Berinjelas em Conserva da D. Stella
Esta é mais uma daquelas receitas que aprendi com minha sogra. A cozinha da D. Stella é certeira em sua seleção de pratos.
Esta é mais uma daquelas receitas que aprendi com minha sogra. Já falei diversas vezes dela por aqui, até publiquei na véspera de natal, sua receita imbatível do Budín Inglés. A cozinha da D. Stella é certeira em sua seleção de pratos. Acho que por ter sido sempre servida aos jurados mais exigentes que conheço (a família do meu marido é assim), ela conseguiu se aperfeiçoar nos sabores e combinações.
Berinjelas nunca foram meu forte, mas estas aqui eu não consigo recusar. Não conheço ninguém também que tenha experimentado e não se surpreendido com o sabor. Geralmente, após gemidos e suspiros, segue-se um “me passa a receita?”. Tenho sempre um pote delas na geladeira, perfeitas para acompanhar qualquer coisa.
Como acompanhamento de carnes são perfeitas. Você pode servi-las também como entrada, com torradas ou pão. Eu costumava, com a Lucy (neta da Stella) abrir o pote de berinjelas no meio da tarde e fazer sanduíches com elas. Essas berinjelas são perfeitas para vegetarianos e, diria, mais ainda para para aqueles que não são. Mais uma preciosidade do caderninho mágico de receitas de D. Stella.
Berinjelas em Conserva da D. Stella
Fácil, perfeita e para acompanhar pratos.
Rendimento: cerca de 2 litros
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Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: acompanhamento
- 3 berinjelas médias
- 1 frasco de vinagre branco - 750ml
- azeite para cobrir
- sal, orégano, loura, pimenta, alecrim, alho
- Fatie a berinjela em fatias compridas.
- Coloque numa panela com o vinagre (sim, vai tudo) e leve ao fogo alto.
- Quando levantar fervura, dê uma misturada para todas ficarem imersas e murcharem. É bem rápido.
- Apague o fogo e escorra. Deixe esfriar.
- Num recipiente que fique bem fechado (ideal que seja de vidro, coloque as berinjelas frias, e tempere com as especiarias. Capricha no orégano e louro tá? Pode colocar os dentes de alho inteiros mesmo.
- Cubra com azeite - as berinjelas têm que ficar imersas no óleo. Leve à geladeira e deixe por pelo menos 1 semana antes de começar a consumir.

Em casa, já tenho um recipiente próprio só para essas berinjelas. Quando estão terminando, eu faço outra leva e reutilizo o mesmo azeite e temperos que sobraram, que ficaram mais saborosos e intensos com o tempo.
Essas fotos foram feitas originalmente em março de 2015.
Canelés de Bourdeaux para Páscoa
Páscoa tem cara de chocolate, ovos, coelhos. Me lembro o quanto adorava essa época por conta dos doces, cheguei até a ficar alérgica por chocolate em uma das páscoas (graças a deus, foi passageira).
Páscoa tem cara de chocolate, ovos, coelhos. Me lembro o quanto adorava essa época por conta dos doces, cheguei até a ficar alérgica por chocolate em uma das páscoas (graças a deus, foi passageira). Acho que todo mundo tem foto de quando criança, sentada no sofá, tentando colocar o ovo quase inteiro na boca. As mães costumam ter um senso de humor bem particular, quando se trata de tirar fotos dos filhos.
Enfim, mas durante este período, as lojas se enchem de papel celofane e bombons por todos os cantos. E o espírito de compaixão, fraternidade e amor ao próximo ficam de lado, esquecidos. Com intuito de resgatar a simplicidade, criatividade e, quem sabe, amenizar em parte o consumismo da data, compartilhamos algumas idéias para inspirar você a presentear com mais amor. O importante é personalizar com seu carinho algo feito por você. A idéia é bem simples: bolinhos de baunilha, ou canelés de bordeaux numa caixa de ovos caipira, pintada e decorada, com um cartão personalizado.
Para tanto, pedi para a Dani Coelho - ou Danny Bunny - a me ajudar na elaboração do presente, já que seu talento craft consegue deixar tudo mais bonito. A Dani, além de amiga de anos, é minha parceira criativa, amiga confidente e irmã de alma. Já falei algumas várias vezes dela por aqui, já produzimos também muita coisa juntas; essa foi mais uma delas. Ela ilustrou duas etiquetas graciosamente perfeitas, que estão disponíveis para você baixar e imprimir.
E, como se não fosse demasiado bom, para completar tanta lindeza, coelhinhos de pano, perfumados com lavanda, da Ju Padilha, uma artesã fofa e talentosa. Fui presenteada por ela com duas fofuras, e você pode encomendar e escolher os que mais gostar para deixar seu presente ainda mais querido.
A receita foi novamente retirada do livro maravilhoso da Mimi Thorisson, o A Kitchen in France | A year of cooking in my farmhouse. A textura do canelé é uma fina casca por fora e bem úmida, macia e cremosa por dentro. O sabor acentuado da baunilha e o aroma suave do rum, tornam a perfeição algo sensível ao paladar a cada mordida.
Canelés de Bordeaux | receita original do Manger
rende 15 porções
- 02 copo de leite;
- 01 copo de farinha;
- 01 copo de açúcar;
- 02 colheres de sopa de manteiga derretida;
- 01 favo de baunilha; e
- ¼ de copo de rum
Coloque a baunilha e suas sementes raspadas no leite e leve para ferver. Quando levantar fervura, apague o fogo. Deixe esfriando por 5 minutos. Junte a farinha peneirada e o açúcar, misturando bem, sem deixar empelotar. Adicione a manteiga e o rum e misture tudo. Coloque num recipiente fechado e leve à geladeira por 24 horas.
Encha até ¾ de cada orifício de forminhas para bolinhos e leve para assar em forno preaquecido à 230 graus por 5 minutos.
Como utilizei fôrma de silicone não precisei untar. Se você utilizar de metal, unte com manteiga.
Depois, abaixe o fogo a 180 graus e asse por mais 50 minutos, ou até que estejam bem dourados. Retire do forno espere uns 5 minutos antes de desenformar. Deixe esfriar. Se decidir não presentear ninguém e comer você mesma todos canelés, acompanhe com um belo chá.
Feliz Páscoa!
Para presentear, utilize uma caixa de ovos vazia de 06 unidades. Pinte com guache ou tinta acrílica para deixá-la uniforme, da cor desejada. Forre os buracos dos ovos com papel manteiga, antes de encaixar os bolinhos. Coloque também um pedaço do papel para cobrir os doces, antes de fechar a caixa. Amarre com cordões e fitas coloridas de sua preferência. Imprima uma etiqueta feita por você - ou esta da Danny Bunny - num papel de alta gramatura (mais grosso).Eu utilizei papel reciclato.
Lembre-se, o importante é usar sua criatividade: cores e materiais para decorar da forma que mais gostar. E se quiser seguir a tradição da data, você pode substituir os canelés por bolinhos de cacau, bombons ou ovinhos de chocolate.
Cookies de Amendoim | parte 01
Para meu companheiro é totalmente viciado em amendoim.
Meu companheiro é totalmente viciado em amendoim. De qualquer jeito: torrado, aperitivo, paçoca, sorvete, rapadura, reese’s… Eu gosto também, mas confesso que não da mesma forma que ele.
Eu andava era, durante os últimos dias, com uma vontade imensa de comer biscoitos. Só que eu queria algum, feito por mim mesma. Em algum lugar do meu inconsciente, fazer biscoitos caseiros são suprassumo da mulher prendada. E eu acho que estava querendo me sentir assim, bem dona de casa, daquelas que adoram deixar a casa sempre cheia de doces para visitas, andam de avental pela casa e convidam amigas para tomar chá no meio do dia.
Enfim, duas vontades diferentes - amendoins e biscoitos - e uma só proposta. Foi então que encontrei esses cookies de amendoim, da Naomi Robinson, do blogBakers Royale. Acho que nunca encontrei receita mais fácil na minha vida. Por ser feita com pasta de amendoim* ela é também livre de glúten, grande vilão da vida moderna digestiva gastronômica.
Os biscoitos ficaram crocantes, mas ao mesmo tempo com uma textura levemente cremosa por conta do amendoim; lembra muito paçoca. Ficaram uma delícia e tanto eu, quanto o Gabriel adoramos o resultado. Se sentir dona de casa, nunca foi tão fácil.
Ah, e por quê o “parte 01” no título deste post? Nas próximas semanas, tem mais.
*A pasta de amendoim são de um casal de amigos, que produzem uma série de produtos deliciosos, orgânicos de origem local, o Sábias Comidas.
Cookies de Amendoim | receita original do Bakers Royale
16 unidades
- 01 copo de pasta de amendoim;
- 01 copo de açúcar granulado (de preferência demerara); e
- 01 ovo
Numa tigela misture todos os ingredientes. Amasse com a mão mesmo. Quando a massa estiver bem homogênea, pegue a quantidade de uma colher de sopa cheia e faça uma bolinha. Numa assadeira forrada com papel manteiga, coloque a bolinha e amasse ela com um garfo, até achatá-la no formato de um biscoito. Leve para assar em forno pré-aquecido a 180 graus por volta de 20 minutos, ou até que os biscoitos estejam bem tostados. Deixe esfriar.
Filé de Tilápia com creme de cebola
Escrevi outro dia o quanto estou apaixonada pelo livro da Mimi Thorisson, o A Kitchen in France | A year of cooking in my farmhouse, pelas suas histórias, até mais que pelas suas receitas. Seu jeito envolvente de contar sua rotina simples e cheia de vida, me fazem querer ser uma pessoa melhor, só pelo fato de me inspirar em sua mesa de jantar. Incrivelmente, esse processo tem acontecido comigo, amadurecer a vida observando a vida dos outros. Entender meus próprios sonhos e limitações, através do compartilhar de histórias de outras pessoas.
Minha vida tem se preenchido desses pequenos agrados diários. De ler uma postagem nova de um blog que adoro e me emocionar com o autor. De reservar algumas horas do dia para comprar flores e montar um arranjo. De selecionar uma receita dentre minha pilha de livros e começar a separar os ingredientes. De assistir um capítulo do meu seriado predileto dessa semana, me envolver com a história e me apaixonar pelos personagens. São pequenas pausas entre uma correria e outra.
Essa receita foi extraída do livro da Mimi, graciosamente chamada de Parisian Sole. Fiz algumas adaptações, principalmente, pelo fato de não ter challots no Brasil, ou pelo menos, nunca ter encontrado. Usei também filé de tilápia, pois estavam lindos no mercado. Batatas para acompanhar. Foi um belo presente, no meio do dia, poder desfrutar desse prato em ótima companhia: eu mesma.
Filé de Tilápia com Creme de Cebolas | receita adaptada do livro A Kitchen in France
para 02 porções
- 02 filés de tilápia (ou outro peixe branco como pescada ou st. peter);
- 01 cebola grande;
- 01 dente de alho;
- 06 colheres de sopa de manteiga;
- 02 colheres de sopa de azeite;
- 1/3 de copo de creme de leite;
- 1/3 taça de vinho branco;
- ½ limão;
- sal, pimenta do reino e salsinha
- farinha de trigo para empanar
Tempere os filés com sal e pimenta. Cubra os com farinha para empaná-los. Numa frigideira esquente o azeite em fogo médio-alto e coloque 2 colheres da manteiga. Frite os filés até que estejem dourados. Seque-os em papel toalha para tirar o excesso de óleo.
Na mesma frigideira, coloque o restante da manteiga e frite a cebola e o alho picados. Doure por uns 5 minutos e junte o vinho branco e o limão. Refogue por mais uns 2 minutos e junte o creme de leite. Abaixe o fogo, mexa rápido e apague. Sirva o molho sobre o peixe e complemente com salsinha fresca picada. Acompanhe com batatas.
Torrada com cogumelos, queijo de cabra e nozes
Gostar de cozinhar, na minha opinião, não significa transfomar-se numa Amélia, passar o dia na cozinha, ou estar disposta a cozinhar todos os dias. Gostar de cozinhar pode ser caprichar na apresentação, escolher ingredientes especiais ou experimentar temperos diferentes numa mesma comida. Seja num café da manhã incrementado, num docinho com chá no meio da tarde, ou num banquete de domingo. O amor que você coloca quando seleciona uma receita, para mim, é a medida do quanto se gosta de cozinhar.
Torradas, por exemplo, podem tornar seu café da manhã, num brunch em Veneza, dependendo da forma em que são preparadas. Um almoço rápido, pode se transformar quando você mistura queijo de cabra, cogumelos paris, nozes e tomilho, mesmo que em cima de um pão torrado. Uma torrada caprichada é tudo o que você precisa para levantar seu ânimo em qualquer refeição do dia.
Torradas com cogumelos, queijo de cabra e nozes | receita original do livro What Katie Ate
02 porções
- 02 fatias de pão torradas
- 06 cogumelos paris (ou dois punhados)
- punhado de nozes picadas
- 75g queijo de cabra em pedaços
- salsinha e tomilho
- 01 dente de alho
- 01 colher de sopa de azeite
- 01 colher de sopa de manteiga
- sal e pimenta do reino
Numa frigideira, coloque o azeite e aqueça. Refogue os cogumelos e tempere com sal, por uns 5 minutos aproximadamente. Junte a manteiga, nozes e o tomilho e mexa, até que os cogumelos estejam dourados.
Esfregue o alho cortado ao meio num dos lados das torradas. Espalhe o queijo por cima. Complemente com a mistura dos cogumelos e jogue salsinha picada e pimenta do reino por cima de tudo.
Clafoutis de Cerejas
Quando criança eu amava, simplesmente amava, folhear livros de receitas da minha mãe. Passava horas, não me cansava de admirar as fotos de tortas, bolos e biscoitos, imagens que ficaram gravadas na minha memória até hoje. Eu ficava imaginando qual delas seria a mais gostosa, tinha as minhas prediletas em cada livro; mesmo que a grande maioria delas tivesse ficado apenas no papel.
Apesar dessa brincadeira infantil, meu aprendizado na cozinha foi tardio. Acho que essa fixação pelos livros de receita já prenunciavam o casamento que se desenvolveria aos quase 30. Hoje, continuo com a mesma alegria de criança com um livro de culinária, posso passar horas imersa, lendo, mesmo que isso não me leve a cozinhar. Recentemente, adquir o A Kitchen in France | A year of cooking in my farmhouse, da Mimi Thorisson. E posso dizer que estou num caso sério de amor.
O livro é dividido em estações. Em histórias que se transformam quase num conto de fadas. A forma poética em que Mimi descreve sua vida elevam o livro da categoria culinária para a de literatura contemporânea. Ela compartilha receitas e estórias na sua casa na região rural em Medóc; o que se cozinha e se come é o que a terra dá, a depender da estação em que se esteja. São pratos típicos da cozinha francesa, apesar de seus olhos puxados, graças ao pai chinês. As receitas são uma compilação de seu blog, cujas fotos são de seu marido fotógrafo, Oddur Thorisson, quase uma obra-prima virtual.
Uma das receitas tradicionais que encontrei é o clafoutis de cerejas. Essa era uma das sobremesas que figurava num dos antigos livros da minha mãe. Naquela época eu não sabia bem do que se tratava, pois não havia foto para ilustrá-la. O nome ficou gravado na minha memória. Foi apenas hoje que fui experimentar pela primeira vez um cherry clafoutis.
No dia 17 de março, esta receita foi selecionada pelo The Feed Feed para ser publicada na seleção Vive la France!
Clafoutis de Cerejas | receita original Manger
- 500g de cerejas
- 4 ovos
- 50g de manteiga com sal, derretida
- 200 ml de leite integral
- 100g de farinha de trigo
- 1/3 de xícara de chá de açúcar simples
- 1 ½ colher de chá de extrato de baunilha
- 1 colher de sopa de água de flor de laranjeira
- açúcar de confeiteiro, para polvilhar
- pitada de sal
Lave as cerejas e seque bem. Você pode ou não remover a sementes, eu preferi deixar como no livro, com sementes. Espalhe-as numa fôrma com cerca de 23cm de diâmetro, untada com bastante manteiga.
Em uma tigela, misture a farinha, açúcar, sal e a baunilha. Adicione o leite e os ovos (um a um), mexendo delicadamente. Agregue a água de flor de laranja e a manteiga, misturando até obter uma massa lisa.
Despeje a massa sobre as cerejas. Leve ao forno pré-aquecido a 200°C e asse por 15 minutos nessa temperatura. Abaixe em seguida para 180°C e cozinhe por mais 30 minutos. Deixe esfriar um pouco e polvilhe o açúcar de confeiteiro. Não se esqueça de avisar seus convidados das sementes!
Muffins de Amêndoas com Geléia de Framboesa
Muffins de Amêndoas com geléia de framboesa
Sabe quando algo sai perfeito? É o caso desses muffins. Queria algo que conseguisse captar e sintonizar esse sentimento de conforto de retornar para a casa.
Sabe quando algo sai perfeito? É o caso desses muffins. Queria algo que conseguisse captar e sintonizar esse sentimento de conforto de retornar para a casa. Algo que pudesse acompanhar com maestria um chá aveludado com perfume de flores e pimenta. Algo que pudesse agradar aos que passam pela minha casa, e eu pudesse oferecê-lo como uma declaração quase de amor: sinta-se a vontade por aqui.
Estou neste processo de volta à minha adorável casa. Já expressei nos posts passados o quanto aprecio o bem viver caseiro, como gosto do meu canto em particular. Como gosto de passar horas na cozinha, sem pressa nem ansiedade. Apenas separando ingredientes, folheando livros de receitas, esperando o bolo assar, enquanto seu aroma invade todos os cômodos da casa, convidando aos que estão por aqui a darem uma passada pela cozinha. Um motivo para se reunir, conversar, dar risadas entre um gole de chá e uma espiada no forno. Essa receita é assim. Nostalgia do que é, afeto e conforto, num final de tarde que passa lento, mas ainda assim, cheio de bossa.
Muffins de Amêndoas com Geléia de Framboesa | receita adaptada do livro What Katie Ate
rende 12 bolinhos
- 120g de manteiga derretida mas fria
- 02 ovos
- ½ xícara de água morna
- 1 e ¼ xícara de farinha de trigo
- 3 colheres de chá de fermento em pó
- ½ xícara de farinha de amêndoas
- 01 xícara de açúcar
- 01 colher de chá de canela em pó
- 01 maçã descascada e picada
- 02 colheres de chá de extrato de baunilha
- raspas de 01 limão siciliano
- geléia de framboesa ou qualquer outra que te agrade (cerca de duas colheres de café por bolinho)
- amêndoas em lâminas para enfeitar (cerca de meia xícara)
- acúcar mascavo para polvilhar
Coloque numa tigela os ingredientes secos: farinhas, fermento, açúcar, canela e as raspas de limão. Misture-os bem.
Numa outra misture os ovos batidos, a manteiga, a água morna e o extrato de baunilha. Quando estiver homogêneo, agregue os ingredientes secos. Junte a maçã picada. Distribua numa fôrma com 12 orifícios forrados com papel manteiga ou forminha de papel própria para os bolinhos.
Cubra até ¾ de cada fôrma. Coloque cerca de duas colheres de chá de geléia para cada bolinho e as amêndoas em lâminas por cima de tudo. Polvilhe com açúcar mascavo e leve para assar em forno pré-aquecido a 180 graus, por 30 minutos aproximadamente, ou até que os bolinhos estejam assados e dourados. Coloque mais geléia se desejar.
Frango assado com batatas
Uma receita selecionada pelo Feed.feed
Meu primeiro frango assado. Ok, isso não soou muito bem… Brincadeiras à parte, esse é aquele prato típico do almoço do final de semana paulista. Minha mãe costumava comprar na padaria da frente de casa, quase todos os sábados. Acompanhada de uma boa farofa e um molho vinagrete. Havia uma rotisserie que fazia um espetacular. A vinagrete feita de cebola roxa, até hoje me faz salivar só de lembrar.
Pela praticidade em comprar ele pronto, acho que nunca passou pela minha cabeça em assar um frango inteiro em casa. Foi então que, essa semana no supermercado, ao ver um deles inteiro, meu companheiro olhou para mim e disse: humm! O resultado ficou de lamber os beiços e os dedos… Afinal, tem coisa melhor que comer um frango assado com as mãos?
No dia 07 de dezembro, esta receita foi selecionada pelo The Feed Feed para ser publicada na seleção Vive la France!
Frango Assado com batatas
- 01 frango inteiro caipira sem os miúdos;
- 02 colheres de sopa de mostarda;
- 02 limões;
- 01 copo de cerveja;
- orégano, louro, alecrim, sal e pimenta;
- azeite;
- 04 batatas;
- 02 cebolas; e
- 02 cenouras.
Misture a mostarda, orégano, louro, alecrim, sal e pimenta num recipiente. Regue o frango com o suco do limão. Passe a mistura sobre todo o frango, inclusive por dentro. Jogue azeite por cima. Numa assadeira coloque o frango, as batatas picadas com casca, a cebola cortada em pedaços grandes e as cenouras em rodelas. Tempere com sal, azeite, e alecrim. Leve ao forno pré-aquecido a 200 graus. Vá regando com a cerveja enquanto assa para que não fique seco. Asse por aproximadamente 1 hora e meia, até que esteja bem dourado.
Sirva com uma farofa temperada e uma vinagrete.
Cabana da Empada & Toca da Tapioca em Serra Grande, Sul da Bahia
Apesar de estar já há mais de uma semana em casa, continuo no ritmo da Bahia. Onde o tempo passa em camera lenta sob o sol escaldante nordestino. Foram quase 20 dias com a proposta de comer bem, tudo de bom que a terra de lá dá. Provar os sucos com as frutas nativas, que dificilmente se encontram por aqui; saborear a pesca fresca do dia, comida simples, mas boa. Nos instalamos mais precisamente em Serra Grande, uma vila no município de Uruçuca, entre Itacaré e Ilhéus, no Sul da Bahia. Fomos de carro, porque gostamos desse tipo de coisa, pegar estrada (apesar dos radares fotográficos instalados ao longo de toda rodovia, alguns com limites de velocidade de 40km no meio da BR101) e não ter dia certo para voltar.
Bom, um lugar que não pode deixar de ser visitado é a Cabana da Empada. Situada na estrada de Serra Grande para Ilheus, o movimento local denuncia a excelente qualidade da comida servida por lá, o lugar está sempre cheio, de segunda à segunda. Como o próprio nome já diz, as empadas são o carro-chefe da casa, foi como tudo começou. Mas hoje, com o espaço expandido, servem refeições deliciosas também, muitas a preço de turista, mas que certamente fazem jus ao que se come. Não deixe de provar a empada de carangueijo e a de camarão. Saborosíssimas, e super recheadas. Se você adora uma pimenta, como eu, pede a de cheiro; que além de super aromática, ela não é tão forte e você pode colocar pedaços dela na sua comida. Eu gosto tanto, que trouxe algumas vasilhas, que também estão à venda por lá.
Se a idéia é almoçar, no salão ao lado, charmoso como o lugar todo, você pode pedir pratos super caprichados, como moquecas, peixes na brasa e frutos do mar. Acompanhe, se possível, com um suco de araçá-boi, para mim, o auge da experiência gastronômica durante a viagem. Uma fruta bem azedinha, cujo sabor me lembrou manga com limão, foi uma descoberta que me deixou feliz pelo resto do dia. Para sobremesa, você pode pedir uma empada doce, de brigadeiro, cupuaçu, ou banana.
Outro lugar de parada obrigatória para quem vai passar pela região é a Toca da Tapioca. O lugar, também como o nome diz, serve todo tipo de tapioca recheada. São mais de 10 sabores salgados e doces, com combinações muito especiais. Minha favorita é a “arretada”, carne-seca com banana da terra, requeijão e pimenta. Meu companheiro não resistiu à “serra-verde”, rúcula com tomate seco, queijo e muito manjericão. Localizada na pracinha de Serra Grande, durante o almoço eles também servem pratos-feitos, deliciosos a preços bem acessíveis.
That’s Bahia, mainha!
Cabana da Empada
Rod. Ilhéus-Itacaré, km 28
Ilhéus - BA | (73) 9981.6750
Toca da Tapioca
Praça Pedro Gomes
Serra Grande - BA | (73) 9929.4494
Torta de Cupuaçu da Lucy
Já escrevi por aqui algumas vezes que meu companheiro tem uma filha. Hoje ela tem quase 18 anos, mas quando a conheci, tinha apenas 9. E, para minha sorte, sempre me dei bem com ela, sempre fui aceita e acolhida como parte da família. Como se a gente sempre respeitasse o espaço uma da outra, sem crises de ciúmes ou de disputas. Pelo contrário, ela sempre foi amiga e companheira, pela sua personalidade alegre, receptiva, sempre de bom humor, cantando e sorrindo.
Lucy morou por alguns anos na Bahia, mais precisamente em Serra Grande, uma vila entre Itacaré e Ilhéus, com sua mãe. Aqui, eu vim visitá-la algumas vezes, um lugar bem charmoso, mas que costuma ficar sem a muvuca do turismo, mesmo em alta temporada - o que é uma maravilha. Serra Grande, é daquelas vilas, em que a pracinha é o centro de tudo, onde todo mundo se cumprimenta na rua - e quase todo mundo se conhece. Aqui, você toma uma bola de sorvete por R$ 1,00. Fim de tarde é hora de comer uma tapioca de carne seca com banana arretada (com bastante pimenta) e tomar um suco de cacau. A praia é daquelas no meio da mata, com a vegetação ainda preservada, sem condomínios totalmente desconectados da natureza. As casas não tem muros, e se tem é daqueles que você consegue pular fácil :). Tem cachoeiras com poços, em que as crianças saltam sem medo (eu disse crianças, ok?)
E foi aí, que minha linda viveu parte de sua adolescencia. Entre uma tarde surfando e outra fazendo circo, ela aprendeu como se transforma aquela torta básica de limão (ou de maracujá) em torta de cupuaçu. A massa simples feita de biscoito maisena com manteiga. E o creme batido com uma porção de creme de leite, outra de leite condensado e outra de poupa de cupuaçu. Como a fruta é azedinha, ela ficou perfeita. O sabor é único, solar e fresco. Como as praias daqui. That’s Bahia, mainha!
Torta de Cupuaçu da Lucy
cerca de 12 porções
- 200g de biscoito de maisena
- 150g de manteiga
- 300 ml de leite condensado
- 300 ml de creme de leite
- 300g de poupa de cupuaçu
Processe os biscoito picado no liquidificador até virar uma farofa. Numa fôrma de aproximadamente 28cm de diâmetro, coloque o biscoito processado e a manteiga amolecida. Amasse bem até formar uma massa. Abra a massa na fôrma, para obter a base da torta. Tente não deixá-la muito fina. Leve ao fôrno pré-aquecido a 180 graus de 10 a 15 minutos, até dourar um pouco. Tire e deixe esfriar.
Bata o creme de leite, leite condensado e a poupa de cupuaçu no liquidificador até obter um creme homogêneo. Despeje o creme sobre a massa e leve à geladeira. Deixe por pelo menos umas 3 horas ou até que fique firme.
Faça menos. Mais foco.
Mais um ano se passou e está na hora de renovar a listinha de desejos e passar a limpo a deste ano que está a 5 dias do fim. E se tem um desejo que eu quero para este ano é esse: fazer menos com mais foco. Já faz alguns anos que eu ando nesse processo de diminuir o ritmo, de reduzir a pressão. Mas só agora vejo a necessidade (e a falta) de foco.
E focar não significa planejar ou visualizar o futuro, com suas magníficas glórias e seus planos mirabolantes de dominar o mundo. Focar significa olhar agora como é possível viabilizar, ou não, o presente. Se o agora pede pequeno, é com o mínimo que eu fico. Se minhas pernas sustentam menos, é nesse pouco que eu vou focar.
Organização, foco e disciplina. E isso é tudo que eu preciso.
Esse ano não tem listinha de desejos. Esse ano, é um desejo só: FOCO.
Ah, e espero que você tenha passado um lindo natal. E que seu ano de 2015, seja um dia de cada vez.
Budín Ingles da D. Stella
Essa é uma dessas idéias que estão se espalhando pela web. Ao invés de presentear com um panetone, uma fôrma de bolo inglês caprichada e feita com todo carinho por você mesma.
Essa é uma dessas idéias que estão se espalhando pela web. Ao invés de presentear com um panetone, uma fôrma de bolo inglês caprichada e feita com todo carinho por você mesma. Nenhuma novidade, até aqui. Minha contribuição fica por conta da receita, que vem da minha sogra, uma argentina de 93 anos, que há 6 anos atrás, me ensinou a assar meu primeiro bolo. Só não daria para imaginar que essa receita seria imbatível pelos 6 anos seguintes e, ao que tudo indica, muitos outros pela frente.
Sem exagerar, já experimentei e publiquei outras tantas boas receitas por aqui de bolo. Mas esta não tem competição. A primeira vez que experimentei, fiquei totalmente obcecada; não conseguia parar de comer, daquele jeito que você perde a vergonha, mas não a gula. Minha sogra arregalava os olhos, levantava uma das sobrancelhas e dizia “mirá como come esta chica!”, enquanto eu cortava o terceiro pedaço, já pensando no quarto.
Lembro até hoje, ela abrindo aquele livro de capa dura, antigo de páginas soltas, rasgadas e amareladas. Buscava a receita do “budín ingles” e separava os ingredientes rigorosamente bem mensurados. E dizia “podés incrementar con lo que quieres: pasas de uvas, nueces, o chocolate! queda muy rico”. E eu não imaginava o quanto essa receita poderia modificar minha vida, más allá del paladar.
Para quem não sabia cozinhar absolutamente nada, como já contei algumas vezes por aqui, esse rito de iniciação na cozinha, despertou algum desejo inconsciente dentro de mim. Talvez pelo choque de gerações e culturas, talvez algo ancestral do arquétipo feminino do encontro de duas mulheres na cozinha, talvez por encontrar algo que eu nem sabia que procurava tanto.
Essa receita portanto é um tanto sagrada para mim. É de ocasiões especiais, é de se comer até a última migalha na assadeira. É o meu presente compartilhado com muito carinho neste natal para quem, assim como eu, vê muito valor nessas raras preciosidades da vida.
Budín Ingles da D. Stella
- 250 gramas de manteiga sem sal amolecida
- 01 xícara de açúcar cristal
- 04 ovos
- 02 xícaras de farinha com fermento
- 01 colher de chá de extrato de baunilha
- nozes, amêndoas, castanhas, uvas passas, damascos, frutas cristalizadas e chocolate.
Bata bem a manteiga com o açúcar até se formar um creme (por pelo menos uns 5 minutos). Junte os ovos, um a um, batendo bem após adicioná-los. Junte a farinha e apenas misture até ficar homogêneo.
Desligue a batedeira e junte o extrato de baunilha e as frutas e castanhas picadas. Misture bem. Numa fôrma untada retangular ou com furo no meio coloque a mistura. Leve para assar num forno pré-aquecido à 180 graus e deixe por pelo menos 1 hora e 10 minutos, ou até que fique dourado. Apague o fogo e deixe o bolo dentro do forno até que esfrie para deixar a massa mais sequinha. Se você fizer de noite, após apagar o forno, deixe dentro de um dia para outro.
Feliz Natal!
Para presentear, prefira a fôrma retangular. Utilize papel manteiga ou de seda, barbantes coloridos e adesivos para enfeitar e personalizar seu presente.
Pastel folhado de pessêgos com manjericão e rosas
Encontrar esta receita e fazer essas mini tortinhas, ou pasteisinhos assados me fez lembrar o bolo de limão siciliano. Não sou fã de doces muito doces, gosto mesmo quando há mistura de sabores; neste caso a erva com fruta foram presenteados com o cheiro de rosas. Confesso que sempre tive minhas restrições com utilizar água de rosas, por vezes achei que estava colocando minha loção hidratante na comida. Mas neste caso, como vai bem pouquinho, a doçura do perfume fica bem sutil.
Uma riqueza de sabores que é complementado pela crocância da massa folhada, que eu adoro. Há tempos eu havia salvado esta receita, quando li na Local Milk, mas apenas hoje decidi experimentar. Além de fácil, colhi elogios, do tipo, não acredito que foi você quem fez!
Pastel de pêssegos com manjericão e rosas | receita original da Local Milk
06 porções
- 300g de massa folhada congelada laminada
- 3 pêssegos ou nectarinas
- 2 colheres de sopa de mel (pode colocar mais se não estiver tão doce)
- manjericão (folhas de um ramo)
- 1 colher de chá de água de rosas
- 01 colher de sopa de maisena
- açúcar granulado para polvilhar
- farinha para abrir a massa e não grudar
- ovo batido para pincelar
Descasque e corte os pêssegos em cubos. Junte o manjericão picado, o mel e a água de rosas. Misture bem.
A esta altura, você pode decidir comer de colher, jogar um creme batido e ser feliz!
Pegue um pouco do líquido da mistura e dissolva a maisena para juntá-la ao restante.
Abra a massa, conforme as instruções do fabricante. Corte com uma base redonda de aproximadamente 10cm de diâmetro.
Para montar o pastel, coloque a mistura dos pêssegos com 1 colher de sobremesa sobre o disco cortado. Passe um pouco de água gelada na borda do disco. Coloque delicadamente outro disco por cima e grude as bordas, fechando o pastel. Prense com um garfo a borda para fechar bem. Pode polvilhar um pouco de farinha para não grudar no garfo e desmanchar a massa.
Coloque numa forma com papel manteiga. Pincele com ovo e polvilhe açúcar. Faça furinhos sobre o pastel. Leve para assar no forno pré-aquecido à 225 graus por 5 minutos. Abaixe o fogo para 180 graus e deixe por mais ou menos 10 minutos ou até que doure a massa.
Tire do forno e deixe esfriar. Para ser consumido em 24 horas!
Salada de espinafre, pêras e nozes
Lanche rápido. Fast food saudável. Nem meia hora. Tá pronto. Tem dias que tem que ser assim. Nem por isso tem que deixar de ser gostoso e saudável.
Salada des espinafre, pêras e nozes
01 porção
- folhas de espinafre
- 01 pêra madura mas que não esteja muito mole
- nozes
- limão, sal, pimenta do reino e azeite
Lave o espinafre, e utilize apenas as folhas. Corte a pêra em lâminas finas. Pique as nozes. Tempere com limão, sal, pimenta e azeite. Sirva logo a seguir.
Ovos recheados
Se tem algo que dificilmente dispenso são ovos. Fritos, cozidos, gema mole, gema dura. Desde criança adorava e até hoje a paixão não mudou. Meu parceiro costuma dizer, “lá vem ela com os ovos…” e eu há tempos não me encabulo mais com o comentário. Amo mesmo.
Essa receita vem do Stupidly Simple Snacks, da fofa Amy Cao. Deliciosamente fácil e divertido, como entrada, petisco, tapa buraco na hora da fome…
Ovos Recheados | receita adaptada por Stupidly Simple Snacks
08 porções
- 04 ovos
- 02 colheres de sopa de maionese
- 01 colher de sopa de mostarda dijon
- 01 colher de sopa de mostarda em grãos
- pimenta tabasco
- molho inglês
- pimenta do reino
- sal
- salsinha
Cozinhe os ovos. Para eles não quebrarem, retire-os da geladeira antes de cozinhá-los (pelo menos 15 minutos), coloque delicadamente na panela e encha de água até dois dedos acima dos ovos. Coloque um pouco de vinagre branco, que ajuda os ovos a não racharem. Leve para ferver em fogo médio alto. Quando começar a ferver, abaixe o fogo e deixe cozinhando entre 10 e 15 minutos.
Deixe esfriar e descasque-os. Corte cada ovo na metade e retire as gemas cozidas em um pote. Junte os ingredientes à gosto e misture bem. Recheie os ovos com a mistura. Jogue salsinha picada por cima. Leve à geladeira por uns 20 minutos pelo menos. Sirva!
Mousse de Chocolate com uísque e café
Receita tradicional com uísque e café.
O mousse de chocolate é um coringa, um pretinho básico para tantas e diferente ocasiões; na dúvida, ele agrada sempre. Tantas e diferentes formas de fazê-lo, com ovos, ou creme de leite - já vi até com gelatina - ou com os dois. Mas a verdade é que, como tudo, o mais próximo ao tradicional, neste caso do original de Henri de Toulouse-Lautrec, mais gostoso. Se o pretinho básico for Chanel, não tem erro.
A receita do mousse de chocolate da Katie do What Katie Ate é assim. Além de ser complementado com uísque e café que deixam o aroma e sabor indescritíveis. Para receber duas amigas queridas em casa, a Dani da Danny Bunny e a Elke da Cozinha Single, nada mais justo uma receita assim tão perfeita, num domingo de preguiça.
Mousse de chocolate com uísque e café | receita adaptada do What Katie Ate
de 06 a 08 porções pequenas (ou 03 gigantes :P)
04 ovos;
150g de chocolate meio amargo;
150g de manteiga sem sal;
½ xícara de chá de açúcar;
02 colheres de sopa de uísque (irlandês ou escocês);
04 colheres de café solúvel;
pitada de sal; e
creme de leite batido para servir.
Derreta o chocolate e a manteiga em banho maria. Retire o recipiente do chocolate da água (cuidado para não deixar espirrar água!) e deixe a água fervendo e reserve.
Em outro recipiente junte as gemas, metade do açúcar, o uísque e o café. Bata a mistura e leve também em banho maria, batendo bem por uns 03 minutos, até que fique bem espumoso e esbranquiçado. Numa vasilha com gelo e água, coloque a mistura das gemas e continue batendo até engrossar, por mais 03 minutos. Junte o chocolate derretido.
Bata as claras em neve com o sal e o açúcar, até formar picos firmes e brilhantes. Adicione e misture delicadamente com a mistura do chocolate com gemas. Sirva em copos ou taças e complemente com chantilly no topo. Deixe na geladeira por pelo menos 4 horas antes de servir.
Salada de pepino, iogurte e hortelã
Refrescante para o calor senegalês.
O Senegal é aqui. São Paulo tem enfrentado temperaturas acima de 30 graus, às 21h. Você fica parada e sua. Começa a andar e quase derrete. Tá, é gostoso a chegada do verão para quem curte o sol. Levanta o ânimo olhar para o céu azul limpo ensolarado ao acordar. Mas convenhamos que o excesso de calor, irrita os humores, estressa os ânimos e fadiga o corpo.
Não dá nem para entrar na sua feed da rede social e não começar a pirar com a quantidade de posts referentes às eleições. Fugir do debate não é uma solução inteligente, mas perder a civilidade (e amizades por conta desse momento) menos ainda. Bom, para completar a secura na cidade tem data certa para o fim da água potável nas torneiras. E eu não quero nem imaginar o que vai ser de São Paulo, capital do caos, sem água.
Alimentação leve e hidratar-se é essencial. Uma digestão mais tranquila e corpo hidratado ajudam a melhorar nossa disposição nesses tempos tão áridos. O pepino é ideal para essa época; seu poder refrescante é um bálsamo digestivo. Você pode fazer tantos pratos, saladas e sucos quanto quiser que ele não engorda, não é calórico.
Essa receita além do pepino, leva iogurte e hortelã… Fresh mode on! Um prato publicado pela Panelinha e tenho certeza que vai deixar seu dia mais gostoso e saudável.
Salada de pepino, iogurte e hortelã | versão original Panelinha
2 porções
- 02 pepinos japoneses
- 01 copo de iogurte natural
- 01 colher de sopa de azeite
- folhas de hortelã
- sal e pimenta do reino
Corte os pepinos em rodelas bem finas. É importante usar o pepino tipo japonês se não quiser tornar o prato indigesto. Misture bem o iogurte, com o azeite, sal e pimenta. Junte as rodelas de pepino e a hortelã bem picadinha. Sirva-se e refresque-se.
Linguine com camarão e abobrinha do Ritz
Receita muito especial.
Esta receita, para mim, é daquelas que me fazem salivar só de pensar. Daquelas prediletas, quando você vai ao restaurante, vasculha todo cardápio, dá uma disfarçada, mas sempre pede o mesmo prato. No entanto, foi só há algumas semanas, que procurando pela receita na internet, encontrei ela publicada pelo Estadão, receita original da chef Maria Helena Guimarães, do Ritz.
Tenho a alegria de, em São Paulo, morar bem em frente de um, e poder atravessar a rua para comer lá. Mas adorei poder fazer eu mesma um prato requintado, que na verdade é simples e fácil de se preparar. Para receber amigos e curtir em casa, é uma ótima sugestão. O único trabalho é cortar os legumes em julianne, bem fininhos, conforme o prato original.
Linguine com camarão e abobrinha | receita original do Ritz
serve 2 porções
- 200g de linguine;
- 02 colher de sopa de manteiga;
- 02 cebolas pequenas em tiras finas;
- 01 abobrinha pequena em tiras finas;
- 01 cenoura pequena em tiras finas;
- 300g de camarões médios marinados em sal e azeite;
- ½ limão (suco);
- ½ xícara de creme de leite;
- 4 colheres de sopa de parmesão ralado; e
- pitada de sal, pimenta caiena e salsinha.
Deixe os camarões marinando em sal e azeite por pelo menos 1 hora. Cozinhe a massa na água fervente com sal e azeite por 10 minutos e escorra.
Corte os legumes em à julianne, bem fininhos. Numa frigideira, derreta a manteiga, junte a cebola e a cenoura e cozinhe em fogo baixo por 2 minutos. Coloque a abobrinha e siga cozinhando por mais uns 3 minutos. Aumente o fogo para médio e adicione os camarões, o suco de limão, sal, pimenta e mexa bem. Quando o camarão mudar de cor, coloque o creme e o parmesão. Mexa rápido e junte a massa al dente, misture e sirva.
*Na receita original, vai o dobro de creme de leite, então depois de colocá-lo, reduza um pouco no fogo… Eu prefiro ele com menos creme e mais sequinho.
Coloque salsinha picada por cima.
Mini pavlovas com frutas vermelhas
Assadas por mim!
Ainda, e mais da Nova Zelândia. Das sobremesas típicas que tive o prazer de degustar durante minha viagem, uma delas foi a pavlova. Uma espécie de bolo feito de suspiro, com creme batido e frutas. Já até publiquei uma versão dela por aqui, mas na ocasião, havia comprado um pacote de suspiros e montado a sobremesa num copo. Relatei minha falta de destreza em assar os suspiros naquele post.
Desta vez, no entanto, depois de voltar de viagem, e ter aprendido por lá os truques e manhas com um querido amigo kiwi, o Alec; afinal, controvérsias à parte, os neozelandeses se consideram inventores da sobremesa, então nada melhor do que aprender com eles!… Consegui finalmente assar meus merengues com louvor (e muita paciência! - porque o forno aqui de casa não é lá essas coisas). Vai muita clara, aviso. Mas como tive algumas produções de sorvete excedentes, uma delas de sambayón (ainda publico um dia a receita aqui!) as gemas tiveram bom uso também, e você pode encontrar seus próprios bons motivos em ótimas receitas* que levam só gemas, te garanto :).
*uma ótima sobremesa para se utilizar justamente a quantidade de gemas descartadas desta receita é a baba de moça, veiculada no programa desta semana pela musa do Panelinha, Rita Lobo.
Quando vi a receita da Nigella, em miniaturas, achei que seria uma ótima maneira de tentar novamente assar os discos, sem me arriscar num tamanho maior. O resultado foi comemorado (com direito a soquinhos no ar de alegria!), pois além de deliciosas, ficaram belas demais. E aí está mais uma coisa que adoro na cozinha. Não acertar de primeira, nem de segunda (e às vezes, no meu caso, nem de terceira), mas mesmo assim, continuar a tentar. Afinal, desafios são para isso, não?
Mini Pavlovas com frutas vermelhas | versão original da Nigella
18 porções
- 10 claras;
- 500 g de açúcar;
- 04 colheres de chá de maizena;
- 01 colher de sopa de baunilha;
- 02 colheres de chá de vinagre de vinho branco;
- pitada de sal;
- 500g de creme de leite fresco; e
- framboesas, mirtilos e amoras para enfeitar.
Bata as claras em neve com o sal até que façam picos, mas não fiquem rígidas. Neste ponto, vá acrescentando aos poucos o açúcar, até que os merengues atinjam um um brillho acetinado.
Acrescente a maizena, a baunilha e o vinagre por cima e misture tudo suavemente. Forre as fôrmas com papel manteiga. Faça círculos de uns 10 cm de diâmetro. Para cada círculo eu utilizei mais ou menos umas 3 colheres de sopa do merengue bem cheias. Pode deixá-las desiguais que dá um charme.
Leve para assar num forno pré-aquecido à 180 graus por mais ou menos 1 hora. Dicas: Fique de olho para não queimar. Quando começar a dourar, você apaga o forno e deixa a assadeira lá dentro mesmo até esfriar. Um truque é fazer a noite, depois que apagar o forno, deixá-lo de um dia para o outro. Segundo o Alec, o segredo é cozinhar bem lentamente, com a temperatura mínima. Quanto mais tempo no forno, mais ressecada e com consistência de suspiro crocante. Quanto menos, você terá um “puxa-puxa” tipo marshmallow.
Bata o creme de leite com umas duas colheres de sopa de açúcar, até virar chantily. Sirva por cima e na hora sobre os merengues frios. Coloque as frutas por cima de tudo.
De lamber os beiços e sorrir com os olhos. Achei que a sobremesa tinha a cara da primavera, não sei o porquê… Bem-vinda seja.
Couscous Marroquino do Almanara
Receita tradicional do Almanara
Na época em que eu trabalhava no mercado financeiro, era praxe almoçar na mesa. Pedir comida delivery, e emendar o trabalho, almoço e trabalho. Não era sempre, claro, mas pelo menos umas duas vezes na semana, você escolhia não “perder” tempo almoçando da forma convencional; escolher um local, sentar confortavelmente, percorrer o menu e por fim fazer o pedido… aí, esperar chegar a comida, bater um papo com os amigos de trabalho, pedir uma sobremesa, e então levantar e voltar para o escritório. Esse ritual era trocado por telefonar, fazer o pedido esperar (trabalhando) e pagar o motoqueiro. Comer sentada na frente do monitor, pensando no relatório a ser redigido.
Não, não era bacana, mas sim, fez parte de boa parte de minha vida e não estou me queixando. Algumas escolhas você faz em determinados momentos da vida, e não tem nada de errado com isso. Claro, desde que sejam genuinamente escolhas.
Um dos lugares que eu adorava pedir, era no Almanara: o couscous marroquino. Foi apresentado por uma amiga querida do banco, a Pri, que era vegetariana, costumava me acompanhar na mesa, e acabou me apresentando essa deliciosa salada. Esse prato tem frescor, mistura de sabores e é muito, mas muito leve. Pode ser servida como acompanhamento, mas para mim, vale como refeição completa. A mistura das ervas, com a doçura das passas, o crocante das amêndoas e a textura do couscous.
Por ser extremamente fácil, sem muito segredo, hoje eu adoro fazer quando quero algo saboroso e leve ao mesmo tempo. Para o jantar, é perfeito. Mas é importante usar todos os ingredientes descritos para que ela permaneça leve. Já vi algumas receitas na internet, mudando a cebolinha pela cebola, e por aí vai. Você pode até fazer a substituição, mas o sabor sutil já era. A receita original não encontrei, mas aí vai a minha tentativa de reproduzir esse delicioso prato, com os ingredientes da forma mais fiel possível. (Tá, nem tanto!)
Couscous Marroquino do Almanara
Leve, saborosa e muito fácil de fazer.
Rendimento: 02 porções
-
Tempo de Preparo:
Tipo de Prato: acompanhamento, salada
- 1/2 xícara de chá de couscous marroquino
- 2/3 xícara de chá de água fervente
- 100g de tomate cereja
- 150g de rabanetes
- 1 pepinho japonês
- 1/4 xícara de uvas passas sem sementes
- 1/4 xícara de uvas passas brancas sem sementes
- 1/4 xícara de amêndoas picadas
- 3 palmitos - opcional
- 1 talo de cebolinha
- 2 ramos de salsinha
- 2 ramos de hortelã
- 1 limão
- 2 colheres de sopa de mostarde dijon
- sal, pimenta do reino e azeite
- Coloque o couscous na água fervente e vá mexendo com um garfo para que não grude.
- Quando a água secar, coloque um fio de azeite e continue misturando. Deixe esfriar. Se quiser, deixe um pouco na geladeira para esfriar bem, mas não deixe gelado.
- Pique o tomate, pepino, rabanetes e o palmito em quadradinhos, para que fiquem mais ou menos do mesmo tamanho.
- Junte todos ingredientes ao couscous, com a cebolinha, hortelã e salsinha bem picados.
- Num recipiente a parte misture o limão, mostarda, sal, pimenta e azeite. Misture vigorosamente com um garfo até que fique homogêneo. Jogue sobre a salada. Se precisar, jogue mais azeite por cima. Sirva na hora

As fotos originais deste post estão abaixo. Eu refiz as fotos (12.set.19) e quis substituir por aqui.