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Tortinha Clássica de Morango

Fim de um ciclo e dias especiais.

Depois de uma semana corrida, estou de volta ao sítio. Quem me acompanha no Instagram viu que aconteceu, no último sábado, o Workshop Bolo, Câmera, Ação, organizado pela Camila Dutra do Feitocom.Amor. Quando ela anunciou o encontro mês passado, as vagas se esgotaram em 2 dias e, desde então, começou meu desvario em preparar o material. Ela me convidou a falar sobre fotografia e processo criativo, foram quase 20 pessoas me escutando por 2 horas. Esse passo foi tão importante para mim - e o retorno tem sido tão bacana de quem participou - que voltei cheia de idéias e projetos na cabeça. Tenho sentado todos os dias na frente do computador e criado novamente. Fazia tanto tempo que não me sentia tão inspirada. Aguardem mais cursos pela frente - Assina a newsletter na HOME se quiser estar entre os primeiros a saber das próximas novidades.

E durante essa ida por SP, encerramos também a casa que tínhamos lá. Terminamos de trazer as últimas caixas, entregamos as chaves e a casa vazia. Deu aquele aperto no coração: ver um ciclo se fechar. Fui muito feliz naquela casa, tanta coisa aconteceu em 13 anos, muita festa, muitos encontros. Tanta gente passou e morou por lá - a casa funcionava como uma espécie de comunidade, com quase 10 pessoas morando juntas. Mas gosto de pensar que isso também faz parte do estilo de vida que adotamos: reduzir e simplificar.

Tortinha Clássica de Morango

Ao voltar para minha cozinha, também quis fazer algo especial para o blog, afinal tudo começou 6 anos atrás aqui. Quis fazer uma receita que sempre tive vontade: Tortinha Clássica de Morango. Reluzentes nas vitrines de padarias, sempre tão convidativas, apesar de nem sempre tão gostosas. Essa aqui ficou perfeita. Massa crocante, creme de baunilha, morangos orgânicos pequenos, e calda brilhosa perfumada. Fazer esse tipo de receita sempre tem um significado dentro de mim. Botar o avental, separar os ingredientes, amassar a farinha e a manteiga com os dedos, chegar na textura perfeita e aveludada do creme pâtissière, detalhe, com extrato de baunilha feito por mim.

Se eu volto alguns anos atrás, tudo isso parecia tão distante da minha vida. E hoje, tão simples e rotineiro. Esse é o tipo de conquista que gosto de comemorar: a de comer uma tortinha de morango feita com amor e por mim.


Tortinha Clássica de Morango
Tortinha Classica de Morango
Tortinha Clássica de Morango
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Tortinha Clássica de Morango
Tortinha Classica de Morango
Tortinha Clássica de Morango
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Tortinha Clássica de Morango
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Tortinha Clássica de Morango

Massa crocante, creme de baunilha, morangos orgânicos e calda brilhosa e perfumada. Item sempre reluzente em padarias, mas nem sempre tão gostosas. Essa você pode fazer sem medo na sua casa que vai ficar uma delícia. Receita adaptada da Rainha da Cocada, Raiza Costa.

  • Rendimento: 6-8 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: chá da tarde, sobremesa

Ingredientes

para a massa

  • 200g de farinha de trigo
  • 30g de açúcar refinado
  • 100g de manteiga gelada sem sal
  • 1 ovo
  • pitada de sal

para o creme

  • 120ml de leite
  • 120ml de creme de leite fresco
  • 20g de maisena
  • 2 gemas
  • 45g de açúcar
  • 2 colheres de sopa de extrato de baunilha

para a cobertura

  • 120g de morangos (orgânicos de preferência)
  • 70ml de água + 2 colheres de sopa
  • 100g de açúcar
  • raspa de 1 limão
  • raspa de 1 laranja
  • 12g de gelatina incolor em pó (!/2 pacote)

Modo de Preparo

para a massa

  1. Num recipiente, junte os ingredientes secos e misture: farinha, açúcar e o sal.
  2. Com um ralador grosso, rale a manteiga - ela deve estar firme, recém tirada da geladeira - sobre a mistura de farinha, aos poucos. Ou seja, parando para amassar.
  3. Amasse com os dedos como se estivesse esfarelando, a idéia é que não fiquem grumos de manteiga inteiros.
  4. Quando estiver bem esfarelado, junte o ovo batido e aperte a massa, só até juntar tudo numa bola uniforme.
  5. Enrole em papel filme e leve à geladeira por 1 hora.
  6. Abra a massa numa fôrma redonda de torta, apertando com os dedos mesmo. Itilizei uma de 18cm de diâmetro e outra pequena de 10cm. A idéia é que ela não fique muito grossa, para assar por igual e ficar crocante.
  7. Perfure todo o fundo da massa com um garfo e leve ao congelador por uns 10 minutos.
  8. Asse em forno pré-aquecido a 200C graus, por uns 40 minutos ou até que as bordas estejam douradas.
  9. Retire do forno e deixe esfriar.

para o creme

  1. Leve o leite e o creme de leite numa panelinha em fogo médio até levantar fervura e desligue o fogo.
  2. Numa tigela, junte os ovos e o açúcar e bata até virar um creme esbranquiçado. Adicione a maisena e bata bem.
  3. Verta uma concha do leite quente sobre a mistura de gemas e misture vigorosamente.
  4. Junte a mistura no restante do leite e leve ao fogo médio, misturando bem sempre, até engrossar (uns 3-5 minutos).
  5. Adicione o extrato de baunilha e misture. Reserve até esfriar. - Dica: misture de vez em quando, enquanto esfria, o creme com um fouet para não formar aquela película por cima.
  6. Despeje o creme frio sobre a massa também fria.

para a cobertura

  1. Hidrate a gelatina em 2 colheres de sopa de água fria.
  2. Numa panela, junte o restante da água, o açúcar, as raspas de limão e laranja. Leve ao fogo médio até ferver.
  3. Desligue o fogo e deixe esfriar um pouco. Junte a gelatina hidratada, misture bem e reserve até estar fria.
  4. Corte os morangos e disponha sobre a torta.
  5. Pincele a calda brilhosa sobre os morangos e leve a torta à geladeira, por 1 hora antes de servir.
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Torta de Noz Pecã e Maçã Verde

Não há nada que descreva tão bem o inverno como o perfume de canela saindo do forno.

Lembrei de um dia, quando uma amiga (a Elke) veio me visitar aqui no sítio. Na ocasião, quem cozinhara a maior parte dos pratos tinha sido o Gabriel, inclusive, a sobremesa, uma torta de maçã. Ela tirou sarro da minha cara: "quem tem blog de receitas é você, mas quem cozinha é o seu marido?!” A gente riu pacas e o Gabriel aproveitou para me desdenhar, e eu tive que explicar que a receita da torta de maçã (um crumble na verdade), era receita vinda da Argentina, coisa de família.

Eu até cheguei a publicar essa receita por aqui, mas parece que ela se perdeu, acabei de olhar na listagem e o link está quebrado e não encontro mais o conteúdo. :(

A verdade é que eu nem sempre cozinho por aqui, a gente divide bem as tarefas. Quando estamos sem tempo, geralmente ele faz um grelhado, legumes e carne no fogo. Tem dias que estou com muita preguiça, ou muito cansada, e ele carinhosamente cozinha para a gente. Tudo isso para dizer que a gente prepara nossa comida por aqui todos os dias sim, mas nem sempre sou eu que faço tudo, amém. Agora lavar a louça, eu lavo todos os dias, mas isso é porque sou chata e sou neurótica com minhas louças - e para falar a verdade eu gosto de lavar.


Essa receita é incrivelmente deliciosa e invernal. Para mim, não há nada que descreva tão bem o inverno, como o perfume de canela saindo do forno. A receita foi inspirada na Torta de Pêras e Pecãs de Eva Kosmas Flores. - que faz as melhores fotos dessa internet, deus. Substituí a pêra pela maçã verde e fiz alguns ajustes por conta da acidez da fruta. Ela deveria se chamar então “Torta de Maçã Verde com Nozes Pecãs”, mas quando a gente comeu, apesar do gosto acentuado da fruta, as nozes se destacam por conta da quantidade colocada. Por isso re-batizamos a torta!


Por aqui, a temperatura tem chegado a zero. Geada e folhas que começam a secar e cair. Dias de fogão aceso, de lenha queimando o dia todo. Panelas grandes, caldos, carne de panela. Gosto de ter sempre uma xícara nas mãos, ver o vapor subir, e esquentar as mãos em volta dela. Fazer muitas receitas no forno, para manter a cozinha quente, e sentir o cheiro de torta assando pela casa.

Gosto de me cobrir com uma manta, e sair a andar assim, com ela nas costas. Sempre com meias de lã nos pés. Gosto de sentar no chão de pedras, enquanto o sol bate forte, mas com seus raios ralos, desses que demoram a esquentar. O inverno é assim, cheio de coisas para a gente fazer, para se manter aquecido. Coisas demoradas, coisas que dão mais trabalho. O quentinho é algo que a gente sente no coração, do frio que faz fora.


Receita de Torta de Noz Pecã com Maçã Verde

Receita de Torta de Noz Pecã com Maçã Verde
Receita de Torta de Noz Pecã com Maçã Verde
Receita de Torta de Noz Pecã com Maçã Verde
Receita de Torta de Noz Pecã com Maçã Verde
Receita de Torta de Noz Pecã com Maçã Verde
Receita de Torta de Noz Pecã com Maçã Verde
Receita de Torta de Noz Pecã com Maçã Verde
Receita de Torta de Noz Pecã com Maçã Verde
Receita de Torta de Noz Pecã com Maçã Verde
Receita de Torta de Noz Pecã com Maçã Verde

Torta de Noz Pecã e Maçã Verde

Receita perfeita para o inverno. Perfumada e deliciosa. Inspirada na Receita de Eva Kosmas Flores.

  • Rendimento: 02 tortas médias (fiz uma de 18cm de diâmetro e outra de 25cm)

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: torta, chá da tarde

Ingredientes

para a base

  • 1 e 3/4 xícaras de farinha de trigo
  • 1/4 xícara de açúcar cristal
  • 1 colher de chá de canela em pó
  • 1/2 colher de chá de sal
  • 170g de manteiga sem sal
  • 4-6 colheres de sopa de água gelada
  • 1/2 ovo batido para pincelar

para o recheio

  • 330g de maçãs verdes descascadas e picadas
  • 1/2 colher de sopa de manteiga sem sal
  • 1 maçã inteira para decorar
  • 1 e 1/2 ovo batido
  • 1/2 xícara de açúcar cristal
  • 1/4 xícara de iogurte
  • 1/4 xícara de mel
  • 1 colher de sopa de extrato de baunilha
  • 3/4 colher de chá de sal
  • 3/4 xícara de nozes pecãs

Modo de Preparo

para a base

  1. Num recipiente, junte os ingredientes secos e misture: farinha, açúcar, canela em pó e o sal.
  2. Com um ralador grosso, rale a manteiga - ela deve estar firme, recém tirada da geladeira - sobre a mistura de farinha, aos poucos. Ou seja, parando para amassar.
  3. Amasse com os dedos como se estivesse esfarelando, a idéia é que não fiquem grumos de manteiga inteiros.
  4. Quando estiver bem esfarelado, junte 4 colheres de sopa de água gelada e aperte bem a massa. Se necessário, adicione as 2 colheres restantes.
  5. A idéia é que a massa fique bem concisa e talvez um pouco pegajosa.
  6. Amasse bem por uns 30 segundos e forme uma bola.
  7. Enrole em papel filme e leve à geladeira por uns 30 minutos.

para o recheio

  1. Numa frigideira, derreta a manteiga em fogo alto e adicione as maçãs picadas.
  2. Refogue as maçãs, até que elas estejam douradas e macias, por uns 7 minutos. Deixe esfriar e reserve.
  3. Num recipiente, misture os ovos, açúcar, iogurte, mel, baunilha e o sal.
  4. Junte as nozes pecás - pode quebrar algumas com as mãos antes de adicionar - e as maçãs frias. Misture bem.
  5. Para decoração, descasque a maçá e corte no sentido longitudinal em 4 partes. Retire as sementes. Vá cortando fatias finas, mantendo a parte superior sem cortar. Depois abra como um leque, com cuidado.
  6. Disponha numa assadeira untada com manteiga e leve para assar num forno pré-aquecido a 180C graus, por uns 15 minutos, até que se sequem um pouco. Deixe esfriar e reserve.

para a montagem

  1. Abra a massa com um rolo, numa superfície levemente enfarinhada, até ficar com uns 3mm de espessura.
  2. Disponha sobre as fôrmas.
  3. Recheie com a mistura de nozes e maçà.
  4. Coloque os "leques" de maçã por cima de tudo.
  5. Enrole as bordas da torta e pincele-as com o ovo batido.
  6. Leve para assar em fôrno pré-aquecido a 180C graus, por uns 45 minutos, até que esteja dourada.
  7. Deixe esfriar antes de servir.
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Pão Australiano do Outback

Fofinho e docinho.

Fazer pão foi uma das coisas que aprendi aqui no sítio. Tanto pela falta de qualquer vizinhança num raio de quilômetros, quanto pelo amor por pães do Gabriel. Nada de fermentação natural, nem horas de sova. O mais simples: sovando um pouco na mão e o restante na batedeira mesmo, deixando a massa descansar do lado da lareira acesa.

Parênteses. O primeiro pão que aprendi aqui foi o Challah, receita da querida Gória. Depois disso, fui testando outras receitas, tive até uma pequena janela de experiência com o levain, - que durou pouco, não vou mentir - infelizmente. Essa bola eu deixo para minha amiga Elke modelar. E, temos uma máquina de pão também que é uma belezinha para o dia-a-dia. Dá inclusive para programar para que horas quer que o pão esteja pronto. Mas quem usa mais é o Gabriel.

Ainda não é inverno, mas aqui parece que já é faz algumas semanas. Pelo vento que corta frio nosso rosto à noite, quando a gente vai espiar o céu. A cúpula estrelada que cai sobre a gente é quase como um beijo gelado de boa noite. Enquanto o pão assava no forno, e o aroma quente se espalhava pela casa misturado com o cheiro da lenha queimando, fui dar a última volta lá fora. Agasalhada e encolhida, fechei os olhos e fiz um pedido.

As coisas simples também são as mais valiosas. Como pão caseiro que tem seu valor justamente por ser feito em casa, e tudo que isso representa. É o cenário desenhado todos os dias, pelo olhar de quem quer viver pelos detalhes. São pequenos feitos que somados fazem a gente se sentir rico, de uma riqueza que dinheiro nenhum compra.

Pão Australiano do Outback

Há mil anos atrás, eu adorava o Outback, na verdade, aquela cebola empanada que levava você a tomar alguns litros de chope para acompanhá-la. Nunca mais voltei, por anos, e a cebola ficou na minha lembrança. Recentemente, passando em frente, com fome, decidi resgatar o prato das recordações. Infelizmente, a memória boa continuou no passado: a cebola não era mais a mesma, não veio tão grande como eu me recordava, na verdade, veio pequena mesmo. Também não estava tão crocante, nem tão gostosa, o que foi bem decepcionante.

Mas para que não digam que sou só crítica, antes de servirem a cebola, trouxeram o couvert. Nele, serve-se um pão australiano, escuro com gosto acentuado de mel, acompanhado de uma manteiga cremosa. O pão salvou a noite, antes que ela ficasse ruim, e eu fiquei obcecada em encontrar a receita dessa delícia de pão.

A que elegi foi da Eline Prado do blog Mel e Pimenta. Que aliás, descobri que tem dicas e pratos ótimos - que comunidade maravilhosa é essa de blogueirxs de gastronomia na internet. A receita dela é uma adaptação publicada pela Bia Freitag do Desafios Gastronômicos. Obrigada, meninas! Adoramos o resultado.

Aqui, fiz algumas alterações, por conta do que eu tinha na minha despensa, ficou ótimo, e devo continuar minhas experiências sobre o pão, pois quero que ele fique bem escuro, bem fofinho e com bastante gosto de mel.

Quem tiver dúvidas em moldar o pão, assiste a este vídeo do Luiz Américo.


Faz tempo que não deixo sugestões de filmes ou seriados, até porque a Netflix tem me cansado demais, tenho achado as produções originais bem pouco originais; bem ruins, para ser sincera: vê-se que se gastou muito dinheiro com produção, mas pouco em roteiro ou em criar qualquer coisa que valha. Umas histórias fracas, sem pé nem sentido. A sensação que eu tenho é que eles tentam tornar tudo um capítulo de Black Mirror. Saturada, decidi voltar aos básicos, neste caso, à HBO.

Assisti Chernobyl, que me chocou à beça. É um chute no estômago, como a falta de um tiro de misericórdia pela humanidade. É também uma obra-prima de fotografia, com atuações excelentes. Impossível não pensar nas realidades controladas de Orwell em tantas cenas ali. Assisti em dois dias, e fiquei mal. Piorei quando descobri no mapa que Angra II está a 30 km de distância de casa.

O retrato da burocracia arrogante do governo soviético me deixou a pensar sobre o quanto realmente estamos seguros sob a proteção do Estado que deveria zelar pela vida. Os desastres de Mariana e Brumadinho estão aí para escancarar a falta de capacidade das instituições (públicas ou privadas), com lama derramada sobre sangue. Pensar que ainda tem gente que defende o uso de energia nuclear, sendo que nem barragens hidroelétricas foram capazes de manter sob segurança. E isso, nada tem a ver com comunismo ou capitalismo, pelamor, tem a ver com a incapacidade e estupidez humana mesmo.


No momento, estou assistindo a Big Little Lies, que tem atrizes ótimas, história bem narrada, e dá para levar bem, com humor. Estava com saudades das produções do David E. Kelly, e por enquanto (estou a 2 capítulos para terminar a primeira temporada) não tenho nada a reclamar da série, ao contrário, estou adorando. E Meryl Streep está na segunda temporada, então as expectativas são boas.


Pão Australiano do Outback
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Pão Australiano do Outback

Receita original do blog Mel e Pimenta e Desafios Gastronômicos, com adaptações.

  • Rendimento: 02 pães médios

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: pão, entrada, chá da tarde

Ingredientes
  • 360g de farinha de trigo
  • 70g de farelo de trigo
  • 3 colheres de sopa de cacau em pó
  • 1/4 de xícara de mel
  • 4 colheres de sopa de açúcar mascavo
  • 1 colher de sopa de fermento biológico seco
  • 30g de manteiga derretida
  • 300ml de água morna
  • 1 pitada de sal
  • fubá para polvilhar

Modo de Preparo
  1. Dissolva o açúcar mascavo e o fermento em metade da água morna, num recipiente pequeno e reserve.
  2. Junte todos os ingredientes secos numa tigela, e deixe um buraco no meio.
  3. Adicione à mistura do fermento, o mel e a manteiga.
  4. Vá incorporando os ingredientes com a ponta dos dedos, juntando o restante da água se necessário.
  5. Sove bem a massa por uns 5 minutos. Eu coloquei na batedeira com o batedor gancho e sovei por lá.
  6. Deixe a massa descansando num bowl por 1 hora, tampado com filme plástico ou um pano. Se possível deixe num local aquecido, protegido da luz e de qualquer corrente de ar.
  7. Quando a massa estiver crescida, molde os pães como preferir. Eu dividi a massa em duas partes e fiz dois pães.
  8. Para moldar, abro a massa, e vou dobrando várias vezes. Coloquei um link para um vídeo ensinando a moldar na postagem acima.
  9. Faça cortes diagonais com uma faca bem afiaca, no topo do pão. Polvilhe a assadeira e os pães com fubá.
  10. Cubra e deixe descansar por mais 1 hora, para crescer.
  11. Leve para assar em forno pré-aquecido a 180C graus, e asse por uns 35-40 minutos.
  12. Deixe esfriar numa grade.
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Quiche de Abobrinha com Bacon da Elke, numa tarde com café

Numa tarde ensolarada de outono.

É sempre muita história para contar: ela da sua viagem mais recente - dessa vez para Suécia e Dinamarca -, eu sobre meus perrengues na roça. A gente sempre dá muita risada, fazemos planos para dominar o mundo, tem sempre comida no meio, bebemos demais e terminamos com preguiça no final. E se lembra, que o melhor da vida são esses momentos.

Fika com Elke Noda

Nossa amizade começou por aqui, virtualmente. Na época, 4 anos atrás, ela tinha um blog de cozinha e viagens. Gostei de cara do que ela escrevia, e comentei: “dá vontade de ser sua amiga". E foi assim que a gente se identificou, logo de cara. Ela veio para casa, contou da sua vida, e eu da minha. Passamos um café e criamos um ritual.

Nem sempre é bonito como nessas fotos. Às vezes tem pizza fria de boteco, pipoca com cerveja, geladeira vazia, bolo de supermercado. Ontem, foi banquete feito na hora; enquanto ela contava as novidades suecas, abria com desenvoltura a massa da quiche, fritava o bacon na frigideira, e batia os ovos com creme. Eu ouvia sentada na bancada da cozinha, preparando a câmera para fazer fotos, ajustando o tripé de pata quebrada. Brindamos com espumante gelado, afinal, também esbanjamos riqueza quando podemos.

A gente ri das nossas diferenças - que não são poucas - eu chamo ela de louca, ela me chama de preguiçosa. Enchemos mais uma taça, porque não temos tempo a perder.


Pedi a receita da quiche, ela me olhou torto, afinal, nunca mede as quantidades e faz tudo no olho. Mas foi só eu postar foto ontem, que já teve gente pedindo receita. Então ela fez o favor de compartilhar. Toma lá a receita da Quiche de Abobrinha com Bacon da Elke Noda.

Quiche de Abobrinha da Elke
Quiche de Abobrinha da Elke
Queijo com Mel
Quiche de Abobrinha da Elke
Cheers
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Fika com Elke Noda
Queijo com Mel
Fika com Elke Noda
Bolo de Queijo com Goiabada
Bolo de Queijo com Goiabada
IMG_2660.jpg

Quiche de Abobrinha com Bacon da Elke Noda

Você pode utilizar a mesma massa para outros recheios como cebola, presunto e queijo, cenoura ralada, etc.

  • Rendimento: 06 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: torta, quiche

Ingredientes

para a massa

  • 180g de farinha de trigo
  • 80g de manteiga com sal
  • aproximadamente 1 ovo - não coloca o ovo todo, apenas o suficiente para dar liga - ou água gelada

para o recheio

  • 3 ovos
  • A mesma medida dos ovos de creme de leite
  • 1 abobrinha
  • bacon (opcional)
  • 50g queijo meia cura
  • Sal, pimenta do reino e noz moscada

Modo de Preparo

para a massa

  1. Juntar a farinha com a manteiga e faz tipo uma farofa.
  2. Adiciona o ovo ou a água para “grudar” tudo.
  3. Faz uma bola com a massa, enrola com papel filme e deixa na geladeira uns 15 minutos 
  4. Abre a massa com um rolo, coloque numa forma (essa medida é para forma de 25cm), fure a massa com um garfo e leve ao forno por 15 minutos a 180°C.

para o recheio

  1. Numa frigideira doure rapidamente o bacon. Reserve.
  2. Bater com um fouet os ovos, acrescenta o creme de leite, bater até ficar homogêneo.
  3. Tempere a gosto com sal, pimenta e noz moscada.
  4. Adicione o queijo meia cura ralado e o bacon.
  5. Fatie as abodrinhas com uma mandolina ou corte o mais fino que você conseguir.
  6. Despeje os ovos batidos na massa e coloque as rodelas de abobrinha.
  7. Leve para o forno a 220°C, já pré aquecido, por uns 20 minutos ou até dourar.
  8. Sirva morna ou fria.
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Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce

De onde vem a inspiração.

Apesar de ter me mudado para o mato, a gente ainda tem muitos compromisso durante o ano longe daqui. Meu marido ministra retiros de meditação e de terapias corporais, estamos sempre viajando e nos deslocando entre pousadas, por São Paulo, muitas vezes na estrada, indo ou vindo. Confesso que, para uma pessoa que adora rotina e ficar em casa, esse sempre foi o meu desafio dentro da relação: viver com essa sensação de mudança constante. No começo, eu realmente sofria em ter que empacotar e desfazer malas a cada 3 semanas. Hoje, já me acostumei. Ainda sofro em ter que conviver com a bagunça que é ter mochilas cheias encostadas por preguiça de desfazê-las. Mas um dia ainda aprendo um método fácil de organização da minha vida, me aguarda Marie Kondo.

Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce

Quando a gente retorna para casa é sempre um alívio. Não brinco quando digo que adoro ter tempo livre para fazer faxina em casa, organizar, varrer, limpar cantos. Eu amo a rotina de ter que cozinhar aqui todos os dias, porque, como já mencionei em postagens anteriores, o restaurante mais próximo está a 20km daqui, delivery nem sonhando. Adoro estar em casa e ter que cuidar dela; dar de comer para as galinhas, cuidar da horta, semear as flores da estação em copinhos.

Então dá um aperto pensar que, já nesse final de semana, a gente volta para a cidade grande, porque as pendências estão por lá. E que a gente vai ficar fora daqui quase um mês, porque tem viagem marcada no meio desse período. Eu não reclamo (tanto), adoro viajar e aproveito quando estou fora também. Mas almejo pelo dia, quem sabe quando, a gente vai poder descansar de verdade aqui, sem compromisso ou prazo para ir embora. Quando esse dia chegar, serei a pessoa mais feliz do mundo.


Dia desses, recebi uma mensagem de uma leitora perguntando se tem jeito da gente ter inspiração, mesmo com contas a pagar e problemas a resolver. Achei curiosa a mensagem, tal qual a projeção que talvez ela tenha sobre minha vida. Eu digo: gente, minha vida não é perfeita e eu nem sempre vivi aqui no meio desse mato lindo. Além de ter pastado bastante nessa vida, eu continuo tendo problemas e boletos vencendo no final, começo e meio do mês. Se parece que eu não trabalho, vamos corrigir essa percepção: eu trabalho muito, com muitas coisas que nem sempre curto, e ainda arranjo tempo para trabalhar com coisas que não me remuneram, como é o caso desse blog.

Então, vixe, é uma idéia equivocada e idealizada de que a vida precisa ser incólume a problemas para poder se inspirar no dia-a-dia. As percepções são pessoais, é claro, mas creio que há uma escolha implícita no olhar. Se existe algo que eu fiz, que definiram os meus passos até onde estou hoje, foi abrir mão de um monte de idéias de o que é felicidade para sociedade, que geralmente estão atreladas a coisas, bens materiais e status. Abri mão, inclusive, da idéia de ser mãe. Uma decisão que me doeu por muito tempo, mas que foi essencial para eu estar, da forma como estou estou hoje. Se você pensa que essa vida aqui é feita só de flores, é porque não costumo fotografar e postar minha cara de c%, quando estou preocupada com os problemas mundanos da vida. Mas além de flores, tem também sacrifício, suor em nome do amor. Tem trabalho, tem estudo e muita dedicação. E graças a deus, tem tempos de bobeira, descanso de pausa e meditação também.


O outono definitivamente chegou aqui na Serra com seu ar mais gelado mesmo sob o sol. As cosmeas começando a florir, cor-de-rosa e magenta pelo mato verde. A velocidade do tempo parece se reduzir, e o silêncio pode ser ouvido como o canto dos pássaros. É como se segundos de felicidade fossem dissolvidos pelos minutos, como gotas de mel num chá de camomila e lavanda: a calmaria do outono vai entrando a cada gole e correndo pelas veias. O coração em batidas cada vez mais lentas; não há nada a fazer a não ser observar o tempo passar, com uma xícara quente nas mãos.


Quando vi essa receita no site da Joyce, sabia que iria fazer seus biscoitos, assim que o frio chegasse por aqui. Adoro suas receitas, e mais ainda suas idéias e pensamentos, que ela gentilmente compartilha em suas redes. Há uma adoração/dedicação tão bonita à confeitaria: sua precisão, técnica e conhecimentos infindáveis. Mas o que me toca é que ela também consegue transformar a confeitaria num lugar de sensibilidade, de leveza e muito humano. Dá até vontade de virar confeiteira, mas no meu caso, só daqui algumas vidas.

A receita é fácil, só adaptei o chocolate (só tinha 80% cacau aqui em casa) e fiz na batedeira, pois não tenho processador. Casou perfeitamente com o doce de leite caseiro que recém tinha preparado essa semana. A receita do doce de leite fica para outro dia.


Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce
Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce
Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce
Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce
Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce
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Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce
Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce

Biscoitos de Café com Doce de Leite da Joyce

Receita original da Joyce Galvão. Estava aguardando os ventos gelados do outono chegar para experimentar esses biscoitos. Café, chocolate e doce de leite. Mimosos para acompanhar uma xícara de chá, e passar o dia olhando a janela.

  • Rendimento: 20-25 unidades

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: docinhos, chá da tarde

Ingredientes
  • 110g manteiga amolecida em temperatura ambiente
  • 90g de açúcar mascavo
  • 1 gema
  • 70g chocolate 80% cacau
  • 1 xícara de chá de farinha de trigo
  • ¼ xícara de chá de 40g cacau
  • 1 colher sopa de café moído bem fino
  • doce de leite para comer com os biscoitos o quanto baste

Modo de Preparo
  1. Derreta o chocolate em banho maria e reserve.
  2. Numa batederia, bata a manteiga e o açúcar até misturar.
  3. Adicione a gema e o chocolate derretido.
  4. Junte a farinha, o cacau em pó e o café e misture até formar uma massa homogênea.
  5. Envolva a massa em filme plástico e leve à geladeira por 30 minutos.
  6. Retire a massa da geladeira e faça bolinhas utilizando a medida de uma colher de chá disponde as bolinhas em uma assadeira (não é necessário untar) e pressione com o dedão, fazendo um buraquinho (onde você colocará depois o doce de leite)
  7. Leve ao forno preaquecido a 180° C por 12 minutos, retire e deixe os biscoitos esfriarem em uma grade.
  8. Adicione 1 colherada de doce de leite sobre os biscoitos
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Bolo de Chocolate com farinha integral

Textura, umidade e sabor incríveis. A.k.a.: fofinho, molhadinho e chocolatudo.

Como boa taurina, gosto de coisas que perdurem. De cenários estáveis, de conforto e sossego. Da vida material, de beleza concreta. De chão e de cotidiano. Já o ascendente em aquário dá aquela esquizofrenia boa à minha vida, a cara de desapego, livre de compromissos, bem "vida leva eu". Dizem que o nosso sol astrológico é aquilo que a gente é em essência, e o ascendente traz aquilo que a gente tem como guia para evoluir, num resumo bem simplista.

Bolo de Chocolate com Farinha Integral

Sinto que minha vida é bem regida pelos astros, que meu gostar já foi de muitos apegos, mas tem se conformado cada dia mais com a efemeridade das relações, e tudo bem também. Há muita beleza no abstrato e no etéreo. Por outro lado, o ser que vos escreve não é só evolução, magia e encanto. Há muita cabeça dura nessa mente taurina, daquelas que quando enfia algo na cabeça, só se convence quando vê ao vivo e a cores. Também há muita preguiça contida nesse ser, que só se mexe quando a água já passou das canelas. Não vamos nem começar a destrinchar a lua em escorpião e minhas neuras.

Engraçado que sempre acreditei em Astrologia, desde criança. As características, as previsões, os horóscopos, mesmo os de jornal, sempre fizeram sentido para mim. Comprei livros, estudei meu mapa astral e sempre adorei tudo relacionado ao assunto. Adoro o Quiroga, pensar que as estrelas nos regem e que somos parte do cosmos, me parece fascinante.


Bolo com farinha integral, para mim, sempre foi sinônimo de bolo sem gosto, seco e pesado. Daí que esse final de semana, a tpm chegou junto com a vontade de comer um bolo de chocolate. Abri a despensa e para minha tristeza, só tinha farinha integral. 😢

Pensei naquele bolo maravilhoso de chocolate sem farinha, mas eu só tinha uma caixa de cacau em pó no armário. A santa Internet às vezes ouve nossas preces, e na minha busca apareceu um milhão de receitas de bolo de cacau em pó com farinha integral. A que eu escolhi, jurava que passava no teste cego dos bolos de chocolate. Como boa taurina cabeça dura, não iria acreditar até provar pela minha própria boca.

E olha, tenho que dar meu braço a torcer: um dos melhores bolos de chocolate que já comi na vida. Textura, umidade e sabor impecáveis. A.k.a: fofinho, molhadinho e chocolatudo, como deve ser um bom bolo de chocolate. Obrigada, Wesley! A calda - que não é a mesma da receita original - fez toda diferença também; daquelas caldas que você pode até mergulhar uma couve-flor cru e comer que fica bom.


Bolo de Chocolate com Farinha Integral
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Bolo de Chcolate com farinha integral

Textura, umidade e sabor incríveis. Fofinho, molhadinho e chocolatudo. Com uma calda perfeita. Um dos melhores bolos de chocolate, e nem parece de farinha integral. A receita original é de Wesley Sarto do Blog "Receitas que Amo". A calda foi adaptação do que eu tinha na despensa.

  • Rendimento: 10 a 15 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: bolo, chá da tarde

Ingredientes

para o bolo

  • 3 ovos
  • 1/2 xícara óleo de milho
  • 1 xícara de açúcar demerara
  • 1/2 xícaras de açúcar mascavo
  • 1 xícara de leite integral morno
  • 2 xícaras de farinha integral
  • 1/2 xícara de cacau em pó (usei 100% cacau)
  • 1 colher de sopa de fermento em pó químico

para a calda

  • 395g de leite condensado
  • 70g de manteiga sem sal
  • 1/3 xícara de cacau em pó
  • 125ml de creme de leite (usei em lata sem o soro)

Modo de Preparo

para o bolo

  1. Na batedeira, junte os ovos, o óleo e os açúcares e bata bem até que a mistura fique cremosa e clara, por uns 3 minutos em velocidade média.
  2. Adicione o leite e bata por mais 2 minutos.
  3. Peneire a farinha de trigo integral, o cacau em pó e o fermento.
  4. Diminua a velocidade da batedeira, adicione o secos e misture apenas até incorporar.
  5. Unte uma fôrma redonda com manteiga e cacau.
  6. Despeje a mistura na fôrma e leve para assar em fôrno pré-aquecido a 180C graus.
  7. Asse por uns 45 minutos, ou até que a massa esteja bem dourada.
  8. Desenforme morno e deixe esfriar numa grade.

para a calda

  1. Coloque o leite condensado, a manteiga e o cacau em pó numa panelinha.
  2. Leve ao fogo alto, misturando sempre com um fouet até começar a desgrudar do fundo.
  3. Desligue o fogo e adicione o creme de leite.
  4. Misture bem e deixe esfriar.
  5. Despeje sobre o bolo frio.
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Broa de Fubá Cremosa

Uma receita original da Camila do Feito com Amor

Gosto de tomar um chá, acompanhado de um bolo, biscoito ou torrada com geléia, antes de dormir. Já virou vício. Dia desses, enquanto pensávamos no nosso lanche noturno, terminando um filme na cama, Gabriel comentou "estou há dias com vontade de comer bolo de fubá. Mas aquele cremoso, sabe?" . Não tive dúvidas, lembrei da receita que a Camila disponibilizou em seu blog, e eu ainda não tinha testado. Era essa receita que iria saciar nossas laricas. Usei o queijo meia-cura aqui da região. O bolo ficou na consistência perfeita, e foi nosso lanchinho da noite, num domingo desses chuvoso na Serra. 

Bolo de Fubá Cremoso

Se você ainda não conhece o blog da Camila, suas receitas e seus curso, te convido a conhecer. Além dela ser uma simpatia em pessoa, é uma professora querida, um talento de confeiteira e você vai amar o trabalho dela.

Link para acessar a receita completa da Broa de Fubá Cremosa.

Bolo de Fubá Cremoso
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Manjar de Coco com Calda de laranja-azeda

Da tradição ao improviso.

Há tempos não me animava a fotografar. Os equipamentos ali na mochila, o tripé no canto da sala. E eu desviava pelo outro lado do salão para não me dar de cara com eles. Às vezes arrastava a mochila de um lado para outro, como se fosse uma caixa de tralhas sem uso.

É incrível como a gente se convence de que a vida, para ser boa de verdade, tem que ter entusiasmo em tudo aquilo que se faz. Que fazer tudo com amor, signifique estar sempre disposto, disponível e à disposição, do que quer que seja. E a realidade é que minhas fibras são bem menos resistentes do que eu gostaria.

Eu flutuo em ciclos, eu oscilo em ondas, e eu nem sempre sou legal comigo. Ainda que eu esteja aprendendo aos 37 anos, como eu funciono e negociando constantemente comigo mesma. A vida solitária nas montanhas parece fácil. E é. Difícil é ter que conviver comigo mesma, às vezes.

Mas então, na sexta, a inspiração voltou. Como se do nada, um golpe me tomasse. Me animei a abrir a despensa e tirar os mantimentos das estantes. No sábado, foi dia de manjar. No domingo, de bolo de fubá. Terça-feira, pesto. Carreguei as baterias da câmera. Ajustei as lentes. Fiz um carinho nelas. Tive saudades. É através delas que meu mundo fica mais bonito.


Fiz um manjar de coco na sexta-feira à noite, para desenformar no sábado. Adoro manjar, detalhe: sem muito amido, mas numa consistência boa para desenformar firme e fazer bonito. A calda de damascos com água de laranjeira é boa, mas o sabor floral da versão libanesa me cansa um pouco. Meu coração é do tradicional português, com calda de ameixas secas, que tem gosto de festa de domingo na casa das tias.

Em casa, não tinha nem damascos, nem ameixas. Tinha uma jarra de doce de laranja-azeda do Gabriel. Um almibar delicioso, translúcido e âmbar, que escorreu feito joia líquida sobre a alvura do manjar de coco. A tradição ficou para outro dia. A gente pôde se deliciar com o sabor do improviso.


Manjar de Coco com Calda de laranja
Manjar de Coco com Calda de laranja
Manjar de Coco com Calda de laranja
Manjar de Côco com calda de laranja
Manjar de Coco com Calda de laranja
Manjar de Coco com Calda de laranja
Manjar de Coco com Calda de laranja
Manjar de Coco com Calda de laranja

Manjar de Coco com Calda de laranja-azeda

Um manjar de coco com uma calda diferente e improvisada.

  • Rendimento: 10 - 15 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: sobremesa

Ingredientes

para o manjar

  • 400ml de leite de coco
  • 200ml de leite integral
  • 1/3 de xícara de chá de açúcar cristal- 70g
  • 6 colheres de sopa de maisena - 55g
  • 1/2 xícara de chá de coco ralado - 50g

para a calda

  • 1 laranja-azeda
  • 2 xícaras de chá de açúcar cristal

Modo de Preparo

para o manjar

  1. Dissolva a maisena no leite.
  2. Coloque numa panela o leite de coco, o leite com o amido dissolvido e o açúcar.
  3. Leve ao fogo baixo, misturando sempre, por uns 10-15 minutos.
  4. Quando começar a engrossar e ferver, apague o fogo e continue misturando sempre. Utilize um fouet, para não empelotar. O creme deve ficar numa consistência de mingau mole.
  5. Adicione o coco ralado e misture bem.
  6. Despeje numa forma untada com óleo e deixe esfriar.
  7. Leve à geladeira por umas 8 horas.
  8. Desenforme.

para a calda

  1. Tire a casca (mas preserve um pouco da parte branca), retire o excesso de pele dos gomos, e corte a laranja em pedaços grandes.
  2. Leve para cozinhar em fogo baixo, por cerca de uma hora, cuidando para a calda não queimar, e chegar numa consistência de calda.
  3. Deixe esfriar.
  4. Coar 1 xícara de chá da calda e leve à geladeira.
  5. Escorra sobre o manjar na hora de servir.
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Salada Verde com Pêra e Romã

Para a realização acontecer.

Essa semana, ouvi emocionada o discurso ovacionado da Glenn Close, em sua premiação durante Globo de Ouro. Como li outro dia nas redes, estou digitando o teclado com os pés, porque as mãos ocupadas aplaudindo e enxugando lágrimas até agora (emoji risos). Ela falou sobre a importância de nós, como mulheres, nos sentirmos realizadas, não apenas pela função social - ter filhos ou um casamento bem sucedido - mas como profissionais, felizes, em nossas carreiras. Transformar um sonho em realidade, e permitir-se realizar-se através dele. É algo relativamente novo em nossa sociedade; essa possibilidade conquistada apesar da nossa condição de nascer sob o gênero feminino.

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Até poucas gerações passadas isso não era possível. Minha mãe, por exemplo, dedicou boa parte da sua vida como dona de casa, abriu mão da continuidade de seus estudos, para se dedicar à família e seus três filhos. Minhas avós, então, nem falar. Quando eu penso na minha vida, vejo o tanto de oportunidades que tive, diferente delas. Mas apesar de ter terminado uma faculdade, ter seguido uma carreira e profissão por 10 anos, isso, durante muito tempo, não era o suficiente para mim. Havia uma cobrança social - e interna - sobre constituir uma família, ter um filho até os 30 para que a realização acontecesse. Como se a completude da mulher só pudesse vir através de ser mãe.

Já escrevi aqui sobre a tetralogia napolitana de Elena Ferrante, que fala justamente sobre o machismo social e a forma como ela se expressa em todas as formas violentas de usurpar e destituir a liberdade das mulheres. Nascer sob a condição feminina gera uma séries de limitações de escolhas ou de possibilidades para uma mulher, e isso era ainda mais gritante e pungente até algumas poucas décadas atrás.

Hoje, o mundo caminha para uma nova era (ainda que a passos de bebê) e espero que, em breve, a gente possa ser livre para escolher o tipo de realização, ou as realizações que almejamos em nossas vidas. E que a gente possa ter a oportunidade de seguir nossos sonhos e aquilo que faz realmente nosso coração vibrar, e ser capaz de lidar com qualquer percalço que elas possam reverberar, ou colher todas bençãos que elas possam trazer.


“Naquela ocasião, ao contrário, vi nitidamente as mães de família do bairro velho. (…) pareciam ter perdido os atributos femininos que nós, jovens, dávamos tanta importância e que púnhamos em evidência com a maquiagem. Tinham sido consumidas pelos corpos dos maridos, dos pais, dos irmãos, aos quais acabavam sempre se assemelhando, ou pelo cansaço ou pela chegada da velhice, pela doença. Quando essa transformação começava? Com o trabalho doméstico? Com as gestações? Com os espancamentos? Lila se deformaria como Nunzia? De seu rosto delicado despontaria Fernando, seu andar elegante se transmutaria nas passadas abertas, braços afastados do tronco, de Rino?” 

- História do novo sobrenome, Elena Ferrante -


Nunca fui grande fã do verão: a suadeira, os mosquitos - o horário de verão! - sempre me deram a sensação de vida decadente, diluindo os ânimos pela transpiração. Agora aqui no meio das montanhas, os dias mais largos, a luz que ouro que banha a casa até quase 8 da noite, o céu que se transforma numa cúpula estrelada à noite, e os elaterídeos piscando na floresta, mudaram minha percepção dessa estação tão quente e tão tropical. O verde é abundante essa época, as dálias e as hortênsias começam a florescer. Viva o verão!


As refeições também são mais fáceis nessa época. Comemos muita fruta durante o dia todo, tomamos muito suco (e muita água). Um grelhado e uma boa salada verde, com folhas frescas da horta são o suficiente para a gente passar bem o dia. Você pode colocar outras folhas e outras frutas também - manga fica ótima! -, uns pedaços de queijo de cabra ou de búfala, para quem gosta.


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Salada Verde com Pêra e Romã

Simples e perfeita para o verão. Para essa salada, você pode usar quais folhas verdes preferir, colocar frutas como manga ou figo. O acompanhamento ideal para grelhados.

  • Rendimento: 04 pratos

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: acompanhamento, salada

Ingredientes

para a salada

  • 04 folhas grandes de couve
  • 03 folhas grandes de almeirão
  • agrião, rúcula e folhas de espinafre
  • 1/4 de romã
  • 70g de nozes pecãs

para o molho

  • 02 colheres de sopa de azeite de oliva
  • 01 colher de sopa de mostarda dijon
  • 01 colher de sopa de vinagre balsâmico
  • 01 colher de sopa de mel
  • 01 colher de sopa de shoyu

Modo de Preparo

para a salada

  1. Corte a couve bem fininha (tire o talo do meio se não gostar).
  2. Corte o almeirão em tiras mais grossas.
  3. Fatie as pêras em lâminas finas.
  4. Toste as nozes pecãs no forno, uns 5 minutos em forno médio.
  5. Disponha as folhas numa travessa, colocando as pêras fatias por cima. Salpique as semente de romãs e as nozes picadas por cima de tudo.

para o molho

  1. Coloque todos os ingredientes numa tigela e misture bem (com um mini fouet se tiver) até emulsificar.
  2. Sirva por cima da salada.
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Pêssegos ao Vinho Rosé

Essa receita é de pêssegos em calda caseiros, feitos no vinho, tem a cara e o frescor do verão.

Passamos o Natal aqui em casa, no sítio, com pouca gente (minha irmã Débora e meu cunhado Léo), coisa bem simples, mas bem gostosa. O Gabriel assou um cordeiro na churrasqueira, fiz um ratatouille para Lucy que é vegetariana, tomamos muito vinho e umas caipirinhas de saquê com lichia, enquanto jogávamos uma partida de War. De sobremesa, sorvete de nata e de gianduia.

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A gente estreou a sala, já que o sofá chegou a poucos dias, a casa ficou com uma cara de aconchego e pronta para receber visitas. A virada do ano também foi aqui em casa, passamos só eu e o Gabriel (e os cachorros), brindamos com vinho também, e fomos para a cama cedo, assistir um filme na tevê. Foi tudo bem normal, como tem sido nossa vida cotidiana aqui no sítio. A vida soa meio sem graça, se comparada aos grandes acontecimentos que a gente tinha antes de vir para cá.

Tem dias que dá mais preguiça que o usual, parecendo até desânimo de viver qualquer coisa que valha. Eu vivo para acordar e soltar os pintinhos (que já estão grandes), moer e passar meu café, tomar meu kefir, tirar as folhas secas das minhas flores, dar comida para os cachorros, pensar no almoço que é sempre quase janta. Responder e-mails e trabalhar no computador, dar uma volta pelo mato, se estiver calor, tomar um banho no rio, se estiver chovendo, ficar olhando as galinhas se aninharem debaixo dos arbustos. Essa é a minha rotina.

Agora, no verão, chove muito, quase todos os dias: aquela tempestade pesada, que vai e abre sol logo em seguida, para secar as poças que ficaram na varanda. A gente bebe vinho branco e rosé com muito gelo, dorme de janelas abertas para o vento gelado da Serra entrar, toma sol do lado da cachoeira e deita sobre as pedras quentes. Essa época do ano, geralmente eu estaria em Córdoba ou BsA, na Argentina, sofrendo com o calor de 40 graus à sombra, refletido nos asfaltos e concretos urbanos. Era um inferno, confesso, mas sinto saudades! Foram quase 8 anos passando as festas de final de ano por lá, hehehe.


Os planos para esse ano são muitos - como sempre - mas para o blog, pretendo publicar com mais freqüência. Esse lugar nutre meu coração e é sempre bom compartilhar receitas boas e estórias aqui da roça. Para quem sempre me pergunta, o curso de fotografia está começando a ser esboçado no papel, e quem sabe ele sai ainda no primeiro semestre (oremos!). Eu adoro finais de ano, mas tenho certa dificuldade com o início, para planejar e para começar a colocar o planejamento em prática. Ainda que é sempre gostoso sentir o frisson das possibilidades que um ano novo em folha traz. Mas a verdade é que me sinto cada dia mais como o poema de Mário Quintana. Continuo uma sonhadora nata, e adoro sonhar. Mas sei que muitos deles são ilusões e que cada dia me desprendo um pouco mais deles, deixando-os pelo caminho, sem sofrimento ou pesar.

E agora, com a casinha com um quarto de hóspedes pronto - e uma sala com sofá! - pretendo receber pessoas aqui em casa também. 2018, foi um bom ano de reclusão e de afastamento das relações externas, para me conectar mais comigo mesma. Mas é hora de recuperar os vínculos e laços de amizade e familiares, para viver uma vida mais conectada com as pessoas que amo também.


Essa receita é de pêssegos em calda caseiros, feitos no vinho, tem a cara e o frescor do verão. Usei rosé e branco, pois era o que tinha em casa. Utilizei os pêssegos aqui do sítio que ainda estão meio duros. Ficou uma delícia. O vinho praticamente evapora, e deixa uma cor maravilhosa. O perfume de baunilha inundou a casa, enquanto a calda borbulhava com as frutas na panela. É por esses momentos que pretendo viver 2019. Se fizer a receita, posta no instagram e me marca ou me conta por aqui como ficou!


Das ilusões
Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entretanto, após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio!

- Mario Quintana -


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Pêssegos ao Vinho Rosé

Essa receita é de pêssegos em calda caseiros, feitos no vinho, tem a cara e o frescor do verão. O vinho praticamente evapora, e deixa uma cor maravilhosa. O perfume de baunilha inunda a casa, enquanto a calda borbulha com as frutas na panela.

  • Rendimento: 04 pratos

  • Tempo de Preparo:

Ingredientes
  • 06 pêssegos firmes
  • 01 xícara de vinho branco
  • 1/2 xícara de vinho rosé (pode usar tudo branco ou tudo rosé, se preferir)
  • 1/2 xícara de água
  • 04 colheres de sopa de açúcar cristal
  • 1/2 favo de baunilha (opcional, pode usar um pouco de extrato se não tiver o favo)
  • raspas de limão
  • folhas de erva cidreira

Modo de Preparo
  1. Descasque os pêssegos e reserve. - *Caso utilize pêssegos bem maduros, para descascar sem desmanchá-los, você pode fazer o seguinte: ferva uma panela com água (o suficiente para mergulhar os pêssegos). Coloque os pêssegos e ferva por 30 segundos. Retire-os em seguida, e coloque-os em água gelada. Retire a pele com as mãos.
  2. Numa panela, coloque o vinho, água, açúcar, baunilha e as raspas de limão, e leve ao fogo até ferver. Misture para dissolver o açúcar.
  3. Acrescente os pêssegos um a um - cuidado para não se queimar com o líquido quente!
  4. Cozinhe em fogo baixo, por uns 30 minutos (se os pêssegos estiverem bem maduros, cozinhe por menos tempo), ou até que estejam macios, virando-os de vez em quando.
  5. Deixe esfriar e leve à geladeira por umas 2 horas.
  6. Sirva gelado, com um pouco de creme ou iogurte. Coloque uma folhas de cidreira para acompanhar se gostar.
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Sopa de Mandioquinha

Dos deuses.

Foi depois de crescida que eu fui aprender a gostar de mandioquinha, porque de criança, o vapor e o aroma dela tomando a cozinha me tirava o apetite. Mas aqui na Serra, a gente come muito cordeiro assado, e o purê de mandioquinha com bastante noz-moscada é o acompanhamento ideal.

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Numa noite dessas, eu estava naqueles dias: bem cansada, com cólica e meio enjoada. Queria um caldo, mas tudo que tinha na geladeira era um saco de batata baroa e meia cenoura. Então, meio a contragosto, resolvi fazer uma sopa com o que tinha, para esquentar o estômago e poder dormir. Da horta, sempre tem aipo. Do galinheiro, nunca falta ovo. Entre descascar os legumes até servir a sopa na mesa, foram 15 minutos contados no relógio. E, supreendentemente, o resultado final ficou dos deuses: um creme aveludado, com uma cor fantástica e um sabor incrivelmente sofisticado.

A receita é super simples - com certeza todo mundo tem uma receita de creme de mandioquinha em casa - mas essa aqui ficou bem especial. Tem cara de outono em plena primavera chuvosa. Tem consistência de amor: aquele que preenche e aquece por dentro.

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Sopa de Mandioquinha

  • Rendimento: 02 porções

  • Tempo de Preparo:

Ingredientes
  • 04 mandioquinhas
  • 01 cenoura
  • 01 talo de salsão pequeno
  • 01 ovo
  • 01 folha de louro
  • sal e pimenta-do-reino moída na hora
  • noz moscada ralada na hora
  • azeite, queijo parmesão ralado e salsinha picada para servir

Modo de Preparo
  1. Lave, descasque e corte as mandioquinhas e as cenouras em rodelas finas.
  2. Coloque na panela com a água filtrada até cobrir os legumes.
  3. Junte o talo de salsão, louro, sal, pimenta e noz moscada. Deixe cozinhar, com a tampa entreaberta, por cerca de 10 minutos ou até a mandioquinha ficar bem macia.
  4. Desligue o fogo e retire o salsão e a folha de louro.
  5. Bata os ingredientes com o mixer na própria panela até ficar liso - cuidado para que a sopa quente não espirre - ou bata no liquidificador.
  6. Numa tigela, bata o ovo com um garfo e jogue na sopa quente, misturando bem. Ele irá cozinhar com o calor da sopa e encorpar o creme.
  7. Sirva com um fio de azeite, queijo ralado e salsinha picada.
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Talharim caseiro com molho de tomate com funghi

Dias de chuva.

Tem chovido todos os dias aqui na Serra, faz umas três semanas. Noé já teria construído sua barca e fugido daqui. Dias de lama, muitas nuvens e pouco Sol. Dá pouca vontade de sair de casa e eu me pego horas na janela, vendo a tempestade molhar, sem trégua, fazendo cascata pelo telhado. Apesar de gostar do barulho da chuva, não gosto de dias frios e úmidos - me dá preguiça além do usual, e eu tenho que fazer um esforço para seguir a vida. A sensação que eu tenho, é que o tempo fica numa pausa indefinida, enquanto goteja lá fora; ou a gente fica em espera, contendo a ansiedade, ou a gente sai por aí, com grandes chances de atolar no barro.

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Viver no mato é adaptar-se às forças da natureza: bruta, absoluta e instável. É manter os humores em baias e rédeas, apesar dela; é não sucumbir às suas variações, aos céus nublados, às tempestades perenes. É aceitar que tudo é cíclico, nada é para sempre, e poucas coisas estão, realmente, sob nosso controle. Minha vida mudou muito nesses onze meses, para além da troca de cenário: a rotina, as atividades, os tempos, meu contato comigo mesma, minha relação com o mundo. É desafiador, de uma estranheza tremenda, mas, ao mesmo tempo, uma verdade e crueza que jamais havia vivido antes. Eu sinto como se meus sentimentos estivessem todos os dias à flor da pele, e ao mesmo tempo, como se uma camada de casca grossa estivesse sendo sedimentada sobre mim.

Há uma reverência crescente que desenvolvo todos os dias por esse lugar. Mas há, em paralelo, a minha capacidade de tornar banal o cotidiano, de querer passar batido, de não se maravilhar ou de me esquecer do que estou a fazer aqui. É preciso manter o compromisso todos os dias, de lembrar e relembrar, das promessas, das bençãos de viver sobre as montanhas.


Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva

Não faz ruído senão com sossego.

Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva

Do que não sabe, o sentimento é cego.

Chove. Meu ser (quem sou) renego...

Tão calma é a chuva que se solta no ar

(Nem parece de nuvens) que parece

Que não é chuva, mas um sussurrar

Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.

Chove. Nada apetece...

Não paira vento, não há céu que eu sinta.

Chove longínqua e indistintamente,

Como uma coisa certa que nos minta,

Como um grande desejo que nos mente.

Chove. Nada em mim sente...

- Fernando Pessoa -


Essa receita é antiga, as fotos não são de agora, mas de alguns meses atrás. Ficou nos meus arquivos, decidi resgatar e publicar por aqui. Espero que gostem.


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Talharim Caseiro com Molho de Tomate com Funghi

Massa caseira e molho de tomate: nada pode ser mais reconfortante que um prato de talharim.

  • Rendimento: 2-3 pratos

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: massa, talharim

Ingredientes

para a massa

  • 250g de farinha
  • 2 ovos grandes
  • 2 colheres de água gelada (caso precise para dar ponto na massa)
  • pitada de sal

para o molho

  • 1/4 xícara de azeite de oliva
  • 1 cebola roxa média
  • 3 tomates grandes maduros
  • 70g de funghi
  • 1/2 xícara de vinho tinto
  • 2 colheres de sopa de açúcar
  • pitada de sal
  • orégano
  • pimenta do reino
  • queijo parmesão ralado para polvilhar

Modo de Preparo

para a massa

  1. Num bowl, ou numa bancada, faça uma montanha de farinha com um buraco no meio e quebre os ovos lá.
  2. Misture com as mãos, amassando bem, adicione o sal e sove por uns 10, 15 minutos. - Eu sovo por 5, depois coloco na batedeira com gancho para massas pesadas.
  3. Forme uma bola, cubra com plástico filme e guarde por uns 30 minutos na geladeira.
  4. Corte a massa em pedaços e amasse. Polvilhe farinha na massa a ser trabalhada, e passe pela máquina no nível zero (ou o primeiro nível). Depois de passar, dobre ao meio e passe de novo. Repita esse processo por umas cinco vezes.
  5. Vá aumentando (ou diminuindo) o grau da espessura (cada vez mais fino), para abrir a massa, até chegar ao 8 ou 9. - Se você não tem máquina, acredito que dê para abrir no rolo também, mas deve ser bem trabalhoso e exigir um pouco mais de habilidade.
  6. Depois de abrir uma tira retangular de massa, passe no cortador de talharim. Coloque a massa polvilhada com farinha para secar.
  7. Ferva uma panela de água para cozinhar o macarrão, com uma colher de sopa de azeite e sal.
  8. Quando ferver, coloque o macarrão e cozinhe por uns 3 minutos - a massa fresca fica pronta bem rápido, talvez antes disso.
  9. Escorra bem - eu costumo jogar um pouco de água fria para interromper o cozimento da massa.

para o molho

  1. Coloque o funghi numa tigela e acrescente água fervente até cobri-lo por inteiro (e mais um pouco), e deixe de molho por uns 30 minutos até que fique hidratado.
  2. Corte em pedaços grandes.
  3. Pique bem uma cebola e refogue-a numa frigideira com o azeite de oliva.
  4. Quando a cebola estiver dourada, adicione os tomates picados e o açúcar e cozinhe por mais uns 5 minutos.
  5. Junte o funghi, o vinho tinto e os temperos e refogue por mais uns 3 minutos.
  6. Sirva o molho sobre o talharim e polvilhe queijo parmesão ralado.
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Bolo de Chocolate Branco com Calda de Maracujá

Receita para o Portal Dedo de Moça

Passada a histeria coletiva em que se encontrava nossa nação, na qual eu me incluía, - desde horas a fio militando nas redes sociais à bate-boca em almoço de família - há de se deixar a poeira baixar e recuperar a vida perdida durante esses últimos meses. O que não quer dizer que a luta terminou, mas eu, pelo menos, peço trégua, e pretendo iniciar um novo ciclo em minha vida: com mais coerência entre atitudes e discursos no meu cotidiano.

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Chorei e me decepcionei demais no dia seguinte, pós-Segundo Turno. Separei muito joio do trigo, o que não quer dizer que excluí amizades que apoiaram o candidato da oposição, mas a depender do tom do discurso e as justificativas para tal voto, eu optei por manter uma distância segura, por tempo indeterminado. E acredito que muita gente se afastou de mim, pelos mesmos motivos. Tem decepções que riscam demais o verniz dos nossos princípios, e colocam a gente em mundos separados e distantes. Infelizmente, não tenho solução para essas questões: eu poderia tecer um discurso de paz e distribuir tolerância e amor ao próximo, mas nas atuais circunstâncias, seria hipócrita e bastante desonesta comigo mesma.

Queria eu ter evoluído a ponto de não me abalar, saber o que é o certo, e fazer o que é o melhor para todos, mas estou longe disso. Ultimamente, tenho precisado, muito mais do que tenho tido disposição para dar. E nesse momento, confesso, tudo que eu precisava era de um abraço quente e algumas palavras gentis. Cumplicidade no olhar, dissolvida no silêncio caloroso de quem espera pacientemente a dúvida do outro. Sentir-me acolhida e aceita, independente de erros ou acertos. Aceitação incondicional, sem pré-julgamento ou qualquer tipo de viés político.



Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança

Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar

Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade

- Bom Conselho, Chico Buarque -


Essa receita foi publicada na minha estréia como co-criadora no Dedo de Moça, portal de receitas e dicas culinárias. Tem a doçura do chocolate branco e a acidez do maracujá. Um bolo à base de manteiga - a massa fica pesada e o melhor é comer no dia seguinte, que fica mais sequinha. Com a calda de maracujá, a combinação é perfeita. Você também pode substituir as gotas de chocolate branco pelo de chocolate comum.


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Bolo de Chocolate Branco com Calda de Maracujá

Receita para minha estréia como co-criadora no Portal Dedo de Moça. Tem a doçura do chocolate branco e a acidez do maracujá. Um bolo à base de manteiga - a massa fica pesada e o melhor é comer no dia seguinte, que fica mais sequinha. Com a calda de maracujá, a combinação é perfeita. Você também pode substituir as gotas de chocolate branco pelo de chocolate comum.

  • Rendimento: 10-15 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: bolo, chá da tarde

Ingredientes

para o bolo

  • 220 gramas de manteiga com sal amolecida
  • 01 xícara de açúcar cristal
  • 4 ovos
  • 2 xícaras de farinha de trigo
  • 1 xícara de iogurte
  • 1 colher e meia de chá de fermento químico
  • 1 colher de sopa de extrato de baunilha
  • 120g de gotas de chocolate branco

para a calda

  • 180g de poupa de maracujá (aproximadamente 1 maracujá e meio)
  • 125g de açúcar cristal

Modo de Preparo

para o bolo

  1. Numa batedeira, bata bem a manteiga com o açúcar até formar um creme (por pelo menos uns 5 minutos).
  2. Junte os ovos, um a um, batendo bem após adicioná-los (20 segundos).
  3. Desligue a batedeira e adicione o iogurte e o extrato de baunilha.
  4. Junte a farinha peneirada com o fermento e apenas misture para incorporar e ficar uma massa homogênea.
  5. Misture metade do chocolate branco.
  6. Untar com manteiga e farinha, uma fôrma redonda com furo no meio. Se a assadeira for muito trabalhada como a minha, espalhe a manteiga derretida com um pincel e depois passe a farinha.
  7. Despeje a massa na fôrma e adicione o restante do chocolate por cima da massa.
  8. Leve para assar em forno pré-aquecido a 180C graus e deixe por pelo menos 1 hora e 10 minutos, ou até que fique bem dourado.
  9. Depois de apagar o fogo, costumo deixar o bolo dentro do forno até que esfrie para deixar a massa mais sequinha. Se você fizer de noite, após apagar o forno, deixe dentro de um dia para outro.

para a calda

  1. Numa panelinha, junte o açúcar e a polpa de maracujá e leve ao fogo baixo, misturando sempre, até virar uma calda.
  2. Sirva sobre o bolo, morna ou fria.
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Bolo de Chocolate Branco com Calda de Maracujá

para o bolo

  • 220 gramas de manteiga com sal amolecida

  • 01 xícara de açúcar cristal

  • 04 ovos

  • 02 xícaras de farinha

  • 01 xícara de iogurte

  • 01 colher e meia de chá de fermento químico

  • 01 colher de sopa de extrato de baunilha

  • 120g de gotas de chocolate branco

para a calda

  • 180g de poupa de maracujá (aproximadamente 1 maracujá e meio)

  • 125g de açúcar cristal

Modo de Preparo

Numa batedeira, bata bem a manteiga com o açúcar até formar um creme (por pelo menos uns 5 minutos). Junte os ovos, um a um, batendo bem após adicioná-los (20 segundos). Desligue a batedeira e adicione o iogurte e o extrato de baunilha. Junte a farinha peneirada com o fermento e apenas misture para incorporar e ficar uma massa homogênea. Misture metade do chocolate brando

Untar com manteiga e farinha, uma fôrma redonda com furo no meio. Se a assadeira for muito trabalhada como a minha, espalhe a manteiga derretida com um pincel e depois passe a farinha.

Coloque a massa na fôrma. Adicione o restante do chocolate por cima da massa. Leve para assar em forno pré-aquecido a 180C graus e deixe por pelo menos 1 hora e 10 minutos, ou até que fique bem dourado. Apague o fogo e deixe o bolo dentro do forno até que esfrie para deixar a massa mais sequinha. Se você fizer de noite, após apagar o forno, deixe dentro de um dia para outro.

Numa panelinha, junte o açúcar e a polpa de maracujá e leve ao fogo baixo, misturando sempre, até virar uma calda. Despeje morna ou fria sobre o bolo.

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Panquecas Dutch Baby

Para servir amor no café da manhã.

Receita de panquecas Dutch Baby. Para um dia de sol de manhã preguiçosa. Feito um abraço longo e silencioso. Com bocejo, enquanto se passa o café. Para servir amor, numa mesa farta e bonita.

Em tempos de intolerância, extremismos e declarações de ódio, é preciso cuidar para que a alma e o coração não sejam tomados pela tristeza e o desalento. É preciso afirmar todos os dias nosso compromisso com o amor.


Rir para não chorar. Nunca o vídeo de Monty Python, “As vantagens de ser um extremista” esteve tão atual.


Para quem quiser fugir das oscilações externas - e reconectar-se com o seu próprio silêncio - estarei de 12 a 15 de outubro, no Retiro de Meditação e Silêncio, conduzido pelo meu marido. Meu convite fica aqui!


“The main thing is to be moved,
to love, to hope, to tremble, to live.”

- Auguste Rodin -


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Panquecas Dutch Baby

04 porções

  • 03 ovos

  • 03 colheres de sopa de açúcar

  • 3/4 xícara de leite

  • 3/4 xícara de farinha

  • 01 colher de sopa de baunilha

  • 01 colher de chá de sal

  • 02 colheres de sopa de manteiga

  • Açúcar de confeiteiro para servir

Modo de Preparo

Coloque uma frigideira de ferro - ou de qualquer outra que possa ir ao forno - no forno a 220C graus, por uns 10 minutos.

Enquanto isso, faça a massa. Bata bem os ovos com o açúcar, até virar um creme esbranquiçado. Junte o leite e continue batendo. Adicione a farinha e bata apenas até incorporar. Misture a baunilha e o sal.

Retire com cuidado a frigideira quente do forno, e coloque a manteiga para que derreta e espalhe bem sobre ela. Despeje a massa e leve ao forno. Asse por uns 20 minutos. A panqueca irá crescer, inflar, dourar e depois murchar quando sair do forno. 

Sirva quente com o que preferir: creme batido, geléias, mel, frutas, granola. Eu servi com iogurte caseiro e morangos. Polvilhe açúcar confeiteiro por cima de tudo.

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Cinnamon Rolls

Os quereres de uma pessoa.

Últimos quinze dias de inverno e eu arrisco dizer que passamos fácil o frio da serra. Muita lenha no fogo, meias de lã, e de xícara quente nas mãos. Com o início de setembro, o sol volta a lamber quente o rosto - deu para tomar banho gelado no rio e deitar sobre as pedras mornas. Os brotos das dálias brancas já estão saindo da terra. Minha roseira deu o primeiro botão. Uma nova ninhada de pintinhos nasceu essa semana. 

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O mês de agosto é daqueles meses que a minha fina superstição pede para ficar quieta, sem muito alarde, nem grandes decisões. E foi assim que eu passei: cozinhando dentro do meu 7x7; teve biscoito de massa folhada, cinnamon rolls ou pãezinhos enrolados de canela, lasanha "à bolonhesa" caseira, risoto com o parmesão aqui da região, e cozido com carne de segunda na pressão. Ou então, trabalhando dentro de casa, em frente ao computador, ao lado da lareira. Já são quase nove meses de gestação da vida aqui no alto das montanhas, e a gente se molda todos os dias um pouquinho do cotidiano na roça, feito barro nas mãos de uma ceramista.

Tem gente que gosta do urbano, das linhas feitas de concreto, de viver a cultura que brota nas cidades grandes. Tem gente que gosta do mar, da água salgada ardida sobre a pele, areia nos chinelos e nos cabelos, dos coqueiros, e da brisa quente litorânea. Há gente como eu, que gosta do cerrado, de olhar para as montanhas, do isolamento de viver no mato. Tem gente ainda, que adora viver tudo isso, de momento em momento, com o pé na estrada, coração nômade, passaporte na mão e mochila nas costas. Há tantos diferentes quereres e não sei se eles definem uma pessoa, mas eu acredito que, se não definem, eles dizem onde nosso coração bate mais feliz. E acho que só isso já é uma boa definição sobre uma pessoa.

Meus quereres, por exemplo, de tão simples, chega a dar um pouco de vergonha, da falta de ambição que uma pessoa pode ter. Uma caixa de papelão cheia de pintinhos. Esperar o pão descansar e crescer, para então poder assar. Moer o grão do café antes de passar. Regar os bulbos das dálias, na esperança que amanhã apareça uma folha sobre a terra úmida. Ou passar nos correios, abrir a caixa postal, imaginando que a encomenda com a fôrma nova importada esteja ali depositada. Desses quereres, dá para saber, por exemplo, que meu apreço é por ficar na rotina da minha casa, esperando pelas coisas boas da vida acontecerem.


Eu nunca tinha feito cinnamon rolls antes. Procurei por várias receitas até escolher qual queria experimentar. Acabei misturando receitas diferentes, sem aquela calda escorrida, mas um pãozinho fofinho, com bastante recheio de canela e noz moscada. Enquanto assava, o cheiro doce ia tomando a casa toda, e a gente esperou salivando até sair do forno. Sentamos na mesa e acompanhamos com uma xícara de earl grey


E para não dizer que fiz pouca coisa, vi The Staircase em 2 dias e terminei com um nó na garganta, tendo certeza de que Michael P. é inocente. Vi e recomendo o filme dinamarquês A Comunidade, simples, sincero e divertidíssimo. E comecei a 4a temporada de Better Call Saul, um dos meus seriados prediletos.


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Cinnamon Rolls | Pãezinhos Enrolados de Canela

Um pãozinho fofinho, com bastante recheio de canela e noz moscada. Enquanto assa, o cheiro doce toma a casa toda, e a gente espera salivando até sair do forno. Acompanhe com um chá de earl grey.

  • Rendimento: 10 a 12 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: pão, chá da tarde

Ingredientes

para a massa

  • 75g de manteiga amolecida
  • 70g de açúcar granulado
  • 250ml de leite
  • 10g de fermento biológico seco
  • 430g de farinha de trigo
  • 1/4 de colher de chá de noz-moscada ralada
  • 1/2 colher de chá de extrato de baunilha
  • 1/4 de colher chá de sal
  • 1 ovo para pincelar

para o recheio

  • 3 colheres de sopa de manteiga amolecida, tem temperatura ambiente
  • 1/4 de xícara de açúcar mascavo + 2 colheres de sopa
  • 1/4 de colher de chá de noz-moscada ralada
  • 1/2 colher de sopa de canela

Modo de Preparo

para a massa

  1. Esquente o leite até amornar (uns 37 C graus) e adicione o fermento biológico seco, e deixe por alguns minutos.
  2. Adicione o açúcar, manteiga e farinha e misture com as mãos até que a mistura torne se homogênea, desgrudando das mãos. - Se preferir, utilize a batedeira, com o batedor gancho, e sove a massa até que ela esteja bem lisinha e macia.
  3. Junte o sal, a noz moscada e o extrato de baunilha.
  4. Amasse mais um pouco, faça uma bola e cubra com um pano limpo.
  5. Deixe a massa descansando por 1 hora. Se estiver muito frio, você pode colocar dentro do forno (aquecê-lo antes por alguns minutos) e deixar a massa dentro dele desligado.

para o recheio

  1. Misture todos os ingredientes do recheio numa tigela.
  2. Abra a massa numa superfície lisa com farinha.
  3. Faça um retângulo e deixe a massa com aproximadamente 0,5cm de altura.
  4. Espalhe o recheio sobre a massa com uma colher ou um pincel.
  5. Enrole delicadamente, como um rocambole.
  6. Corte rodelas de aproximadamente 7cm, com uma faca bem afiada.
  7. Disponha lado a lado os rolinhos sobre uma assadeira redonda, com papel manteiga.
  8. Cubra com um pano e deixe descansar e crescer por uns 40 minutos.
  9. Pincele um ovo batido e polvilhe açúcar.
  10. Leve para assar por uns 25-30 minutos, ou até que estejam assados e dourados.
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Abobrinhas Redondas refogadas com Ovos estalados

Vidinha de rotina.

Eu sempre soube minha alma é de gente velha. Que eu me lembre, só vivi uma época da minha vida em que tinha gosto pelo agito. Assim como um rojão que estoura, faz barulho para apagar em seguida, meus surtos de "vivendo la vida loca" também tiveram curta duração, feito um sonho em dias de febre, daqueles que você sua frio, não sabe bem se está ou não acordada, e se recorda de pouca coisa no dia seguinte. 

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Quando em algum compromisso social, me dá alegria em pensar na hora de retornar para casa, saludar e me despedir, para então chegar em casa e tirar os sapatos dos pés. Agora no sítio, gosto de ir para cama cedo. Ainda que não durma cedo, o dia para mim já acabou. Termino as tarefas e de responder emails e mensagens na cama, e finalizo lendo um livro. Detesto multidões e tenho pavor de lugares barulhentos. Minha lista de manias e chatisses aumentou e tem crescido consideravelmente nos últimos anos.

É uma onda difícil de ser contida e resistir é inútil. Se eu fui sempre assim, e se a tendência é de que eu seja assim para sempre, que assim seja. Aceitar minha própria natureza é algo que me liberta de eventuais culpas por não ser de determinada maneira, ou cumprir com determinadas expectativas. De certa forma, me empodera. Me faz buscar por coisas que enfatizam minha essência. Como aprender a mexer na terra e cuidar dos bichos. Fazer faxina em casa o dia todo, ouvindo playlist dos Beatles. Trabalhar com o computador na cadeira sentada no chão da varanda. Transformar receitas difíceis em práticas. Preparar banquetes no dia-a-dia. Transformar um refogado de abobrinhas com ovos estalados em banquete.

"O que vamos almoçar hoje?", "Pensei no zapallito com ovinho...", "o meu com gema mole". É vidinha de cotidiano, essa que eu vivo. Sem grandes acontecimentos, feita de coisas banais, e da rotina desordenada de alguém que não gosta de pensar muito no futuro. E prefere o ovo com gema mole sempre.


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Abobrinhas Redondas refogadas com Ovos estalados

"O que vamos almoçar hoje?", "Pensei no zapallito com ovinho...", "o meu com gema mole". É vidinha de cotidiano, essa que eu vivo. Sem grandes acontecimentos, feita de coisas banais, e da rotina desordenada de alguém que não gosta de pensar muito no futuro. E prefere o ovo com gema mole sempre.

  • Rendimento: 03 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: prato principal

Ingredientes
  • 1 abobrinha redonda grande
  • 1 cebola média
  • 3 ovos
  • azeite
  • 1 colher de sopa de açúcar
  • sal, pimenta do reino, orégano e pimenta calabresa
  • salsinha picada
  • parmesão ralado

Modo de Preparo
  1. Fatie a cebola bem picadinha.
  2. Corte a abobrinha em fatias finas. Dica da D. Stella: deixe num coador com um pouco de sal, por uns 20 minutos, Ela vai soltar bastante água e facilitar na hora de cozinhar.
  3. Numa frigideira, em fogo médio-alto, refogue a cebola no azeite.
  4. Jogue o açúcar para caramelizar a cebola.
  5. Adicione a abobrinha, abaixe o fogo para médio.
  6. Tempere com sal, pimentas e orégano.
  7. Refogue bem, por uns 10 minutos, até cozinhar bem e secar um pouco a água.
  8. Coloque os ovos e tampe a panela para cozinhar, até que a gema esteja no ponto em que desejar.
  9. Apague o fogo, tempere com sal e pimenta do reino os ovos.
  10. Sirva com arroz branco e um parmesão ralado por cima.
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Bolo Mármore de Baunilha e Chocolate

Memórias de inverno.

O frio chegou finalmente aqui nas montanhas. Foi na terça-feira que choveu o dia todo, trazendo o inverno para a Serra. A gente acende o fogão à lenha pela tarde, junto com a lareira, para se encerrar no final do dia dentro da casinha. Mesmo com o frio, eu confesso que gosto de sair de vez em quando, para dar uma espiada nas estrelas à noite, sob o vapor condensado da respiração, e de sentir o ar gelado entrando nos pulmões. Gosto também de entrar dentro de casa e sentir o contraste quente do interior da casa, de correr para as cobertas e, então, despausar o seriado.

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Quando eu penso nas escolhas que me trouxeram até essa vidinha bucólica, nos acasos, na sorte e nas oportunidades, eu sinto que a vida é um presente, e a gente tem que fazer dela o melhor que a gente pode. É uma obrigação buscar a felicidade hoje, entender o que o coração quer te mostrar e ser honesto com sua própria alma. Todo mundo tem direito de ser feliz.

E quando o Gabriel, voltou da caminhada do mato, com um ramo de flores silvestres brancas, feito sinos, viradas para baixo, eu me senti na obrigação de devolver o agrado na mesma altura. Faz dias que ele vinha me pedindo pelo bolo "marmorado" que minha sogra costumava fazer quando ele era criança, bolo mesclado de baunilha e chocolate. Além de não ter a receita dela - e de ela não estar viva para me passar nenhuma - chegar perto de memória de paladar da infância do marido é algo que você nem precisa começar para saber que já falhou.

Não me intimidei. Eu nunca tinha feito um bolo marmorado na minha vida, mas de repente, senti que não deveria buscar receita nenhuma. Quis pensar em como D. Stella teria me ensinado a receita, se ela estivesse viva, virando as folhas amarelas de seu caderninho desfolhado, com seus dedos finos de bruxa velha. Me inspirei no seu Budín Inglês amanteigado, substituindo parte da manteiga pelo leite, para deixá-lo mais fofinho. Uns ajustes na quantidade de ovos, cacau e baunilha. E o bolo ficou espetacular.

Não é mentira que repeti duas vezes a receita durante a semana. Para acompanhar o inverno da Serra, e uma xícara de café quente nas mãos, não teve coisa melhor. Se você ainda tem dúvida de que a felicidade está nas pequenas coisas, é porque ainda não experimentou esse bolo. Ou talvez não tenha um marido que saiba que você ama flores. Nada pode ser tão gostoso quanto agradar quem você ama.


Ando viciada nos seriados de Star Trek. Lembro de quando criança, que meu pai era fã e não perdia um episódio na TV. Eu não entendia bem na época, mas ficava do lado dele no sofá, assistindo e ouvindo ele me contar sobre viagens no espaço e histórias de ficção científica. Hoje, ao ver os capítulos, ainda que bastante pitorescos e de atuações duvidosas, existe algo nas histórias que me traz um sentimento bom e nostálgico, como o bolo de mármore das memórias do Gabriel.


E o blog ganhou nova roupagem, mais uma vez. Eu gosto de mudar o layout, revisar os arquivos, encontrar um tanto de fotos e descobrir uma cara que faça mais sentido para o momento. É quase um corte de cabelo novo, que você olha no espelho e acha que agora está a sua cara. 


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Bolo Mármore de Baunilha e Chocolate

Uma receita inspirada no caderno de folhas soltas e amareladas da D. Stella, metade baunilha, metade chocolate. Espetacular.

  • Rendimento: 10 a 12 porções

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: bolo, bundt, chá da tarde

Ingredientes
  • 150g de manteiga com sal amolecida (em ponto de pomada)
  • 1 xícara de açúcar cristal
  • 3 ovos
  • 2 xícaras de farinha de trigo
  • 1 e 1/2 colher de chá de fermento químico
  • 1 xícara de leite + 1 colher de sopa
  • 2 colheres de sopa de extrato de baunilha
  • 3 colheres de sopa de cacau em pó

Modo de Preparo
  1. Bata bem a manteiga com o açúcar na batedeira até se formar um creme esbranquiçado (por pelo menos uns 5 minutos).
  2. Junte os ovos, um a um, batendo bem após adicioná-los (20 segundos).
  3. Desligue a batedeira e junte aos poucos a xícara de leite e a farinha com o fermento. alternando-os, e misturando delicadamente, apenas até estarem bem incorporados.
  4. Divida a massa em 2 metades.
  5. Em uma adicione o extrato de baunilha e misture.
  6. Na outra metade, adicione o cacau em pó e a colher de leite, e misture até ficar homogêneo. 
  7. Unte uma fôrma retangular (dessas de pão de fôrma) com manteiga e farinha.
  8. Despeje alternadamente a massa na fôrma para que fique mesclado.
  9. Leve para assar em forno pré-aquecido a 180C graus e asse por 50 minutos, ou até que fique bem dourado.
  10. Apague o fogo e deixe esfriar dentro do forno.
  11. Desenforme frio.
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Sobre a tristeza que me acompanha

Um mundo sem Kate Spade e Anthony Bourdain.

Eu estava ensaiando há algumas semanas escrever sobre o lado B do mundo cor-de-rosa que aparece no meu feed do instagram e aqui no blog. Só que as palavras não vinham, ficava tudo meio pesado, talvez íntimo demais para escrever e deixar público. Eu preferi não escrever, esperar essa sensação ruim passar, já que não chegava a ser uma depressão, eu venho levando a vida, pode-se dizer numa boa, alguns dias mais arrastados, outros tirando de letra. Mas o fato é que não havia motivo tão grave para justificar essa angústia que às vezes aparece, uma tristeza que me acompanha desde criança, e que eu fui aprendendo a conviver e estar no mesmo recinto em que ela.

E aí, vieram as notícias, primeiro Kate Spade, em seguida Anthony Bourdain. Talento, sucesso, filhos jovens. Tinham tudo e mesmo assim optaram por tirar suas vidas. Fiquei em choque, fiquei triste, meu coração se aninhou. Queria entender o que se passou, quais motivos, razões. E, ao mesmo tempo que fiquei surpreendida no primeiro momento, me senti compassionada, logo em seguida, como se eu pudesse entender claramente suas atitudes. 

Não quero ser mais uma a escrever e aconselhar que você converse com alguém ou busque ajuda se estiver em depressão ou alguma crise de ansiedade ou pânico - também não estou dizendo para não buscar, veja bem, essa realmente é a única coisa que pode te ajudar. - Mas verdadeiramente, o que eu posso compartilhar é sobre mim mesma, sobre a minha própria experiência. Faço terapia há mais de 15 anos. Me conhecer e me aprofundar sobre mim mesma, é algo que persigo desde sempre. Sou casada com um terapeuta, trabalho com grupos de meditação e autoajuda, anseio em evoluir como ser humano. Mas estou distante de não sofrer, ou de não me afetar, de não me frustar, ou de não me abalar com o mundo à minha volta. Ou com a minha própria história, com o meu passado. 

Eu acho que todo mundo carrega memórias tristes. A maioria de nós supera, ou diz que, passa por cima delas. Uma vez li que as merdas do passado são como uma pedra pesada, se você não souber como largá-la, uma hora ela irá te afundar. Na minha vida, eu já perdoei e deixei ir muita coisa. Mas de tempos em tempos eu entro num buraco, onde moram as tristezas e onde eu me sinto absolutamente só. Não me vejo uma pessoa infeliz, mas sei reconhecer o pesar nas pessoas à minha volta. O mundo sofre e eu me compadeço com ele. 

A vida é um mistério e eu não tenho nenhuma receita para a felicidade. Mas eu acredito que aprender a conviver com a própria tristeza, se reconhecer nesse sentimento é um caminho possível. Não negar ou fugir dela, talvez seja a única forma de não ser tomado por ela ou de ser pego desprevenido. Isso, é claro, se você quer buscar uma solução. Eu não sou capaz, e nem quero, julgar moralmente uma pessoa que comete suicídio. Minha crença é de que a vida, assim como a morte, deveriam ser escolhas individuais a serem respeitadas. 

Mas se você desconfia que precise de ajuda, não pense duas vezes. Se conhecer um pouco mais, é a melhor forma de fazer um mundo melhor àqueles que estão à sua volta. Não há fraqueza, não há vergonha e, muito menos, não há desculpas para você não buscar ajuda, neste caso. A tristeza não poupa ninguém; fuja de pessoas que querem que você a justifique ou que te façam sentir culpado por senti-la, que acham que a felicidade é "estar para cima" ou alegre 100% do seu tempo. Você provavelmente se sentirá ainda mais incapaz de sair da deprê. Busque ajuda profissional, ou grupos de ajuda, de pessoas que já passaram por isso, você verá que não está sozinho nessa.

Eu sigo vivendo meus dias, um de cada vez, às vezes triste, às vezes alegre, às vezes inspirada e às vezes emocionada. Sempre plenamente, em cada um desses momentos. Mas a grandiosidade da vida me dá medo e não deixo de me espantar com ela. Que o céu receba com carinho essas duas pessoas que trouxeram tanta inspiração, beleza e inteligência ao nosso mundo, e que eles possam descansar em paz. 

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Muffins de Banana

e o que a vida na Serra quer da gente

São 4 meses vivendo no meio do mato. No aconchego do frio gelado da Serra, com o cheiro de madeira queimando no fogão à lenha, dos mosquitos nas lâmpadas ao final do dia. De terra nos sapatos, das verduras e temperos frescos da horta, das funções bucólicas que a vida na roça requer da gente. Nossa adaptação foi absolutamente sem nenhuma necessidade importante, ou de fazer arrepender a mudança. Pelo contrário, não consigo pensar agora em nada que realmente me aqueça o coração de saudades da cidade grande, urbana, e quase civilizada. 

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A vida entre os pintinhos, da cachoeira de água gelada, de cozinhar todos os dias. É algo que conforta meus pensamentos, alegra meu coração e me faz reconhecer a felicidade. Daquela que é cultivada diariamente, sem saltos ou sustos, de maravilhamento diário com a natureza generosa e feroz, da vida que pulsa verde e requer verdade para viver ao seu lado. Ela cura, mas pede sintonia, respeito e cuidado. 

Mas a verdade é que eu senti que o lugar foi me recebendo aos poucos, ainda que eu tenha amor por ele desde o primeiro dia. A gente que vem da cidade grande, carrega muita coisa desnecessária na alma, se atormenta com insetos e bichos do mato, é atravessado de neuroses diárias. É preciso dar conta do silêncio, das luas cheias de céu estrelado, do selvagem, do puro. 

Se eu trocaria essa vida por outra? Jamais. Não penso em nunca mais voltar a viver na cidade grande. Sei que ainda é cedo para uma afirmação tão convicta, mas a sensação é que demorei demais para me mudar, apesar de acreditar que as coisas aconteçam em seu devido momento. Então aproveito cada instante dessa vida presenteada, e me dou por satisfeita por mais uma tarde fria que se encerra aqui na Serra. 


A receita desses muffins de banana, é fácil e simples, não precisa de batedeira, por exemplo. Os ingrediente são os que tem sobrando em casa. A massa fica bem fofa, com uma farofa crocante por cima, e com a umidade perfeita por conta dos pedaços de geléia. O toque especial fica por conta do queijo ralado tipo parmesão, opcional, mas que dá um sabor especial aos bolinhos. Faz, que eu garanto que você não irá se arrepender. 

Para acompanhar o ar frio da Serra, a preguiça sem fim e um bom chá quente. Para completar: um quimono feito de tecido japonês do Studio Elke Noda, uma tarde na cama e série antiga/retrô de Star Trek no Netflix. Esse é meu tipo de vida. 


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Muffins de Banana

A receita desses muffins de banana, é fácil e simples, não precisa de batedeira, por exemplo. Os ingrediente são os que tem sobrando em casa. A massa fica bem fofa, com uma farofa crocante por cima, e com a umidade perfeita por conta dos pedaços de geléia. O toque especial fica por conta do queijo ralado tipo parmesão, opcional, mas que dá um sabor especial aos bolinhos.

  • Rendimento: 10 muffins

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: muffins, chá da tarde

Ingredientes

para a massa

  • 1 e 1/2 xícara de farinha de trigo
  • 1 colher e chá de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de chá de fermento em pó
  • 3 bananas médias bem maduras
  • 1/2 xícara de açúcar cristal
  • 1 ovo
  • 1/3 xícara de manteiga com sal derretida (líquida)
  • 150g de queijo tipo parmesão ralado (opcional)
  • 10 colheres de chá de geléia de mirtilos (ou qualquer outra que tiver na sua geladeira)

para a farofa

  • 3 colheres de sopa de açúcar cristal
  • 2 colhers de sopa de farinha de trigo
  • 1 colher de chá de canela em pó
  • 1 colher de manteiga derretida

Modo de Preparo

para a massa

  1. Em uma tigela misture a farinha de trigo peneirada o bicarbonato de sódio e o fermento em pó.
  2. Em outro recipiente, amasse as bananas até virar um purê e misture com o ovo, açúcar e a manteiga líquida.
  3. Junte a mistura das bananas sobre a farinha e incorpore delicadamente, apenas até a massa ficar homogênea.
  4. Junte o queijo ralado. 
  5. Numa forma para muffins, unte com manteiga e farinha, ou coloque as forminhas de papel.
  6. Coloque a massa até preencher cerca de 2/3 das forminhas.
  7. Complete com uma colher de chá de geléia.

para a farofa

  1. Numa tigela, junte todos os ingredientes e misture bem até formar uma farofa. Se precisar adicione mais manteiga ou mais farinha para chegar na consistência.
  2. Coloque sobre a massa antes de levá-la ao forno.
  3. Leve a mistura ao forno pré-aquecido a 180° C, e asse por uns 25 minutos, ou até que a massa esteja dourada e cozida. 
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Homus de Beterraba

Receita original de A Mesa da Carolina

Faz um mês desde a última postagem por aqui. De vez em quando é bom ficar longe desse lugar, que é tão especial para mim. É importante não se sentir refém de ter que escrever, fotografar, postar. Poder fazer isso quando realmente sinto vontade, e me sinto capaz de fazer algo de valor e que toque meu coração. E não é que eu não tenha sentido falta daqui. Senti o buraco que esse lugar me dá, quando não tenho tempo para ele.

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Os motivos da ausência são os mesmos de sempre: trabalho, trabalho e trabalho. Me faz bem esses períodos de imersão, focar e buscar o melhor resultado. Estar longe das redes sociais e poder viver outra vida por um período necessário. Minha vida de rotina gosta de sair dela, regularmente. 

Aos poucos vou retornando por aqui!


A receita é da Carol do A Mesa da Carolina, rainha das saladas e receitinhas veggies deliciosas, iogue e querida. Vale a pena visitar o blog dela. As receitas são ótimas e as fotos lindas. 

Homus de Beterraba, uma pastinha perfeita para servir de entrada ou acompanhamento. A cor é um magenta de doer os olhos. E o sabor cheio de caráter.


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Homus de Beterraba

Receita original - com pequenas modificações - de Carol Aguiar, de A Mesa da Carolina, rainha das receitinhas veggies deliciosas e instrutora de yoga. Essa é uma pasta perfeita para servir de entrada ou como acompanhamento. A cor é um magenta de doer os olhos e o sabor cheio de caráter.

  • Rendimento: cerca de 1 litro

  • Tempo de Preparo:

  • Tipo de Prato: acompanhamento, entrada

Ingredientes
  • 2 beterrabas médias ou 4 pequenas
  • 1 dente de alho
  • 1 xícara de grão de bico
  • 1/4 de xícara de tahine
  • 1/4 de azeite
  • 1/4 de xícara de água
  • suco de 1 limão
  • sal marinho e pimenta do reino
  • 1 colher de sopa de sementes de cominho (opcional)

Modo de Preparo
  1. Deixe o grão de bico de molho em água filtrada de um dia para outro (troque a água umas 2 vezes nesse período).
  2. Escorra coloque numa panela de pressão, cobrindo com água nova.
  3. Cozinhe por 30 minutos depois de pegar pressão. Escorra e deixe esfriar.
  4. Embrulhe as beterrabas em papel alumínio e asse por 1 hora, ou até que estejam macias ao serem perfuradas por um garfo.
  5. Deixe esfriar e descasque com as mãos e fatie em pedaços.
  6. Num liquidificador junte o alho, a beterraba, o grão de bico (usar uma peneira para drenar e escorrer sob água corrente antes), o tahine, o azeite, e a água.
  7. Bater até formar uma pasta homogênea.
  8. Junte o suco de limão, o sal, cominho e pimenta do reino e bata mais um pouco.
  9. Sirva com um pouco de gergelim torrado por cima e com pão pita.
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