinho do porto também contribui para o sucesso do resultado final.
Eu provei pela primeira vez essa receita na Argentina, na casa da minha sogra. Não tinha sido ela quem preparara na ocasião, mas Gabriel. Ele usara um marsala que havia na despensa e ovos inteiros ao invés de só gemas. Mergulhamos os biscoitos no creme e curtimos o inverno. Se tem uma coisa que eles sabem fazer na Argentina, é curtir o frio de uma forma tão aconchegante como tem que ser.
Com o outono nublado na janela, temperatura caindo e vento frio nas canelas, não vejo outra alternativa além de colocar meias grossas nos pés, uma coberta nos joelhos, e servir um sambayón quente com biscoito de maizena, ao lado da lareira. Sim, acende o fogo, que eu adoro o frio.
Pode guardar a sobremesa na geladeira também e comer gelada, fica deliciosa.
O trabalho tem sido corrido e eu mal tenho tido tempo para fotografar, cozinhar, e ficar quietinha como eu gosto. Note, que isso não é uma reclamação, eu pressinto uma boa onda trazendo movimento para a vida. Tenho me ocupado de tarefas e de gente; ainda vou escrever sobre isso, sobre esse ponto da vida em que tenho me encontrado. Ele é estranho, e desafiador, quando eu bem orava por silêncio e tranquilidade, tantas coisas têm demandado minha presença e meu tempo. Lá do outro lado do meu rio, a reforma no sítio está em andamento, e eu tenho reformado minha vida junto. São tantas dúvidas e questões tão longe de respostas, e eu aqui sem tempo para sonhar. Mas a vida tem sido sonho mesmo assim, desses que a gente vive meio acordado, engatando um sonho atrás do outro, às vezes meio pesadelo, mas é sonho no final e faz sentido mesmo sem fazer.
Assisti dois filmes no final de semana anterior, que fiquei com vontade de de indicar por aqui, se é que você ainda não assistiu. O primeiro é o Miss Sloane, com a maravilhosa Jessica Chastain, que ganhou o Globo de Ouro por sua atuação. A verdade é que só a sua atuação já valeria o filme, mas além de tudo, o roteiro e trama são intrigantes do começo ao fim.
O segundo é um drama, daqueles que você tem que preparar a caixa de lenço e repetir para si mesmo ao final do filme, "calma, isso é apenas um filme". A Luz Entre Oceanos tem uma fotografia e figurino lindos, uma história triste, mas bonita, e com atores que adoro: o casal Alicia Vikander e Fassbender, e Rachel Weisz.
Sambayón
serve 03 taças
- 05 gemas pequenas
- 1/4 xícara de açúcar cristal
- 1/3 xícara de vinho do porto
- pitada de sal
- nozes pecã
- biscoitos waffle, maisena, amaretti ou champagne para acompanhar
Coloque as gemas, o açúcar e o sal numa vasilha redonda de vidro e bata com um fouet. Leve a tigela ao fogo baixo em banho maria e comece a bater bem até que o creme espesse. Adicione o vinho aos poucos e continue batendo bem. A mistura deve dobrar o volume, o açúcar vai dar brilho ao creme e você deve tirar do fogo quando ainda estiver liso, mas espesso.
Despeje em taças para porções individuais. Se quiser servir apenas num recipiente, transfira a mistura, pois a tigela quente da preparação pode continuar a cozinhar o sambayón e ressecá-lo. Quebre nozes grosseiramente sobre o creme. Sirva ainda quente ou morno com os biscoitos.
Torta de Pomelo
Cor-de-rosa e inspiração em SP.
Cor-de-rosa e pomelos.
Passei as últimas duas semanas em São Paulo, com a inspiração rasa. Falta meditação e silêncio na cidade de torres de concreto, por vezes me falta ar para respirar. Me sinto cansada, tenho menos vontade de fazer coisas cotidianas e meu dia se torna mais enfadonho e feio. Fico mais mau-humorada que o usual, angustiada e desanimada. O ciclo da falta de inspiração se retroalimenta, numa ciranda caótica. Não digo que essa cidade é responsável pelos males da minha vida, nem repito que não exista amor em essepê. Mas tem ficado claro, para mim, que parte do que sou cada dia combina menos com seu ritmo, me sinto cada dia menos em casa e mais descompassada de seu labirinto místico, onde os grafites não gritam mais.
Minha casa em São Paulo, com a transição para Minas em curso, começou a adquirir uma cara de abandono. Caixas espalhadas pelos cantos. Alguns desleixos que passam quase desapercebidos - uma lâmpada queimada no corredor, uma parede descascada amarelando, um armário esquecido entulhado, a colcha velha rasgada sobre o sofá - mas que no conjunto da obra, te fazem querer desviar o olhar. Tudo isso vai envenenando aos poucos a alma, empoeirando qualquer entusiasmo e enferrujando o pobre coração.
Decidi fazer uma faxina (ainda não finalizada) nos armários, limpei, doei e joguei muita coisa guardada. Encontrei coisas esquecidas e bonitas, como tecidos comprados para festas que não aconteceram, para almofadas que não foram costuradas; designei novos destinos para eles. E nessas horas, eu pareço uma detetive na minha própria casa, investigando gavetas e caixas, pastas e livros, procurando o que não sei, e encontrando o que não tinha a menor idéia que habitava a mesma casa que eu.
A faxina resgatou algo esquecido dentro de mim: a sensação de que muitas coisas dependem apenas do nosso esforço para que se tornem agradáveis. Talvez não agradável o suficiente para me fazer mudar de idéia sobre ir morar em outro lugar, mas pelo menos de me sentir inspirada a movimentar a vida com esperança, leveza e alegria.
Quando encontrei o pano cor-de-rosa no armário, vi uma toalha de mesa que há tempos eu buscava. Quando encontrei o pacote de chocolina (biscoito de chocolate argentino) na despensa, pensei numa torta para brilhar na tarde calorosa de verão. Corri para o supermercado e, para a minha surpresa, havia pomelos. Não tive dúvidas, ia inventar uma receita de torta com base de chocolate, recheio de baunilha e pomelo. Bem leve e com gelatina, para combinar com o fim do verão.
Montei a mesa, cortei os gomos. Cozinhei e fotografei. Me senti com a inspiração renovada e novamente em casa. Encerrar ciclos, sem o movimento do abandono, pode ser gratificante e libertador. É trabalhoso e algo a ser amadurecido dentro de mim. Não é fácil manter duas casas, e a transição, às vezes, dá uma cara de vida cigana, que é uma tortura para uma taurina, como eu. Mas enxergar privilégios na vida ordinária, é minha grande qualidade, e meu maior ativo.
Como no cor-de-rosa e pomelos: eu vejo amor e inspiração.
Torta de Pomelo
para a massa
- 100g de biscoito de maisena
- 100g de biscoito de chocolate
- 100g de manteiga com sal derretida
para o recheio branco
- 01 xícara de creme de leite
- 01 colher de sopa de extrato de baunilha
- 02 colheres de sopa de açúcar refinado
- 01 colheres de sopa de gelatina em pó sem sabor
- 05 colheres de água fria
para a cobertura de pomelo
- 02 xícaras de suco de pomelo (01 e 1/2 pomelos grandes)
- 02 colheres de sopa de gelatina em pó sem sabor
- 02 colheres de sopa de açúcar refinado
para a decoração
- 02 pomelos
- açúcar demerara
Modo de preparo
para a massa
Quebre os biscoitos e bata num liquidificador ou processador até virar uma farofa. Misture a manteiga até ficar com uma consistência maleável e abra numa fôrma redonda de 28 cm de diâmetro, com fundo removível. Espete com um garfo por toda superfície da torta. Leve para assar à 200C graus por uns 10 minutos, ou até a massa dar uma secada. Deixe esfriar.
para o recheio branco
Dissolva a gelatina numa panela com a água fria e deixe por uns 3 minutos. Leve ao fogo baixo até derreter e dissolver por completo. Junte o açúcar, e misture até dissolver também. Bata num liquidificador o creme de leite, extrato de baunilha e acrescente a gelatina. Bata bem por uns 3 minutos. Despeje sobre a massa da torta e leve à geladeira por 1h30 ou até que fique firme.
para a cobertura de pomelo
Coloque o suco numa panela com a gelatina e o açúcar. Leve ao fogo baixo e misture até dissolver por completo. Espere esfriar e despeje sobre a torta. Leve à geladeira por mais uma hora, ou até que a gelatina fique firme.
Para decorar, descasque os pomelos e corte em gomos. Disponha sobre a torta, use sua criatividade.
Bolo de amêndoas perfumado com ganache de chocolate branco
Sempre tive dificuldades com acordar cedo. Se um dia o destino da humanidade depender de eu ter que ver o sol nascer, oremos. No topo da minha lista de invejas, estão pessoas matinais, que não apenas apreciam a manhã, despertam com bom humor, são produtivas ao pular da cama, com atividades que incluem exercícios físicos, muita transpiração e até raciocínio lógico.
Desde que vim morar aqui na Serra, não tenho acordado com as galinhas, mas há um prazer latente em levantar mais cedo, caminhar descalça pela grama úmida do orvalho fresco; de sentir o chão de pedras morno do sol ainda tímido da manhã. É uma vontade renovada todos os dias, o de tentar despertar cada dia um pouquinho antes e de ter alguns minutos a mais para testemunhar a movimentação soberana do sol.
Os fins de tarde também têm algo de especial, e eu pretendo deixar esses momentos reservados eternamente, para que nenhum outro compromisso possa me fazer perder a graça de não se fazer nada durante o entardecer. No máximo, passar um café, para ficar com a xícara quente entre as mãos, como se abraçasse o mundo entre meus dedos.
Há algo na transição do dia para noite, ou da noite para o dia, que os torna sagrados, como se em algum lugar o feitiço de Áquila não tivesse sido quebrado. Há uma prece implícita nesses momentos, há disciplina no caos da natureza, e os grilos parecem saber, pois sua sinfonia se inicia todos os dias no mesmo horário, assim como os pássaros que começam e terminam seu dia também durante essa transição, sem nunca se cansar. Luzes difusas, céu de Monet, sombras que se movimentam organicamente pela casa, nuvens que riscam o céu de baunilha.
A verdade é que cada dia eu quero mais, eu me alimento da poesia do verde que inunda meus olhos, eu respiro o som violento do rio que corre ao lado de casa. Eu me curo todos os dias um pouco da saudade, que eu nem sabia que sentia tanto, de me sentar no chão, na beira da entrada de casa, sentindo o ar gelado da Serra cobrir meu rosto, e de reverenciar aquilo que não começou e nem deve terminar com a gente.
Não é que eu me sinta inspirada, isso é irrelevante ao lado de tanta magnificência. Eu me sinto completamente tomada por esse lugar e eu pretendo me lembrar todos os dias disso, se é que algum dia eu precise dessa lembrança. Uma tarde dessas, vasculhei a geladeira e peguei o frasco de geléia caseira de morangos que estava lá. Triturei amêndoas. Selecionei outros ingredientes, elegidos pelo seu aroma, textura, ou cor. Derreti o melhor chocolate branco que tinha em casa e terminei o dia com a sofisticação necessária para fazer jus ao espetáculo despretensioso que acontece diariamente aqui no meio da Serra da Mantiqueira.
Bolo de amêndoas perfumado com ganache de chocolate branco
para o bolo
- 01 xícara de amêndoas trituradas
- 02 xícaras de farinha
- 3/4 de xícara de açúcar demerara
- 02 colheres de chá de fermento
- 03 ovos
- 01 xícara de suco de laranja
- 125g de manteiga com sal amolecida
- 02 colheres de chá de canela em pó
- 01 colher de sopa de extrato de baunilha
- raspas de 01 laranja
para o recheio
- 200g de geléia de morangos ou frutas vermelhas
- 100 ml de creme de leite
para a cobertura
- 200g de chocolate branco
- 100 ml de creme de leite
Modo de Preparo
Misture os ingredientes secos: farinhas, açúcar, fermento, canela e raspas de laranja. Em outra vasilha, misture a manteiga, os ovos batidos, o extrato de baunilha e o suco morno. Adicione aos poucos os ingredientes secos à mistura, e mescle até a massa ficar homogênea. Divida em duas assadeiras redondas de aproximadamente 18cmd e diâmetro untadas com manteiga e farinha. Leve ao forno pré-aquecido a 180 C graus, e asse por 45 minutos ou até que a massa esteja cozida. Deixe esfriar e desenforme-os frios.
Para o recheio, misture a geléia com o creme. Espalhe sobre uma das massas quando já fria e monte o bolo.
Para o ganache, derreta o chocolate branco e adicione o creme de leite. Deixe esfriar, até ficar consistente. Despeje sobre o bolo.
Bolinhos de banana com cardamomo
Feliz ano novo, vida nova.
Amo finais de ano. Mas tenho dificuldade com os inícios. Na verdade, tenho dificuldade de começar qualquer coisa. Minha vontade é de ficar olhando para o papel imaculado, eternamente. E adiar o quanto posso o encontro do lápis com a folha em branco. Na minha cabeça, as possibilidades são infinitas e perfeitas, a realidade será sempre um esboço das imagens platônicas dentro de mim.
As expectativas criadas pelo tempo zerado no calendário são como páginas em branco de um revigorante vazio, e seu espaço infinitamente possível, tão bem descrito por Rubem Alves. A sensação é de que só com o melhor é que se poderia preencher essa lacuna tão perfeitamente vazia. Aos poucos, a transição de vida, sincronizada com a virada do ano, acontece aqui na casinha nova na Serra. Rodeada de uma beleza tão singela, o mundo parece outro, dentro de mim, virando a página para um álbum completamente desconhecido até aqui.
O ano começa junto com um começo de vida. Não há pressa, no entanto. Há tanta vida em volta de mim, que não há necessidade de esforço.
Uma tranquilidade pacífica inunda o ritmo do meu dia-a-dia, e é nessa toada que eu pretendo levar o resto do ano. Há otimismo, há uma alegria silenciosa e discreta. Não quero desafinar essa sonata, ou minissonata, o tempo que ela dure. Quero que o som de chuva misturado com o do rio que corre atrás da casa, e o cheiro de lenha queimando no fim da tarde sejam o pano de fundo do meu cotidiano daqui para frente. Sair para colher margaridas silvestres, dálias vermelhas, lírios rosados, pela estradinha do terreno aqui do sítio, entre a chuva que vai e vem, num céu nublado de verão. Catar galhos de pessegueiros pelo caminho. Assar um bolo com os ingredientes da despensa, cobri-lo com mel das abelhas aqui do sítio. Pequenos luxos do dia-a-dia.
Tinha um pacote de cardamomo esquecido no fundo do armário. Decidi fazer um bolo com a banana que passava na fruteira. Enquanto assava, fazia os arranjos com as margaridas e dálias que trouxe do mato. A chuva apertou, fechei as janelas, e a casa ficou com cheiro de bolo assando, misturado com o perfume do cardamomo. Esse momento, com certeza, justificou toda uma vida.
"Senti que o tempo é apenas um fio. Nesse fio vão se enredando todas as experiências de beleza e de amor pelas quais passamos. "Aquilo que a memória amou fica eterno."
Um pôr-do-sol, uma carta que se recebe de um amigo, um único olhar de uma pessoa amada, o abraço de um filho. Houve muitos momentos em minha vida, de tanta beleza, que eu disse para mim mesmo: "Valeu a pena eu ter vivido toda a minha vida para viver esse único momento."
Há momentos efêmeros que justificam toda uma vida."
- Rubem Alves, Concerto para corpo e alma
Bolinhos de Banana com Cardamomo
10 bolinhos
- 03 ovos
- 1/2 xícara de leite
- 1/2 xícara de óleo de milho
- 04 colheres de sopa de açúcar
- 01 xícara de farinha
- 02 colheres de chá de fermento em pó
- 02 bananas maçã (ou 01 banana nanica)
- 03 bagas de cardamomo
- mel para cobrir
Bata os ovos, óleo, leite e o açúcar até ficar homogêneo. Amasse as bananas e junte à mistura. Adicione a farinha, fermento e as sementes dos cardamomos (descasque e só jogue as sementinhas). Misture delicadamente. Coloque nas forminhas de bolinhos, untadas com manteiga e farinha. Asse em forno pré-aquecido a 180 C graus, por uns 45 minutos ou até que os bolinhos estejam dourados e cozidos.
Desenforme morno. Sirva com mel se gostar.
Cookies salgados de Earl Grey com Chocolate Branco
Em clima de Natal
É clima de Natal. Mas o post aqui ia sair meio enfurecido, mal humorado e de tpm. Falta pouco para o final de semana de confraternização, amor e paz. Mas remar até aqui não foi um pedaço de bolo de chocolate. Há algumas semanas, venho alternando meu humor, me equilibrando na corda fina da cordialidade, enfrentando a estupidez das formas humanas de desprezo pela vida. Mas o Natal se aproxima, e eu achei melhor deixar as histórias tristes para depois.
Já na Argentina, na casa do meu cunhado, penso que este ano foi excepcional, em tantos sentidos para mim. Há um saudosismo misto, alegria e tristeza ao mesmo tempo, a constatação de que o tempo passa, algumas coisas não voltam mais, algumas pessoas ficaram para trás, mesmo que esse não fosse o desejo inicial. Outras estarão sempre ao seu lado, não importa o quê, e muita gente nova e boa entrando na nossa vida, provando que ela ainda vale a pena.
Então, para não fazer diferente de tantas outras vezes, deletei todo o post original, aquela queixa destilada e decidi mudar o tom. Porque sim, coisas muito tristes aconteceram este ano, momentos de angústia e inconformismo, mas entre mortos e feridos, chuvas de flores coloridas, um amadurecimento interno da minha condição humana, e um ano de mais ganhos que perdas, com certeza, brindaram meu 2016.
Para fechar o ano, ou quase fechar, pois espero conseguir postar mais uma vez antes dele terminar, uma receita invenção minha, coisa rara por aqui, eu que geralmente adapto receitas, compartilho algumas de família e dificilmente me meto a inventar coisas do zero. É raro hoje em dia dizer-se autor de algo novo, é só digitar na internet "receita de bolo de chocolate sem glútem com calda de goiaba e aipim" e você encontrará dezenas de versões, algumas até se dizendo tradicionais de família. Mas enfim, tempos modernos.
Então, aqui vai meu presente de Natal para você, que me acompanhou durante esse ano, dos meus mimimis às declarações de amor, entre receitas e fotos. Receita de cookies salgados de Earl Grey, com chocolate branco. Use um chá bom, pois o aroma do Earl Grey vai inundar sua casa. Para o chocolate branco, não economiza, usa um Lindt, e ponto final.
Um feliz natal!
Cookies Salgados de Earl Grey com Chocolate Branco
12 unidades
100g de manteiga com sal amolecida
03 colheres de sopa de açúcar
.3/4 de copo de farinha de trigo
pitada de sal
1/2 colher de sopa de bicarbonato de sódio
01 colher de chá de earl grey
150g de chocolate branco lindt
Modo de Preparo
Bata a manteiga com o açúcar até virar um creme fofo, por uns 3 minutos. Mescle a farinha, sal e o bicarbonato em outro recipiente e adicione ao creme e misture. Junte o chá. Faça bolinhas e disponha sobre uma fôrma coberta com papel manteiga, e mantenha as bolinhas espaçadas entre si. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus, e asse os biscoitos por aproximadamente 15 minutos, ou atè que estejam cozidos. Retire do forno e deixe esfriar.
Derreta o chocolate branco em banho maria. Mergulhe os cookies no chocolate derretido (eu mergulhei só metade dele pela estética, mas me arrependi, e pode mergulhar ele inteiro, porque vai ficar mais gostoso ainda, já que o biscoito é salgado) e disponha numa travessa forrada com papel manteiga. Leve à geladeira para endurecer.
Bolo de Iogurte e limão
Fiquei devendo essa receita. Na verdade, este post, porque a receita já está publicada faz alguns anos por aqui. Um bolinho de iogurte e limão, com um perfume de baunilha que invade a casa enquanto assa, leva calda de açúcar, te convida para um chá numa mesa bem posta, com direito a flores e porcelanas.
O bolo em si é uma inspiração. Tem sabor de conforto e aconchego. Gosto de fazer, quando sinto coisas boas dentro de mim, quando quero agradar meu paladar, quando quero compartilhar meu amor com alguém. Gosto de fazer quando estou com preguiça, quando ando pouco inspirada, quando as idéias estão rasas. Porque ele completa o quadro, encerra o assunto e não deixa dúvidas. Por si só, ele basta, completa e transborda.
Bolo de Iogurte com Limão
- 180g de manteiga sem sal
- 01 xícara de açúcar cristal (demerara)
- 03 ovos
- 03 limões
- pitada de sal
- 02 xícaras de farinha de trigo
- 1/2 colher de chá de fermento em pó
- 01 copinho de iogurte
- 1/2 favo de baunilha
- 01 xícara de açúcar confeiteiro para a calda
Modo de preparo
Bata a manteiga (à temperatura ambiente) com o açúcar por aproximadamente 5 minutos, até que fique um creme esbranquiçado. Junte os ovos (um por um, batendo bem após cada um), as raspas dos 3 limões e a pitada de sal.
Numa outra tigela misture o iogurte, o suco de 02 limões e as sementinhas da baunilha. Neste caso, eu recomendo muito que se utilize a baunilha em favo pelo sabor Mas se não tiver, utilize um extrato bom.
Em outra tigela, peneire os secos: a farinha e o fermento. Vá adicionando, aos ingredientes batidos, a mistura líquida do iogurte com o suco do limão, alternando com a mistura seca da farinha, finalizando com a parte seca. Bater bem.
Despeje numa forma untada com manteiga e farinha, e coloque para assar por aproximadamente 50 minutos, num forno pré-aquecido a 180 graus, ou até que o bolo esteja cozido.
Depois de desenformado e frio, você pode jogar uma calda feita com o suco de limão (01 é suficiente) mais 01 xícara de açúcar confeiteiro. Misture bem, numa tigela em banho maria, até que vire uma calda. Jogue por cima do bolo frio.
Muffins de Chocolate com Calda de Caramelo Salgado
A inspiração acontece em ondas, nem sempre tão favoráveis e frequentes quanto a gente gostaria. Às vezes é preciso um gatilho, um livro, um acontecimento, ou uma paisagem florida para desencadear a imaginação. E nem sempre é certo de que juntar alguns ingredientes vai dar em algo. Muitas vezes só piora, angustia e a gente se sente ainda mais vazio, como um bolo murcho, seco e embatumado.
Outras vezes a gente se cansa da gente mesmo, enjoa, e começa a duvidar de tudo o que foi feito até aqui, e dá um bode danado. Esse desdém também vem como uma onda, uma maré baixa, e tem o seu valor. É nesse inconformismo misto de resignação, que me afasto e dou um passo para trás. Vejo as imperfeições com mais nitidez, a foto desfocada, a paleta inteira de cores.
Dá o espaço necessário para que o descontento se transforme em criatividade, ou pelo menos, em aprendizado. E nesse estado de ânimo, eu me reconheço. Eu conheço muito bem em mim esse recolhimento, esse se aninhar para dentro. É como carregar a bateria na tomada, ficar um tempo lá, sozinha e quieta.
Acho que foram tantas notícias boas no último mês, tantas mudanças não-programadas que ocuparam meus pensamentos, que acabei por ficar rasa, sem querer mais nada. E quero ficar assim por um tempo, de molho, só com o dia-a-dia, que já é o bastante.
Logo mais, sem que eu menos espere, sei que vem lua cheia. É nesse momento, que é preciso só uma xícara de café, para acordar as sensações e a avalanche vêm maior do que meu baldinho é capaz de se preencher. Por enquanto, me deixa quieta, que é desse silêncio que eu mais gosto.
"O silêncio é a gente mesmo demais."
- Guimarães Rosa
Esses muffins são uma receita do blog Call Me Cupcake da Linda Lomelino, minha musa inspiradora. Minhas habilidades confeiteiras ainda não estão lá essas coisas, mas esses bolinhos ficaram a coisa mais linda e gostosa. As massas de muffins são mais pesadas, mas o creme batido e o caramelo salgado fazem o combo perfeito para uma tarde fria de primavera preguiçosa de chuva fina.
Esse chocolate da foto é da Raros Fazedores de Chocolate e eu descobri recentemente na Calor, feira de alimentos artesanais de produtores pequenos e locais - eu tive o prazer de participar da feira, ajudando minha querida amiga Elke Noda que simplesmente arrasou com suas tábuas e outras coisinhas em madeira. - Os chocolates são feitos exclusivamente de cacau, sem aromatizantes ou conservantes. Também não levam leite. São uma delícia. E as embalagens são as mais lindas do planeta.
Muffins de Chocolate com Creme Batido e Calda de Caramelo Salgado | Receita adaptada de Linda Lomelino
12 unidades
- para os bolinhos -
- 02 xícaras de farinha
- ¾ xícara de cacau em pó
- 01 colher de sopa de fermento
- pitada de sal
- 01 xícara de açúcar granulado
- 100 g de manteiga derretida
- 01 xícara de creme de leite
- 03 ovos
- 2 bananas bem maduras
- 150 g de chocolate 70% cacau
- para o creme batido -
- 250 ml de creme de leite fresco
- 02 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro
- para o caramelo salgado -
- 1/3 xícara de açúcar granulado
- 04 colheres de sopa de leite
- 02 colheres de sopa de rum
- 25g de manteiga
- pitada de sal
Modo de Preparo
- para os bolinhos -
Junte a farinha, cacau em pó, fermento e o sal numa vasilha e misture. Num liquidificador bata a manteiga derretida, ovos, creme de leite, o açúcar e as bananas picadas até que fique homogêneo. Despeje numa vasilha. Vá adicionando aos poucos a mistura dos secos à massa batida. Junte metade do chocolate picado e misture.
Despeje a massa nas forminhas de papel dispostas na assadeira, até o topo. Coloque o restante dos chocolates sobre os muffins. Leve para assar em forno pré-aquecido a 200 C graus e asse por 35 minutos, ou até que os bolinhos estejam cozidos.
- para o creme batido -
Bater o creme de leite com o açúcar até virar chantilly.
- para o caramelo salgado -
Esquente o leite e o rum apenas até aquecer (não ferva). Numa panela derreta o açúcar até ficar dourado. Junte aos poucos a manteiga - cuidado para não se queimar! A calda irá borbulhar pois estará bem quente. Adicione o leite com rum e o sal. Apague o fogo, misture bem. Coloque numa vasilha para esfriar.
Com os bolinhos frios, decore com o creme batido e jogue a calda por cima.
Bolo de iogurte com amoras e chocolate
Há alguns dias atrás, fui a um almoço de uma amiga querida. Acabei encontrando com a Gória Huk, ou Renata Barrella. Lá, algumas pessoas que não a conheciam pessoalmente, se surpreenderam quando ela se apresentou. Muitas delas tinham a imaginado como uma figura mais velha, para lá dos 50, 60 anos, algo como uma titia-avó bem rechonchuda, de avental na cintura e cabelos grisalhos (que eu acho lindo). A gente deu muita risada na hora, porque a Gória não tem nem 30 anos, é para lá de moderna e descolada, se vê na sua cara, em suas roupas e no seu jeito. Ela é linda de morrer!
Mas essa semana, entrando em seu blog, eu pude entender a projeção sobre sua imagem. Seu blog parece mais uma casa de avó, daquelas que te acolhem com um pão recém saído do forno, bolo fofo, e café fresquinho, sem se preocupar com o excesso de açúcar ou calorias. Sala de casa de avó, do tipo que você quer ficar mais um pouquinho, provar mais um pedaço e levar uma trouxinha de quitutes para casa. As receitas são práticas, daquelas de dia-a-dia, de mãe-vó que adora receber visita dia sim, dia não.
Eu fiquei confusa entre tantas opções, mas optei pela a receita do bolo de iogurte, um dos mais fofinhos e fáceis que já fiz na minha vida. Na receita original, ela fez com morangos, mas como estamos em época de amoras, e São Paulo está com os pés de amoreiras carregados (exceto, é claro, pelos 3 pés que tenho no meu quintal), eu substituí. Substituí também o iogurte pelo creme de leite, a farinha por aveia e o açúcar por mel. Rsrsrsrs, mentira, Gória!, fiz a receita original, e ela ficou um aconchego só.
Ah!, e olha só, que coisa mais legal, a Gória está concorrendo ao prêmio de Receitas de Família, da Revista Casa e Comida, na categoria "Saladas", com a receita da Salada Verona - como Renata Constantino Barrella. Nas categorias "Bolos" e "Carnes", a Camila Dutra, do Feitocom.Amor, também está concorrendo e meu voto vai para as duas. A votação só vai até amanhã, então, corre lá, que essas meninas arrasam muito e merecem o prêmio!
Bolo de Iogurte com Amoras e Chocolate | Receita adaptada da Gória Huk
- 03 ovos grandes
- 01 copinho de iogurte
- 01 xícara de óleo
- 01 e 1/2 xícara de açúcar
- pitada de sal
- 02 xícaras de farinha
- 01 colher de sopa de fermento em pó
- 01 xícara de amoras
- 1/2 xícara de gotas de chocolate
- açúcar de confeiteiro para polvilhar
Bata bem no liquidificador os ovos, iogurte, óleo, açúcar e o sal. Junte a farinha e o fermento e bata apenas para misturar os ingredientes.
Disponha numa fôrma retangular untada com farinha. Distribua as amoras e as gotas de chocolate pela massa. Leve ao fôrno pré-aquecido a 200C graus, e asse por uns 45 minutos, ou até que o bolo esteja cozido e a massa dourada.
Espere esfriar e polvilhe açúcar de confeiteiro por cima. Corte em quadradinhos, ou se preferir, com um cortador redondo como a Gória fez.
Bolo de chocolate com doce de leite e café
Agosto trouxe ventos da transformação e de muitas alegrias. Sim, tive semanas insanas, daquelas que me arrependi de ter saído da cama, que dava vontade de sumir ou às vezes chorar de desespero. Os ares de Perses, levaram tudo aquilo que há tempos se arrastava sem solução. E quando eu já tinha desistido de uma série de sonhos, de outros tantos planos, eles despencaram dos céus, sobre nossos colos. Espero compatilhar, em posts futuros, as boas notícias, que fazem meu coração se aquecer só de pensar.
Entre os motivos de comemorar, tem o layout novo do blog, que finalmente saiu. Meu primeiro trabalho como fotógrafa foodstylist, para a [eu] orgânico. E o aniversário de 3 anos do blog. Na verdade, o aniversário foi no finalzinho de julho, acabei me esquecendo e, depois, no meio de tanta coisa acontecendo, adiei umas três vezes a comemoração. Até que decidi que ia acontecer atrasado mesmo, desse jeito, improvisado e errado, meio como esse blog, que não tem pretensão de ser perfeito, mas tem toda intenção de fazer bonito.
Afinal, é aqui que a minha vida de ilustrações de infância da poesia de Álvaro de Campos existe, no tic-tac estalado do teclado. Às vezes, a outra - do caixão - se funde e se confunde com essa também, então o falso às vezes pende para o verdadeiro, e a vida se torna uma só.
Para comemorar, fiz meu primeiro bolo decorado sozinha, com toda a técnica e dicas que aprendi na aula de bolos decorados da Camila Dutra, do Feitocom.Amor. E a receita eu adaptei uma da Linda Lomelino. Bolo de chocolate, recheado de doce de leite, com cobertura de chocolate com café. Hum... define.
Feliz 3 aninhos!
"Temos todos duas vidas:
A verdadeira, que é a que sonhamos na infância,
E que continuamos sonhando, adultos num substrato de névoa;
A falsa, que é a que vivemos em convivência com outros,
Que é a prática, a útil,
Aquela em que acabam por nos meter num caixão.
Na outra não há caixões, nem mortes,
Há só ilustrações de infância:
Grandes livros coloridos, para ver mas não ler;
Grandes páginas de cores para recordar mais tarde.
Na outra somos nós,
Na outra vivemos;
Nesta morremos, que é o que viver quer dizer;
Neste momento, pela náusea, vivo na outra...
Mas ao lado, acompanhamento banalmente sinistro.
Ergue a voz o tic-tac estalado das máquinas de escrever."
- Dactilografia. Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. 1944.
Bolo de chocolate com doce de leite e café | receita adaptada do call me cupcake
{ para o bolo }
- 100g de manteiga sem sal
- 360g de farinha branca
- 80g de chocolate em pó
- 02 colheres de sopa de fermento
- 380g de açúcar
- 03 ovos
- 300ml de leite
- 200ml de café forte (expresso se tiver)
{ cobertura de chocolate e café }
- 200g de chocolate meio amargo 70%
- 300g de manteiga amolecida
- 60g de chocolate em pó
- 02 colheres de sopa de extrato de baunilha
- 04 colheres de sopa de café forte (expresso se tiver)
- 180g de açúcar de confeiteiro
{ recheio }
- 150g de doce de leite
- sal marinho
Modo de Preparo
{ para o bolo }
Derreta a manteiga e deixe esfriar. Peneire todos os ingredientes secos (farinha, chocolate em pó, fermento e o açúcar) numa vasilha. Junte todos os outros ingredientes e bata, apenas até a mistura tornar-se homogênea.
Divida a mistura igualmente em 3 fôrmas redondas, untadas com manteiga e farinha, de fundo removível de 15cm. Leve para assar em forno pré-aquecido a 180 C graus, por 35 minutos, até que a massa esteja assada. Deixe esfriar na assadeira por 15 minutos, e transfira para uma grade.
{ para a cobertura }
Quebre o chocolate em pedaços e derreta o chocolate (pode ser no microondas) e deixe esfriar em temperatura ambiente. Bata bem a manteiga até ficar esbranquiçada e cremosa. Junte o açúcar e o chocolate em pó aos poucos e continue batendo bem. Adicione o chocolate derretido, o extrato de baunilha e o café. Bata até ficar uma mistura brilhante.
Se os bolos estiverem com o topo arredondado, uniformize-os com uma faca serrada. Alterne a montagem do bolo com o recheio (espalhando o doce de leite, uma pitada de sal marinho e o creme da cobertura). Finalize com a cobertura por todo o bolo e decore.
Para melhor entendimento sobre montagem e decoração, faça uma aula com a Camila!
Banoffee
Faz mais de mês desde a última postagem. Me entusiasmei reformulando o layout do blog e acabou demorando mais do que eu imaginava.
Faz mais de um mês desde a última postagem. Me entusiasmei reformulando o layout do blog. Queria um visual mais caretinha, mais cara de blog, mais simples e mais organizado. Só que não me aguentei e acabei optando por uma cara mais revista, mais capa de livro, mais mais. Também está mais organizado e mais funcional... Mas continua ousado e, na minha opinião, mais bonito. Até o logo foi atualizado. Revi postagens antigas, 3 anos de conteúdo. Foi engraçado e, em alguns momentos, um pouco doloroso, testemunhar a evolução do blog; as fotos, as edições, a linguagem. Seções extintas e outras criadas. A identidade evoluiu junto, graças a deus.
Fazia já tempo que eu torcia por estas mudanças, mas a possibilidade só aconteceu neste último mês. E eu sinto que ela veio perfeita, amarrando um ciclo que pode agora se desenvolver de verdade. Esse espaço é para mim uma espécie de laboratório de testes, um diário aberto. De alguma forma abro um diálogo comigo mesma, e posso acompanhar minha própria trajetória.
Quando era criança tive alguns diários. Daqueles cor-de-rosa, com capa de relevo, plástico, almofadado. Minha mãe me comprava canetas coloridas com glitter, eu colava adesivos e figurinhas. Escrevia por alguns dias, às vezes por duas, três semanas. Depois disso, enjoava, e esquecia o caderno em alguma gaveta, ou estante empoeirada. Confesso que quando comecei por aqui, achei que o blog ia ser igual, escrever por alguns meses talvez, até que eu enjoasse da minha própria voz. Mas ao invés disso, quis adesivos mais coloridos, e canetas mais brilhantes. Vinha remendando páginas, até decidir comprar um caderno novo.
Esse novo layout é para mim, uma página além do diário de infância, um passo além da novidade que enjoa, um prêmio para aqueles que ficaram acordados até tarde. Foi feito com carinho e espero que você também goste como eu gostei. Deixe um comentário, me contando o que achou do visual novo. Vou adorar saber!
Conteúdo exclusivo: acesse essa e mais de 200 receitas, tornando-se assinante do blog. Foram 10 anos compartilhando conteúdo de forma inteiramente gratuita. Para manter ativa a criação independente e de qualidade, sua contribuição é essencial. Nesse momento, nossa opção é de cobrança ANUAL (R$ 140/ano). Clique abaixo para se cadastrar e confirmar o pagamento. Obrigada!
Muffins de Abóbora com Limão e reflexões intermináveis
Estou com 35 anos. Acho que venho repetindo essa ladainha faz 5 postagens, destrinchando meus anseios e minhas chatisses, desde que completei os meados trinta. Como se repetir 50 vezes o pai nosso e 20 ave marias, me santificasse de tanto rezar. As coisas têm acontecido ao meu redor desconexas, e ao final do dia, como num filme de Tarantino, todas as coisas estivessem estranhamente encadeadas, num labirinto lynchiano.
Os 35, para mim, anunciam o fim de uma adolescência estendida e o início de um adulto recém-nascido, na verdade, um feto em formação. Sinto diferenças no meu corpo que me desagradam, sua resistência a certos vícios é menor, e quando antes não precisava fazer muito para combater a ação do tempo e da lei da gravidade, agora, há de se empreender um certo esforço com intento de não deixar a peteca cair. Os hábitos precisam ser mudados por outros. Socialmente, os 35 significam para mim “casada e sem filhos”. Não ter filhos. Me coloca na estante de pessoas que aos 35 ainda não tem filhos. Astrologicamente, os 35 vêm firmar o que foi possível brotar, após a avalanche “retorno de Saturno”, aos 28.
Há duas semanas venho assistindo filmes dos anos 80 e 90. Abarcada por uma nostalgia na forma de se enxergar o mundo numa estética belissimamente decadente, em narrativas mais lineares, permeadas de sonhos ingenuamente depressivos, vejo minha vida hoje, filtrada e confinada sob esse paradigma. Existe uma parte de mim que aceita a passagem do tempo e se deixa levar pelo curso do rio. Outra, tem sonhos desfeitos, angústias de uma geração que viu a tecnologia triunfar sobre os sonhos, não conheceu seus heróis, mas cantava “we can be heroes, just for one day” com Bowie no cassete do walkman.
Essa dicotomia à beira da esquizofrenia, se conflita, briga, faz as pazes e se ama loucamente todos os dias, desde que me conheço. Sinto como se tivesse praticando roleta russa todos os dias, na tentativa de suicidar o incômodo dessa coexistência. Há energia despendida. Meu diagnóstico atual é consumida eternamente pelos anseios internos, como um cachorro correndo atrás do próprio rabo.
Talvez não haja remédio, não sei bem se há como mudar certas formas de pensar tão enraizadas em sua plasticidade e em seu funcionamento rotineiro. Tão afixadas sob meus valores e intrínsecas ao meu modo de vida. E quando a gente acha que está tudo errado, vale começar do zero? Se tivesse um botão para resetar tudo, já teria apertado. Então, penso que talvez seja hora de recuar, e perceber de outra maneira. Voltar alguns passos para trás. Olhar para o lado. Dou de cara com o abismo. Então digo para mim mesma: é só a beira do abismo. Quando decidir pular, descobrir, então, finalmente, que as asas estavam sempre aqui.
Bolinhos de abóbora com creme de limão | Receita adaptada de Jamie Oliver
{ para os bolinhos }
- 400 g abóbora, descascada sem sementes
- 01 e ½ xícara de açúcar mascavo
- 04 ovos caipira grandes
- 01 xícara de farinha de trigo
- 02 colheres de chá de fermento em pó
- Punhado de nozes
- 1 colher de chá de canela em pó
- 175ml de óleo de canola
- pitada de sal
{ para cobertura }
- suco de ½ limão
- 70 ml de creme de leite
- 70 ml de iogurte
- 2 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro
- 01 colher de sopa de extrato de baunilha.
- flores de lavanda para enfeitar
Processe a abóbora em um processador (ou um liquidificador potente, como no meu caso), até ficar bem picado. Adicione o açúcar, e os ovos. Bata apenas para mesclar os ingredientes. Junte o sal, a farinha, o fermento em pó, nozes, canela e o óleo e bata novamente. Não bata muito, apenas o suficente para homogeneizar a mistura.
Preencha as forminhas de papel com a mistura de bolo. Asse no forno pré-aquecido a 180°C, entre 20 e 25 minutos, até que estejam dourados e assados. Retire do forno e deixe esfriar numa grade.
Para a cobertura, coloque o creme de leite, iogurte, açúcar confeiteiro e o suco de limão em um recipiente. Bata até que fique da consistência de um creme chantilly. Junte o extrato de baunilha e as raspas de limão. Coloque sobre os bolinhos já frios. Polvilhe flores de lavanda por cima.
Picolé de Lavanda com Mel #popsicleweek
Tive semanas conturbadas, como tudo já passou, nem vale a pena contar e relembrar. Posso dizer que me fizeram repensar e reavaliar alguns aspectos da vida, do meu cotidiano, das minhas escolhas.
For those who came for the Wit & Vinegar #popsicleweek, the recipe is translated below, at the end of this post! Thanks for visiting me!
Tive semanas conturbadas, como tudo já passou, nem vale a pena contar e relembrar. Posso dizer que me fizeram repensar e reavaliar alguns aspectos da vida, do meu cotidiano, das minhas escolhas. Estou com 35 anos e é como se estivesse atravessando uma curva e deixando para trás algumas coisas, que não voltam mais. Quero fazer isso com mais consciência e poder deixar para trás, aquilo que realmente tem que ficar lá.
Ao mesmo tempo, acontecimentos (bem) bacanas aconteceram, para me lembrar o sentido de certas coisas, pelo menos, daquelas que valem a pena. Coisas que fazem os dias de inverno serem mais acalentadores, que tiram um sorriso no meio da discussão, que fazem as mãos juntarem em oração e agradecer.
Essa receita, pouco tem a ver com o inverno. Aliás, desde quando picolé combina com o frio? Para ajustar o choque térmico, o aroma de lavanda com mel aconchegam o paladar. Como posso descrever a combinação da lavanda com mel? Tem sabor de nuvem de flores com caramelo. Comi 3, enquanto escrevia este post.
Picolé de Lavanda com Mel
12 picolés
- 01 e ½ copo de creme de leite fresco
- 01 copo de leite integral
- 01 colher de sopa de extrato de baunilha
- 01 colher de sopa de flores de lavanda secas ou frescas
- ½ copo de mel
- ½ copo de água
- 02 colheres de sopa de açúcar mascavo
Numa panelinha coloque a água e a lavanda e leve ao fogo médio. Quando começar a ferver, junte o mel e o açúcar mascavo. Misture até dissolver. Deixe fervendo em fogo baixo por uns 5 minutos e apague o fogo. Tampe e deixe esfriar. Coe.
Junte o creme de leite, o leite, o extrato de baunilha e o xarope de baunilha coado. Bata no liquidificador somente até homogenizar a mistura. Coloque nos recipientes para picolé e leve ao congelador, por umas 5 horas ou até que os picolés estejam congelados.
Para servir e desenformar, coloque a forma em água morna por alguns segundos, para que fique fácil de retirá-los da fôrma.
Honey and Lavender popsicle for #popsicleweek
12 units
- 1 ½ cup of cream
- 1 cup of milk (full fat)
- 1 tbs. vanilla extract
- 2 tbs. lavender flowers, dried or fresh
- ½ cup honey
- ½ cup water
- 2 tbs. raw sugar
Bring water and lavender to a boil in a saucepan. Add honey and raw sugar in the sauce pan and stir until sugar is completely dissolved. Reduce heat and simmer for 5 minutes. Remove from heat, allow to cool, strain using a strainer to capture and discard the lavender flowers.
Blend all ingredients into a blender just until well combined. Pour mixture in popsicle mold and freeze for at least 5 hours or until hardened.
To serve and unmold, just put into warm water for a couple seconds, until it is easy to remove pops from the mold.
Creme de Chocolate branco com farofa crocante de amêndoas e morangos
Para quem não é fã de comemoração do dia dos namorados, até que estou sendo bem comemorativa. Este é o segundo ano, em que posto receita romântica para a data.
Para quem não é fã da comemoração do dia dos namorados, até que eu estou sendo bem comemorativa. Esse é o segundo ano, em que posto receita romântica para a data. Na verdade é uma receita bem simples, nem precisa ser feita para comemorar algo, pode ser apenas para fazer bonito, sozinho ou acompanhado. E isso, eu adoro.
Desde que estou com o blog, as pessoas acham que eu levo jeito para a cozinha, que eu nasci para isso, que tenho alguma história de criança com avó culinarista na família. Alguns me pedem dicas, como se eu fosse algum tipo de especialista gourmet. Afe. Nada disso. Quem me acompanha, sabe que aprendi a cozinhar faz poucos anos com minha (falecida) sogra argentina. Tinha trauma, do tipo, vou viver de comida congelada e restaurante, e ser feliz para sempre. Criei o blog não apenas para compartilhar minhas tentativas de sucesso na cozinha, mas também pensamentos e algumas histórias, e coisas que gosto e acho bonitas. O blog foi evoluindo com o tempo; mais receita, mais fotografia, mais blá. E, sempre com o intuito único de preencher minha vida, todo o resto é efeito colateral, não pretensão.
Desde 2013, cá estou, comprovando que cozinhar, assim, como qualquer outra atividade na vida, só precisa de tentativas, boa vontade e bons ingredientes. Essa é uma receita, daquelas que praticamente não precisam de receita ou muita explicação. É só para provar meu ponto, de que o que põe mesa, afinal, é só a beleza.
Creme de chocolate branco com farofa crocante e amêndoas e morangos
04 copos
300 ml de creme de leite fresco
200g de chocolate branco
200g de morangos
100g de amêndoas
100g de nozes
50g de manteiga com sal
½ copo de açúcar
açúcar de confeiteiro para enfeitar
Leve ao fogo 100 ml de creme de leite, apenas até começar a ferver. Junte o chocolate branco picado e misture bem até derreter e ficar homogêneo. Bata o restante do creme de leite até virar chantilly. Junte o creme com o chocolate. Divida a mistura nos copos em que irá servir. Leve à geladeira para esfriar. Eu deixei no freezer por 20 minutos.
Num processador ou liquidificador, bata as nozes até virar um farofa. Numa assadeira pequena com papel manteiga distribua as amêndoas, o açúcar e a manteiga em pedaços por cima. Leve num forno a 200C graus para tostar, por uns 15 minutos. Olhe de vez em quando e misture as amêndoas para não queimar, e para o açúcar caramelizar. Retire do forno e deixe esfriar.
Com as nozes ainda enroladas no papel manteiga, quebre-as com ajuda de um martelo, até ficarem picadas. Misture com a farofa de nozes. Jogue sobre o creme de chocolate branco. Pique os morangos e sirva por cima. Se quiser, jogue açúcar confeiteiro para enfeitar.
Sexta chuvosa lá fora, amigas e fartura na mesa
Já fazia algum tempo que estava tentando reunir as meninas aqui em casa. Agenda de paulista é assim, difícil conseguir disponibilidade de todas ao mesmo tempo: é viagem, trabalho, filhos, trânsito, gripe…
Já fazia algum tempo que estava tentando reunir as meninas aqui em casa. Agenda de paulista é assim, difícil conseguir disponibilidade de todas ao mesmo tempo: é viagem, trabalho, filhos, trânsito, gripe… Daí que nem todas puderam vir, mas nos reunimos mesmo assim na sexta-feira passada. Vieram a Gória Huk, Moara Gomes e a Dani Coelho.
Tiramos fotos, trocamos receitas, demos risada, comemos, tomamos chá, falamos da vida e de trabalho. A Dani trouxe um pudim de chocolate delicioso, a Gória uma focaccia de batatas linda de morrer (acompanhada de uma tapenade de azeitonas pretas…), e a Moa, aqueles cookies fabulosos. Eu servi o meu sorvete de dulce de leche com pecans, receita fechada da #lililovesicecream e elas amaram. Fiquei bem feliz. Só não deu para tirar fotos do sorvete.
Não tenho muito mais a dizer sobre o nosso encontro, além de ser tão grata por compartilhar uma mesa com tanto amor e carinho com pessoas tão queridas. Sei que a correria do dia-a-dia dificulta muito essas pequenas reuniões. Terem disponibilizado tempo para passar uma tarde de sexta-feira fazendo quase nada, como fizemos, é um privilégio! Eu simplesmente adorei, meninas! - Ah, enquanto eu redigia aqui, a Gória, postava lá no blog dela! Confere aqui!
“Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou - amigo - é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por quê é que é.”
{ Guimarães Rosa }
Pudim de chocolate | da Danny Bunny
- 01 xícara de açúcar
- ½ xícara de água
- 01 lata de leite condensado
- 01 lata de leite
- 03 ovos
- 02 colheres de sopa de cacau em pó
Faça uma calda de caramelo com o açúcar e a água. Coloque a calda numa forma pequena com furo no meio e reserve. No liquidificador, bata o leite condensado, leite, ovos e o cacau em pó (não vale achocolatado, ok?). Distribua na forma caramelada e leve para assar em banho maria, em forno pré-aquecido a 180 graus, por aproximadamente 30 minutos. Depois de frio, leve para gelar por cerca de 6 horas.
Focaccia de batatas | por Goria Huk
{ para a esponja }
- 2 ½ colheres de chá de fermento biológico seco
- 120 ml de água morna
- 2 colheres de chá de açúcar
- ½ xícara de farinha de trigo
Misture todos os ingredientes, cubra e deixe descansando por 30 minutos.
{ para a massa }
- 1 e ½ xícara de purê de batatas
- 120 ml de água morna
- 1 col. sopa de manteiga em temperatura ambiente
- 5 colheres de sopa de azeite
- 2 colheres de sopa de açúcar
- 1 colher de chá de sal
- de 05 a 06 xícaras de farinha de trigo
Misture a esponja com o purê de batatas. Junte os demais ingredientes, usando apenas 05 xícaras de farinha. Misture bem e comece a sovar. Se necessário, adicione mais farinha (eu usei 05 e ½ xícaras). Sove até desgrudar das mãos (como a massa é grudenta e um pouco difícil de trabalhar, eu sugiro fazer essa etapa na batedeira. Eu sovei na batedeira por 5 minutos).
Faça uma bola com a massa, cubra com um pano e deixe crescendo até triplicar de tamanho (isso mesmo, ela vai crescer muito. Eu preparei em um dia fresco e levou 1h 30min para crescer bem). Abra a massa e distribua em uma forma untada com azeite (pode ser oval, retangular ou mesmo de pizza). Faça furos com os dedos, regue com azeite (aproximadamente 3 colheres de sopa), salpique sal grosso e folhas de alecrim a gosto (essa é a cobertura original, mas eu também usei fatias de tomate italiano e cebola roxa). Leve para assar em forno preaquecido a 200 graus até dourar.
Dica da Gória: uma boa sugestão para deixar sua focaccia ou qualquer outro pão com uma boa consistência, é adicionar um saquinho de “pão certo” na sua massa. Ele nada mais é que um melhorador de pães, e geralmente pode ser encontrado na mesma prateleira do fermento biológico seco.
Cookies com gotas de chocolate | por Moara
- 01 xícara de amêndoas trituradas
- ½ xícara de farinha de arroz
- ½ xícara de amido de milho
- ½ xícara de açúcar mascavo
- ½ xícara de açúcar demerara
- 03 colheres de sopa de manteiga
- 01 colher de chá de fermento e
- 01 ovo
- 01 punhado de gotas de chocolate
Misturar tudo e deixar descansar por 20 minutos na geladeira. Assar em forno pré-aquecido a 180 graus por uns 15 minutos. Deixar esfriar. 🍪 🍪 🍪
Bolo de castanha de caju, creme batido e calda de frutas vermelhas com lavanda
Minha vida anda agitada. Minha apologia a um modo desacelerado de viver, se choca constantemente com essa inquietude interna e meu cotidiano diário.
Minha vida anda agitada. Minha apologia a um modo desacelerado de viver, se choca constantemente com essa inquietude interna e meu cotidiano diário. Costumo preservar meus momentos e espaços pessoais para recuperar meu passo e meu ritmo. Mas é tanta coisa na superfície e, ultimamente, dentro de mim também, que resolvi escutar esse ruído todo.
Acontece que nem tudo é barulho por si. Dentro do agito, apareceu algo substancial, quase como um chamado surdo. E como a vida costuma me empurrar para a beira do precipício e dizer: “pula. agora.” e eu costumo olhar para o outro lado e responder: “putz. pode ser mais tarde?”; tive que parar para ouvir e perceber o que estava para acontecer comigo.
Quando fui estudar design gráfico, após abandonar a economia, me especializei em motion graphics. Que é a parte visual de filmes, vinhetas e clips. Lembro até hoje, no segundo ano, quando o professor de motion veio apresentar o que seria fazer o terceiro ano com essa especialização. O coração bateu mais forte e eu pensei, é isso! Olhei para a Dani Coelho, que sempre foi parceira em tudo, e ela tinha o mesmo brilho nas pupilas. A gente não teve dúvidas.
Penamos, comemos poeira, um caminhão passou por cima da gente e deu ré. Mas sobrevivemos. E fizemos bonito. Saímos com o diploma na mão, mas afinal, nunca mais a gente abriu o After Effects (programa de edição de vídeo) depois da última aula. A vida foi tomando seu rumo e eu achei que aquela seria apenas mais uma experiência para contar depois.
Há dois meses, o Gabriel comprou uma câmera de filmagem, daquelas bem bacanas. E, foi então, que tudo voltou. Desde então, tenho testado pequenas gravações e vinhetas rápidas para o blog. Tenho gravado e editado vídeos também para o outro trabalho que faço com meu marido, lá na Cia do Ser, e tem sido bem legal. Esse agito interno então, faz sentido. É pulso nas veias, fazendo o sangue correr mais depressa.
Para completar essa história, mês passado, tive a notícia que a Dani ganhou o concurso da Silhouette de melhor vídeo, passando a ser do time de designers da marca. (!! - sim, fiz essa cara também!) Quando fui conferir seus vídeos, quase caí para trás. Detalhes, criatividade e amor. Fiquei feliz. Afinal, aquele arrepio na espinha, naquela aula no segundo ano, era um grito surdo em nossos corações.
Ainda falta muito para aquele ruído se tornar melodia, pelo menos no meu caso. Mas acho que já consigo ouvir um assobio. Estou curtindo cada passo. Logo mais chego à borda do precipício. Confere o meu último vídeo, logo mais.
Esse bolo é daqueles sequinhos, que você pode comer sem nada mesmo, com uma xícara de chá. Mas acompanhado de creme batido e calda de frutas vermelhas com lavanda, fica melhor ainda. Uma boa sugestão para o dia dos namorados, se você vai comemorar.
Bolo de Castanha de caju com Creme batido e Calda de frutas vermelhas com lavanda
para o bolo
- 01 copo de castanhas de caju
- 01 e ½ copo de farinha de trigo
- ½ colher de chá de fermento em pó
- pitada de sal
- 175g de manteiga sem sal (amolecida)
- 03 ovos (temperatura ambiente)
- ½ colher de chá de extrato de baunilha
- ½ copo de leite (temperatura ambiente)
para os morangos
- 300g de morangos
- 100g de framboesas (não é necessário)
- 03 colheres de sopa de açúcar demerara (ou cristal se preferir)
- ½ colher de chá de lavanda seca
para o creme batido
- 1 copo de creme de leite fresco
- 02 colheres de sopa de açúcar
{ modo de preparo }
Processe o caju somente até virar farofa - quanto menos vc bater, mais você vai sentir na textura do bolo - no liquidificador ou processador. Junte os demais ingredientes secos e misture bem. Na batedeira, bata a manteiga com o açúcar até ficar um creme, por uns 5 minutos. Junte os ovos, um a um, batendo bem após cada um. Acrescente o extrato de baunilh. Junte o leite e os ingredientes secos aos poucos, alternando um pouco de cada, até ficar homogêneo.
Coloque numa fôrma untada (utilizei aquelas de pão retangular) com farinha e manteiga, e leve para assar em forno pré-aquecido à 180 graus, por uns 50 minutos, ou até que esteja bem assado e dourado (quando furar com um palito e ele sair limpo). Deixe esfriar um pouco, mas desenforme ainda quente.
Bata o creme com o açúcar até virar chantilly. Cuidado para não bater demais e virar manteiga.
Num mortar, macere o açúcar com as sementinhas de lavanda. Junte aos morangos e framboesas picados. Deixe por uns 15 minutos.
Sirva o bolo com um pouco de creme e frutas vermelhas.
Torta de Maçã Verde da branca de neve
Final de semana ensolarado. Assim como as últimas semanas. Deu vontade de fazer um piquenique, daqueles bem clichês, com toalha xadrez estendida na grama.
Final de semana ensolarado. Assim como as últimas semanas. Deu vontade de fazer um piquenique, daqueles bem clichês, com toalha xadrez estendida sobre a grama, flores do campo e torta de maçã verde da branca de neve.
Estou em delírio ainda com minha câmera nova, que agora filma também. Fiz um vídeo bem caseiro, em cima do preparo da torta, tá tudo meio simples ainda, dá para ver as luzes que foram filmadas em diferentes horários em casa. Mas tá valendo, é só o primeiro.
A torta? Ficou uma graça, é a minha primeira torta com a massa decorada, e acho que me apaixonei também.
Torta de Maçã Verde
{ para a massa }
- 02 e ½ copos de farinha branca
- ¾ copo de açúcar
- 200g de manteiga gelada sem sal
- 01 ovo
- 02 colheres de sopa de suco de limão
{ para o recheio }
- 03 maçãs verdes
- ½ copo de açúcar mascavo
- ½ colher de sopa de canela em pó
- pitada de noz moscada
- 1 colher de sopa de maizena
Misture a farinha com o açúcar. Junte a manteiga cortada em cubos. Amasse bem até formar uma farofa. Junte o ovo e o suco de limão e amasse até formar uma massa uniforme. Se necessário, junte mais duas colheres de sopa de água gelada para dar liga. Faça uma bola com a massa e enrole em papel filme. Leve à geladeira por pelo menos 30 minutos.
Descasque e pique as maçãs. Junte o açúcar mascavo, a canela em pó e a maizena. Misture bem.
Abra 2/3 da massa numa fôrma para torta, de aproximadamente 20cm de diâmetro, Deixando a borda que sobra. Recheie com as maçãs. Com o restante da massa, abra com o rolo e corte em tiras da largura que preferir, e intercale sobre a torta. Junte a borda com as tiras para fechar a torta. Se preferir, só coloque por cima a massa aberta, fazendo alguns furos para o ar quente poder sair.
Asse por aproximadamente 50 minutos em forno pré-aquecido a 180 graus. Sirva quente ou fria, com calda de caramelo extra ou bola de sorvete para acompanhar.
Pudim de pão e o estado de paixão
De repente, esta semana, me vejo apaixonada. Não por alguém ou por razão específica. Apenas sinto meus pulmões mais expandidos quando inspiro, sinto cócegas pelo rosto, quero ouvir canções de amor.
De repente, esta semana, me vejo apaixonada. Não por alguém ou por razão específica. Apenas sinto meus pulmões mais expandidos quando inspiro, sinto cócegas pelo rosto, quero ouvir canções de amor. Já me vi apaixonada algumas vezes. Achei sempre que tinha a ver com a pessoa em si, o quanto ela era capaz de me fazer sentir especial, um formigamento por dentro, vontade de fechar os olhos e fazer tudo desaparecer.
Mas, então, de repente, me vejo sob os mesmos sintomas, cantando sozinha, sorrindo para o nada. Às vezes até a boca meio seca, um aperto na boca do estômago, mesmo sem motivo algum. Talvez seja antecipação de algo, talvez não seja nada. Não importa. Quero que essa sensação dure enquanto durar. Afinal, viver apaixonada é bom demais. E, se puder viver assim, sem depender de ninguém, melhor ainda.
"Maybe
You don’t have to smile so sad
Laugh when you’re feeling bad
I promise I won’tChase you
You don’t have to dance so blue
You don’t have to say I do
When baby you don’t"{ Tell me if you wanna go home, música de Gregg Alexander, trilha sonora de Begin Again }
Tinha uma cesta de pão amanhecido ressecado sobre a geladeira. Aproveitei para fazer um pudim de pão com passas ao rum e calda de caramelo. Se preferir, sirva do modo argentino, com doce de leite e creme batido.
Pudim de Pão
para o pudim
- 01 fôrma redonda com furo grande
- aproximadamente 500g de pão amanhecido ressecado
- 01 litro de leite
- 150g de cream cheese
- 150g de creme de leite fresco
- 05 ovos
- 01 xícara de açúcar
- 01 colher de chá de extrato de baunilha
- raspas de limão
- 150g de passas
- rum (opcional. o suficiente para cobrir as passas)
para a calda
- 02 xícaras de açúcar
- ½ xícara de água
{ modo de preparo }
Deixe as passas de molho no rum de um dia para o outro, ou esquente um pouco numa panelinha até ferver e deixe esfriar.
Corte o pão em pedaços pequenos, retire a casca se preferir. Deixá-lo de molho no leite morno por pelo menos 1 hora, ou até que esteja amolecido. Bater no liquidificador até ficar homogêneo. Junte o creme de leite e o cream cheese.
Bata os ovos com o açúcar, junte o pão, extrato de baunilha e raspas de limão.
para a calda
Dissolva o açúcar na água. Despeje na fôrma, leve ao fogo baixo, e não misture por uns 15 minutos, até a calda engrossar. Tome cuidado para não se queimar. Espalhe pela fôrma e deixe esfriar um pouco.
Jogue o creme do pudim na fôrma. Acrescente as passas. Leve ao forno pré-aquecido à 180 graus, em banho maria. Asse por uns 50 minutos, ou até que esteja bem cozido. Deixe esfriar, leve à geladeira. Desenforme gelado.
Sorvete de Romã
Semana de reformas em casa. Duas. Uma do encanamento do esgoto. Outra do ladrilho da piscina. Tem pó e terra por todos os cantos da casa.
Semana de reformas em casa. Duas. Uma do encanamento do esgoto. Outra do ladrilho da piscina. Tem pó e terra por todos os cantos da casa. E, com as águas de março fechando o verão, a casa está literalmente afundada na lama (para não dizer outra coisa). Para completar o cenário marrom, a faxineira de casa pediu demissão. E, apesar do desgaste, cansaço e da sujeira pela casa, tenho mantido o bom humor e a paciência, esses dias.
Entrevistando candidatas para substituir a Joana, passando pano de chão pela casa (a cada meia hora), discutindo com o pedreiro por entrar com o sapato cheio de barro pela sala adentro, terminando o balanço anual das finanças de 2015, convivendo com incertezas do negócio atual (sim, a crise é real), e correndo atrás das pendências dos novos projetos.
Inspirada pelo não se afetar pelas circunstâncias e jamais perder a elegância, de Claire Underwood, tenho mantido a cabeça erguida, tentando matar um leão por dia, testando receitas de sorvetes da #lililovesicecream, convivendo com as adversidades dos tempos, percorrendo de avental na cintura pela casa e de galocha nos pés, pela rua. Vivemos dias estranhos, de valores rarefeitos, de certezas efêmeras. É preciso mutar e adaptar-se, mesmo sem ter a menor idéia para onde. É hora de transformar, jogar fora, e de se conformar com o desconforme. É pau, é pedra, é o fim do caminho. São as águas de março fechando o verão.
“É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração”{ Águas de Março, de Tom Jobim }
Nem tudo é lama. Às vezes, é romã. Essa receita mara e cor-de-rosa é mais uma do livro de receitas da Linda Lomelino, o Ice Cream: sorvete de romã. Ficou refrescante, perfeito e delicioso. É promessa de vida no teu coração.
Sorbet de Romã | receita original do livro Ice Cream
aproximadamente ½ litro
01 romã extra grande
07 colheres de sopa de leite
07 colheres de sopa de creme de leite fresco
05 colheres de sopa de açúcar
suco de ½ limão
02 colheres de sopa de vodka
Bata as sementes de romã com o leite, açúcar. Coe. Junte o creme de leite, a vodka e o suco de limão, misturando até ficar homogêneo.
Processe a mistura na máquina de sorvetes, conforme as instruções do fabricante. Quando estiver pronto, coloque num recipiente e leve ao congelador por pelo menos 3 horas antes de servir.
Não tem máquina de sorvete?
alternativa 1alternativa 2alternativa 3
Uma das formas é: coloque num pote e leve ao congelador. A cada hora, bata a mistura num processador para mantê-la cremosa. Você vai ter que repetir este processo por pelo menos umas 3, 4, 5 vezes, até atingir a cremosidade que você quer.
Torta Alfajor
Essa torta é um descaramento. É um desbunde. Uma falta de vergonha na cara de tão boa. Uma receita fácil e deliciosa em demasia. Um clássico argentino.
Essa torta é um descaramento. É um desbunde. Uma falta de vergonha na cara de tão boa. Uma receita fácil e deliciosa em demasia. Um clássico argentino. A receita foi apresentada com maestria, bom humor e charme pela Mari, no especial Tastemade Uruguai, e é realmente Maravilloso!
Brinquei que fiz essa receita para a Julia, só porque ela veio desde Portugal a São Paulo e não conseguiu me ver. Mas é claro que o fato de ser um clássico santafesino argentino, como meu marido, teve coro aqui em casa, e me aventurei a fazer essa torta como nenhuma antes que já fiz.
Fiz algumas pequenas adaptações, diminuindo o doce da bolacha e do merengue suíço (nem sei se isso vale), porque para mim, essa coisa de doce muito doce me incomoda. Mas se você quiser fazer como o original da Mari, vê lá a receita no vídeo, te garanto que vai dar muitas risadas também (e querer ver várias vezes). Aliás, assiste de qualquer maneira o vídeo, que fica mais fácil de entender o quão fácil é a receita. Ah, e não se esquece de utilizar um bom doce de leite argentino, que faz toda diferença.
Aproveitei para estrear o maçarico, que também nunca tinha usado antes na cozinha. Não queimei as pestanas, nem a sobrancelha, nem a casa, foi sucesso total. E a torta, além de deliciosa, ficou linda com merengue tostado.
Torta Alfajor | receita adaptada do Projeto Banquete
- 02 xícaras de farinha
- ¼ de xícara de açúcar para a massa e mais 02 colheres de sopa para o merengue
- 04 ovos
- 02 colheres de sopa de água
- 800g de doce de leite argentino
para a massa
Misture numa tigela 1 ovo com 3 gemas. Reserve as claras para o merengue. Bata levemente e junte a farinha e ¼ de xícara de açúcar. Misture bem e agregue aos poucos a água até achar o ponto da massa. Quando ficar lisinha e desgrutar da mão, está boa.
Reparta a massa em duas partes abra-a numa bancada enfarinhada, até ficar bem fininha. Utilize o molde de uma fôrma de uns 20 cm, ou um prato, para cortar os discos. Vá abrindo a massa até cortar todos os discos. Essa quantidade de massa, dá certinho 5 bolachas. Coloque sobre uma fôrma com papel manteiga e leve ao forno pré-aquecido à 200 graus C. Asse por uns 10 a 15 minutos, até que as bolachas comecem a dourar. Retire e deixe esfriar num rack.
para o merengue suíço
Coloque as claras com o restante do açúcar numa tigela em banho maria. Misture delicadamente com uma espátula deixe esquentar até que os grãos de açúcar estejam dissolvidos nas claras. Este é o ponto para você bater as claras em merengue suíço. Bata numa batedeira (ou se for como a Mari, na mão mesmo) até que forme picos firmes.
para a montagem da torta
Começe com um dos discos. Coloque bastante doce de leite. Coloque outra bolacha por cima e vá alternando as camadas. Termine com o doce de leite. Por cima de tudo, decore com o merengue suíço, se tiver um saco de confeitar, faça biquinhos sobre toda a torta (essa será minha próxima aquisição, quem sabe). Se tiver um maçarico, passe por cima dos merengues com cuidado para que eles fiquem tostadinhos. Se não tiver, tudo bem também. Como a Mari diz, você já chegou até aqui, e já é um vencedor.