Bolo de castanha de caju, creme batido e calda de frutas vermelhas com lavanda
Minha vida anda agitada. Minha apologia a um modo desacelerado de viver, se choca constantemente com essa inquietude interna e meu cotidiano diário.
Minha vida anda agitada. Minha apologia a um modo desacelerado de viver, se choca constantemente com essa inquietude interna e meu cotidiano diário. Costumo preservar meus momentos e espaços pessoais para recuperar meu passo e meu ritmo. Mas é tanta coisa na superfície e, ultimamente, dentro de mim também, que resolvi escutar esse ruído todo.
Acontece que nem tudo é barulho por si. Dentro do agito, apareceu algo substancial, quase como um chamado surdo. E como a vida costuma me empurrar para a beira do precipício e dizer: “pula. agora.” e eu costumo olhar para o outro lado e responder: “putz. pode ser mais tarde?”; tive que parar para ouvir e perceber o que estava para acontecer comigo.
Quando fui estudar design gráfico, após abandonar a economia, me especializei em motion graphics. Que é a parte visual de filmes, vinhetas e clips. Lembro até hoje, no segundo ano, quando o professor de motion veio apresentar o que seria fazer o terceiro ano com essa especialização. O coração bateu mais forte e eu pensei, é isso! Olhei para a Dani Coelho, que sempre foi parceira em tudo, e ela tinha o mesmo brilho nas pupilas. A gente não teve dúvidas.
Penamos, comemos poeira, um caminhão passou por cima da gente e deu ré. Mas sobrevivemos. E fizemos bonito. Saímos com o diploma na mão, mas afinal, nunca mais a gente abriu o After Effects (programa de edição de vídeo) depois da última aula. A vida foi tomando seu rumo e eu achei que aquela seria apenas mais uma experiência para contar depois.
Há dois meses, o Gabriel comprou uma câmera de filmagem, daquelas bem bacanas. E, foi então, que tudo voltou. Desde então, tenho testado pequenas gravações e vinhetas rápidas para o blog. Tenho gravado e editado vídeos também para o outro trabalho que faço com meu marido, lá na Cia do Ser, e tem sido bem legal. Esse agito interno então, faz sentido. É pulso nas veias, fazendo o sangue correr mais depressa.
Para completar essa história, mês passado, tive a notícia que a Dani ganhou o concurso da Silhouette de melhor vídeo, passando a ser do time de designers da marca. (!! - sim, fiz essa cara também!) Quando fui conferir seus vídeos, quase caí para trás. Detalhes, criatividade e amor. Fiquei feliz. Afinal, aquele arrepio na espinha, naquela aula no segundo ano, era um grito surdo em nossos corações.
Ainda falta muito para aquele ruído se tornar melodia, pelo menos no meu caso. Mas acho que já consigo ouvir um assobio. Estou curtindo cada passo. Logo mais chego à borda do precipício. Confere o meu último vídeo, logo mais.
Esse bolo é daqueles sequinhos, que você pode comer sem nada mesmo, com uma xícara de chá. Mas acompanhado de creme batido e calda de frutas vermelhas com lavanda, fica melhor ainda. Uma boa sugestão para o dia dos namorados, se você vai comemorar.
Bolo de Castanha de caju com Creme batido e Calda de frutas vermelhas com lavanda
para o bolo
- 01 copo de castanhas de caju
- 01 e ½ copo de farinha de trigo
- ½ colher de chá de fermento em pó
- pitada de sal
- 175g de manteiga sem sal (amolecida)
- 03 ovos (temperatura ambiente)
- ½ colher de chá de extrato de baunilha
- ½ copo de leite (temperatura ambiente)
para os morangos
- 300g de morangos
- 100g de framboesas (não é necessário)
- 03 colheres de sopa de açúcar demerara (ou cristal se preferir)
- ½ colher de chá de lavanda seca
para o creme batido
- 1 copo de creme de leite fresco
- 02 colheres de sopa de açúcar
{ modo de preparo }
Processe o caju somente até virar farofa - quanto menos vc bater, mais você vai sentir na textura do bolo - no liquidificador ou processador. Junte os demais ingredientes secos e misture bem. Na batedeira, bata a manteiga com o açúcar até ficar um creme, por uns 5 minutos. Junte os ovos, um a um, batendo bem após cada um. Acrescente o extrato de baunilh. Junte o leite e os ingredientes secos aos poucos, alternando um pouco de cada, até ficar homogêneo.
Coloque numa fôrma untada (utilizei aquelas de pão retangular) com farinha e manteiga, e leve para assar em forno pré-aquecido à 180 graus, por uns 50 minutos, ou até que esteja bem assado e dourado (quando furar com um palito e ele sair limpo). Deixe esfriar um pouco, mas desenforme ainda quente.
Bata o creme com o açúcar até virar chantilly. Cuidado para não bater demais e virar manteiga.
Num mortar, macere o açúcar com as sementinhas de lavanda. Junte aos morangos e framboesas picados. Deixe por uns 15 minutos.
Sirva o bolo com um pouco de creme e frutas vermelhas.
Viver de fazer sorvetes: sorvete de morango
A história dos sorvetes e todo o processo que acompanha sua produção têm sido mais longos e demorados que eu imaginava. Um dos meus primeiros sorvetes caseiro foi o de morangos.
A história dos sorvetes e todo o processo que acompanha sua produção têm sido mais longos e demorados que eu imaginava. Um dos meus primeiros sorvetes caseiro foi o de morango, há quase 2 anos atrás. Continua sendo um dos meus prediletos até hoje. A idéia de poder fazer o sorvete sabendo dos ingredientes que irão compor a fórmula, sem espessantes de origem duvidosa ou corantes artificiais, e o mais importante, mantendo o sabor real do sorvete, foi o canto da sereia para mim. Naquela época, não passava pela minha cabeça traçar um projeto pessoal com relação a isso tudo. Mas aos poucos, a idéia foi crescendo e maturando por dentro, idéias florescendo, feito maria-sem-vergonha no brejo.
Nos últimos meses, tentei acelerar o processo, fiz um curso de sorvetes, estou com pilhas de livros sobre o assunto. Até que percebi que, a verdade é que eu não quero apressar nada. Atropelar a beleza desse processo criativo que precisa de amor e carinho para crescer, não faz sentido algum. Quero fotografar cada etapa, quero registrar todo o processo, quero sentir cada colherada derretendo devagarinho na boca.
Se afinal, tudo isso vai sair do papel ou não, para mim não importa mais. Foi tanta riqueza agregada e tanto aprendizado indireto, tantas amizades feitas no caminho, tantos desafios propostos e atingidos, que o lucro já é todo meu. Sinto alegria quando penso nisso tudo, aquela que preenche o coração. Vou passo-a-passo, me divertindo, fotografando e comendo muito sorvete. Nada mais importa.
"Let me take you down
Cause I’m going to
Strawberry fieldsNothing is real
And nothing to get hung about
Strawberry fields forever"{ Strawberry Fields Forever, The Beatles }
Fotos: Dona da Casa!
Torta de alho poró da D. Stella
Às vezes a cabeça dá tantas voltas que a gente se perde nos próprios devaneios. Ela cria realidades que só a gente enxerga, anseios e dúvidas.
Às vezes a cabeça dá tantas voltas que a gente se perde nos próprios devaneios. Ela cria realidades que só a gente enxerga, anseios e dúvidas. Como se num minuto tudo estivesse certo, no seguinte nem tanto. E, nesses momentos a gente dá um tempo, respira fundo e espera os minutos passarem, pesados e lentos. Põe um fone de ouvido e coloca uma seleção de música que te faz querer se mexer e se sentir uma bailarina. Ou canta bem alto debaixo do chuveiro quente, enquanto a àgua escorre pela cabeça, lavando os pensamentos.
Foi assim quando eu decidi publicar esse post. Já estava tudo meio certo, o texto pronto, inclusive com chamada pelo Instagram. Mas aí, de um minuto para o outro, eu mudei de idéia. Nada de concreto com relação ao post. Mas de repente ele não preenchia minhas expectativas, não tinha mais vontade nenhuma de publicá-lo. Queria era deletar tudo. Não deletei, mas também não publiquei.
Respirei fundo e fui fazer outras coisas. Passou o dia das mães, fiz um almoço gostoso com a minha, minha tia e amigos. Veio a segunda-feira, e um trator chamado trabalho passou por cima de mim, e de todos meus ânimos que já eram poucos. Passei o dia fazendo contas, preenchendo planilhas, visitando contas de banco. Ao menos, os números, por sorte, me acalmam, eles me dão uma certeza que aquelas linhas do meu post não conseguiam me dar.
Então, mais um dia passou, organizei a bagunça da minha mesa, joguei fora as tralhas acumuladas do mês e parece que a nuvem cinza pesada também passou. Ficou só um céu nublado. Uma lista de tarefas para fazer, e de algumas incertezas para resolver. Mas tudo bem, amanhã já é outro dia.
O post? Bom, afinal decidi não jogar fora. Mas como não tinha muito como encaixar com isso aqui, ele vai como uma segunda parte, abaixo.
Mais uma daquelas preciosidades, que valem fortunas. Não vinha em seu caderninho de receitas, porque era tão fácil e batida, que se fazia de cabeça, no olho, semana sim, semana não. A tarta de puerros da D. Stella, que além de puerros levava muito queso rallado. Em dia frio, final da tarde, com um copo de vinho e nada mais. Ela fazia duas receitas de uma vez, porque uma não passava de uma tarde sobre a mesa.
O frio em São Paulo chegou. Agasalhos fora do armário. Meias com chinelo. Chá quente antes de dormir. Vinho com soda (água com gás) nas refeições. Minha estação predileta está em seu auge, como o sol brilhante sobre o céu azul gelado. E essa torta tem lembrança dos meus primeiros anos de visita na casa da D. Stella. Era um pouco mais frio, mas o ar tinha o mesmo cheiro seco, de carvalho.
Há duas semanas atrás foi seu aniversário. Faria 95 anos. Sua receita, Stella, se depender de mim, vai perpetuar e reinar em nossas mesas por muitos anos mais. Salud!
Torta de alho poró da D. Stella
01 e ½ copo de farinha branca
cerca de duas xícaras de café de água gelada
02 colheres de sopa de óleo (milho, girassol ou canola)
pitada de sal
03 talos de alho poró (pequenos)
250g de queijo parmesão ralado
{ Modo de Preparo }
Corte o alho poro em rodelas grossas. Coloque numa panela com água fervente e deixe ferver até murchar (de 05 a 10 minutos). Passe por um escorredor e deixe por algumas horas, para secar a água. A dica da D. Stella era fazer o alho poró a noite, e deixar secando até o dia seguinte.
Numa bancada limpa para trabalhar a massa, faça uma montanha com a farinha peneirada e deixe um buraco no meio. Junte aos poucos a água no centro e vá misturando aos poucos. Vá adicionando sal, a água e o óleo, até que a massa se solte, sem ficar pegajosa. Sove bem, até que fique bem uniforme.
Divida em duas partes a massa. Abra um círculo com um rolo. Coloque na fôrma untada com manteiga e farinha, e disponha a base. A minha fôrma é pequena de 18cm de diâmetro.
Recheie com o alho poró, e o queijo ralado. Não economize no queijo. Abra a outra parte da massa. Se desejar, corte em tiras para decorar, para fechar a torta. Se colocar a massa inteira por cima, faça alguns furos para o ar quente.
Asse em forno pré-aquecido a 200 graus C, por uns 50 minutos, ou até que a massa esteja bem dourada. Deixe esfriar. Sirva fria ou no dia seguinte com um copo de vinho.
Chai latte
Esta é a bebida do meu casamento. Tem casais que tem música, filme ou lugar que simbolizam memórias do princípio do namoro. No nosso caso, é o chai.
Esta é a bebida do meu casamento. Tem casais que tem música, filme ou lugar que simbolizam memórias do princípio do namoro. No nosso caso, é o chai. Quando ainda não morávamos juntos (pela segunda vez, pois moramos juntos e depois voltamos a morar separados, mesmo namorando) e ele dormia lá no meu pequeno apê, a gente tinha nosso ritual: filme ou seriado no sofá, alguma seleção importada de biscoitos com chocolate ou geléia e chai. Como o Gabriel morou alguns anos na Índia, ele me apresentou a bebida, que até então, eu não conhecia.
Tem diversas formas de se fazer e se tomar o masala chai. O jeito que ele adora é o chá preto e as especiarias fervidos com o açúcar (assim ele cozinha), junto com o leite. Eu não gosto de leite, então, faço sem o leite e, algumas vezes sem o açúcar, às vezes adoço com mel. Boto bastante gengibre, pois gosto dele picante. Quando tenho o masala chai em casa, uso ele, além de colocar mais especiarias. Gosto com earl grey também, fica com um perfume especial.
E como sou pau mandado da relação, admito, na maior parte das vezes, faço o chai latte, da forma como ele gosta, e a casa fica com aquele perfume aveludado absurdamente delicioso e acaramelado. E com as noites frias de outono das últimas semanas, nosso ritual está de vento em poupa. Better Call Saul na tevê, biscoito maltado, e uma xícara de chai esquentando as mãos - nossas memórias e corações também.
Chai Latte
aproximadamente 05 xícaras de chá
- 04 xícaras de água
- ½ xícara de leite
- 01 colher de sopa de chá preto ou earl grey ou masala chai
- 02 cravos
- 01 pau de canela
- 04 bagas de cardamomo
- 01 colher de sopa de gengibre fresco fatiado
- 02 colheres de sopa de açúcar demerara
- pimenta preta, branca e rosa
Coloque os ingredientes numa panelinha ou leiteira que vá ao fogo. Lembre-se de que ele deve ter altura suficiente, pois o leite irá ferver.
Misture rapidamente e leve ao fogo alto até ferver. Abaixe o fogo e deixe cozinhando por uns 05 minutos. Apague e deixe em infusão por mais uns 05 minutos antes de servir. Coe e tome quentinho.
Torta de Maçã Verde da branca de neve
Final de semana ensolarado. Assim como as últimas semanas. Deu vontade de fazer um piquenique, daqueles bem clichês, com toalha xadrez estendida na grama.
Final de semana ensolarado. Assim como as últimas semanas. Deu vontade de fazer um piquenique, daqueles bem clichês, com toalha xadrez estendida sobre a grama, flores do campo e torta de maçã verde da branca de neve.
Estou em delírio ainda com minha câmera nova, que agora filma também. Fiz um vídeo bem caseiro, em cima do preparo da torta, tá tudo meio simples ainda, dá para ver as luzes que foram filmadas em diferentes horários em casa. Mas tá valendo, é só o primeiro.
A torta? Ficou uma graça, é a minha primeira torta com a massa decorada, e acho que me apaixonei também.
Torta de Maçã Verde
{ para a massa }
- 02 e ½ copos de farinha branca
- ¾ copo de açúcar
- 200g de manteiga gelada sem sal
- 01 ovo
- 02 colheres de sopa de suco de limão
{ para o recheio }
- 03 maçãs verdes
- ½ copo de açúcar mascavo
- ½ colher de sopa de canela em pó
- pitada de noz moscada
- 1 colher de sopa de maizena
Misture a farinha com o açúcar. Junte a manteiga cortada em cubos. Amasse bem até formar uma farofa. Junte o ovo e o suco de limão e amasse até formar uma massa uniforme. Se necessário, junte mais duas colheres de sopa de água gelada para dar liga. Faça uma bola com a massa e enrole em papel filme. Leve à geladeira por pelo menos 30 minutos.
Descasque e pique as maçãs. Junte o açúcar mascavo, a canela em pó e a maizena. Misture bem.
Abra 2/3 da massa numa fôrma para torta, de aproximadamente 20cm de diâmetro, Deixando a borda que sobra. Recheie com as maçãs. Com o restante da massa, abra com o rolo e corte em tiras da largura que preferir, e intercale sobre a torta. Junte a borda com as tiras para fechar a torta. Se preferir, só coloque por cima a massa aberta, fazendo alguns furos para o ar quente poder sair.
Asse por aproximadamente 50 minutos em forno pré-aquecido a 180 graus. Sirva quente ou fria, com calda de caramelo extra ou bola de sorvete para acompanhar.
Fika com Elke Noda e a pausa para a reunião mais deliciosa da semana
Segundo trimestre de 2016: dizer que o tempo voa chega a ser meio irritante. E, quando a gente pára para tomar café na casa da amiga, discute planos para o próximo trimestre, dá um frio na barriga.
Segundo trimestre de 2016: dizer que o tempo voa chega a ser meio irritante. E, quando a gente pára para tomar café na casa da amiga, discute planos para o próximo trimestre, dá um frio na barriga. Então, a gente decide mudar de assunto, improvisar um waffle congelado com calda de chocolate belga, passa um café na chemex, esquenta a água na hario. Serve em xícara importada, se sente meio besta, fútil, mas ao mesmo tempo, a pessoa mais afortunada desse planeta.
A gente discute, pensa e sonha, sabe que muitas das idéias nem vão sair do papel. E, no final, descobre que tudo era uma grande desculpa, para passar a tarde cultivando aquela amizade que entende o valor de um café no meio da semana. Fika com Elke Noda.
Fotos: Dona da Casa!
Pudim de pão e o estado de paixão
De repente, esta semana, me vejo apaixonada. Não por alguém ou por razão específica. Apenas sinto meus pulmões mais expandidos quando inspiro, sinto cócegas pelo rosto, quero ouvir canções de amor.
De repente, esta semana, me vejo apaixonada. Não por alguém ou por razão específica. Apenas sinto meus pulmões mais expandidos quando inspiro, sinto cócegas pelo rosto, quero ouvir canções de amor. Já me vi apaixonada algumas vezes. Achei sempre que tinha a ver com a pessoa em si, o quanto ela era capaz de me fazer sentir especial, um formigamento por dentro, vontade de fechar os olhos e fazer tudo desaparecer.
Mas, então, de repente, me vejo sob os mesmos sintomas, cantando sozinha, sorrindo para o nada. Às vezes até a boca meio seca, um aperto na boca do estômago, mesmo sem motivo algum. Talvez seja antecipação de algo, talvez não seja nada. Não importa. Quero que essa sensação dure enquanto durar. Afinal, viver apaixonada é bom demais. E, se puder viver assim, sem depender de ninguém, melhor ainda.
"Maybe
You don’t have to smile so sad
Laugh when you’re feeling bad
I promise I won’tChase you
You don’t have to dance so blue
You don’t have to say I do
When baby you don’t"{ Tell me if you wanna go home, música de Gregg Alexander, trilha sonora de Begin Again }
Tinha uma cesta de pão amanhecido ressecado sobre a geladeira. Aproveitei para fazer um pudim de pão com passas ao rum e calda de caramelo. Se preferir, sirva do modo argentino, com doce de leite e creme batido.
Pudim de Pão
para o pudim
- 01 fôrma redonda com furo grande
- aproximadamente 500g de pão amanhecido ressecado
- 01 litro de leite
- 150g de cream cheese
- 150g de creme de leite fresco
- 05 ovos
- 01 xícara de açúcar
- 01 colher de chá de extrato de baunilha
- raspas de limão
- 150g de passas
- rum (opcional. o suficiente para cobrir as passas)
para a calda
- 02 xícaras de açúcar
- ½ xícara de água
{ modo de preparo }
Deixe as passas de molho no rum de um dia para o outro, ou esquente um pouco numa panelinha até ferver e deixe esfriar.
Corte o pão em pedaços pequenos, retire a casca se preferir. Deixá-lo de molho no leite morno por pelo menos 1 hora, ou até que esteja amolecido. Bater no liquidificador até ficar homogêneo. Junte o creme de leite e o cream cheese.
Bata os ovos com o açúcar, junte o pão, extrato de baunilha e raspas de limão.
para a calda
Dissolva o açúcar na água. Despeje na fôrma, leve ao fogo baixo, e não misture por uns 15 minutos, até a calda engrossar. Tome cuidado para não se queimar. Espalhe pela fôrma e deixe esfriar um pouco.
Jogue o creme do pudim na fôrma. Acrescente as passas. Leve ao forno pré-aquecido à 180 graus, em banho maria. Asse por uns 50 minutos, ou até que esteja bem cozido. Deixe esfriar, leve à geladeira. Desenforme gelado.
Shitake refogado com Salada de abacate e Arroz com furikake
Das coisas simples da vida. Sem muitos adjetivos. Não tem receita para seguir. Nascem do improviso e do imprevisto. São cotidianas. Um café na esquina de casa.
Das coisas simples da vida. Sem muitos adjetivos. Não tem receita para seguir. Nascem do improviso e do imprevisto. São cotidianas. Um café na esquina de casa. Sobras do almoço de domingo. Pão com manteiga. Um vaso de flor feito com o vidro de conserva.
Quero a vida assim, com recortes cada vez mais orgânicos. Sem sofisticação, sem mínimos detalhes. Como um traço de grafite no papel, como um sorvete de baunilha no fim da tarde. Sem tantas expectativas. Sem sobressaltos, ou sustos. Dentro da velocidade mínima permitida. Com a mais sincera realidade. Uma janela limpa. A luz do fim do dia. Ou do alvorecer. A fotografia dos filmes de Nancy Meyers. A beleza de contemplar, sem explicação.
"Neste momento vem-me uma vaga saudade
E um vago desejo plácido
Que aparece e desaparece.
Também às vezes, à flor dos ribeiros
Formam-se bolhas na água
Que nascem e se desmancham.
E não têm sentido nenhum
Salvo serem bolhas de água
Que nascem e se desmancham."{ O Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro, Fernando Pessoa }
Esse almoço de segunda-feira é assim. Um prato de arroz e furikake, shitake refogado e salada de abacate. É o que tinha na geladeira e no armário. É o que deu vontade de comer.
Shitake refogado com salada de abacate e arroz com furikake
para duas porções
- 01 bandeja de shitake fresco
- ½ abacate
- broto de alfafa ou de feijão
- salsinha ou coentro
- cebolinha
- arroz branco cozido (duas xícaras)
- furikake (tempero seco japonês)
- 02 colheres de sopa de manteiga
Fatie o shitake. Não lave o shitake, aliás nenhum cogumelo. Eles são esponjosos e absorvem muita água. Esfregue com um pano úmido limpo. Derreta 01 colher de manteiga na frigideira e refogue os cogumelos até ficarem dourados. Junte a outra colher de manteiga e a cebolinha picada. Apague o fogo.
Num prato monte o arroz. Coloque numa xícara pequena e vire no prato para ficar num formato bonito. Jogue o tempero seco japonês por cima. Sirva com uma porção de shitake.
Fatie o abacate em lâminas. Junte o broto de bambu no prato. Tempere com vinagre, sal e pimenta do reino. Jogue coentro picado ou salsinha por cima.
Sirva na hora.
Sorvete de Romã
Semana de reformas em casa. Duas. Uma do encanamento do esgoto. Outra do ladrilho da piscina. Tem pó e terra por todos os cantos da casa.
Semana de reformas em casa. Duas. Uma do encanamento do esgoto. Outra do ladrilho da piscina. Tem pó e terra por todos os cantos da casa. E, com as águas de março fechando o verão, a casa está literalmente afundada na lama (para não dizer outra coisa). Para completar o cenário marrom, a faxineira de casa pediu demissão. E, apesar do desgaste, cansaço e da sujeira pela casa, tenho mantido o bom humor e a paciência, esses dias.
Entrevistando candidatas para substituir a Joana, passando pano de chão pela casa (a cada meia hora), discutindo com o pedreiro por entrar com o sapato cheio de barro pela sala adentro, terminando o balanço anual das finanças de 2015, convivendo com incertezas do negócio atual (sim, a crise é real), e correndo atrás das pendências dos novos projetos.
Inspirada pelo não se afetar pelas circunstâncias e jamais perder a elegância, de Claire Underwood, tenho mantido a cabeça erguida, tentando matar um leão por dia, testando receitas de sorvetes da #lililovesicecream, convivendo com as adversidades dos tempos, percorrendo de avental na cintura pela casa e de galocha nos pés, pela rua. Vivemos dias estranhos, de valores rarefeitos, de certezas efêmeras. É preciso mutar e adaptar-se, mesmo sem ter a menor idéia para onde. É hora de transformar, jogar fora, e de se conformar com o desconforme. É pau, é pedra, é o fim do caminho. São as águas de março fechando o verão.
“É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração”{ Águas de Março, de Tom Jobim }
Nem tudo é lama. Às vezes, é romã. Essa receita mara e cor-de-rosa é mais uma do livro de receitas da Linda Lomelino, o Ice Cream: sorvete de romã. Ficou refrescante, perfeito e delicioso. É promessa de vida no teu coração.
Sorbet de Romã | receita original do livro Ice Cream
aproximadamente ½ litro
01 romã extra grande
07 colheres de sopa de leite
07 colheres de sopa de creme de leite fresco
05 colheres de sopa de açúcar
suco de ½ limão
02 colheres de sopa de vodka
Bata as sementes de romã com o leite, açúcar. Coe. Junte o creme de leite, a vodka e o suco de limão, misturando até ficar homogêneo.
Processe a mistura na máquina de sorvetes, conforme as instruções do fabricante. Quando estiver pronto, coloque num recipiente e leve ao congelador por pelo menos 3 horas antes de servir.
Não tem máquina de sorvete?
alternativa 1alternativa 2alternativa 3
Uma das formas é: coloque num pote e leve ao congelador. A cada hora, bata a mistura num processador para mantê-la cremosa. Você vai ter que repetir este processo por pelo menos umas 3, 4, 5 vezes, até atingir a cremosidade que você quer.
Torta Alfajor
Essa torta é um descaramento. É um desbunde. Uma falta de vergonha na cara de tão boa. Uma receita fácil e deliciosa em demasia. Um clássico argentino.
Essa torta é um descaramento. É um desbunde. Uma falta de vergonha na cara de tão boa. Uma receita fácil e deliciosa em demasia. Um clássico argentino. A receita foi apresentada com maestria, bom humor e charme pela Mari, no especial Tastemade Uruguai, e é realmente Maravilloso!
Brinquei que fiz essa receita para a Julia, só porque ela veio desde Portugal a São Paulo e não conseguiu me ver. Mas é claro que o fato de ser um clássico santafesino argentino, como meu marido, teve coro aqui em casa, e me aventurei a fazer essa torta como nenhuma antes que já fiz.
Fiz algumas pequenas adaptações, diminuindo o doce da bolacha e do merengue suíço (nem sei se isso vale), porque para mim, essa coisa de doce muito doce me incomoda. Mas se você quiser fazer como o original da Mari, vê lá a receita no vídeo, te garanto que vai dar muitas risadas também (e querer ver várias vezes). Aliás, assiste de qualquer maneira o vídeo, que fica mais fácil de entender o quão fácil é a receita. Ah, e não se esquece de utilizar um bom doce de leite argentino, que faz toda diferença.
Aproveitei para estrear o maçarico, que também nunca tinha usado antes na cozinha. Não queimei as pestanas, nem a sobrancelha, nem a casa, foi sucesso total. E a torta, além de deliciosa, ficou linda com merengue tostado.
Torta Alfajor | receita adaptada do Projeto Banquete
- 02 xícaras de farinha
- ¼ de xícara de açúcar para a massa e mais 02 colheres de sopa para o merengue
- 04 ovos
- 02 colheres de sopa de água
- 800g de doce de leite argentino
para a massa
Misture numa tigela 1 ovo com 3 gemas. Reserve as claras para o merengue. Bata levemente e junte a farinha e ¼ de xícara de açúcar. Misture bem e agregue aos poucos a água até achar o ponto da massa. Quando ficar lisinha e desgrutar da mão, está boa.
Reparta a massa em duas partes abra-a numa bancada enfarinhada, até ficar bem fininha. Utilize o molde de uma fôrma de uns 20 cm, ou um prato, para cortar os discos. Vá abrindo a massa até cortar todos os discos. Essa quantidade de massa, dá certinho 5 bolachas. Coloque sobre uma fôrma com papel manteiga e leve ao forno pré-aquecido à 200 graus C. Asse por uns 10 a 15 minutos, até que as bolachas comecem a dourar. Retire e deixe esfriar num rack.
para o merengue suíço
Coloque as claras com o restante do açúcar numa tigela em banho maria. Misture delicadamente com uma espátula deixe esquentar até que os grãos de açúcar estejam dissolvidos nas claras. Este é o ponto para você bater as claras em merengue suíço. Bata numa batedeira (ou se for como a Mari, na mão mesmo) até que forme picos firmes.
para a montagem da torta
Começe com um dos discos. Coloque bastante doce de leite. Coloque outra bolacha por cima e vá alternando as camadas. Termine com o doce de leite. Por cima de tudo, decore com o merengue suíço, se tiver um saco de confeitar, faça biquinhos sobre toda a torta (essa será minha próxima aquisição, quem sabe). Se tiver um maçarico, passe por cima dos merengues com cuidado para que eles fiquem tostadinhos. Se não tiver, tudo bem também. Como a Mari diz, você já chegou até aqui, e já é um vencedor.
Testando sorvetes, jantar romântico no Ruella, casa do vizinho e Curso de Bolos da Feitocom.Amor
Tem semana que rende. Rende não só pela quantidade de coisas que a gente faz, mas por fazer coisas diferentes do usual, encontrar pessoas queridas, preencher o tempo com as coisas que a gente gosta.
Começou na terça, quando me reuni com o pessoal que fez o curso de sorvetes artesanais comigo, trocamos idéias, figurinhas, tomamos muito vinho e comemos pizza, lá no Carlos Pizza, que está entrando para a lista dos melhores de São Paulo (e eu recomendo). É legal chegar cedo para conseguir uma mesa, porque o lugar é pequeno e lota. Desse encontro, infelizmente, não tenho fotos.
Na quinta, teve curso de bolos com a querida a Camila Dutra do Feitocom.amor. Cheguei atrasada (quase uma hora, por conta da chuva que parou o trânsito), morta de vergonha. Mas mesmo assim, deu para aprender a fazer 3 bolos deliciosos e lindos, além de entender melhor o processo e a alquimia de um bolo. Tudo num clima descontraído, com a paciência e a didática da Camila. Se você quer aprender a fazer bolos ou se aperfeiçoar na arte de fazer um, vale muito a pena.
Desde pequena, nunca levei muito jeito para a cozinha. Queimava panela, solava o bolo. Fui aprender a cozinhar aos quase 30, com minha sogra. Mas bolo enfeitado, decoração de prato, isso eu achei que não ia acontecer nessa vida. Até essa aula da Cá. Me arrisquei no dia seguinte mesmo a assar o bolo de pêras com amêndoas: ficou tão lindo e foi tão fácil de fazer que eu nem acredito. Fiquei tão feliz, que já quero um próximo curso, Cá.
Sábado, fiquei em casa, testando, calculando e bolando receitas de sorvetes. Fiz um de amendoim salgado com chocolate. Ficou legal, mas ainda tem que balancear a fórmula, melhorar a textura. E eu adoro esse processo, de testar, desafiar até chegar no resultado que quero. Tudo com amor, tudo cheio de cuidados, para poder parar na geladeira da #lililovesicecream.
À noite, teve jantar romântico, no Ruella, de Pinheiros. Fazia quase 10 anos que eu não ia lá. Confesso que a comida não foi lá essas coisas. O Gabriel pediu o Magret de Pato ao molho Marsala e eu o Linguado com Manteiga de Ervas com tomates recheados. O prato dele veio cru em demasia, enquanto o meu peixe meio sem sabor. O vinho que pedimos, também não agradou. Mas o que acabou compensando o jantar desastrado, foi o astral do atendente que nos recebeu e a sobremesa ao final: um bolinho aos 3 leites com bananas brûlées, acompanhado de sorvete de doce de leite, e calda de maracujá.
Para fechar o final de semana, fomos para um churrasco na casa do vizinho. Mentira. Malhamos na academia, fizemos sauna (tudo na casa maravilhosa do Rubens) e, como ninguém é de ferro almoçamos uma carne de primeira, com um vinho delicioso. Conhecemos o Rubens no parque ao lado de casa, onde fazemos nossa caminhada matinal. Dessas coisas, que só meu marido me proporciona: transformar completos estranhos em amigos que jantam juntos. E é por isso, que o amo tanto.
Fotos: Dona da Casa!
Milho verde com manteiga temperada
Das coisas que eu mais adorava na minha infância era de passar as férias no sítio do meu avô. No meio da roça, a gente passava o dia brincando, preparando tardes com picniques, pescando no lago...
Das coisas que eu mais adorava na minha infância era de passar as férias no sítio do meu avô. No meio da roça, a gente passava o dia brincando, preparando tardes com picniques, pescando no lago, revirando a terra da horta, inventando brincadeiras na despensa de comida. E, pensando bem, tirando a parte da pesca, que normalmente rendiam peixes do tamanho da ponta do meu dedo mindinho, correndo atrás das minhocas para isca, a minha vida continua meio parecida.
Uma das lembranças que mais adoro, era quando tinha milho verde no lanche da tarde. Especialmente quando ele estava bem branquinho, novinho, docinho e macio. Botava sal e manteiga e comia uns 4 até 5 sabugos. Virava competição para ver quem comia mais, e a gente se divertia como nunca com o banquete que era a panela cheia de milho.
Até hoje, eu adoro. Sou daquelas que não resistem ver o carrinho, seja na praia, na esquina do metrô, na entrada do show. E, apesar de depois não poder conversar direito, nem sorrir, por conta do milho entre os dentes, me dou por satisfeita, pois o dia com certeza ficou mais completo depois dele.
Esse é um prato que de tão simples e até meio caipira, é cheio de memórias, sensações de conforto e de afeto, como uma tarde no meio do mato, daquelas que você perde a noção do tempo, fica com o joelho cheio de terra de tanto brincar, rindo à toa, achando que a vida vale a pena.
A espantosa realidade das coisas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada coisa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.
Basta existir para se ser completo.
(…) Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.
Não me ponho a pensar se ela sente.
Não me perco a chamar-lhe minha irmã.
Mas gosto dela por ela ser uma pedra,
Gosto dela porque ela não sente nada,
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.
Outras vezes oiço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.{ Poemas de Alberto Caeiro, Fernando Pessoa }
Milho Verde com manteiga temperada
para 05 unidades
- 05 milhos orgânicos, com ou sem casca
- 75g de manteiga com sal
- salsinha, coentro e hortelã
- pimenta do reino
- pimenta calabresa
- sal marinho
Coloque o milho numa panela com água fervente com sal. Tampe e deixe fervendo por uns 4 minutos, até que estejam macios e cozidos. Escorra.
Misture a manteiga amolecida com os temperos picados e moídos (salsinha, pimentas, hortelã e coentro se gostar) misture bem. Volte à geladeira para endurecer um pouco.
Sirva com o milho ainda quente. Adicione mais sal se preferir.
Sorvete de Pimenta Rosa
Foi no nosso encontro de Natal, que conheci a Gória Huk (a Renata Barella) pessoalmente aqui em casa. Entre as coisas fofas que ela me trouxe, uma receita de sorvete de pimenta rosa, que despertou minha curiosidade, afinal #lililovesicecream. Estava ensaiando preparar esse sorvete aqui em casa, quando sobrasse uma brecha durante a minha semana.
A pimenta rosa, ou aroeira vermelha, tem um aroma bem pronunciado; como uma amiga minha costuma dizer, ele traz estrelinhas ao paladar, e não arde tanto (só um pouco). O sorvete de pimenta rosa, traz esse mesmo aroma, que combinado com a baunilha, deixam um perfume na boca absurdamente inesperado, na qual novas conexões neurológicas são formadas para poder processar nas papilas gustativas o entendimento e apreciação dessa combinação inusitada, sem referência prévia.
Como a receita que a Gória me passou, da Making Artisan Gelato precisava de termômetro, fiz uma adaptação simples, para a base caseira que costumo preparar em casa, mas com, basicamente, os mesmos ingredientes da receita.
Gória, obrigada, amei! Estou te devendo um affogatto agora! ;)
Sorvete de Pimenta Rosa | adaptação do livro Making Artisan Gelato
aproximadamente 750 ml
- 02 xícaras de leite
- 01 xícara de creme de leite
- 02 ovos
- ¾ xícara de açúcar
- 01 colher de sopa de extrato de baunilha
- 1/8 xícara de pimenta rosa + 01 colher de chá da pimenta levemente amassada
Coloque o leite e o creme de leite ao fogo, quando começar a ferver, apague. Adicione as pimentas e deixe em infusão por pelo menos 1 hora. Coe, pressionando bem as pimentas para extrair todo o sabor. Leve ao fogo novamente até quase começar a ferver.
Num recipiente bata os ovos com o açúcar, por pelo menos 5 minutos, até ficar um creme esbranquiçado fofo. Junte o leite quente e misture bem. Leve ao fogo baixo, misturando sempre, até começar a engrossar (uns 7 minutos).
Deixe esfriar. Processe a mistura na máquina de sorvetes, conforme as instruções do fabricante. Quando estiver pronto, coloque num recipiente e leve ao congelador por pelo menos 3 horas antes de servir.
Não tem máquina de sorvete?
Uma das formas é: coloque num pote e leve ao congelador. A cada 3 horas, bata a mistura num processador para mantê-la cremosa. Você vai ter que repetir este processo por pelo menos umas 3, 4, 5 vezes, até atingir a cremosidade que você quer.
Puchero com ossobuco da D. Stella
Das lembranças mais memoráveis que eu tenho das minhas férias na casa da minha sogra, na Argentina, seguramente, 99,9% foram vividas na mesa de jantar.
Das lembranças mais memoráveis que eu tenho das minhas férias na casa da minha sogra, na Argentina, seguramente, 99,9% foram vividas na mesa de jantar. Acho que o primeiro prato que tive o prazer de provar em sua casa, foi o puchero argentino, com ossobuco, ou caracu, acompanhado de intermináveis piadas infames, proferidas em todo puchero con caracu que comi lá.
Trata-se de uma espécie de cozido com caldo, mas que não tem muito a ver com os nossos cozidos aqui. É como se você fosse preparar um caldo de carne, mas mantivesse os legumes firmes e inteiros. Na versão da casa da D. Stella, você come acompanhado de maionese (caseira de preferência) e uma boa mostarda. Essa última parte é opcional, mas como no puchero tudo é meio fervido, a maionese e mostarda dão um toque bem especial. Não se esqueça do pãozinho para molhar no caldo.
E, se fizer um inverno em pleno verão, como esse que está em São Paulo, fica ainda mais gostoso. Daqueles pratos grandes, que você convida muita gente para se sentar junto à mesa e compartilhar momentos que só um puchero pode proporcionar num almoço entre família e amigos.
No dia seguinte, se sobrar caldo, você esquenta, adiciona uma xícara pequena de macarrão para sopa que fica uma delícia também. Afinal, na cozinha da D. Stella, nada se perdia e não havia desperdício, especialmente, quando se tratava de comida.
Salud!
Puchero com ossobuco, da D. Stella
para 04 pessoas (ou mais se forem dividir o ossobuco)
- 04 ossobucos (calcule 01 por pessoa)
- 01 abóbora paulista
- 02 cenouras
- 04 batatas
- 01 batata doce grande
- 01 tomate
- ½ xícara de grão de bico
- 02 cebolas
- 01 talo de salsão
- 02 milhos
- 02 paios
- louro, orégano, tomilho (pouco), sal e pimenta do reino e pimenta calabresa
- salsinha fresca
Corte os legumes em pedaços grandes, pois o segredo de um bom puchero é que eles permaneçam inteiros na hora de servir. Faça o mesmo com o paio, corte em pedaços grandes. Prefira sempre produtos orgânicos e de produção local!
Numa panela de pressão coloque as cebolas, cenouras, batata doce, grão de bico, tomate, 02 pedaços de abóbora, salsão e as carnes. Adicione água até cobrir um pouco menos da metade da panela, e o tempero: sal, pimenta do reino, pimenta calabresa, louro, orégano e o tomilho. Não economize na quantidade de ervas!
Leve ao fogo alto, quando começar a apitar a pressão, conte uns 07 minutos. Retire a pressão.
Paralelamente, em outra panela, cozinhe as batatas, o restante da abóbora, em água fervente, e condimente com os mesmos temperos. Quando estiverem quase macios (uns 10 minutos), junte os milhos cortados e cozinhe por mais uns 04 minutos. Apague o fogo.
Num recipiente, junte o conteúdo das duas panelas, misturando os caldos. Jogue a salsinha picada por cima. Leve à mesa e sirva acompanhado de azeite de oliva, maionese e mostarda. Sal e pimenta se faltar. Pãozinho para molhar no caldo.
Refresco de alecrim com limão
Para celebrar o ano novo.
A simbologia de renovar a vida em todo início de ano, carrega consigo o desejo de mudanças e de transformação daquilo que não nos cabe mais, daquilo que engaiola a possibilidade de ampliar nossos limites. Vim para Camanducaia, para passar os últimos dias do ano, no Sul de Minas, nessa serra que faz morada meu coração. Aqui no mato, fiz meu ritual de passagem, queimei na fogueira todas mágoas, todos os pesos desnecessários, e também os necessários, pois peso, não quero mais. Fiz meus pedidos às estrelas - o céu que estava nublado todos os dias, limpou bem na hora da virada - brindei com champagne, agradeci, dancei e cantei.
Embora esteja frio e chovendo aqui na Serra da Mantiqueira, quando deixei São Paulo, o verão estava em sua potência máxima. De ficar parado e continuar suando gotas. Fiz esse refresco, que é com um xarope caseiro de alecrim com limão. Ele é bem fácil de fazer, e você pode deixar guardado na geladeira e saborizar a água com ou sem gás. Pode adicionar também bebidas alcólicas como gin ou vodka.
Para refrescar as idéias. Começar o ano fresco, cheio de aroma e borbulhas. Um brinde a 2016!
Calda de Alecrim com Limão
para 1 e ½ litro
- ½ copo de água
- ½ copo de açúcar
- ramos de alecrim (um punhado)
- raspas de 01 limão
- 01 e ½ litro de água com ou sem gás
- gelo
- rodelas de limão e alecrim para acompanhar
Numa panelinha coloque a água e o açúcar e leve ao fogo, misturando até dissolver o açúcar. Quando começar a ferver, apague o fogo. Coloque o alecrim e a raspa do limão. Tampe e deixe por umas 3 horas. Leve à geladeira.
Para servir, coloque o xarope coado numa jarra, muito gelo e água com ou sem gás gelada. Para essa medida, eu dissolvo em até 1 litro e meio de água, mas você pode fazer a proporção, de acordo com seu gosto, dependendo se você gosta mais ou menos doce. Coloque rodelas de limão e um pouco de alecrim no copo na hora de servir também. Adicione gin ou vodka para um refresco com álcool.
Brunch de natal com Torta Cheesecake de Cereja
A mesa sempre foi e sempre será o melhor lugar para dar as boas vindas aos velhos e novos amigos. Com os velhos amigos, compartilhamos e colecionamos momentos gastronômicos fraternos de alegria.
Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo (…)
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.
{ Fernando Pessoa }
A mesa sempre foi e sempre será o melhor lugar para dar as boas vindas aos velhos e novos amigos. Com os velhos amigos, compartilhamos e colecionamos momentos gastronômicos fraternos de alegria. E com a mesa bem posta, dizemos aos novos: “quero você mais próximo de mim também”.
Quando decidimos preparar essa mesa de brunch de Natal, em casa, com a Dani Coelho e a Elke Noda, pensamos numa mesa simples, mas que fosse bonita nos detalhes: com folhas de eucalipto, guardanapos bordados, e torta de cereja. Uma mesa que não fosse exatamente de uma ceia natalina, mas que tivesse cara de convite entre amigas para celebrar uma tarde gostosa de um jeito especial. Fiquei encarregada da comida, a Elke dos arranjos florais e da decoração, e a Dani da decoração e dos detalhes mais lindos. Foi ela quem bordou as nossas iniciais em todos os guardanapos. De cair o queixo, para não dizer outra coisa.
Engraçado que a gente não planejou muito. Foi até tudo meio em cima da hora, mas acabou que a sintonia era tanta, que tudo ficou perfeitamente bonito. Como nos versos do Pessoa, no fundo, a gente supunha, que a gente queria a mesma coisa.
Para se juntar aos bons, convidei duas pessoas queridas, que também sou grande admiradora: a Camila Dutra do Feitocom.amor e a Renata Barella, ou Gória Huk, que conheci pessoalmente pela primeira vez. Não poderia ter sido melhor. O encontro fluiu, trocamos figurinhas, fotografamos e curtimos a tarde.
No cardápio, ovos recheados, bruschettas com queijo de cabra, nozes e cogumelos, torta cheesecake de cereja e sorbet de ameixas frescas. Para finalizar, gingerbread cookies.
O que eu posso dizer do encontro? Que foi tudo tão gostoso, que a gente passou parte dele, pensando nos próximos. Que não haveria melhor forma de eu conseguir finalizar esse ano, com um post de celebração que me preenchesse tanto meus olhos. Que estou muito feliz de ter reunido numa mesa tão singela, mas ao mesmo tempo tão linda, comida boa, pessoas lindas e um papo delicioso.
Ah, e como a maioria dos pratos já tem receita publicada por aqui, divido com vocês a da torta cheesecake de cerejas que, modéstia a parte, ficou deliciosa.
Confere as fotos de como ficou, e espero que ela te sirva de inspiração para sua mesa também.
Feliz Natal!
Ah, para quem quiser conferir o que a Renata postou sobre a tarde, é só conferir aqui no blog lindo dela! Adorei, Gória! (12.dez.2015)
Ah (2), para quem quiser conferir o que a Camila postou sobre a tarde, é só conferir aqui no blog lindíssimo dela! Beijos, Cá! (16.dez.2015)
Torta Cheesecake de Cerejas
cerca de 08 porções
para a base
½ xícara de nozes pecã
110g de manteiga derretida
1/3 xícara de açúcar
300g de biscoitos tipo cream cracker de cereais
para o recheio
450g de cream cheese amolecido
½ xícara de açúcar
02 ovos caipiras
01 colher de sopa de extrato de baunilha
250g de creme de leite fresco
para a calda
200g de cerejas
01 colher de sopa de açúcar
½ colher de sopa de extrato de baunilha
raspas de 01 limão
Misture as nozes pecã com a manteiga e o açúcar. Coloque-as numa assadeira forrada com papel manteiga. Leve para assar em fôrno a 180 graus por uns 15 minutos, até que o caramelo se derreta. Deixe esfriar. Desenforme a barra (vai virar uma bala gigante de crocante) e quebre para bater num liquidificador ou processador junto com os biscoitos, até virar uma farofa úmida. Espalhe a massa numa fôrma redonda desmontável (a minha é de 19cm de diâmetro). Faça as bordas da torta até 2/3 da altura da fôrma.
Numa batedeira, misture o cream cheese com o açúcar por uns 5 minutos, até ficar um creme leve. Junte os ovos, um a um, e o extrato de baunilha. Diminua a velocidade e adicione o creme de leite, batendo apenas até misturar o creme. Despeje o creme sobre a massa da torta (deixe um dedo de sobra da massa, para não vazar quando estiver no fôrno) e leve para assar em fôrno pré-aquecido a 180 graus, por uma hora. Deixe esfriar e leve para gelar no refrigerador.
Numa panelinha coloque as cerejas, o açúcar e as raspas de limão e leve para aquecer em fogo baixo. Deixe ferver por uns 5 minutos ou até que as cerejas fiquem macias. Junte o extrato de baunilha. Deixe esfriar e coloque na geladeira.
Você pode tirar as sementes das cerejas, se preferir. Mas eu deixei, porque acho que elas ficam mais bonitas inteiras. Só não se esqueça de avisar os convidados das sementes!
Para servir, desenforme a torta e decore com as cerejas e a calda (ela fica rala mesmo).
Fotos: Dona da Casa!
Vivência Gastronômica com Camila Dutra e Pri Adduca
Um encontro especial com Camila Dutra, promovido pelo Mulheres que Inspiram.
Coisas especiais aconteceram essa semana, relacionadas ao universo feminino.
Tive o prazer de passar a manhã de sábado rodeada de mulheres divertidíssimas, num encontro absolutamente incrível, promovido pela Pri Adduca do Mulheres que Inspiram, com Camila Dutra do Feitocom.amor. Uma Vivência Gastronômica que contou ainda com a participação das queridas Letícia Bittencourt do Cozinha Vibrante e Marcia Basile do Mbee.
No cronograma, 5 receitas. Ao todo, 12 mulheres. Saldo final: muitas risadas, trocas de afeto, histórias e experiências. Tudo adoravelmente perfeito, com cuidados e bonitezas que se notavam por todos os detalhes do espaço. Entre os pratos, uma salada incrível com beterraba e morangos, ao molho citronette; galinha ao molho de cogumelos e conhaque, acompanhado de um purê de batatas extra cremoso. Um brownie de chocolate e uma torta fantástica de figos para sobremesa.
Obviamente, nem toda mulher gosta de passar o dia na cozinha. Mas algo acontece quando elas se juntam para contar histórias enquanto misturam temperos, separam ingredientes e aquecem o forno. Existe algo do próprio feminino, que se acende quando mulheres se reúnem ao redor do fogão. Como bruxas em seu caldeirão, a alquimia criada num ambiente desses pode ser algo, se não curador, extremamente necessário. É como se elas se sentissem seguras para poder compartilhar, e ao mesmo tempo, admirar e se inspirar em suas companheiras de gênero. Só uma mulher pode entender outra mulher, seus afetos e seus conflitos.
E, justamente essa semana, terminei de ler Amiga Genial de Elena Ferrante. Quando comecei a ler, não me atentei que se tratava de uma tetralogia, portanto, a história não terminaria ali. Mas o fato é que fiquei tão impactada e imersa com o livro, daqueles que deixam um rombo quando termina e você fica meio órfã, que custei a acreditar que a continuação ainda está para sair no Brasil. Fiquei comovida pela transparência dos sentimentos tão contraditórios e ao mesmo tempo tão complexos que abarcam uma amizade feminina, desenhados de maneira tão crua e verdadeira na amizade entre Lila e Lenu, personagens do livro. Não tive dúvida, é no relacionamento entre as mulheres que se situa o potencial de força, suporte e crescimento, do feminino em nós.
O encontro do sábado, então, nessas circunstâncias, tornou-se ainda mais encantador, como se, afinal, tudo estivesse bem conectado.
Fotos: Dona da Casa!
Agradecimentos à Camila, que é ainda mais adorável pessoalmente. À Letícia, pela paciência e cuidados. À Marcia pela companhia tão agradável e pelos mimos recebidos. A todas meninas que trouxeram tanta riqueza de experiências e ao mesmo tempo tanta risada e descontração. E, é claro, à Pri, que proporcionou e possibilitou esse encontro.
Granola Incrível da Moara
A melhor receita de granola caseira do planeta.
Das coisas que mais gosto da internet é de poder me conectar com pessoas, que de outra forma, dificilmente teria a oportunidade de conhecer. As fronteiras são dilúidas e a gente atravessa as linhas do individual formal e convencional e, num simples “send”, lá está você conversando e trocando figurinhas com uma pessoa que até então era uma completa estranha para você. Foi numa dessas que acabei conhecendo a Moara Gomes, pelo Instagram, pessoa querida e que eu já adoro, nunca vi pessoalmente, mas que mesmo assim, ela me enviou um pacote de granolas caseiras, feita por ela, numa dessas trocas de afeto e carinho.
Sou uma pessoa normal, mas que quando fico fissurada por algo, exagero. Logo quis mais daquela granola, quis comprar, quis aprender a fazer, comecei a perseguir a Moara, sei lá. Qualquer coisa para comer de novo a bendita granola. E foi então que ela gentilmente me enviou a receita: a Terra voltou a girar nos eixos e meu café da manhã voltou a ser feliz com um copo de iogurte com a melhor granola caseira do planeta.
Obrigada Mo!
Granola Caseira da Moara
cerca de 300g
- 01 e ½ xícara de flocos de arroz
- 01 e ½ xícara de mix de castanhas: nozes pecã, castanha de caju, amêndoas, castanha do pará, macadâmia
- ¼ xícara de quinoa
- 02 colheres de sopa de semante de linhaça
- 01 xícara de frutas secas: damasco, uvas passas, banana passa
- ¼ xícara de óleo de côco
- ¼ xícara de mel
- pitada de sal
- pedaços de coco (opcional, mas altamente recomendado)
Pique as castanhas e as frutas secas. Misture todas as castanhas, a quinoa e a linhaça, com o óleo de coco, mel e sal. Espalhe numa assadeira e leve ao forno em temperatura mínima (180 graus). Assar por uns 40 minutos, mexendo a cada 15 minutos, até ficar bem dourada, da cor que você desejar. Adicione as frutas secas e deixar no forno desligado, até esfriar.
Quando elas estiverem frias (e crocantes), acondicione-as num recipiente fechado.
No meu desespero em fazer a receita, li errado e misturei as frutas junto com as castanhas e levei para assar tudo junto. Deu certo também, as frutas ficaram só um pouco mais sequinhas e grudadas.
Sorvete de Jabuticaba
Um sorvete delicioso, na companhia de amigas.
Ainda não inventaram coisa melhor que estar com os amigos. Trocar histórias e confidências. Dar conselhos ou receber puxões de orelha. Rir ou tirar sarro. Falar por horas, sem se dar conta. A tarde voar, enquanto se toma sorvetes. Foi assim, semanas atrás, com a Elke e a Dani. E, pelo que tudo indica, vai ser assim, sempre que der.
Este sorvete foi feito com jabuticabas do pé que está no jardim lá do espaço do Gabriel. A árvore já dá fruta a muitos anos, mas só agora elas saíram bem docinhas. Deu até um pouco de dó de fazer sorvete com elas, de tão gostoso que estava de comer assim na hora, colhida do pé. Mas o resultado ficou lindo, lindo. A textura nem tanto. Ficou bom para picolé. Mas a gente comeu mesmo assim, se deliciou e adorou igual.
“Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo. O essencial faz a vida valer a pena.”
{ O tempo e as jabuticabas, Rubem Alves }
Sorvete de Jabuticaba
cerca de ½ litro
300g de jabuticaba
9 colheres de sopa de açúcar
3 colheres de sopa de água
01 colher de sopa de extrato de baunilha
9 colheres de sopa de leite
1 copo de creme de leite
Lave bem as jabuticabas e tire os cabinhos. Bata num liquidificador até ficar uma pasta.
Numa panelinha, ferva o açúcar, a água e a baunilha por uns 5 minutos, até ficar uma calda. Junte a calda morna às jabuticabas. Agregue o leite e o creme de leite. Misture tudo.
Processe a mistura na máquina de sorvetes, conforme as instruções do fabricante. Quando estiver pronto, coloque num recipiente e leve ao congelador por pelo menos 3 horas antes de servir.
Não tem máquina de sorvete?
alternativa 1alternativa 2alternativa 3
Uma das formas é: coloque num pote e leve ao congelador. A cada hora, bata a mistura num processador para mantê-la cremosa. Você vai ter que repetir este processo por pelo menos umas 3, 4, 5 vezes, até atingir a cremosidade que você quer
Tarde de pintura aquarela e guache com Dani Coelho
O que importa são os espaços vazios, os entremeios, a preparação de cores, a pausa para o chá.
Conheço a Dani Coelho há mais de 5 anos, desde o curso de Artes, - já comentei nesse post aqui - e acho que a gente nunca superou muito aquela época.
Digo isso, porque a gente era feliz pintando, passando tardes no meio de tintas, rabiscando. Às vezes horas ouvindo música, às vezes horas mergulhadas no silêncio. Um tipo de intimidade e cumplicidade, que houve tempo em que pensava “queria ter isso com mais gente”, e hoje, agradeço, feliz que tenho poucos, mas bons, com quem compartilhar essa vida.
A verdade é que, hoje, mesmo contentes com nosso trabalho e nossas incertas carreiras, a gente ainda ama aquelas tardes, em que a gente podia usar a criatividade sem destino ou fim certo. Não importa a técnica, não importa o resultado, não importa, ponto. O que importa são os espaços vazios, os entremeios, a preparação de cores, a pausa para o chá. A gente conversa, depois a gente ri, e também se esquece do que conversou.
E foi assim nossa tarde. Esboços de desejos incertos num papel em branco, rabiscos de talentos coloridos, no meio de curvas, traços e caligrafias.
Fotos: Dona da Casa!
Você gosta de comida indiana? Se me perguntasse a 8 anos atrás, eu não saberia te responder.