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Budín Ingles da D. Stella

Essa é uma dessas idéias que estão se espalhando pela web. Ao invés de presentear com um panetone, uma fôrma de bolo inglês caprichada e feita com todo carinho por você mesma. 

Essa é uma dessas idéias que estão se espalhando pela web. Ao invés de presentear com um panetone, uma fôrma de bolo inglês caprichada e feita com todo carinho por você mesma. Nenhuma novidade, até aqui. Minha contribuição fica por conta da receita, que vem da minha sogra, uma argentina de 93 anos, que há 6 anos atrás, me ensinou a assar meu primeiro bolo. Só não daria para imaginar que essa receita seria imbatível pelos 6 anos seguintes e, ao que tudo indica, muitos outros pela frente.

Sem exagerar, já experimentei e publiquei outras tantas boas receitas por aqui de bolo. Mas esta não tem competição. A primeira vez que experimentei, fiquei totalmente obcecada; não conseguia parar de comer, daquele jeito que você perde a vergonha, mas não a gula. Minha sogra arregalava os olhos, levantava uma das sobrancelhas e dizia “mirá como come esta chica!”, enquanto eu cortava o terceiro pedaço, já pensando no quarto.

Lembro até hoje, ela abrindo aquele livro de capa dura, antigo de páginas soltas, rasgadas e amareladas. Buscava a receita do “budín ingles” e separava os ingredientes rigorosamente bem mensurados. E dizia “podés incrementar con lo que quieres: pasas de uvas, nueces, o chocolate! queda muy rico”. E eu não imaginava o quanto essa receita poderia modificar minha vida, más allá del paladar.

Para quem não sabia cozinhar absolutamente nada, como já contei algumas vezes por aqui, esse rito de iniciação na cozinha, despertou algum desejo inconsciente dentro de mim. Talvez pelo choque de gerações e culturas, talvez algo ancestral do arquétipo feminino do encontro de duas mulheres na cozinha, talvez por encontrar algo que eu nem sabia que procurava tanto.

Essa receita portanto é um tanto sagrada para mim. É de ocasiões especiais, é de se comer até a última migalha na assadeira. É o meu presente compartilhado com muito carinho neste natal para quem, assim como eu, vê muito valor nessas raras preciosidades da vida.

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Budín Ingles da D. Stella

  • 250 gramas de manteiga sem sal amolecida
  • 01 xícara de açúcar cristal
  • 04 ovos
  • 02 xícaras de farinha com fermento
  • 01 colher de chá de extrato de baunilha
  • nozes, amêndoas, castanhas, uvas passas, damascos, frutas cristalizadas e chocolate.

Bata bem a manteiga com o açúcar até se formar um creme (por pelo menos uns 5 minutos). Junte os ovos, um a um, batendo bem após adicioná-los. Junte a farinha e apenas misture até ficar homogêneo. 

Desligue a batedeira e junte o extrato de baunilha e as frutas e castanhas picadas. Misture bem. Numa fôrma untada retangular ou com furo no meio coloque a mistura. Leve para assar num forno pré-aquecido à 180 graus e deixe por pelo menos 1 hora e 10 minutos, ou até que fique dourado. Apague o fogo e deixe o bolo dentro do forno até que esfrie para deixar a massa mais sequinha. Se você fizer de noite, após apagar o forno, deixe dentro de um dia para outro.

Feliz Natal!

Para presentear, prefira a fôrma retangular. Utilize papel manteiga ou de seda, barbantes coloridos e adesivos para enfeitar e personalizar seu presente.

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Pastel folhado de pessêgos com manjericão e rosas

Encontrar esta receita e fazer essas mini tortinhas, ou pasteisinhos assados me fez lembrar o bolo de limão siciliano. Não sou fã de doces muito doces, gosto mesmo quando há mistura de sabores; neste caso a erva com fruta foram presenteados com o cheiro de rosas. Confesso que sempre tive minhas restrições com utilizar água de rosas, por vezes achei que estava colocando minha loção hidratante na comida. Mas neste caso, como vai bem pouquinho, a doçura do perfume fica bem sutil.

Uma riqueza de sabores que é complementado pela crocância da massa folhada, que eu adoro. Há tempos eu havia salvado esta receita, quando li na Local Milk, mas apenas hoje decidi experimentar. Além de fácil, colhi elogios, do tipo, não acredito que foi você quem fez!

Pastel de pêssegos com manjericão e rosas | receita original da Local Milk

06 porções

  • 300g de massa folhada congelada laminada
  • 3 pêssegos ou nectarinas
  • 2 colheres de sopa de mel (pode colocar mais se não estiver tão doce)
  • manjericão (folhas de um ramo)
  • 1 colher de chá de água de rosas
  • 01 colher de sopa de maisena
  • açúcar granulado para polvilhar
  • farinha para abrir a massa e não grudar
  • ovo batido para pincelar

Descasque e corte os pêssegos em cubos. Junte o manjericão picado, o mel e a água de rosas. Misture bem.

A esta altura, você pode decidir comer de colher, jogar um creme batido e ser feliz!

Pegue um pouco do líquido da mistura e dissolva a maisena para juntá-la ao restante.

Abra a massa, conforme as instruções do fabricante. Corte com uma base redonda de aproximadamente 10cm de diâmetro.

Para montar o pastel, coloque a mistura dos pêssegos com 1 colher de sobremesa sobre o disco cortado. Passe um pouco de água gelada na borda do disco. Coloque delicadamente outro disco por cima e grude as bordas, fechando o pastel. Prense com um garfo a borda para fechar bem. Pode polvilhar um pouco de farinha para não grudar no garfo e desmanchar a massa.

Coloque numa forma com papel manteiga. Pincele com ovo e polvilhe açúcar. Faça furinhos sobre o pastel. Leve para assar no forno pré-aquecido à 225 graus por 5 minutos. Abaixe o fogo para 180 graus e deixe por mais ou menos 10 minutos ou até que doure a massa.

Tire do forno e deixe esfriar. Para ser consumido em 24 horas!

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Mousse de Chocolate com uísque e café

Receita tradicional com uísque e café.

O mousse de chocolate é um coringa, um pretinho básico para tantas e diferente ocasiões; na dúvida, ele agrada sempre. Tantas e diferentes formas de fazê-lo, com ovos, ou creme de leite - já vi até com gelatina - ou com os dois. Mas a verdade é que, como tudo, o mais próximo ao tradicional, neste caso do original de Henri de Toulouse-Lautrec, mais gostoso. Se o pretinho básico for Chanel, não tem erro.

A receita do mousse de chocolate da Katie do What Katie Ate é assim. Além de ser complementado com uísque e café que deixam o aroma e sabor indescritíveis. Para receber duas amigas queridas em casa, a Dani da Danny Bunny e a Elke da Cozinha Single, nada mais justo uma receita assim tão perfeita, num domingo de preguiça.

Mousse de chocolate com uísque e café | receita adaptada do What Katie Ate

de 06 a 08 porções pequenas (ou 03 gigantes :P)

  • 04 ovos;

  • 150g de chocolate meio amargo;

  • 150g de manteiga sem sal;

  • ½ xícara de chá de açúcar;

  • 02 colheres de sopa de uísque (irlandês ou escocês);

  • 04 colheres de café solúvel;

  • pitada de sal; e

  • creme de leite batido para servir.

Derreta o chocolate e a manteiga em banho maria. Retire o recipiente do chocolate da água (cuidado para não deixar espirrar água!) e deixe a água fervendo e reserve.

Em outro recipiente junte as gemas, metade do açúcar, o uísque e o café. Bata a mistura e leve também em banho maria, batendo bem por uns 03 minutos, até que fique bem espumoso e esbranquiçado. Numa vasilha com gelo e água, coloque a mistura das gemas e continue batendo até engrossar, por mais 03 minutos. Junte o chocolate derretido.

Bata as claras em neve com o sal e o açúcar, até formar picos firmes e brilhantes. Adicione e misture delicadamente com a mistura do chocolate com gemas. Sirva em copos ou taças e complemente com chantilly no topo. Deixe na geladeira por pelo menos 4 horas antes de servir.

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Mini pavlovas com frutas vermelhas

Assadas por mim!

Ainda, e mais da Nova Zelândia. Das sobremesas típicas que tive o prazer de degustar durante minha viagem, uma delas foi a pavlova. Uma espécie de bolo feito de suspiro, com creme batido e frutas. Já até publiquei uma versão dela por aqui, mas na ocasião, havia comprado um pacote de suspiros e montado a sobremesa num copo. Relatei minha falta de destreza em assar os suspiros naquele post.

Desta vez, no entanto, depois de voltar de viagem, e ter aprendido por lá os truques e manhas com um querido amigo kiwi, o Alec; afinal, controvérsias à parte, os neozelandeses se consideram inventores da sobremesa, então nada melhor do que aprender com eles!… Consegui finalmente assar meus merengues com louvor (e muita paciência! - porque o forno aqui de casa não é lá essas coisas). Vai muita clara, aviso. Mas como tive algumas produções de sorvete excedentes, uma delas de sambayón (ainda publico um dia a receita aqui!) as gemas tiveram bom uso também, e você pode encontrar seus próprios bons motivos em ótimas receitas* que levam só gemas, te garanto :).

*uma ótima sobremesa para se utilizar justamente a quantidade de gemas descartadas desta receita é a baba de moça, veiculada no programa desta semana pela musa do Panelinha, Rita Lobo.

Quando vi a receita da Nigella, em miniaturas, achei que seria uma ótima maneira de tentar novamente assar os discos, sem me arriscar num tamanho maior. O resultado foi comemorado (com direito a soquinhos no ar de alegria!), pois além de deliciosas, ficaram belas demais. E aí está mais uma coisa que adoro na cozinha. Não acertar de primeira, nem de segunda (e às vezes, no meu caso, nem de terceira), mas mesmo assim, continuar a tentar. Afinal, desafios são para isso, não?

Mini Pavlovas com frutas vermelhas | versão original da Nigella

18 porções

  • 10 claras;
  • 500 g de açúcar;
  • 04 colheres de chá de maizena;
  • 01 colher de sopa de baunilha;
  • 02 colheres de chá de vinagre de vinho branco;
  • pitada de sal;
  • 500g de creme de leite fresco; e
  • framboesas, mirtilos e amoras para enfeitar.

Bata as claras em neve com o sal até que façam picos, mas não fiquem rígidas. Neste ponto, vá acrescentando aos poucos o açúcar, até que os merengues atinjam um um brillho acetinado.

Acrescente a maizena, a baunilha e o vinagre por cima e misture tudo suavemente. Forre as fôrmas com papel manteiga. Faça círculos de uns 10 cm de diâmetro. Para cada círculo eu utilizei mais ou menos umas 3 colheres de sopa do merengue bem cheias. Pode deixá-las desiguais que dá um charme.

Leve para assar num forno pré-aquecido à 180 graus por mais ou menos 1 hora. Dicas: Fique de olho para não queimar. Quando começar a dourar, você apaga o forno e deixa a assadeira lá dentro mesmo até esfriar. Um truque é fazer a noite, depois que apagar o forno, deixá-lo de um dia para o outro. Segundo o Alec, o segredo é cozinhar bem lentamente, com a temperatura mínima. Quanto mais tempo no forno, mais ressecada e com consistência de suspiro crocante. Quanto menos, você terá um “puxa-puxa” tipo marshmallow.

Bata o creme de leite com umas duas colheres de sopa de açúcar, até virar chantily. Sirva por cima e na hora sobre os merengues frios. Coloque as frutas por cima de tudo.

De lamber os beiços e sorrir com os olhos. Achei que a sobremesa tinha a cara da primavera, não sei o porquê… Bem-vinda seja.

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Sorvete de Camomila com Mel

É oficial: virei a maníaca dos sorvetes. Desde a aquisição da máquina, litros e potes, entram e saem do congelador todos os dias. Uma vontade de experimentar fazer todos os sabores do mundo, dos tradicionais aos mais heterodoxos. Acho que a graça da cozinha é justamente essa: quando ela te permite traduzir sua criatividade em pratos e receitas. É como se seu dia ficasse mais alegre por alguma inspiração gastronômica que você tem só de pensar em cozinhar.

Se eu soubesse que isso ia acontecer por conta da sorveteira, eu teria comprado antes… Nossa casa virou um júri de cada litro que sai da máquina, um pretexto para a gente se reunir na mesa (ou de pé ao lado da geladeira), discutindo a cremosidade e a textura, intercalando colheradas e risadas. E aí está outra “fabulosidade” (baixou o Guimarães Rosa, gente!) da cozinha, a capacidade de criar encontros e juntar pessoas em torno da comida.

Neologismos à parte, com a primavera chegando, e os dias de sol na janela, escolhi um sabor floral e doce para testar: camomila com mel… A inspiração veio da magnífica revista Kinfolk, com algumas adaptações no preparo. Dessa vez, eu aumentei a proporção de ovos na receita, já que usei leite semi-desnatado - quis me jogar quando vi que comprei uma caixa inteira do leite errado! - e olha só, o sorvete ficou mais cremoso que nunca!

Se você gosta de chá de camomila, vai amar. Se não, vai adorar também: a mistura do mel com a erva deixa o sorvete extremamente aromático, leve e inusitado. Vale experimentar!

Sorvete de Camomila & Mel | versão adaptada da Kinfolk

  • 01 litro de leite integral;

  • 04 ovos;

  • 01 xícara de mel;

  • 02 colheres de açúcar mascavo;

  • 02 colheres de sopa de camomila desidratada; e

  • 250g de creme de leite

Coloque a camomila e o mel em uma panela e leve ao fogo alto. Quando começar a ferver, abaixe o fogo, e deixe por 03 minutos. Junte o leite e o creme de leite e esquente até quase ferver.

Bata bem os ovos com o açúcar mascavo. Junte a mistura do leite quente. Coloque tudo de volta na panela e leve para cozinhar em fogo baixo até engrossar. É importante não deixar a mistura ferver para não talhar.

Coe o creme e leve à geladeira ou congelador para esfriar. Coloque a mistura na máquina de sorvete, e siga as instruções do fabricante.

Não tem máquina de sorvete? Aprenda com a Nigella: Ou seja, se não tiver a máquina, coloque num pote e leve ao congelador. A cada hora, bata a mistura num processador para mantê-la cremosa. Você vai ter que repetir este processo por pelo menos umas 3 vezes. Dá mais trabalho, e não vai ficar a mesma coisa, mas minha sogra fazia assim há 50 anos atrás - inclusive, ela fazia no garfo!.

Absolutamente fabuloso!

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Bolinhos de cenoura da Katie

Durante minha estadia na Nova Zelândia, descobri a alegria de se viver em pequenos cafés, inclusive de pequenas cidades à beira da estrada. E, numa dessas visitas, realizei minha melhor descoberta: o bolo de cenoura de lá.

Durante minha estadia na Nova Zelândia, descobri a alegria de se viver em pequenos cafés, inclusive de pequenas cidades à beira da estrada. E, numa dessas visitas, realizei minha melhor descoberta: o bolo de cenoura de lá. Na verdade, o bolo de cenoura fora do Brasil é totalmente diferente, principalmente pelo fato de não levar cobertura de chocolate como o nosso. Não que eu não adore o bolo de cenoura com jeitinho brasileiro, mas esse aqui…

Fato é que fiquei totalmente apaixonada por essa versão. Uma vez, a Beth do Local Milk disse que ela era do tipo que mantinha relações monogâmicas com determinados tipos bolos… Arrisco a dizer que esse bolo de cenoura, roubou totalmente a cena “bolística” do meu coração (rsrsr…)

Voltando para o Brasil, determinada a conseguir reproduzir essa façanha, encontrei uma receita no livro da What Katie Ate, para a minha alegria… Katie conta que desde a primeira vez que mordeu esse bolo, ela ficou totalmente obsessionada em conseguir fazer algo semelhante. Para a minha sorte, ela conseguiu transcrever a receita perfeita, e a minha lembrança culinária pôde ser fielmente preservada e apreciada!

Bolinhos de cenoura da Katie | receita original do livro What Katie Ate

  • ½ xícara de passas brancas;
  • 01 laranja;
  • 01 colher de sopa de Cointreau;
  • 1/3 xícara de açúcar mascavo;
  • ½ xícara de óleo de canola;
  • ½ xícara de mel;
  • 03 ovos caipiras;
  • 01 fava de baunilhas;
  • ½ colher de chá de gengibre em pó;
  • 1 e ½ xícara de farinha de trigo com fermento;
  • 01 colher de chá de bicarbonato de sódio;
  • 03 cenouras raladas;
  • punhado de nozes; e
  • pitada de sal

para o creme

  • 01 xícara de açúcar confeiteiro;
  • 85g de manteiga amolecida;
  • 80g de cream cheese;
  • 01 colher de sopa de creme de leite fresco; e
  • 01 colher de chá de extrato de baunilha

Deixe as passas de molho no suco de laranja e Cointreau de um dia para outro, na geladeira.

Bata o açúcar mascavo, óleo, mel, ovos e as sementes de baunilha, e vá juntando os demais ingredientes secos peneirados - a farinha, gengibre em pó e o bicarbonato. Misture as cenouras no final.

Numa fôrminha untada para 12 unidades de muffins, preencha os com a mistura até ¾ de cada orifício. Leve ao forno pré-aquecido à 180 graus para assar por cerca de 45 minutos, ou até que você fure os bolinhos com um palito e ele saia limpo.

Para a cobertura, bater todos os ingredientes por cerca de 10 minutos. Cubra os bolinhos frios, polvilhe as nozes grosseiramente picadas e regue com um pouco de mel.

Dê sua primeira mordida e seja totalmente conquistado!

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Melhor Arroz Doce do mundo

Há quatro anos atrás, eu adorava ir de quintas-feiras no Viena da frente de casa, só para comer a sobremesa do dia: o arroz doce. Eu nunca morri de amores pela sobremesa, apesar de ser algo que comi muito na minha infância, principalmente no inverno e nas épocas de festa junina, só que com bastante canela…

Mas no restaurante em questão, o sabor experimentado era totalmente diferente… Elevava o simples arroz doce à categoria gourmet de luxo, arrancando suspiros, gemidos e elogios. Tinha toques de laranja e a doçura e cremosidade perfeitas…

Só que há alguns anos eles decidiram tirar este manjar do cardápio, sabe se lá o por quê… (na verdade desconfio - desconfiar é um eufemismo da minha parte - que tenha sido depois da aquisição da rede por um grupo de investidores americanos). Mas deixando a teoria da conspiração capitalista de lado, enfim, achei que nunca mais ia poder saborear aquele doce dos deuses novamente…

Foi então que descobri a publicação da receita no Dicas do Chef no site da rede, para meu entusiamo!… Mas, então vendo os ingredientes necessários e a forma de preparo, acabei me desanimando de me locomover atrás deles… Como a vontade pela sobremesa continuou, minha alternativa foi seguir a receita do rice pudding, porDorian cuisine.

E, para ser bem sincera, o resultado não deixou nada a desejar, além da versão ser beeeem mais simples. O aroma da laranja combinado com a baunilha fizeram de cada colherada uma passagem para o céu. É, claro que não vou deixar de testar a receita do restaurante algum dia, mas esta daqui, satisfez minha tara pela sobremesa, além de ter ficado uma graça de apresentação por causa do gratinado!

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Arroz doce com aroma de laranja

  • 01 xícara de arroz branco
  • 750 ml de leite
  • 75 g de açúcar
  • 01 xícara de creme de leite fresco
  • 01 colher de sopa de manteiga
  • raspas de uma laranja
  • tiras da casca de 01 limão
  • 01 fava de baunilha

Corte a baunilha ao meio, raspe as sementes e misture-as com a fava aberta no leite, as raspas de laranja, casca de limão e o açúcar. Leve ao fogo baixo até ferver.

Cozinhe o arroz em água e quando começar a ferver, abaixe o fogo e deixe por 5 minutos.

Num recipiente que vá ao forno, junte o arroz, o restante do leite, o creme de leite e as tiras das casquinhas da lima. Tampe com um papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido à 150 graus, por 1 hora e 15 minutos aproximadamente. Retire o alumínio e deixe dourar por mais uns 15 minutos.

Deixe esfriar e na hora de servir, se preferir, coloque creme batido gelado.  Taste like heaven!

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Sorvete de Morango

De volta da Nova Zelândia, trouxemos na mala algo que nos rendeu boas risadas dos nossos amigos de lá: uma sorveteira elétrica.

De volta da Nova Zelândia, trouxemos na mala algo que nos rendeu boas risadas dos nossos amigos de lá: uma sorveteira elétrica… Digamos que não é bem algo que se traz de viagem, mas neste caso, fazendo as contas do quanto gastamos anualmente em sorvete no Brasil, a gente achou que valia a pena o investimento… E se existe um grande defeito nosso, é ser um casal meio sacoleiro (haja bugiganga!), especialmente, nas viagens…

Meu sorvete predileto é o de morango, mais especificamente o da Häagen-Dazs. O sorvete deles não tem aquele corante rosa horrível que a gente vê por aí, ou espessantes de origem duvidosa… Tem pedaços da fruta mesmo e o sorvete tem gosto de… adivinha… morangos! Mas o preço é bem pouco acessível.

Bom, o primeiro teste foi o clássico sorvete de baunilha, que mais parecia um crème brûlée de tão delicioso. Para o sorvete de morango, então, usamos ele como base e só acrescentamos a fruta no final. O resultado ficou totalmente empatado com a marca americana.

Confesso que desde que adquirimos a máquina de sorvete, temos nos tornado máquinas de comer sorvetes, mesmo assim, desconfio que devemos fazer uma boa economia no balanço final das contas.

Ah, e sobre tomar sorvete no inverno? Adoro.

Sorvete de Morango

1 litro e meio de sorvete

  • 500 ml de leite integral

  • 500 ml de creme de leite fresco

  • 400g de morangos (duas caixinhas - orgânico, por favor!)

  • 01 limão

  • 02 colheres de sopa de vinagre balsâmico

  • 01 copo de açúcar demerara

  • 01 vagem de baunilha (ou 01 colher de chá do extrato se não tiver)

  • 04 ovos

Coloque para ferver o leite e o creme de leite com a baunilha (cortada ao meio e junto com as sementes raspadas). Quando levantar fervura, apague o fogo e deixe por uns 20 minutos tampado.

Bata os ovos com o açúcar até ficar um creme claro. Jogue o leite quente nessa mistura e continue batendo. Volte tudo ao fogo, misturando sempre, em fogo brando até engrossar. Deixe esfriar e leve à geladeira.

Numa vasilha, pique os morangos, acrescente 02 colheres de açúcar, o suco do limão e o vinagre. Deixe marinando enquanto o creme esfria. Amasse os morangos ou bata-os no liquidificador.

Quando o creme estiver frio, misture com o purê de morangos. Aí, é só levar a mistura para a máquina de sorvete por aproximadamente 15 minutos. Guarde no congelador e espere pelo menos 1 hora antes de servir. - Como minha sorveteira suporta apenas 1 litro por vez, repeti o processo na máquina 2 vezes (sim, somos exagerados…).

Não tem máquina de sorvete? Aprenda com a Nigella!

Ou seja, se não tiver a máquina, coloque num pote e leve ao congelador. A cada hora, bata a mistura num processador para mantê-la cremosa. Você vai ter que repetir este processo por pelo menos umas 3 vezes.

Para descrever como ficou, faço das palavras da musa Nigella, as minhas:

“Tem sabor de céu azul, do sol batendo nos ombros;
uma memória ideal do verão num formato gastronômico perfeito.”

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Torta de maçã verde do Gabriel

Obviamente que esta receita não foi inventada por ele. Mas foi meu companheiro quem me ensinou, por isso, batizei ela como sendo dele… Enfim, é a torta mais fácil do mundo, isso eu te garanto.

Além disso, para curtir esse inverno gelado, nada mais gostoso do que a casa cheirando a torta assada, perfumando os cômodos com o doce aroma da canela… você vai se permitir a um prazer fácil sem culpa!

Torta de maçã verde com canela do Gabriel

  • 02 maçãs verdes (ou 1 e ½ se forem grandes)
  • 2/3 xícara de açúcar demerara
  • 01 xícara de farinha de trigo (com fermento)
  • 150g de manteiga
  • canela em pó

Corte as maçãs em fatias finas e distribua sobre a fôrma untada com manteiga. A fôrma que eu usei é de 20 cm de diâmetro, você pode utilizar aquelas tipo de vidro que podem ir ao forno.

Misture a farinha com o açúcar e a canela e jogue sobre as maçãs cobrindo tudo (dê uma batidinha na fôrma para ela cair por dentro). Corte a manteiga em pedaços e coloque sobre a superfície da torta. Asse num forno pré-aquecido à 180 graus, por aproximadamente 45 minutos.

A mesma versão pode ser feita com bananas bem maduras, daquelas quase passando. Servida quente ou fria, com uma bola de sorvete, creme batido ou sem nada mesmo.

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Bolinhos de Chuva com bananas

Adoro ganhar presente atrasado. Você não espera nada e é surpreendida. Essa semana foi assim. A Dani Coelho, da Danny Bunny, me deu um livro da Rita Lobo, o Pitadas da Rita, de aniversário… Mas espere, não ligue agora, rsrs, um livro com dedicatória e autografado!… Explico: a Dani foi convidada pela Rita para o coquetel de lançamento do livro (chique!), e foi então que além de ter tido o prazer de conhecê-la, ela se lembrou de adquirir meu presente na ocasião! Que fofa!

O livro realmente está uma graça; as fotos estão lindas, uma separação por cromia muito simpática, temperada com ótimas dicas e receitas muito bem selecionadas. Nada mais justo, então, estrear o livro para comemorar um presente tão singelo, de uma amiga tão especial!

Bolinhos de chuva foram minha escolha, para uma tarde com clima de saudade. Quem não comeu bolinhos de chuva quando criança, não sabe o que é ser criança feliz em dia frio. Na versão do livro, a Rita usa doce de leite para o recheio. Como a minha mãe usava bananas, eu optei pela opção memória completa de infância, e fui feliz de novo!

Enquanto eu preparava os bolinhos, a Dani aproveitou para fazer um belo suco de maracujá, da trepadeira de casa.

Bolinhos de Chuva com bananas | versão adaptada do Pitadas da Rita

  • 01 ovo
  • ½ xícara de açúcar
  • 01 colher de sopa de manteiga em temperatura ambiente
  • 01 de colher de chá de sal
  • ½ colher de sopa de fermento em pó
  • ½ xícara de leite
  • 01 xícara de farinha de trigo (bem cheia)
  • Óleo de canola para fritar
  • Açúcar confeiteiro e canela em pó para polvilhar
  • de 04 a 05 bananas nanicas

Misture bem o ovo, açúcar, manteiga e o sal. Junte aos poucos a farinha e o leite, alternando e misturando sempre. O ponto da massa não pode ficar nem muito escorrido e nem muito embatumado (corrija com a farinha ou leite, se necessário). Coloque o fermento apenas na hora de fritar.

Esquente bem o óleo numa panela de fritura, em fogo alto. Quando estiver bem quente, abaixe o fogo. Corte a banana em pedaços pequenos com a mão mesmo, e passe pela massa, com uma colher.

Coloque com cuidado cada bolinha de banana com a massa para fritar, e com vá virando o bolinho para ele dourar por igual. Retire e seque num papel toalha. Sirva quente, polvilhado com açúcar e canela.

A banana fica meio derretida por dentro e fica simplesmente uma delícia.

O suco da Dani ficou divino, e se você quiser saber como ela fez (não, não é batido no liquidificador), confere aqui!

Dani, só você mesmo, para acertar tão em cheio meu coração!

Fotos: Dona da Casa! & Danny Bunny

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Torta extra dark de chocolate

Dias frios, cobertor e chocolate são quase um clichê. Em épocas de tpm, então, nem falar…  Movida pela variação hormonal, fui em busca da receita perfeita, peso-pesado na categoria cacau; algo como esta aqui top de torta de chocolate do blog da alemã Sabrina Sue.

Eu já expressei aqui o quanto aprecio receitas simples e fáceis, mas que agradam e surpreendem tanto pelo paladar, quanto pelo visual. Adoro navegar pela web e encontrar tais preciosidades. Essa sobremesa é assim.

A massa é feita de bolachas do tipo Negresco (ou Oreo), que a torna super escura. O recheio é feito de ganache do tipo mais fácil impossível, que o torna um coringa para tantas outras sobremesas. Já vi muita gente torcer o nariz para as massas feitas de biscoito… Para mim, particularmente, são uma mão na roda, aliados da praticidade e da preguiça, e não deixam a desejar no quesito sabor e textura.

A verdade é que eu não resisti e resolvi experimentá-la no mesmo dia… O resultado foi tão bom, daqueles que as pessoas ficam perguntando se foi você mesmo quem fez, começam a virar os olhinhos e a suspirar gemidos, e você fica parecendo que até sabe cozinhar… :D

Torta de chocolate extra dark | versão adaptada por Sabrina Sue

para a massa

  • 16 biscoitos tipo negresco ou oreo
  • 50g de manteiga derretida

para o recheio

  • 200ml de creme de leite
  • 200g de chocolate meio amargo

Processe os biscoitos (com recheio) no processador ou num liquidificador potente, até que virem farofa. Adicione a manteiga derretida e amasse até formar uma massa. Abra numa fôrma pequena redonda (até 20 cm de diâmetro). Você pode forrá-la com um papel filme se desejar desenformá-la. Leve a massa ao refrigerador por pelo menos 15 minutos.

Numa panela esquente o creme de leite até quase começar a ferver. Apague o fogo e junte o chocolate picado. Misture bem até derreter completamente e formar um creme homogêneo. Seu ganache está pronto (e delicioso). Preencha a massa com o creme e leve à geladeira por pelo menos umas 3 horas (às vezes precisa mais um pouco para ficar bem firme e consistente na hora de cortar!).

O ideal é deixar de um dia para outro para ficar bem firme.

 

Sirva com um copo de leite gelado, ou um chá quente, debaixo das cobertas. :)

Produção: Dona da Casa! Fotos: Luiza Melo

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Copos de Pavlova com amoras

Nem toda sobremesa bonita e gostosa precisa de horas no fogão ou de destrezas de patisserie… Com alguns ingredientes chave na despensa ou guardados no congelador, requere-se apenas que você capriche na apresentação ou use de sua criatividade na hora montá-la.

Essa sobremesa é assim. Na verdade, se você quiser se dedicar a fundo, pode sim fazer melhor e assar seu próprio disco de merengue, até ele virar um suspiro perfeito. Eu confesso que já me aventurei algumas vezes e o resultado foi sempre uma decepção, depois de horas gastadas no forno. Isso não quer dizer que não vou continuar tentando, mas também é possível optar pela alternativa mais simples: a de comprar o suspiro pronto.

Na argentina, a pavlova, é bem comum. As confeitarias costumam vender discos grandes e médios de suspiro para você montar em casa a sua sobremesa. Minha sogra mesmo, me ensinou a receita com morangos ou pêssegos em lata. Aqui, é mais fácil você encontrar os suspiros em pacote, então, o jeito é fazer dessa forma aqui.

Pavlova de amoras cups

para 2 taças grandes

  • ½ pacote de suspiros

  • 2 colheres de sopa de geléia de frutas vermelhas

  • 1 xícara de amoras (pode ser das congeladas)

  • 1 copo de creme de leite batido (com pouco açúcar!)

Quebre os suspiros para a base, na taça a ser servida. coloque um pouco de amoras, depois geléia e por fim o creme batido. Vá fazendo camadas alternadas dos ingredientes, até finalizar com as amoras. Na verdade, você pode montar na ordem que quiser, se for servir dessa forma em copos.

O importante é você preparar na hora de servir, para que o suspiro não umedeça e perca a crocância. Voilà!

Produção e Edição: Dona da Casa!  Fotos: Luiza Melo

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Festinha de Carnaval no Quintal | por Dona da Casa! & Danny Bunny

A Dona da Casa! e a Danny Bunny se encontraram novamente para repetir a parceria de sucesso do Natal. Afinal, parceria boa é aquela que, além de fazer bonito, se faz dando risadas e se divertindo… O propósito desta vez foi de montar uma Festa de Carnaval no Quintal de casa, com algumas idéias de decoração, comes & bebes para você se inspirar na hora de receber seus convidados, amigos e crianças.

Para a decoração, o colorido e alegre está nos detalhes; seja num barquinho de papel, seja num guardanapo bordado. Para as comidinhas, finger food ou espetinho, fácil de se servir e gostoso de comer. Para as bebidas, drinks coloridos, sucos para as crianças e muita água. Para a sobremesa, doçura geladinha e de fácil preparo!…

Tudo simples de fazer para você não perder o rebolado. Tudo bonito de ver, sem cair na mesmice. Deixamos algumas receitinhas selecionadas com muito carinho para você experimentar na sua casa!…

A gente se divertiu tanto, que não acreditou como uma coisa tão simples pode ficar tão legal e tão bonita… Confira todos os detalhes, para você colorir sua casa de amor e alegria também!

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Com muito carinho e confete, 
Dona da Casa! e Danny Bunny

Produção: Dona da Casa! e Danny Bunny | Fotos: Luiza Melo


{ para os comes & bebes } Algumas receitinhas que selecionamos pra você!

Abobrinha recheada com ricota | por Real Mom Kitchen

de 15 a 20 rolinhos

  • 2 abobrinhas
  • ½ xícara de ricota
  • azeite
  • cream cheese
  • salsinha

Corte a abobrinha em tiras finas, cada abobrinha deve dar de 8 a 10 tiras. Frite numa chapa ou frigideira com pouco azeite (1 colher de sopa) até que dourem. Tempere com sal e azeite e deixe esfriar. Coloque uma colher de chá da ricota em uma das pontas e enrole. Coloque um palito para segurar rolinho. Enfeite com um pouco de ricota ou cream cheese no topo e jogue salsinha.

Picolés de Piña Colada | por Stupid Simple Snacks

de 8 a 10 picolés

  • 200ml de leite de coco
  • 200ml de creme de leite
  • 8 colheres de sopa de açúcar
  • 3 fatias de abacaxi
  • 1 copo de água
  • hortelã
  • copinhos de plástico
  • palitos de sorvete

Bata o leite de coco com o creme de leite e 4 colheres de sopa de açúcar. Coloque até a metade dos copinhos e coloque no congelador, por cerca de 1 hora ou até que estivejam firmes para enfiar os palitos. Bata o abacaxi (pode utilizar em conserva, mas aí não precisa de açúcar) com a água, 4 colheres de sopa de açúcar e um ramo de hortelã. Preencha o restante do copinho e coloque de volta ao congelador. Na hora de “desenformar”, se estiver muito difícil, molhe os copinhos na água.

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Torta de Maracujá

Esta semana tive uma surpresa no quintal de casa. Descobri que a trepadeira que sobe o muro e a árvore de casa é um maracujazeiro… E, como eles estão caindo aos montes, os próximos posts aproveitar-se-ão dessa fruta da estação!…

O maracujá é do tipo azedo (infelizmente não é o doce), e dá para aproveitar para fazer algumas receitas doces, muito suco e molhos deliciosos.

Uma receita hiperfácil de fazer é a torta de maracujá. Ela pode servir de base para experimentar com outras frutas, dessas de sementes, como morango, frutas vermelhas, romã, entre outras.

E para aproveitar o calor do verão, nada melhor do que uma sobremesa geladinha com a fruta da estação!…

Torta de maracujá

  • 3 maracujás azedos maduros
  • 150g de biscoito maria (pode usar de maisena também)
  • 50g de manteiga
  • 250g de iogurte
  • 150g de creme de leite
  • 12g de gelatina sem sabor
  • ½ favo de baunilha
  • 6 colheres de sopa de açúcar demerara

Quebre os biscoitos e processe-os até que fique uma farofa. Pode utilizar o liquidificador mesmo. Misture a manteiga derretida e aperte a massa, cobrindo o fundo da forma para a base da torta. Leve ao congelador por 20 minutos.

Bater numa tigela o iogurte, creme de leite, a baunilha e 4 colheres de açúcar. Dissolver a gelatina sem sabor em 3 colheres de sopa de água fervente. Para dissolver, colocar a gelatina aos poucos na água e misturar bem até que fique sem nenhum cristal. Agregar a gelatina dissolvida e continuar batendo.

Retire a forma do congelador e espalhe a poupa de 01 maracujá sobre a massa. Depois coloque por cima o creme batido. Leve ao congelador por mais 20 minutos.

Para a calda, utilize 2 maracujás e 2 colheres de sopa de açúcar. Dica: eu acrescentei 1 copo de suco de manga… Se você ainda não provou, a combinação da manga com o maracujá, está perdendo uma das misturas mais deliciosas e afrodisíacas! Cozinhe em fogo baixo até reduzir um pouco.

Depois de fria, jogue a calda sobre a torta…

Fruit de la passion tarte… Voilà!

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Bolo de Iogurte com Limão Siciliano

Para mim, uma boa receita tem que aguçar o paladar. Tem que ter nuances. Doces excessivamente doces não me agradam. Gosto quando o açúcar é quebrado pelo contraste, seja azedo, amargo ou salgado. Tem que ter perfume também, um aroma que não é tomado pelo excesso do açúcar. Traz inspiração e aconchego.

Esse bolo consegue isso: a mistura entre o cremoso do leite (da manteiga e do iogurte), o azedinho perfumado do limão siciliano e o doce aroma da baunilha vão te levar a uma experiência extra sensorial. Não, eu não estou brincando!

Originalmente esta receita vem de um portal americano, o Food Network, eu fiz algumas adaptações, além fazer metade do proposto. Quanto estou testando novidades, não gosto de exagerar, para evitar o desperdício, caso algo saia errado. Enfim, mas ao final, deu certo, então a meia receita deixou um gostinho de queremos mais!…

Lemon sugar cake | bolo de limões sicilianos

  • 100g de manteiga sem sal
  • 2/3 xícara de açúcar cristal (demerara)
  • 02 ovos
  • 03 limões sicilianos
  • pitada de sal
  • 01 xícara e meia de farinha
  • ¼ colher de chá de fermento em pó
  • 01 copinho de iogurte (originalmente com creme de leite, mas fiz a troca e deu muito certo)
  • 1/3 favo de baunilha
  • açúcar confeiteiro para enfeitar

Bata a manteiga (à temperatura ambiente) com o açúcar por aproximadamente 5 minutos, até que fique um creme esbranquiçado. Junte os ovos (um por um, batendo bem após cada um), as raspas dos 3 limões e a pitada de sal.

Numa outra tigela misture o iogurte, o suco de 01 limão e as sementinhas da baunilha. Neste caso, eu recomendo muito que se utilize a baunilha em favo pelo sabor que já descrevi acima. Mas se não tiver, utilize um extrato bom.

Em outra tigela, peneire os secos: a farinha e o fermento. Vá adicionando, aos ingredientes batidos, a mistura líquida do iogurte com o suco do limão, alternando com a mistura seca da farinha, finalizando com a parte seca. Bater bem.

Despeje numa forma untada com manteiga e farinha, e coloque para assar por aproximadamente 50 minutos, num forno pré-aquecido a 180 graus, ou até que o bolo esteja cozido. Você sabe que está bom, quando fura com um palito e ele sai limpo.

Depois de desenformado e frio, você pode jogar uma calda feita com o suco de limão (01 é suficiente) mais 01 xícara de açúcar confeiteiro. Misture bem e jogue por cima. É importante que o bolo esteja frio, pois se você for desesperada e ansiosa com eu, não vai conseguir o efeito da calda glaceada…

Simplesmente dos deuses.

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Bolinhos de Coco com Jabuticaba

Essa semana, buscando receitas, inspiração, navegando por blogs mundo à fora, me deparei com o blog da Molly Yeh, my name is yeh, uma garota hiper talentosa, que gosta de cozinhar, fotografar e tocar música. Sim, a garota, não bastasse cozinhar que é uma beleza, tirar fotos de fazer você ficar hipnotizada, também é formada em percussão na Juilliard, é mole?

Lá você vai encontrar receitas como essa aqui, macarrons de saskatoon, - você deve estar se perguntando o que é um saskatoon (!?!): uma espécie de fruta silvestre, da mesma família dos mirtilos, ou blueberries - entre várias outras idéias e receitas, divertidamente descritas em seus posts, permeado de histórias e belíssimas fotos de suas viagens pelo mundo e de sua vida atualmente rural em Grand Forks, norte da Dakota.

Bom, na falta dos saskt… er… deixa prá lá, eu me lembrei de um pote de geléia, que adquiri numa dessas viagens pelo sul de minas, de jabuticabas. Minha intuição me dizia que eu deveria testar a receita com essa substituição, então, aqui vai a minha versão dos bolinhos com jabuticaba.

Modéstia a parte, ficou um arraso… Recomendo altamente que você também se aventure e experimente!

Bolinhos de coco com jabuticaba

  • 395g de leite condensado (1 caixinha)
  • 400 g de coco ralado
  • 2 claras
  • uma pitada de sal
  • geléia de jabuticaba
  • manteiga para untar

Misture numa vasilha grande o coco ralado com o leite condensado. Bata as claras em neve com a pitada de sal. Junte as claras batidas na mistura de coco.

Pára tudo… se você ainda não sabe como separar a gema da clara, ainda não viu esse hit da net!

como separar a gema da clara

Faça bolinhas pequenas; as minhas ficaram um pouco grande, como as da Molly, mas parece que quanto mais menorzinhas, mais crocantes.

Coloque numa assadeira untada com manteiga e asse num forno pré-aquecido a 180 graus por uns 25 minutos, ou até que os bolinhos estejam dourados. Você vai precisar de uma assadeira grande, pois a receita dá entre 30 e 40 bolinhas, dependendo do tamanho.

Cubra os bolinhos com geléia de jabuticaba… Hmm!, ficaram divinos… Como a geléia e meio azedinha, a mistura ficou perfeita e eu desconfio que ela deva ficar boa com outras geléias de frutas silvestres. Então, se você não tiver geléia de jabuticabas, saskatoon ou mirtilos, teste em casa com a que você tiver e me conta, pode ser?

Yeh!

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Rabanadas ou torrejas de panetone

Já de volta ao Brasil, depois de 20 dias no país vizinho, comendo bem e fartamente, voltei encantada com a quantidade de programas culinários de alta qualidade produzidos lá. Uma variedade incrível, onde os apresentadores/cozinheiros (que além de inteligentes são muito carismáticos) ensinam receitas das mais simples às mais complexas numa produção de primeira, misturando poesia, descontração e arte (afinal não é disso que é feita a cozinha?), em programas que às vezes mais pareciam documentários de tão bem feitos.

Uma pena que nenhum deles é transmitido aqui, em especial o El Gourmet e a Fox Life (ou Utilíssima - pouco a ver com o que temos aqui no Brasil), ambos contam com uma gama de chefs, dos quais já virei fã de carteirinha… O canal que mais se assemelha é o GNT, aqui no Brasil.

Inspirada e com um monte de receitas dentro da mala, esta doçura vem do programa da Narda Lepes, quase uma pop star lá na Argentina: torrejas de pan dulce ou rabanadas de panetone. Afinal, quem nunca?!, passado o natal, o reveillon, o ano já começou e você não sabe mais o que fazer com aquele panetone que sobrou, ressecando de dar tristeza…

Eu, que já adoro rabanadas, amei essa receita para rechear o fim de tarde com uma delícia reciclada… Vamos lá!

Rabanadas de Panetone

  • ½ panetone ressecado
  • 1 copo de leite
  • 2 ovos
  • 1 colher de chá de açúcar
  • 2 colheres de sopa de manteiga
  • açúcar confeiteiro e canela em pó para polvilhar

Corte o panetone em fatias grossas. Se ele não estiver muito ressecado, fatie e deixe de um dia para outro.

Passe rapidamente no leite, e depois nos ovos batidos com o açúcar. Frite numa frigideira com manteiga até que fiquem dourados dos dois lados.

Salpique açúcar confeiteiro e canela em pó se gostar. Pode servir com creme batido ou sorvete se quiser incrementar a sobremesa.

Me encantó!

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Natal Craft | Projeto 03: biscoitos de natal

No terceiro projeto da série faça você mesma, especial de natal, com Danny Bunny, vamos te ensinar a fazer biscoitinhos de natal! Um presente delicioso que com certeza vai agradar a todos os paladares.

Confesso que nunca tinha feito biscoitos na minha vida e fui surpreendida pela facilidade deste projeto!… Buscando e testando receitas, encontrei e adaptei esta receita búlgara (!?) da Seventy Nine Ideas… A Dani adorou e aprovou a escolha e selecionamos estes amanteigados para você derreter qualquer um!…

Biscoitos Amanteigados para o Natal

  • 175g de manteiga
  • 350g de farinha de trigo
  • 150g de açúcar
  • 1 favo de baunilha ou 1 colher de sopa de essência
  • açúcar glacê para decorar

Junte a manteiga, farinha, açúcar num recipiente. Raspe o interior da vagem de baunilha, e agregue as sementes. Se não tiver, pode utilizar a essência mesmo.

Bata bem todos os ingredientes e se necessário coloque mais farinha até que a massa descole da tigela. Quando você conseguir manejá-la e formar uma bola com ela, está no ponto.

Depois de pronta, você pode deixá-la na geladeira por 15 minutos, para esfriar a mistura e ficar mais fácil de trabalhar com ela. Numa superfície limpa e lisa, salpique farinha e abra a massa.

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Quanto mais fininha, mais crocante.

Com as forminhas que tiver, corte os biscoitos no formato desejado.

Leve ao forno, pré-aquecido (180 graus) por uns 15 minutos, ou até que a massa fique cozida.

Polvilhe açúcar glacê por cima dos biscoitos enquanto estiverem quentes, para enfeitá-los.

Essa receita rende entre 45 e 50 biscoitos. Para presentear, coloque numa embalagem bem bonita, feita de papel de seda ou craft. Você também pode servi-los após a ceia, durante a festa de natal, acompanhado de um cafezinho…

Ah, quer aprender a fazer essa caixinha prá lá de linda?… Só podia ser coisa das talentosas mãos da Dani, né?… No blog dela, ela te ensina passo-a-passo a fazer essa belezinha, deixando seu presente ainda mais especial e personalizado… Confere lá, que vale muito a pena:

{ caixinha de origami, por Danny Bunny }

Surpreendentemente deliciosa esta receita… De lamber os beiços! Ho-ho-ho!

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Pêras em calda com creme gelado

Apesar do calendário, parece que o verão já se instalou em São Paulo (junto com as muriçocas). Não me entendam mal, eu amo o calor, mas em determinados lugares e ocasiões! E definitivamente, São Paulo, trabalho e segunda-feira, não combinam com a suadeira do verão!

Apesar disso, não posso me queixar, fizemos uma pausa no meio do dia, demos um mergulho na piscina gelada e, para esfriar a cabeça e os humores, decidi fazer um doce gelado para animar a tarde…

Eu adoro doces em calda, geralmente compro os enlatados no supermercado e deixo na geladeira para estas ocasiões. É só abrir e servir com um creme de leite batido bem geladinho… Pêssegos e pêras são meus preferidos, mas abacaxis e ameixas também são deliciosos.

Hoje, não tinha nenhuma dessas reservas em meu refrigerador, mas havia algumas pêras maduras bem firmes, um restinho de vinho moscatel (que é bastante doce), cravo e canela em pau… o suficiente para essa sobremesa caseira fácil e deliciosa.

Pêras em calda com creme batido gelado

  • 3 pêras maduras bem firmes
  • ½ xícara de vinho moscatel ou conhaque (ou qualquer vinho doce)
  • ½ xícara de água
  • 1 pau de canela
  • 2 cravos
  • creme de leite gelado
  • 2 colheres de açúcar

Descasque as pêras, corte-as ao meio e retire as sementes. Coloque na panela com o vinho, a água e as especiarias. Cozinhe em fogo baixo por uns 20 minutos, ou até as pêras ficarem macias. Coloque para gelar.

Sirva com creme gelado batido com o açúcar. Aprecie sem moderação à sombra. ;)

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Bolo de Tangerinas

No sábado, havia comprado meia dúzia de tangerinas pensando numa sobremesa refrescante, com creme batido ou merengues. Mas os dias de frio que se seguiram no começo da semana, me deixaram de cama, dor de garganta e desanimaram meus planos culinários. Ontem, decidi então que optar por um bolo, acompanhado de um chá quente, seria uma opção mais aconchegante para o friozinho…

Das receitas que busquei e que conheço, fiquei atraída por esta versão da Samanta Linsell, que originalmente foi feita para muffins; as clementine upside down cakes. Clementines são um tipo de mandarina, muito parecida com as tangerinas, mas menorzinha e com menos sementes. Como minhas tangerinas eram bastante gordinhas, não havia forminhas que coubessem as rodelas cortadas… Decidi então fazer um teste utilizando a forma convencional redonda, montando um bolo inteiro, ao invés dos muffins e, é claro, com as tangerinas.

Bolo de Tangerina ou Clementine

  • 225g de manteiga em temperatura ambiente
  • 1 xícara de açúcar
  • 2 xícaras de farinha
  • 4 ovos
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
  • raspas de 1 tangerina
  • rodelas de tangerina para cobrir a fôrma

Bater bem a manteiga com o açúcar até que se forme um creme. Adicione os ovos, um por vez, batendo bem após cada ovo. Junte a farinha (peneirada), o fermento em pó e as raspas de laranja. Unte a fôrma com manteiga, cubra com açúcar o fundo e forre com as rodelas de tangerina, descascadas e sem semente. Espalhe a massa do bolo por cima. Leve ao forno médio (180 graus) e cozinhe por 1 hora e 15 minutos, ou até que a massa esteja bem cozida.

Durante o preparo, recebi uma amiga muito mais que querida, Paula da Selva, para uma reunião sobre uma grande festa que teremos aqui em casa no final do mês. Designer de interiores e decoradora de festas, entre outras coisas, Paulinha já preparou festas incríveis aqui em casa. 

O bolo de tangerina ficou pronto após o entardecer, e aproveitamos para fechar a confraternização com o azedinho-doce dessa adaptação deliciosa.

☆ Voilà! ☆

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